- NADO SINCRONIZADO
A dupla russa Natalia Ishchenko and Svetlana Romashin, que liderou as provas técnicas de Nado Sincronizado. - NADO SINCRONIZADO
As brasileiras Nayara Figueira e Lara Teixeira estão na 12a. posição na classificação após as provas técnicas. Na segunda-feira, elas disputam a prova livre. A modalidade é liderada pelas duplas da Rússia e da China. Após a soma das notas das duas provas, os 12 melhores duetos vão às finais. - VELA
Brasileiro Ricardo Santos, o Bimba, está na nona posição na classe RS-X, após 10 regatas. A posição assegura a participação nas regatas finais em que serão disputadas medalhas. Modalidade é liderada por holandês Dorian van Rijsselberge. - VELA
As brasileiras Fernanda Oliveira e Ana Barbachan chegam em 10º lugar na disputa da 6ª regata da classe 470. As brasileiras estão na 5ª colocação geral. A categoria é liderada pelas britânicas Hannah Mills e Saskia Clark. - GINÁSTICA ARTÍSTICA
Krisztian Berki, da Hungria, acaba de receber a medalha de ouro por seu desempenho no cavalo com alças, após empate em pontos com o britânico Lewis Smith. Berki teve nota melhor em execução, primeiro critériod e desempate. - TÊNIS
Com uma vitória surpreendente por 3 sets a 0 sobre o suíço Roger Federer, o britânico Andrew Murray ganhou a medalha de ouro no tênis masculino. As parciais foram de 6-2, 6-1 e 6-4.
- TÊNIS
Juan Martin Del Potro garantiu a primeira medalha para a Argentina nos jogos de Londres. Com a vitória por dois sets a zero sobre o sérvio Novak Djokovic, Del Potro ficou com a medalha de bronze. - TÊNIS
Na quadra central de Wimbledon, o britânico Andy Murray, vai derrotando o suíço número um do mundo, Roger Federer, por 1 set a 0. A partida vale medalha de ouro. - VELA
O iatista britânico Ben Aisle, ex-rival do brasileiro Robert Scheit, conquistou medalha de ouro na classe Finn.
Com o primeiro lugar, Ben se tornou o iatista mais condecorado na história dos Jogos Olímpicos, com quatro medalhas de ouro e uma de prata.
- BOXE FEMININO
A brasileira Erica Matos foi eliminada pela venezuelana Kharla Magliocco em luta pelas oitavas-de-fional. Erica perdeu por 15 pontos contra 14. Perdeu o primeiro assalto por 3 a 2, ganhou o segundo por 3 a 1, voltou a perder o terceiro por 5 a 3 e apenas empatou o sexto por 6 a 6, o que garantiu a vitória à venezuelana. - BOXE FEMININO
Começa a luta da brasileira Erica Matos contra a venezuelana Kharla Magliocco. - TÊNIS
As irmãs Serena e Venus Williams conquistaram ouro para os Estados Unidos com vitória por 2 sets a 0 sobre a dupla da República Tcheca, Andrea Hlavackova e Lucy Hradecka, com parciais de 6-4 e 6-4. - VELA
A dupla brasileira Robert Scheit e Bruno Prada terminou a última reagata da classe Star em sétimo lugar, uma posição à frente dos favoritos para o ouro, os britânicos Iain Perry e Andrew Simpson, que deixaram escapar a chance, tendo que se contentar com a medalha de prata.
Com o primeiro lugar na regata, a dupla sueca Frederick Loof e Max Salminen ficou com o ouro. - MARATONA FEMININA
A brasileira Adriana Aparecida da Silva terminou a maratona em 47º lugar, completando a prova em 2h 33 min 15 seg. A medalha de ouro ficou com a etíope Tiki Gilana que completou o percurso em 2h 23min 07seg, estabelecendo novo recorde olímpico para a prova. - VELA
Robert Scheit e Bruno Prada ficam apenas com o bronze na classe Star. A medalha de ouro foi para os suecos Frederick Loof e Max Salminen. Os britânicos Iain Perry e Andrew Simpson, favoritos para o ouro, tiveram que se contentar com a medalha de prata. - MARATONA FEMININA
A etíope Tiki Gilana venceu a maratona e conquistou a medalha de ouro com o tempo de 2h 23min 07 seg. A medalha de prata ficou com a queniana Priscah Jeptoo e a de bronze com a russa Tathyana Arkhypova. O tempo da Gilana é novo rcorde olímpico. - MARATONA FEMININA
Com menos de 5 quilômetros para o fim, as medalhas da maratona serão decididas entre a russa Tathyana Arkhipova, as quenianas Mary Keitany e Priscah Jeptoo e a etíope Tiki Gelana, que lideram a prova com folga. - TÊNIS
Serena e Venus Williams fecham o primeiro set em 6 a 4 sobre as tchecas Andrea Hlavackova e Lucie Hradecka. - VELA
Começa em Weymotuh a última regata da classe Star. Com a medalha de bronze assegurada, os brasileiros Robert Scheidt e Bruno Prada brigam com os britânicos pelo ouro. - MARATONA FEMININA
Numa recuperação surpreendente, a russa Tathiana Arkypova, se juntou ao grupo da frente, ameaçando o domínio africano pelo ouro. - MARATONA FEMININA
Com 30 quilômetros concluídos, três quenianas e duas etíopes lideram a prova. - TÊNIS
Na quadra central de Wimbledon as irmãs Williams vão vencendo por 4 a 2 no primeiro set, a dupla tcheca pela medalha de ouro. - HANDEBOL
Final de jogo, Brasil 29 x Angola 26. Mais uma vitória das meninas brasileiras pelo grupo A. - MARATONA FEMININA
Após 25 quilômetros e sem chuva, pela primeira vez na prova, uma liderança clara foi estabelecida. A queniana Mary Jepkoegei Keitany lidera Mary Dibaba da Etiópia, com outra queniana, ocupando a terceira posição. Mas o pelotaão secundário, que inclui duas atletas de Portugal, continua bem próximo. - MARATONA FEMININA
Com metade da prova concluída, a maratonista brasileira Adriana Aparecida da Silva está a mais de dois minutos do pelotão da frente. Pelo resultado oficial, ela está em 64º lugar.
Nas três primeiras posições, a italiana Valeria Straneo, a chinesa Xiaolin Zhu e a peruana Ines Melchor. Mas ainda não estabeleceram uma liderança definitiva. Há pelo menos vinte atletas no pelotão da frente, todas com chance de vitória. - TÊNIS
Começou em Wimbledon a disputa pela medalha de ouro de duplas femininas. Na quadra, as irmãs Serena e Venus Williams, tentam mais uma medalha de ouro para os Estados Unidos contra as thecas Andrea Hlavackova e Lucie Hradecka.
- HANDEBOL FEMININO
Brasil terminou o primeiro tempo na frente, 14 a 9 contra Angola. A chuva continua forte no centro de Londres onde está sendo disputada a maratona feminina. Com mais de 12 quilômetros, ainda não há uma liderança clara na disputa pelo ouro olímpico.
- MARATONA FEMININA
Cerca de 30 atletas ainda continuam emboladas no pelotão da frente, após 10 quilômetros, percorridos em 31 minutos. - Com 6 quilômetros percorridos em pouco mais de 21 minutos, ninguém conseguiu estabelecer uma liderança clara na maratona feminina. No bloco da frente, as favoritas, atletas da Etiópia e do Quênia, correm ao lado de atletas menos cotadas para o ouro.
- Apesar da chuva forte, é numerosa a presença do público no centro de Londres incentivando as atletas que disputam a maratona feminina.
- MARATONA FEMININA
Largada da maratona feminina debaixo de chuva e temperatura de 16 graus. Brasil é representado por Adriana Aparecida da Silva. - BASQUETE FEMININO
A França venceu a Rússia por 65 a 54 no basquete feminino e terminou em 1º lugar no grupo B. - MARATONA FEMININA
Daqui a pouco, às 7h00 horário de Brasília, Adriana Aparecida da Silva, começa a disputar a final da maratona feminina pelas ruas do centro de Londres. Chove e faz um pouco de frio na capital britânica. - VELA
Com a medalha de bronze garantida, os iatistas brasileiros Robert Scheidt e Bruno Prada disputam o ouro neste domingo em Weymouth. Para ficar com o lugar mais alto do pódio eles precisam ganhar a prova e esperar que a dupla britânica não passe do quarto lugar na regata deste domingo. - O jamaicano Usain Bolt disputa neste domingo o ouro nos 100 metros rasos. As semi-finais começam às 15h45 (horário de Brasília) e a grande final às 17h50.
domingo, 5 de agosto de 2012
Andrew Murray derrota Roger Federer e fica com o ouro no tênis
Quais os maiores ‘atletas’ do mundo animal?
Em época de Olimpíada, o mundo vê maravilhado seres humanos rompendo os limites físicos da espécie.
Mas mesmo os melhores atletas não seriam páreo para alguns animais. Veja abaixo:Notícias relacionadas
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O iraniano Hossein Rezazadeh permanece como um dos maiores atletas do levantamento de peso, tendo já erguido 263 kg.
Mas para igualar o feito de formigas, que conseguem carregar uma folha que pesa 50 vezes seu peso, ele teria que ser capaz de levar nos ombros um furgão de 2,3 mil kgs.
Besouros-rinoceronte são ainda mais fortes, levantando objetos até 850 vezes mais pesados que si próprios.
A lagosta-boxeadora tem um soco mais potente do que o do campeão olímpico Cassius Clay
Lutas
O soco da lagosta-boxeadora (Odontodactylus scyllarus), também conhecida como tamarutaca no Brasil, é considerado o mais rápido do mundo.
Mesmo de baixo d'água, ele chega a 72 km/h.
Outras espécies, de grandes alces a lucanos (insetos que parecem besouros) resolvem disputas territoriais, de dominância e de fêmeas com violentos combates que muitas vezes terminam com o perdedor ferido, mutilado ou mesmo morto.
Na água
Mesmo o maior medalhista da história dos Jogos, Michael Phelps, ficaria bem atrás de outros animais nadadores.
A pele grossa como borracha dos golfinhos os permite deslizar facilmente pela água.
Outra técnica encontrada na fauna é a usada pelos pinguins, que nadam envoltos em bolhas.
Elas agem como lubrificantes, reduzindo o atrito e permitindo mais velocidade aos animais.
Já em termos de corridas aquáticas de longa distância, a medalha de ouro iria para o urso polar.
Há registro de um urso polar que nadou continuamente por nove dias, cobrindo 687 km. Um feito notável para um animal que passa a maior parte do tempo na terra.
Com informações de Jeremy Coles da BBC Nature
Rio-2016 inicia contagem regressiva de 4 anos, com desafio de deixar 'legado'
O Rio começa, neste domingo, a contagem regressiva de exatos quatro anos para o início dos Jogos Olímpicos de 2016, com a promessa de entregar obras "com antecedência" e de deixar um legado duradouro para os moradores da cidade.
Em coletiva em Londres e via teleconferência, na ultima sexta-feira, o prefeito Eduardo Paes, o diretor-geral do comitê organizador de Rio-2016, Leonardo Gryner, e a presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques, afirmaram que o principal desafio é a adequação da rede de transporte do Rio - bem menor do que a de Londres, que também precisou se ajustar para a Olimpíada de 2012.Tópicos relacionados
Os investimentos se concentram em quatro pontos de expansão da rede de metrô e quatro linhas de BRT (bus rapid transit, similar a um trem de superfície), para totalizar 150km e ligar a Barra ao aeroporto Tom Jobim. A construção das linhas enfrentou empecilhos, como dificuldade em obter licenças ambientais e a realização de desapropriações, mas Bastos Marques afirmou que duas linhas devem estar prontas a tempo da Copa de 2014.
A meta é ampliar também a rede de ciclovias, de 150 km para 400 km até o ano da Olimpíada.
Segundo Bastos Marques, as obras terão impacto na vida de 2 milhões de cariocas. Eles colocarão à prova a meta citada por ela, de "transformar o Rio na melhor cidade do hemisfério Sul para se viver, trabalhar e visitar".
Obras olímpicas
Capacidade de transporte é desafio para a cidade
Paes se comprometeu a "entregar (as obras) com bastante antecedência, para que tudo possa ser testado" a tempo dos Jogos.
O maior legado, espera-se, será o Parque Olímpico, a ser transformado em um centro de treinamento de atletas de ponta. A previsão de conclusão da obra é dezembro de 2015.
Mas a construção do Parque Olímpico, em uma área de um autódromo em Jacarepaguá, está condicionada à construção de outro autódromo, em Dedoro. Mas o Ministério Público diz que a nova área para a pista pode ter explosivos enterrados, por ter sido usada como local de treinamento militar.
Outro ponto de desfecho incerto é o Velódromo: o usado pelos Jogos Pan-Americanos não pode ser adaptado para a Olimpíada, mas Paes rejeita a ideia de demoli-lo, por considerar desperdício de recursos públicos.
E o nome do estádio João Havelange chegou a causar polêmica na coletiva de sexta-feira. Questionado se ter o nome de um estádio olímpico ligado a um ex-dirigente da Fifa acusado de ter recebido propinas, Gryner disse que "o Rio tem muito orgulho pelo que (Havelange) fez pela profissionalização do esporte brasileiro".
Gryner também negou que haja falta de sinergia entre as obras da Olimpíada de 2016 e as da Copa de 2014, alegando que o Maracanã (que sofrerá adaptações após 2014), as linhas de BRT e as melhorias aeroportuárias beneficiarão os dois eventos.
Acomodação, aeroportos e antidoping
O Maracanã e arredores serão um dos pontos a concentrar provas olímpicas
Com 20 mil quartos do hotéis hoje, o Rio pretende dobrar sua capacidade de acomodação de visitantes até 2016. Deu incentivos fiscais para o setor hoteleiro até dezembro de 2013, data limite para a construção de novos hotéis a tempo dos Jogos Olímpicos. Também serão usados navios e vilas de acomodação temporárias para acomodar mais gente.
Questionado a respeito da capacidade aeroportuária brasileira, Gryner disse que a ampliação dos aeroportos está a cargo da Infraero, mas faz parte do dossiê de candidatura de Rio-2016. "Temos o compromisso de entregar até o final deste ano o plano operacional aeroportuário (como ele terá que funcionar) em 2016."
Gryner também admitiu que o Brasil está atrasado na questão de controle de doping, já que o laboratório brasileiro não é capaz de realizar parte dos exames necessários para detectar o uso de substâncias ilícitas entre os atletas. "As obras para a construção de um novo laboratório estão começando, e ele vai estar atualizado. Estamos atrasados, mas o plano é estar adequado durante os Jogos Olímpicos", disse o diretor-geral.
Quanto ao orçamento total para Rio-2016, Paes não quis falar em valores totais, alegando que eles variam dependendo se obras de infraestrutura já feitas serão incluídas ou não no orçamento final. Ele disse também que alguns projetos ainda estão sendo definidos, o que pode mudar os números finais.
*Colaborou Júlia Dias Carneiro, da BBC Brasil no Rio de Janeiro
sábado, 4 de agosto de 2012
Mãe diz que Assange ‘não vê a luz do dia’
Christine Assange se define como uma mãe preocupada, "como qualquer uma estaria se seu filho estivesse trancado em uma embaixada, sem ver a luz do dia".
O australiano Julian Assange, fundador do Wikileaks, está refugiado desde junho na embaixada do Equador, país ao qual pede asilo político, em Londres.Notícias relacionadas
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Como seu filho, ela também acredita que a decisão da Justiça britânica de extraditá-lo para a Suécia – onde é acusado de crimes sexuais – é motivada politicamente.
Ambos suspeitam que, da Suécia, ele seria enviado aos EUA onde o governo investiga possíveis crimes cometidos com a divulgação de dezenas de milhares de documentos pelo Wikileaks há quatro anos.
Christine Assange com Rafael Correa, presidente do Equador
Pergunta: Como está seu filho na embaixada do Equador em Londres? A senhora o visita com frequência?
Resposta: Não, deixei de Londres pouco antes de ele buscar refúgio lá. Mas conversamos por telefone e ele diz estar sendo muito bem tratado pelos funcionários da embaixada.
O chanceler me perguntou se havia algo mais que pudesse ser feito para melhorar a vida de meu filho, ao contrário do ministro das Relações Exteriores da Austrália, que fez todo o possível para entregá-lo para os EUA.
Mesmo assim, a embaixada é pequena e ele não pode sair ao sol. Me preocupo com sua saúde, como estaria com a de qualquer um que estivesse trancado, sem ver o sol, fazer exercício ou sentir a luz do dia. Mas as coisas são assim, não por culpa do governo do Equador e sim do britânico, sueco e do australiano.
A embaixada tem sido muito amável, permitindo visitas diárias de amigos e simpatizantes. Alguns o estimulam a ouvir música, para que dance, faça exercícios.
Acho que ele tem uma esteira para correr e faz exercícios em frente a uma janela para ver um pouco do sol.
P: Se o asilo for concedido a senhora também viveria no Equador?
R: Isto teria que ser decidido quando acontecer, no momento, damos um passo de cada vez. Várias coisas estão acontecendo internacionalmente relacionadas com o caso de meu filho. Conheço muitos britânicos descontentes com o sistema europeu que regulamenta as ordens de prisão.
De fato, é possível ao governo britânico anular essa ordem ridícula de extradição. Se fizeram isso com Pinochet, um ditador assassino, creio que deveriam fazer o mesmo para um premiado jornalista que não fez nada mais do que ser honesto com o mundo.
Desta forma, pediria aos legisladores britânicos que examinem suas consciências e deixem de lado suas ambições políticas. E também pediria aos cidadãos do país que cogitem apoiar meu filho, exigindo que esta extradição seja abandonada.
P: Acredita que o governo do Equador lhe concederá o asilo?
R: Não seria atrevida a ponto de dizer o que um presidente eleito vai decidir.
P: A senhora cumpriu os objetivos que tinha ao ir ao Equador?
R: Sim, acredito que sim. Os equatorianos tem apoiado Julian e sido muito gentis comigo e com minha família.
O presidente, seus ministros e equipe têm me escutado detalhadamente e feito muitas perguntas. O que é muito mais do que tem sido feito pelos governos britânico, australiano e sueco.
P: O presidente Correa assumiu compromissos?
R: Não e se tivesse, não os revelaria publicamente porque são discussões privadas. O presidente anunciará qualquer decisão que tome quando julgar conveniente.
P: Acredita que seu filho e seus simpatizantes tragam vantagens políticas para Correa?
R: A filosofia usada por Julian para comandar a organização Wikileaks é a mesma usada por Correa para governar o Equador.
Ele ratificou a constituição do país por referendo e ela é baseada em direitos humanos, responsabilidade, soberania e justiça.
Julian Assange diz que as acusações sexuais feitas na Suécia são motivadas politicamente
P: O que acha dos que dizem que há uma contradição entre Julian Assange, considerado uma pessoa que divulga informações e Correa, criticado por sua atitude em relação aos meios de comunicação, não falando com alguns deles?
R: Eu também não falo com todos os meios e me dou muito bem com meu filho.
Muita gente tem cuidado com os meios com os quais falam porque desejam a verdade e outros (meios de comunicação) não.
Não é interessante falar com os que não querem.
P: A senhora pensa em voltar ao Equador para acompanhar seu filho se ele receber asilo?
R: Voltaria ao Equador de qualquer forma, este é um grande país. Não tinha ideia do quanto era bom antes de vir aqui.
Nunca havia estado na América Latina ou lido muito sobre ela, mas as pessoas são amáveis, genuínas, valentes e tem bons governos, muito melhores do que tenho no meu país. Politicamente é muito interessante.
Tem uma paisagem linda, comida boa, um ótimo clima. Por que não voltaria?
Gurgel pede condenação de 36 réus do mensalão
Após quase cinco horas de argumentação, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta sexta-feira (3) que o caso conhecido como mensalão “maculou gravemente a República”. Ele pediu ao Supremo Tribunal Federal a condenação de 36 dos 38 réus do processo.
Ao final da exposição, Gurgel requereu a expedição dos mandados de prisão “cabíveis” assim que o julgamento terminar. A previsão é de que as sessões sobre o caso avancem até o início de setembro. A expectativa era de que réus eventualmente condenados pudessem aguardar em liberdade a publicação do acórdão da decisão para questioná-lo. Por ser tratar de decisão da Suprema Corte, a condenação não poderia ser revertida, mas eventuais penas, sim.
A decisão sobre os mandados de prisão será dos onze ministros do Supremo. Caso o pedido do procurador seja aceito, os réus condenados serão presos logo após a decisão final.
Gurgel disse estar “plenamente convencido” de que as provas produzidas “comprovam a existência do esquema de cooptação de apoio político descrito na denúncia”. “Demonstramos os graves crimes cometidos. Só não produzimos a prova impossível. [...] Provas são suficiente para a condenação dos réus.”
O procurador disse que “altas autoridades devem servir de paradigma para a sociedade” e pediu perdas de cargo, sanções patrimoniais (devolução de dinheiro) e cassação de eventuais aposentadorias.
Ao concluir, citou trecho da música “Vai Passar”, de Chico Buarque: “Dormia, a nossa pátria mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída, em tenebrosas transações.”
Durante todo o tempo da sessão, ele fez a leitura da peça de acusação, sem ser interrompido. Foi ouvido pelos ministros do Supremo e por advogados de réus que estavam na plateia.
‘Maculou gravemente a República’Segundo a denúncia da Procuradoria, o mensalão foi um esquema ilícito de arrecadação de recursos usados para pagar parlamentares pela aprovação, no Congresso, de matérias de interesse do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
“Foi o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção, de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil. Maculou gravemente a República. Foi um sistema de enorme movimentação financeira com objetivo de comprar votos de parlamentares nas matérias importantes para os líderes criminosos”, afirmou, em referência aos acusados do núcleo político do grupo: o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
A acusação de Gurgel ocupou toda a sessão no segundo dia do julgamento, que começou às 14h25 e terminou às 19h45 – com intervalo de 30 minutos. Para o procurador, não há provas nos autos para a condenação de dois acusados: o ex-ministro Luiz Gushiken e Antônio Lamas, irmão de outro réu.
Em 2006, o ex-procurador Antonio Fernando de Souza denunciou 40 pessoas, mas um morreu (José Janene) e outro fez acordo com Ministério Público (Sílvio Pereira). Mesmo com o pedido de Gurgel para absolvição de dois réus, todos os 38 acusados serão julgados pelos ministros do Supremo.
Com a conclusão da argumentação de Gurgel, serão iniciadas na próxima segunda-feira (6) as sustentações orais dos advogados de defesa dos 38 acusados. Cada defensor terá até uma hora para apresentar a defesa e rebater os argumentos do procurador.
No início de sua fala, Gurgel citou a teoria do filósofo Nicolau Maquiavel e afirmou que “os fins não justificam os meios” quando o resultado “ignora o que é moralmente correto, juridicamente admissível”.
“Há quem tente justificar a tese de que um político poderia se comportar de modo disforme à moral comum. [...] Não se justifica o injustificável”, afirmou. Segundo ele, não se pode ferir “as regras do jogo democrático, não importando quem sejam os jogadores.”
Líder do grupoDe acordo com Roberto Gurgel, o conjunto de provas da ação penal é “contundente quanto à atuação de José Dirceu como líder” do suposto esquema. O procurador usou 26 minutos para acusar o ex-ministro da Casa Civil.
Na defesa apresentada ao Supremo, José Dirceu negou que tenha utilizado o cargo de ministro para beneficiar empresas que supostamente repassavam dinheiro para o esquema. Ele afirmou que as negociações não partiram do governo e que não tinha controle sobre as finanças do PT.
“Afirmo que a prova é contundente quanto à atuação de José Dirceu como líder do grupo criminoso.” [...] Nada, absolutamente nada, acontecia sem a prévia autorização de José Dirceu”, declarou o procurador.
Gurgel disse que, “sem risco de cometer injustiça, [José Dirceu] foi a principal figura de todo o apurado”.
“Foi José Dirceu que formatou sistema ilícito da formação da base aliada mediante pagamento ilícito. [...] Comandou os demais integrantes para a consecução de seus objetivos. [...] Autor intelectual não envia mensagem, não movimenta contas, age por intermédio de laranjas, não se relaciona diretamente com secundários da quadrilha, não deixando rastros facilmente perceptíveis.”
Uso de carro-forteDurante acusação aos réus do processo, o procurador-geral afirmou que funcionários de Marcos Valério, citado como “operador” e responsável pela obtenção do dinheiro que abasteceu o esquema, tiveram que alugar um carro-forte para transportar valores que seriam pagos a parlamentares.
“As agências de Valério, só nesta oportunidade, tinham R$ 650 mil em espécie, que foram transportados pelo carro-forte. Algo que poucas agências têm em espécie nos dias de hoje”, afirmou, ao ler trecho das alegações finais que citava que o ex-assessor parlamentar do PP João Cláudio Genu recebeu dinheiro transportado pelo carro-forte.
Ainda segundo Gurgel, o publicitário Marcos Valério era o “operador do mensalão” e, conforme os supostos pagamentos e acordos em troca de apoio político aumentavam, seu papel se tornava mais importante na organização criminosa denunciada.
“Na medida em que se intensificavam os acordos, ele [Valério] tornou-se personagem influente com poder até para influenciar os acordos com a base aliada”, disse. Segundo Gurgel, Valério tornou-se o “homem de confiança de Dirceu”.
Para o procurador, “Dirceu foi o mentor do esquema enquanto Valério foi seu principal operador”. “A prova não deixa dúvidas de que Dirceu teve a ideia, mas era necessário o dinheiro”, disse Gurgel.
Nas alegações entregues ao Supremo, a defesa de Valério confirmou que foram feitos empréstimos ao PT, mas negou irregularidades. Disse acreditar que o dinheiro seria usado para quitar dívidas de campanha.
Dinheiro recebido
Gurgel afirmou que parlamentares, outros políticos e assessores receberam pagamento em dinheiro de várias formas pelo apoio ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso - veja quem recebeu dinheiro.
“Todos esses pagamentos estão documentalmente comprovados nos autos. [...] Em vários casos, temos pagamentos até semanais”, destacou Gurgel, que relatou casos de saques na boca do caixa em agências do Banco Rural, entrega de dinheiro em hotéis ou pessoalmente em outros locais marcados.
Ainda conforme o procurador, o esquema do mensalão ocorria da seguinte maneira: efetuados acordos com partidos e parlamentares, o acusado de operar o esquema, Marcos Valério, providenciava o dinheiro e o entregava aos destinatários indicados por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.
Desabafo
No segundo dia de julgamento do processo, o procurador também fez um desabafo: “Em 30 anos de Ministério Público, completados no dia 12 de julho último, jamais enfrentei, e acredito que nenhum procurador-geral anterior, nada sequer comparável à onda de ataques grosseiros e mentirosos de caudalosas diatribes e verrinas, arreganhos de toda espécie, por variados meios, por notórios magarefes da honra que não possuem, tudo a partir do momento em que ofereci as alegações finais nesta ação penal, tudo evidentemente para constranger e intimidar.” Depois de encerrada a sessão, ele classificou a “quadrilha” que denunciou como “extremamente arrogante”. (G1)
Ao final da exposição, Gurgel requereu a expedição dos mandados de prisão “cabíveis” assim que o julgamento terminar. A previsão é de que as sessões sobre o caso avancem até o início de setembro. A expectativa era de que réus eventualmente condenados pudessem aguardar em liberdade a publicação do acórdão da decisão para questioná-lo. Por ser tratar de decisão da Suprema Corte, a condenação não poderia ser revertida, mas eventuais penas, sim.
Procurador-geral falou por quase 5 horas para acusar envolvidos no caso. Nada acontecia sem autorização de José Dirceu, afirmou Roberto Gurgel- Divulgação
Gurgel disse estar “plenamente convencido” de que as provas produzidas “comprovam a existência do esquema de cooptação de apoio político descrito na denúncia”. “Demonstramos os graves crimes cometidos. Só não produzimos a prova impossível. [...] Provas são suficiente para a condenação dos réus.”
O procurador disse que “altas autoridades devem servir de paradigma para a sociedade” e pediu perdas de cargo, sanções patrimoniais (devolução de dinheiro) e cassação de eventuais aposentadorias.
Ao concluir, citou trecho da música “Vai Passar”, de Chico Buarque: “Dormia, a nossa pátria mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída, em tenebrosas transações.”
Durante todo o tempo da sessão, ele fez a leitura da peça de acusação, sem ser interrompido. Foi ouvido pelos ministros do Supremo e por advogados de réus que estavam na plateia.
‘Maculou gravemente a República’Segundo a denúncia da Procuradoria, o mensalão foi um esquema ilícito de arrecadação de recursos usados para pagar parlamentares pela aprovação, no Congresso, de matérias de interesse do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
“Foi o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção, de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil. Maculou gravemente a República. Foi um sistema de enorme movimentação financeira com objetivo de comprar votos de parlamentares nas matérias importantes para os líderes criminosos”, afirmou, em referência aos acusados do núcleo político do grupo: o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
A acusação de Gurgel ocupou toda a sessão no segundo dia do julgamento, que começou às 14h25 e terminou às 19h45 – com intervalo de 30 minutos. Para o procurador, não há provas nos autos para a condenação de dois acusados: o ex-ministro Luiz Gushiken e Antônio Lamas, irmão de outro réu.
Em 2006, o ex-procurador Antonio Fernando de Souza denunciou 40 pessoas, mas um morreu (José Janene) e outro fez acordo com Ministério Público (Sílvio Pereira). Mesmo com o pedido de Gurgel para absolvição de dois réus, todos os 38 acusados serão julgados pelos ministros do Supremo.
Com a conclusão da argumentação de Gurgel, serão iniciadas na próxima segunda-feira (6) as sustentações orais dos advogados de defesa dos 38 acusados. Cada defensor terá até uma hora para apresentar a defesa e rebater os argumentos do procurador.
No início de sua fala, Gurgel citou a teoria do filósofo Nicolau Maquiavel e afirmou que “os fins não justificam os meios” quando o resultado “ignora o que é moralmente correto, juridicamente admissível”.
“Há quem tente justificar a tese de que um político poderia se comportar de modo disforme à moral comum. [...] Não se justifica o injustificável”, afirmou. Segundo ele, não se pode ferir “as regras do jogo democrático, não importando quem sejam os jogadores.”
Líder do grupoDe acordo com Roberto Gurgel, o conjunto de provas da ação penal é “contundente quanto à atuação de José Dirceu como líder” do suposto esquema. O procurador usou 26 minutos para acusar o ex-ministro da Casa Civil.
Na defesa apresentada ao Supremo, José Dirceu negou que tenha utilizado o cargo de ministro para beneficiar empresas que supostamente repassavam dinheiro para o esquema. Ele afirmou que as negociações não partiram do governo e que não tinha controle sobre as finanças do PT.
“Afirmo que a prova é contundente quanto à atuação de José Dirceu como líder do grupo criminoso.” [...] Nada, absolutamente nada, acontecia sem a prévia autorização de José Dirceu”, declarou o procurador.
Gurgel disse que, “sem risco de cometer injustiça, [José Dirceu] foi a principal figura de todo o apurado”.
“Foi José Dirceu que formatou sistema ilícito da formação da base aliada mediante pagamento ilícito. [...] Comandou os demais integrantes para a consecução de seus objetivos. [...] Autor intelectual não envia mensagem, não movimenta contas, age por intermédio de laranjas, não se relaciona diretamente com secundários da quadrilha, não deixando rastros facilmente perceptíveis.”
Uso de carro-forteDurante acusação aos réus do processo, o procurador-geral afirmou que funcionários de Marcos Valério, citado como “operador” e responsável pela obtenção do dinheiro que abasteceu o esquema, tiveram que alugar um carro-forte para transportar valores que seriam pagos a parlamentares.
“As agências de Valério, só nesta oportunidade, tinham R$ 650 mil em espécie, que foram transportados pelo carro-forte. Algo que poucas agências têm em espécie nos dias de hoje”, afirmou, ao ler trecho das alegações finais que citava que o ex-assessor parlamentar do PP João Cláudio Genu recebeu dinheiro transportado pelo carro-forte.
Ainda segundo Gurgel, o publicitário Marcos Valério era o “operador do mensalão” e, conforme os supostos pagamentos e acordos em troca de apoio político aumentavam, seu papel se tornava mais importante na organização criminosa denunciada.
“Na medida em que se intensificavam os acordos, ele [Valério] tornou-se personagem influente com poder até para influenciar os acordos com a base aliada”, disse. Segundo Gurgel, Valério tornou-se o “homem de confiança de Dirceu”.
Para o procurador, “Dirceu foi o mentor do esquema enquanto Valério foi seu principal operador”. “A prova não deixa dúvidas de que Dirceu teve a ideia, mas era necessário o dinheiro”, disse Gurgel.
Nas alegações entregues ao Supremo, a defesa de Valério confirmou que foram feitos empréstimos ao PT, mas negou irregularidades. Disse acreditar que o dinheiro seria usado para quitar dívidas de campanha.
Dinheiro recebido
Gurgel afirmou que parlamentares, outros políticos e assessores receberam pagamento em dinheiro de várias formas pelo apoio ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso - veja quem recebeu dinheiro.
“Todos esses pagamentos estão documentalmente comprovados nos autos. [...] Em vários casos, temos pagamentos até semanais”, destacou Gurgel, que relatou casos de saques na boca do caixa em agências do Banco Rural, entrega de dinheiro em hotéis ou pessoalmente em outros locais marcados.
Ainda conforme o procurador, o esquema do mensalão ocorria da seguinte maneira: efetuados acordos com partidos e parlamentares, o acusado de operar o esquema, Marcos Valério, providenciava o dinheiro e o entregava aos destinatários indicados por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.
Desabafo
No segundo dia de julgamento do processo, o procurador também fez um desabafo: “Em 30 anos de Ministério Público, completados no dia 12 de julho último, jamais enfrentei, e acredito que nenhum procurador-geral anterior, nada sequer comparável à onda de ataques grosseiros e mentirosos de caudalosas diatribes e verrinas, arreganhos de toda espécie, por variados meios, por notórios magarefes da honra que não possuem, tudo a partir do momento em que ofereci as alegações finais nesta ação penal, tudo evidentemente para constranger e intimidar.” Depois de encerrada a sessão, ele classificou a “quadrilha” que denunciou como “extremamente arrogante”. (G1)
Rio 2016 tem plano para evitar falhas na venda de ingressos
A organização dos Jogos do Rio-2016 quer "flexibilizar" a venda de ingressos e a ocupação de última hora de espaços vazios nas arenas olímpicas para evitar os problemas enfrentados por Londres-2012, disse nesta sexta-feira o diretor-geral do Comitê Olímpico e Paraolímpico carioca, Leonardo Gryner.
Em entrevista coletiva em Londres para marcar os quatro anos restantes para a Olimpíada do Rio, Gryner afirmou que o plano é, assim que for identificado que uma arena vai estar com lugares vazios, "poder ocupá-la em cima da hora" - por exemplo, com pessoas que estejam esperando nos arredores do estádio ou ginásio.Notícias relacionadas
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"A questão dos ingressos é uma preocupação de qualquer comitê organizador", disse Gryner. "É um desafio controlar a presença das pessoas nos estádios. Elas compram ou ganham os ingressos, mas não comparecem. Tenho certeza que o Rio vai ter um resultado melhor do que Londres, mas reconhecemos que é um desafio imenso."
A percepção de que muitos assentos estão vazios durante as competições olímpicas tem sido uma das principais críticas feitas ao comitê organizador de Londres-2012. Em algumas arquibancadas, havia muito poucas pessoas nas áreas credenciadas para a "Família Olímpica", espaço voltado para autoridades, federações esportivas, atletas, jornalistas e patrocinadores.
Alguns lotes de ingressos foram colocados à venda nos últimos dias, para tentar driblar o problema. Mas teme-se que muitos ingressos corporativos (cedidos a empresas e patrocinadores) não estejam sendo usados.
Gryner disse que não pretende eliminar o modelo de "Família Olímpica", mas flexibilizá-lo: "quando for um jogo de etapa preliminar, com menos interesse de VIPs, podemos oferecer mais lugares para o público, e ampliar as áreas de imprensa e hospitalidade para jogos de mais demanda".
Transporte
Outra grande preocupação para Rio-2016, diz Gryner, é com o sistema de transporte. "A lição é que aqui (em Londres) o transporte está funcionando bem. Vamos levar a experiência para o Rio."O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e Maria Silvia Bastos Marques, presidente da Empresa Olímpica Municipal, que participaram da coletiva por teleconferência, detalharam os planos para sete trechos de metrô ou BRT (rapid bus transit, similar a um trem de superfície).
Segundo ela, dois dos trechos da BRT Transcarioca, na Barra e próximo ao Maracanã, ficarão prontos a tempo para a Copa de 2014.
O principal legado, dizem as autoridades, será o Parque Olímpico, na Barra, cuja previsão de conclusão é em dezembro de 2015 e que vai virar um centro de treinamento para atletas de ponta.
Paes, que no dia 12 de agosto participará da cerimônia de passagem de Londres-2012 para Rio-2016, citou o "compromisso de entregar (as arenas) com bastante antecedência, para que tudo possa ser testado".
Gryner afirmou que o comitê organizador tem 150 observadores em Londres, para tirar lições de áreas como transporte, saúde e esportes. A principal meta deles é levar de volta ao Brasil uma dimensão da demanda criada pelos Jogos à estrutura da cidade.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Procurador-geral da República apresenta acusações do mensalão; assista ao vivo
Logo após a abertura do segundo dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Gurgel, procurador-geral da República, deu início nesta sexta-feira à leitura das acusações contra os 38 réus do mensalão.
Gurgel representa a acusação e já deveria ter começado sua apresentação na quinta-feira, mas um embate entre os ministros Joaquim Barbosa (relator do caso) e Ricardo Lewandowski (revisor) atrasou o primeiro dia do julgamento.
Ele terá cinco horas para expor seus argumentos.
Logo após uma abertura, onde citou reportagens sobre o assunto, Gurgel voltou a dizer que o caso foi o escândalo de corrupção "mais atrevido" da história brasileira e que tem "provas contundentes" contra o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.
Na quinta-feira, os ministros do STF rejeitaram por 9 votos contra 2 o pedido do advogado e ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, que defende um dos réus, pelo desmembramento do processo.
O pedido era de que os réus que não têm foro privilegiado fossem julgados pela primeira instância. O argumento, que já havia sido discutido pela corte suprema, foi rejeitado sob a justificativa de que há coautoria e o processo não pode ser dividido em tribunais diferentes.
Gurgel representa a acusação e já deveria ter começado sua apresentação na quinta-feira, mas um embate entre os ministros Joaquim Barbosa (relator do caso) e Ricardo Lewandowski (revisor) atrasou o primeiro dia do julgamento.
Ele terá cinco horas para expor seus argumentos.
Logo após uma abertura, onde citou reportagens sobre o assunto, Gurgel voltou a dizer que o caso foi o escândalo de corrupção "mais atrevido" da história brasileira e que tem "provas contundentes" contra o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.
Na quinta-feira, os ministros do STF rejeitaram por 9 votos contra 2 o pedido do advogado e ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, que defende um dos réus, pelo desmembramento do processo.
O pedido era de que os réus que não têm foro privilegiado fossem julgados pela primeira instância. O argumento, que já havia sido discutido pela corte suprema, foi rejeitado sob a justificativa de que há coautoria e o processo não pode ser dividido em tribunais diferentes.
Hospital terá de pagar R$ 3,8 mi a jovem com gigantismo
Uma britânica que cresceu até os 1,96m devido a um tumor não diagnosticado na glândula pituitária será indenizada em 1,2 milhão de libras (cerca de R$ 3,8 milhões) pelo NHS, o serviço público de saúde da Grã-Bretanha.
Kate Woodward, hoje com 20 anos, teve um crescimento anormal desde a infância e, aos 11 anos, já tinha chegado aos 1,75m. Ela afirmou que a altura fez com que ela sempre fosse vista como uma "aberração".Tópicos relacionados
Os advogados da jovem diziam que os médicos do serviço público de saúde deixaram de detectar o tumor, apesar de constantes atendimentos à paciente entre 2001 e 2005.
Sem tratamento, a doença acabou causando problemas nas costas, joelhos e dentes de Kate, o que, segundo a britânica, arruinou os seus planos de seguir a carreira de atriz.
"Minha avaliação é de que a vida da autora da ação foi, sem dúvida, muito afetada e sempre será muito diferente do que ela esperava. Isto vai resultar em uma indenização considerável", disse o juiz do caso na Alta Corte de Londres, Stuart Baker.
Segundo Baker, Woodward, que pesa cerca de 150 quilos, não pode fazer muitas das atividades que a maioria das jovens realiza, não consegue encontrar roupas em lojas normais e ainda sofre com os comentários cruéis de terceiros sobre sua condição.
'Vida arruinada'
Woodward entrou com processo e pediu indenização pela dor e sofrimento que passou e também pelas despesas médicas e o dinheiro gasto para fazer roupas sob encomenda, pois, devido ao seu crescimento anormal, ela não consegue encontrar roupas em lojas comuns.Em um depoimento no tribunal durante as audiências do processo, a jovem disse que tinha o desejo de ser atriz desde os 5 anos de idade e que chegou a ganhar prêmios na Academia de Música e Artes Dramáticas de Londres.
"Eu estava crescendo e, efetivamente, ficando mais feia, até o ponto em que você não pode mais se tornar uma atriz", disse.
Woodward agora quer ser roteirista, mas os problemas de saúde estão atrapalhando seus estudos na universidade.
"Ela é muito consciente em relação à altura e sente que isto a deixou marcada como uma aberração", disse o advogado de Woodward, Stephen Grimes, durante o julgamento.
A jovem começou a crescer de forma anormal a partir dos 8 anos de idade e recebeu tratamento em pelo menos dois hospitais na cidade de Leeds.
Os médicos só descobriram o tumor em 2005. Desde então, a maior parte do tumor foi removida, mas a jovem já sofria com crescimento excessivo e problemas nos ossos.
Parte do tumor não pode ser removida. Ela continua recebendo hormônios e, recentemente, teve problemas na vesícula.
Segundo Grimes, a vida de Woodward foi, de certa forma, "arruinada".
"(A vida de Woodward) não foi completamente arruinada, não na mesma categoria de uma tetraplégica com dano cerebral, mas a vida dela foi afetada de forma trágica de várias maneiras", afirmou o advogado.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Antártida já teve palmeiras e temperaturas subtropicais, dizem cientistas
Cientistas que realizam escavações na Antártida desencavaram provas de que a região já abrigou palmeiras, há milhões de anos.
Análises de pólen, matéria vegetal e dejetos de pequenos criaturas forneceram um retrato climático do antigo período Eoceno, há 53 milhões de anos.Notícias relacionadas
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O início do período Eoceno, que foi marcado por uma espécie de ''efeito estufa'' do passado, tem despertado crescente interesse científico, já que teria semelhanças com o momento atual da Terra.
''Há duas maneiras de observarmos para onde iremos no futuro'', afirmou em entrevista à BBC o coautor do estudo, James Bendle, da Universidade de Glasgow.
'De volta para o futuro'
''Uma das maneiras é usar modelos baseados na física, mas cada vez mais estamos usando este procedimento 'de volta para o futuro' no qual observamos períodos geológicos do passado que podem ser similares ao caminho que estamos propensos a seguir dentro de dez, vinte ou cem anos'', disse Bendle.O início do período Eoceno foi uma época de concentração atmosférica de CO2 maior do que a atual marca de 390 partes por milhão (ppm), tendo alcançado em torno de 600 ppm e possivelmente uma marca ainda mais elevada.
As temperaturas globais estavam em média 5 graus Celsius mais altas e não havia um contraste extremo de temperaturas entre os polos e o equador.
Perfurações realizadas recentemente mostram que o Ártico deve ter tido um clima subtropical.
Mas a Antártida apresenta um complexo desafio. A glaciação há 34 milhões de anos varreu boa parte do sedimento que poderia nos fornecer pistas sobre o clima do passado e deixou quilômetros de gelo por cima do que permaneceu daquela época.
Agora, o Programa Integrado de Perfuração Oceânica Integrada (IODP, na sigla em inglês) literalmente chegou ao fundo do que foi o eoceno da região antártica, ao realizar uma perfuração de quatro quilômetros na região leste da Antártida.
A sonda então perfurou através de um quilômetro de sedimento para trazer amostras da época do eoceno. Juntamente com o sedimento, vieram grãos de pólen de palmeiras que eram parentes das baobá e macadâmia da atualidade.
O importante é que a matéria vegetal encontrada também trazia resquícios de organismos unicelulares chamados archaea.
Termômetros de milhões de anos
A estrutura celular destes organismos exibem mudanças moleculares que dependem da temperatura do solo no local onde elas vivem. Suas estruturas permanecem fielmente preservadas após elas morrerem.Elas são, na prática, pequenos termômetros enterrados de 53 milhões anos atrás. Archaea mantêm sua estrutura ao longo de milhões de anos, dando pistas sobre temperaturas do passado distante.
Os dados sugerem que até mesmo nos períodos mais sombrios do inverno antártico, a temperatura nunca caiu abaixo de 10 graus e que no verão as temperaturas diurnas ficavam na faixa dos 20 graus.
As planícies costeiras abrigou palmeiras e áreas mais para o interior contavam com faias e coníferos.
Bendle afirma que, ainda que oferecendo uma versão análoga à Terra moderna, o Eoceno apresenta elevações de níveis de CO2 que não serão alcançados tão cedo e que talvez jamais venham a ser alcançados caso ocorra uma redução na emissão de CO2.
Mas, de acordo com o especialista, os resultados dos estudos ligados ao período Eoceno podem nos ajudar a aprimorar os modelos de computador que estão sendo usados para avaliar o quão sensível é o clima às emissões que seguramente aumentarão no curto prazo.
Julgamento histórico contrasta com mobilização tímida diante do STF
Enquanto os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) travavam dura discussão no início de um dos julgamentos mais importantes da história do órgão, do lado de fora da corte, na Praça dos Três Poderes, os manifestantes mobilizados pelo julgamento podiam ser contados nos dedos.
Sob o forte sol das 14h na época mais seca do ano em Brasília, oito pessoas se debruçavam nas grades montadas ao redor do órgão enquanto o tribunal começava a analisar a denúncia do mensalão, "o mais ousado e escandaloso esquema de corrupção e desvio de dinheiro público descoberto no Brasil", segundo a Procuradoria-Geral da República.Notícias relacionadas
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Para Nicole, o julgamento não diz respeito somente aos 38 réus, que respondem por crimes como corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. "Os réus são todo o Congresso brasileiro, são todos os políticos corruptos".
Ao seu lado, dois estudantes (Rafael Porfírio, 17, e João Pedro Dutra, 14) também se diziam impressionados com o vazio da praça. Eles defendem que, além de condenados, os réus devolvam o dinheiro supostamente desviado pelo esquema.
Planos frustrados
Os estudantes eram maioria entre os manifestantes. Aluna de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Laila Tavares, 21, diz ter economizado dinheiro por dois meses para comprar a passagem aérea para Brasília.Ela esperava acompanhar o julgamento dentro do tribunal, mas foi barrada nas grades pelos seis seguranças que controlavam o principal acesso à corte. O motivo alegado: não vestia trajes adequados, com blusa decotada e braços à mostra.
Tavares diz que tentará entrar no STF outra vez na sexta-feira, desta vez com roupa mais formal, e que permanecerá em Brasília enquanto durar a greve nas universidades federais, iniciada em maio.
"Seria um grande avanço se os réus fossem condenados e perdessem os direitos políticos, mas acho que não vai acontecer", diz a estudante.
'Eliana Calmon'
Sentado num banco em frente à corte, o dentista Francisco Lima Tabajara estava mais confiante quanto ao desfecho do caso. Para ele, declarações recentes da corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, forçariam o STF a "julgar o caso com seriedade".Na semana passada, a corregedora provocou polêmica ao dizer que o Supremo seria julgado pela opinião pública durante o processo do mensalão. A fala de Calmon foi criticada pelo ministro do Supremo Marco Aurélio Mello, para quem "colocava o Supremo como uma instituição passível de sofrer pressões."
Segundo Tabajara, porém, a corregedora está certa em cobrar o órgão. "O Marco Aurélio disse que ela está falando muito, mas a população está gostando do que ela fala."
Tabajara pendurou nas grades em volta da corte uma mensagem que enaltecia atuação da corregedora: "Ainda bem que temos a Dra Eliana Calmon para salvar o Judiciário!"
Pró-PT
Nos intervalos das sessões fotográficas ao lado da faixa para jornais e agências de notícias, ele conversava com a única manifestante que não cobrava punição aos réus, a servidora da Funai (Fundação Nacional do Índio) Thereza Alencar. O dentista, índio da etnia Guajajara, a conhecia por seu trabalho no órgão.Com camiseta e bandeira do PT, Alencar diz esperar que o julgamento "seja técnico e não político".
"Não houve mensalão, o PT não comprou a base aliada. Isso foi apenas uma invenção do (ex-deputado federal) Roberto Jefferson". O ex-deputado, do PTB do Rio de Janeiro, foi o primeiro a denunciar o esquema, em 2005.
"Estão usando o julgamento para derrotar o PT nas eleições municipais."
Apesar da posição da servidora, Tabajara não se importava em ser fotografado ao seu lado. "Discordo da opinião dela sobre o julgamento e discordo da posição da Funai, mas temos que dialogar."
"Espero que os juízes também dialoguem aí dentro e deem uma solução satisfatória para a população.”
Rebeldes denunciam novo massacre e atacam base militar na Síria
Os rebeldes sírios acusaram nesta quinta-feira o regime do presidente Bashar al-Assad de matar ao menos 70 pessoas em um novo massacre na capital, Damasco. Em Aleppo, os opositores capturaram um tanque de guerra e atacaram uma importante base militar.
As notícias chegam ao mesmo tempo em que Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, renunciou ao papel de enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria.Tópicos relacionados
Testemunhas relataram à agência de notícias Reuters terem visto ao menos 35 corpos amontoados em um subúrbio, e outras dezenas de cadáveres teriam sido encontrados com marcas de balas em outros bairros.
As acusações chegam em meio à escalada de violência no país.
Os confrontos em Damasco continuam e em Aleppo, segunda maior cidade do país, rebeldes e forças do governo aumentaram os embates pelo controle de alguns bairros.
Em um novo desdobramento, comandantes rebeldes disseram ter capturado um tanque de guerra do Exército sírio e atacado a estratégica base militar de Menagh, ao norte de Aleppo, de onde o regime vinha lançando artilharia contra os opositores.
Um repórter da agência de notícias France Presse e o Observatório Sírio de Direitos Humanos, organização baseada em Londres, confirmaram a captura do tanque.
Execuções
Também nesta quinta-feira houve acusações de execuções sumárias por parte dos rebeldes.O Conselho Nacional Sírio (CNS), organização que reúne os opositores, criticou militantes que executaram prisioneiros de milícias pró-governo em Aleppo.
Rebeldes foram acusados de ter executado mais de 30 membros de milícias pró-Assad
Organizações de direitos humanos condenaram os atos, que podem ser classificados como crimes de guerra.
Instabilidade
Jim Muir, analista da BBC baseado no Líbano, diz que até o momento a iniciativa dos combates em Aleppo parece ser dos rebeldes."É difícil obter uma visão estratégica do que está acontecendo em Aleppo (...) mas parece muito diferente do que aconteceu em Damasco, onde as forças do governo reagiram prontamente e expulsaram os rebeldes da cidade em um processo sistemático que levou menos de uma semana".
Ele destaca ainda que o Exército do regime parece ainda não ter colocado em uso todo o seu poder de fogo na região, o que dá espaço para os opositores avançarem.
"Ao capturar um estratégico ponto de fronteira em Anadan, os rebeldes abriram uma rota direta de suprimentos na fronteira com a Turquia, de onde acredita-se que eles tenham recebido armamentos capazes de disparar mísseis antiaéreos", diz Muir.
Na visão do analista a instabilidade e demora das forças pró-Assad em organizar uma ofensiva têm dado mais tempo aos rebeldes para aumentarem seu controle em Aleppo.
Em outros desdobramentos:
- Soldados sírios atiraram contra tropas da Jordânia que estavam aguardando a chegada de refugiados na fronteira, informam autoridades jordanianas;
- A imprensa americana diz que o presidente Barack Obama aprovou no início deste ano que a CIA e outras agências ajudassem os rebeldes sírios;
- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está em Londres e a guerra civil na Síria deve ser um dos temas a serem discutidos com o premiê da Grã-Bretanha, David Cameron;
- A ONU disse que ao menos 3 milhões de sírios necessitam de ajuda alimentar;
Mensalão é 'prova de fogo' para Justiça brasileira
Ao analisar a denúncia do mensalão, o Supremo Tribunal Federal (STF) não só fará o julgamento mais importante de seus últimos 50 anos como determinará a posição do Judiciário brasileiro em futuros casos de corrupção, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil.
Nesta quinta-feira, o órgão começa a julgar a denúncia de que, entre 2003 e 2005, o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desviou recursos públicos para comprar apoio político.Tópicos relacionados
Para Octaciano da Costa Nogueira, ex-professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB), trata-se do julgamento mais importante no Brasil desde a Constituição de 1946.
Ele afirma que o STF jamais analisou um caso que envolvesse tantos réus (38). "Vai ser a primeira prova de fogo para o Judiciário brasileiro no âmbito político", diz à BBC Brasil.
Opinião pública
Segundo Nogueira, caso os réus sejam condenados, o STF sinalizará aos políticos brasileiros que a corrupção não ficará impune. Ele diz, no entanto, que se forem apresentadas provas dos crimes e mesmo assim a corte absolver os acusados, a decisão enfraquecerá o Judiciário."A opinião pública também desacreditará a Procuradoria-Geral da República, que fez denúncia dessa natureza e não conseguiu condenar ninguém", diz Nogueira.
Na semana passada, uma declaração semelhante da corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, provocou polêmica. Calmon disse que o STF seria julgado pela opinião pública durante o processo do mensalão.
"Há por parte da nação uma expectativa muito grande e acho também que o Supremo está tendo o seu grande julgamento ao julgar o mensalão."
O ministro do Supremo Marco Aurélio Mello classificou a afirmação de "inoportuna". "Penso que a fala não contribui para o engrandecimento do Judiciário, porque acaba colocando o Supremo como se fosse uma instituição passível de sofrer pressões."
Amadurecimento
Já para José Álvaro Moisés, professor de ciência política da Universidade de São Paulo (USP), independentemente do resultado do julgamento, o avanço da denúncia demonstra um amadurecimento das instituições no país."Que isso tenha sido apurado pela Polícia Federal, denunciado pelo Ministério Público e que a denúncia tenha sido acolhida pelo Supremo, mostra que no Brasil, apesar de dificuldades e distorções no sistema democrático, estamos avançando rumo a um maior controle da corrupção."
Segundo analistas, imagem de Dilma Rousseff dificilmente será afetada pelo julgamento
Ele afirma, no entanto, que "uma coisa é levar esses casos a julgamento; outra é o exame técnico das provas". "Às vezes, processo policial e do Ministério Público não produz provas suficientes."
Segundo Moisés, a produção de provas no Brasil exige uma "materialidade muito concreta".
Caso as provas não sejam tão contundentes, diz ele, o Supremo terá diante de si um dilema: "Como a corte vai se conduzir se houver indicações de que houve crime contra interesse público, mas não provas materiais?"
Estímulo para mudança
O professor diz acreditar que, caso os réus sejam condenados, haverá um estímulo para que a cultura política brasileira mude."O Brasil não é único país a ter corrupção, mas aqui há muita e ela é endêmica. Uma sinalização do Supremo para dizer que isso não pode continuar, ou para dizer que não houve nada grave, terá efeito muito importante sobre sociedade."
Mesmo que os réus sejam condenados, Moisés diz que a presidente Dilma Rousseff dificilmente será afetada. "Não obstante pertença ao PT, ela tomou série de medidas para manter equidistância desse processo."
Moisés cita as 12 trocas de ministros promovidas por Dilma – boa parte envolvidos em denúncias de corrupção – como outro sinal de que a presidente não é conivente com desvios de conduta, segundo ele.
Já Lula, segundo ele, tem muito a perder se houver condenações. "Se ficar claro que houve mancha de corrupção em seu governo, isso afetará a imagem histórica dele."
"Não anulará a imagem de que foi bom em alguns aspectos, mas mostrará que foi conivente ou solidário com alguns atos de corrupção extremamente graves".
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Morreu na noite desta terça-feira nos Estados Unidos o escritor e comentarista político americano Gore Vidal, aos 86 anos.
De acordo com o sobrinho de Vidal, Burr Steers, ele já estava doente havia algum tempo e sofreu complicações decorrentes de uma pneumonia em sua casa em Los Angeles.
Considerado um dos escritores americanos mais ilustres do século passado, ele produziu 25 livros, incluindo os best-sellers Lincoln e Myra Breckenridge, além de peças e roteiros para cinema - entre eles, o do filme Ben-Hur.
Ao lado de Truman Capote e Norman Mailer, ele fez parte de uma geração de escritores que eram também celebridades. Seu comentários ácidos e espirituosos eram bastante apreciados; Vidal aparecia constantemente em talk shows na TV e em colunas sociais.
Seu círculo de amigos incluiu Tennessee Williams, Orson Welles e Frank Sinatra.
Ele também era próximo da família Kennedy, em especial de Jackie Kennedy, que era sua irmã de criação.
Eugene Luther Gore Vidal nasceu no dia 3 de outubro de 1925 em um hospital militar em West Point, no estado de Nova York. Filho de um tenente da aeronáutica e uma socialite, ele era herdeiro de um tradicional clã do mundo da política americana.
Vidal passou a infância em Washington, em contato com o avô, o senador T.P. Gore, que teria sido uma grande influência sobre sua visão do mundo e posição política - ele sempre foi um ferrenho crítico do intervencionismo americano.
Ele concorreu duas vezes ao Congresso pelo Partido Democrata, em 1960 e 1982, sem sucesso.
Deu início à carreira literária aos 19 anos e continuou escrevendo por mais de 60 anos.
Vidal não fugia de temas polêmicos, como religião, política e sexualidade. No livro A Cidade e o Pilar, publicado em 1946, ele tocou no tema do homossexualismo. Foi uma das primeiras obras a apresentar personagens abertamente gays.
Em 1950, conheceu Howard Austen, que foi seu parceiro por toda a vida e com quem morou boa parte da sua vida, na Itália. Em 2005, depois da morte de Austen, Vidal decidiu se mudar para Los Angeles.
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Ao lado de Truman Capote e Norman Mailer, ele fez parte de uma geração de escritores que eram também celebridades. Seu comentários ácidos e espirituosos eram bastante apreciados; Vidal aparecia constantemente em talk shows na TV e em colunas sociais.
Seu círculo de amigos incluiu Tennessee Williams, Orson Welles e Frank Sinatra.
Ele também era próximo da família Kennedy, em especial de Jackie Kennedy, que era sua irmã de criação.
Eugene Luther Gore Vidal nasceu no dia 3 de outubro de 1925 em um hospital militar em West Point, no estado de Nova York. Filho de um tenente da aeronáutica e uma socialite, ele era herdeiro de um tradicional clã do mundo da política americana.
Vidal passou a infância em Washington, em contato com o avô, o senador T.P. Gore, que teria sido uma grande influência sobre sua visão do mundo e posição política - ele sempre foi um ferrenho crítico do intervencionismo americano.
Ele concorreu duas vezes ao Congresso pelo Partido Democrata, em 1960 e 1982, sem sucesso.
Deu início à carreira literária aos 19 anos e continuou escrevendo por mais de 60 anos.
Vidal não fugia de temas polêmicos, como religião, política e sexualidade. No livro A Cidade e o Pilar, publicado em 1946, ele tocou no tema do homossexualismo. Foi uma das primeiras obras a apresentar personagens abertamente gays.
Em 1950, conheceu Howard Austen, que foi seu parceiro por toda a vida e com quem morou boa parte da sua vida, na Itália. Em 2005, depois da morte de Austen, Vidal decidiu se mudar para Los Angeles.
Seca nos EUA traz ‘oportunidades’ para Brasil e dor de cabeça para muitos
Celebração para poucos, preocupações para muitos. É o cenário de efeitos que a pior seca nos Estados Unidos em um quarto de século desperta nos países da América Latina.
Embora a menor safra de milho e soja possa reduzir a exportação americana desses produtos – abrindo espaço e oportunidades de negócios para produtores no Brasil e na Argentina, por exemplo –, os efeitos do clima sobre os preços dos alimentos ameaçam a segurança alimentar de locais onde o milho é um alimento básico – como o México e o resto da América Central.Notícias relacionadas
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Cálculos do Banco Mundial estimam que cada aumento de 10% nos preços das commodities agrícolas ao longo de um ano carrega um repasse de 0,8 ponto percentual para o principal indicador usado para balizar a meta de inflaçao do governo, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
"Do ponto de vista dos produtor rural, o Brasil está numa boa posição (para ganhar com a seca nos EUA), porque tem uma boa previsão de safra e está na época em que pode ajustar essa produção para aumentar a colheita", disse à BBC Brasil o principal especialista em agricultura do Banco Mundial, Willem Janssen.
"Em termos de consumo, é menos positivo, porque o Brasil tem muitos consumidores pobres –especialmente nas grandes cidades – e eles terão de pagar mais caro se essa crise no preço dos alimentos chegar na ponta.”
Oportunidade
O mais recente relatório do Departamento de Agricultura americano (USDA, na sigla em inglês) mostra que a situação do milho e da soja no chamado Cinturão do Milho, no meio-oeste do país, se deteriorou ainda mais na semana passada, aproximando-se de condições só verificadas pela última vez em 1988.Assim como naquele ano, 37% da soja americana já foi considerada de má qualidade, enquanto 48% da safra de milho está nesta situação (contra 53% em 1988).
Para Rosemeire Cristina dos Santos, superintendente técnica da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, a pior seca em quase 25 anos acarretará perdas "terríveis" para a colheita destes dois produtos.
No mês passado, o Departamento de Agricultura americano reduziu de 375 milhões de toneladas para 329 milhões de toneladas a previsão de sua safra de milho neste ano.
Como o consumo americano é de cerca de 282 milhões de toneladas de milho, a possibilidade de que o país tenha de importar o alimento é baixa (exceção feita para uma pequena proporção a fim de refazer estoques, que estão baixos por causa da safra passada, também ruim).
Mas uma queda na produção americana abre uma enorme oportunidade para produtores brasileiros nos mercados para os quais os EUA exportam, principalmente países asiáticos.
Soja
O mesmo vale para a soja, cuja previsão de safra nos EUA caiu de 87 milhões de toneladas para 83 milhões de toneladas, das quais ão exportadas cerca de 36 milhões de toneladas."O produtor rural brasileiro está na época de decisão de plantio, ainda pode elevar a área plantada, grande parte dos insumos para a próxima safra já foi adquirida, e ele já está fixando preços para o próximo ano, aproveitando os preços bons", diz Rosemeire dos Santos.
A projeção da CNA para a safra brasileira de soja é de 82-83 milhões de toneladas, com uma previsão de colher mais 68 milhões de toneladas de milho em duas safras (a principal e a chamada safrinha).
Entretanto, Cristina dos Santos lembra que as duas colheitas são de certa forma "concorrentes", disputando espaço principalmente no Centro-Sul.
"Nós achamos que vai ter uma concorrência da soja e do milho e a soja vai ganhar, porque a soja tem muito mais liquidez que o milho", afirma.
Outro lado da moeda
O preço da soja está 30% mais alto desde o início de junho, e 60% acima dos níveis do fim do ano passado, segundo os dados do Banco Mundial. O milho já subiu 45% entre meados de junho.Estes níveis de preço têm injetado volatilidade no mercado de commodities, elevando as incertezas de abastecimento para os contratos futuros – o que por sua vez incentiva uma nova corrida pelos grãos e uma nova rodada de especulação.
Não choveu o suficiente para muitos agricultores americanos este ano
"A preocupação é muito grande com os suínos e aves. O milho e a soja respondem por 80% do custo de produção dessas cadeias, então nós esperamos que o custe dessa cadeia vá explodir nos proximos meses", diz Cristina dos Santos.
Ela lembra que os produtores de carne já estão pressionados pelo embargo russo e a desaceleração geral da economia, que reduziu o consumo do produto.
"Isso vai gerar uma distribuição desigual de renda entre as cadeias produtivas: uma, com um cenário extremamente positivo, a outra, com um cenário muito doloroso."
Em outros países da América Latina, o desequilíbrio de preços é especialmente danoso a países onde o consumo do milho é disseminado, como o México e a América Central.
O preâmbulo da crise alimentar de 2007-08 foram os protestos populares por conta da elevação no preço da tortilla mexicana, resultado da alta no milho.
"Precisamos ter cuidado para não especular sobre consequências políticas. Mas se os preços dos alimentos, sobretudo milho, no México subirem muito, não há razão para esperar um comportamento diferente do passado", reconhece Janssen. "O mesmo vale para Guatemala e os países na América Central."
Segurança alimentar
Para o especialista do Banco Mundial, nesse contexto Brasil deve ver a atual crise de abastecimento não apenas como uma "oportunidade" de curto prazo, mas como uma "obrigação" de manter o resto do mundo alimentado no longo prazo. "A segurança alimentar do mundo vai depender de países como o Brasil, que ainda podem aumentar relativamente fácil a sua produção", diz.Nos últimos cinco anos, é a terceira vez que o mundo assiste a uma elevação nos preços dos alimentos. Para Janssen, "muda o local, mas a frequência com a qual há uma falta de suprimento para satisfazer a demanda existência é simplesmente muito alta."
Todos reconhecem que para se tornar de fato o "celeiro do mundo", o Brasil precisa elevar a sua produtividade – que segundo a CNA é de cerca de 4,5 toneladas por hectare , contra cerca de 11 toneladas nos EUA.
Se no curto prazo os produtores brasileiros podem elevar a safra aumentando a área plantada e colocando mais fertilizante na terra, no longo prazo a resposta do Brasil passaria por fazer escolhas quanto às variedades plantadas, os sistemas de produção e o gerenciamento da colheita em geral, avalia Janssen.
Vídeo sensual provoca demissão de vice-ministra na Costa Rica
A vice-ministra da Juventude e Cultura da Costa Rica, Karina Bolaños, foi demitida após um vídeo no qual aparece em trajes íntimos ter vazado e provocado sensação na internet.
No vídeo, a vice-ministra é vista de sutiã e calcinha diante da câmera, dizendo estar sentindo muita falta de seu namorado.Notícias relacionadas
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"Ainda que as informações que circularam estejam estritamente relacionadas com a vida privada de Bolaños e não com o seu trabalho como funcionária pública, o afastamento do cargo se deu para que ele possa enfrentar esse caso no âmbito privado'', afirmou o ministro da Cultura, Manuel Obregón.
Em entrevista à rede de TV CNN, a ex-vice-ministra disse que ''acreditava que ia ter mais apoio''. E ainda acrescentou que ''o trabalho não deve se medir por questões que são da vida íntima e pessoal''.
Direito à defesa
"Respeito a decisão de dona Laura (Chinchilla), mas como mulher teria direito a me defender", afirmou expressou Bolaños na entrevista à CNN.A vice-ministra disse que respeita o povo da Costa Rica e os jovens que representa, mas acrescentou que ''o vídeo não tem nada que me envergonhe''.
Bolaños contou que o vídeo foi gravado por ela mesma em 2007. De acordo com Bolaños, as imagens que foram parar nas redes sociais foram roubadas de seu computador por um técnico de informática, que desde então vinha tentando extorqui-la.
Ela afirma que não revelou o nome do suposto ladrão do vídeo porque não dispunha de provas para incriminá-lo.
A agora vice-ministra disse que respeita o povo da Costa Rica e os jovens que representa, mas acrescentou que ''o vídeo não tem nada" que a envergonhe'.
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