terça-feira, 19 de março de 2013

Ataques matam 50 no Iraque, dez anos após início da guerra

Pelo menos 50 pessoas morreram após uma série de explosões de carros-bomba e militantes suicidas em áreas xiitas de Bagdá, capital do Iraque, segundo informações das autoridades.
Fontes policiais informaram à BBC que mais de 150 pessoas ficaram feridas na capital e arredores.
Os ataques ocorreram na véspera do décimo aniversário da campanha liderada pelos Estados Unidos no Iraque.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelas explosões, mas correspondentes no Iraque afirmam que um grupo insurgente sunita afiliado à Al-Qaeda aumentou o número de ataques ultimamente, em uma tentativa de desestabilizar o governo do primeiro-ministro xiita Nouri al-Maliki.

Postos de fiscalização

Os primeiros ataques desta terça-feira ocorreram na hora do rush da manhã, com bombas explodindo perto de áreas lotadas, incluindo um mercado, restaurantes com mesas nas calçadas e pontos de ônibus.
Depois destas primeiras explosões, jornalistas da BBC ouviram outra grande explosão. A polícia relatou mais carros-bombas em uma cidade ao sul da capital.
A polícia também informou sobre três dispositivos explosivos improvisados que explodiram e mais disparos na região da cidade de Kirkuk, no norte do país.
Segundo a agência de notícias AFP, os ataques ocorreram mesmo com o aumento das operações de segurança em Bagdá, incluindo a instalação de novos postos de fiscalização.
A guerra no Iraque, iniciada em 20 de março de 2003, levou à queda do regime do presidente Saddam Hussein, que foi executado em 2006.
A violência no país atingiu seu auge entre 2006 e 2007 e, desde então, registrou uma queda.
Entretanto, a insurgência sunita continua, com uma média de mais de 300 pessoas mortas por mês no país.
Na segunda-feira, um total de dez carros-bombas explodiram, segundo as autoridades.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Dilma defende ações ‘mais drásticas’ em áreas de risco por chuvas

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira que medidas "mais drásticas" sejam tomadas para retirar moradores de áreas de risco durante a ocorrência de temporais.
A declaração foi feita durante uma visita a Roma, depois que subiu para 13 o número de mortos pelas chuvas que atingem a cidade de Petrópolis, na região serrada do Rio, segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil.
Logo após visitar o presidente da Organização das Nações Unidas para Alimentação e para Agricultura (FAO), José Graziano Neto, Dilma disse que lamentava as mortes em Petrópolis.
Ela disse que conversou com o governador carioca, Sérgio Cabral, e que governo federal "está trazendo todos os recursos necessários" para assistência às vítimas.
"O problema é que muitas vezes as pessoas não querem sair (de suas casas)", disse Dilma, lembrando que dois dos mortos eram funcionários da Defesa Civil que tentavam retirar moradores de áreas de risco.
"Eu acho que vão ter que ser tomadas medidas um pouco mais drásticas para que as pessoas não fiquem na região onde não podem ficar", defendeu a presidente.
Dilma disse que "todo o sistema de prevenção de desastre que nós temos está sendo mobilizado para atender àquela região".

Reforços

A presidente também ofereceu ajuda da Força Nacional de Defesa Civil, que já estava a caminho de Petrópolis, de acordo com a Agência Brasil.
O governo estadual também enviou reforços ao local. "Reforçamos o número de bombeiros militares com a ida do Grupamento de Salvamento. Colocamos todo o maquinário do Inea (Instituto Nacional do Ambiente), que já se encontra em Petrópolis, para as eventuais necessidades nas áreas atingidas. Todo o governo foi acionado", disse Cabral.
O governador anunciou ainda a liberação imediata de R$ 3 milhões para Petrópolis, onde já há mais de 500 pessoas desabrigadas.
Cabral também fez um alerta à população local: "Estamos em alerta máximo devido aos risco iminente. Por isso, faço um apelo para que as pessoas saiam das casas, não fiquem em residências em áreas de risco." Ele deve visitar a cidade ainda nesta segunda-feira.

Vítimas

Além de Petrópolis, Angra dos Reis, Duque de Caxias, Mangaratiba e Teresópolis também foram castigadas pelas chuvas.
O secretário de Estado de Defesa Civil do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, disse em entrevista ao canal de TV a cabo Globonews que os dois técnicos da Defesa Civil de Petrópolis que morreram "cumpriam seu papel de alertar os moradores para que saíssem de suas casas e foram surpreendidos por um escorregamento e soterrados".
Segundo a Defesa Civil, Petrópolis tinha 21 pontos de alagamento ou escorregamento na manhã desta segunda-feira. As localidades mais afetadas foram os bairros de Quitandinha - que teve uma precipitação de 390 milímetros nas últimas 24 horas -, Independência e Doutor Thouzet.
As chuvas devem continuar na região serrana do Rio de Janeiro pelo menos até terça-feira. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a região serrana e o norte do Estado do Rio devem sofrer com chuva de moderada a forte, com trovoadas, rajadas de vento ocasionais e acumulado de chuva significativo, até o meio-dia de amanhã.
"A continuidade das chuvas agrava o risco de escorregamento. Nós temos na região serrana muitas áreas vulneráveis a escorregamentos", disse Simões, que pediu que a população obedeça os sinais dos alarmes sonoros instalados na cidade e saia de suas casas em direção a locais seguros ou abrigos da prefeitura.
Em janeiro de 2011, mais de 900 pessoas morreram em decorrência de uma série de inundações e deslizamentos causada por chuvas na região serrana do Rio.

Chuvas deixam ao menos 10 mortos em Petrópolis

Pelo menos dez pessoas morreram na cidade de Petrópolis em decorrência das chuvas que atingem a região serrana do Rio de Janeiro desde a manhã do último domingo, de acordo com um boletim divulgado na manhã de segunda-feira pela Secretaria Estadual de Defesa Civil.
Segundo o governo do Rio, Petrópolis é o município mais afetado pelas chuvas, que também atingiram as cidades de Angra dos Reis, Duque de Caxias, Mangaratiba e Teresópolis.
Entre as vítimas fatais estão dois técnicos da Defesa Civil de Petrópolis. "(Eles) cumpriam seu papel de alertar os moradores para que saíssem de suas casas e foram surpreendidos por um escorregamento e soterrados", disse o secretário de Estado de Defesa Civil do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, em entrevista ao canal de TV a cabo Globonews.
Segundo o a Defesa Civil, Petrópolis tinha 21 pontos de alagamento ou escorregamento na manhã desta segunda-feira. As localidades mais afetadas foram os bairros de Quitandinha - que teve uma precipitação de 390 milímetros nas últimas 24 horas -, Independência e Doutor Thouzet.
As chuvas devem continuar na região serrana do Rio de Janeiro pelo menos até terça-feira. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a região serrana e o norte do Estado do Rio devem sofrer com chuva de moderada a forte, com trovoadas, rajadas de vento ocasionais e acumulado de chuva significativo, até o meio-dia de amanhã.
"A continuidade das chuvas agrava o risco de escorregamento. Nós temos na região serrana muitas áreas vulneráveis a escorregamentos", disse Simões, que pediu que a população obedeça os sinais dos alarmes sonoros instalados na cidade e saia de suas casas em direção a locais seguros ou abrigos da prefeitura.
Em nota, o governador Sérgio Cabral disse estar em contato direto com o prefeito de Petrópolis. Segundo o governo, o número de bombeiros atuando na cidade foi reforçado. O governador deve visitar a cidade ainda nesta segunda-feira.
O governador disse ainda ter recebido um telefonema da presidente Dilma Rousseff, que está em Roma. A presidente teria oferecido apoio federal às áreas atingidas. A Força Nacional de Defesa Civil também está se deslocando para Petrópolis.
Em janeiro de 2011, mais de 900 pessoas morreram em decorrência de uma série de inundações e deslizamentos causada por chuvas na região serrana do Rio.

domingo, 17 de março de 2013

Fiéis enfrentam maratona para primeiro encontro com papa

As ruas vizinhas do Vaticano foram parcialmente fechadas neste domingo para a Maratona de Roma. Mas os fieis não se importaram com os obstáculos. Muitos esperaram os corredores passarem para, então, buscar um lugar onde se acomodar em meio à multidão que desde cedo se concentrou na praça São Pedro, para o primeiro "Angelus" - um ato religioso - celebrado pelo papa Francisco.
Na Via da Conziliazione, a avenida que dá em frente ao Vaticano, um grupo de seminaristas latino-americanos tentava acomodar com pressa as bandeiras da Argentina, do Peru e do Brasil no mesmo mastro.
“Aqui não há concorrência”, brincou o argentino Danilo Aranda, da cidade do Chaco. “Mas agora eu preciso correr”, disse, seguindo o grupo de amigos que tentava se aproximar ao máximo do Palácio Apostólico, de onde o primeiro papa das Américas logo daria sua benção.
“Estou muito feliz por estar aqui. Temos um papa eleito pelo Espírito Santo, mas que é latino-americano e é argentino”, disse, respondendo às perguntas enquanto caminhava a passos largos, antes de desaparecer em meio à multidão.
Enquanto os fiéis se acomodavam na grande esplanada, telões transmitiam o fim da missa rezada por Francisco na igreja de Santa Ana, nos jardins do Vaticano.

Angelus

Claudia e Marcos Pereira (Foto BBC)
Claudia e Marcos Pereira dizem estar 'encantados' com o novo papa
Às 11h59 de Roma, um minuto antes do previsto, o papa Francisco apareceu na janela do Palácio Apostólico. Foi acolhido com aplausos, gritos e saudações dos fiéis, em seu primeiro compromisso na Praça de São Pedro.
Em seu primeiro grande encontro com os fiéis após seu anúncio como pontífice, Francisco sobre a “misericórdia de Deus" e o que, segundo ele, seria sua ilimitada capacidade de perdoar.
"Vocês já pensaram na paciência de Deus? É sua misericórdia. Ele não se cansa de nos perdoar, se soubermos voltar para ele com o coração arrependido. É grande a misericórdia de Deus", disse.
"A misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo. Somos nós que nos cansamos de perdoar."
O novo papa também mostrou preferir um estilo mais informal ao celebrar atos religiosos, incluindo anedotas em seus sermões em vez de referências teológicas mais rebuscadas.

Simpatia

Grupo de argentinos (Foto BBC)
Grupo de argentinos espera início do ato religioso celebrado pelo novo pontífice
O ato religioso e as declarações feitas pelo papa nos últimos dias foram bem recebidas pelos fiéis nas imediações do Vaticano. “Ele já conquistou os católicos”, disse Carla Coppini.
“É o oposto do papa Bento 16. É muito simples, muito comunicativo, não é frio. Todo mundo já gosta desse papa. Não vou sentir saudades do outro”, disse.
“Eu já fui à missa hoje na minha igreja e já se sente algo diferente. Sobretudo porque o papa agora é um 'papa dos pobres'. Por isso resolvi vir aqui. Enfrentei a maratona no caminho, mas estou feliz”, contou.
A expressão utilizada por Carla é uma referência a uma declaração feita por Francisco em uma audiência para a imprensa no sábado. O novo papa disse que gostaria de uma Igreja "pobre e para os pobres".
Ao fim do discurso deste domingo, depois que o pontífice desejou um “bom domingo e um bom almoço” a todos, parte dos fiéis começou a se retirar da praça. Mas muita gente permaneceu, cantando e até dançando.
Carla Coppini (Foto BBC)
Carla Coppini diz que não vai sentir saudades de Bento 16
Um grupo do Sri Lanka entoava cantos locais. Italianos e latino-americanos levaram violão e logo a praça se tornou um cenário de festa.
Entre os fiéis, um casal de Vitória (ES) comemorava os 15 anos em que haviam ficado noivos em Roma.
Claudia Pereira e Marcos Pereira se disseram “encantados” com o papa. Eles contam que chegaram “atrasados” para o anúncio da indicação do novo pontífice. “Foi uma correria, mas estamos aqui”.
“Ele foi muito acolhedor. De cara já conquistou todo mundo. Só de escolher o nome de Francisco já é uma mostra de humildade, de amor aos pobres”, disse Cláudia.

sábado, 16 de março de 2013

Alto-oficial sírio anuncia deserção em entrevista a TV saudita

Um alto oficial do Exército sírio afirmou neste sábado ter desertado com a ajuda de combatentes rebeldes.
Em uma entrevista à TV saudita Al-Arabiya, o homem identificado como general Mohammed Ezz al-Din Khalouf disse que a ação havia sido planejada por algum tempo.
Deserções de altos oficiais do Exército sírio têm sido raras durante os dois anos de levante popular contra o presidente Bashar al-Assad.
Segundo a ONU, mais de 70 mil pessoas já foram mortas no país desde o início do conflito, e o número de refugiados já chega a 1 milhão.

SP: dois estudantes são agredidos por seguranças do Metrô

Confusão ocorreu na Estação Barra Funda, quando três amigos que fumavam do lado de fora foram abordados

Dois estudantes foram agredidos na sexta-feira na Estação Barra Funda da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), na zona oeste de São Paulo, por seguranças da empresa. Um deles desmaiou depois da surra e, mesmo assim, foi algemado. Os rapazes e quatro testemunhas alegaram que as agressões foram gratuitas. Lucas, 18 anos, Cauê, 20 anos, e Glauco, 26 anos, que pediram para não ter o sobrenome divulgado, estavam com roupa social e se preparavam para pegar o trem no sentido Lapa, onde trabalham no escritório de advocacia do pai de Lucas. Os funcionários do Metrô disseram na delegacia que receberam denúncia anônima de que jovens fumavam maconha do lado de fora da estação. Os rapazes negam. Depois de voltarem da área para fumantes e passarem pela catraca, Lucas e Cauê foram agredidos. As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo
O responsável pelo Departamento de Portos, Aeroportos, Proteção ao Turista e Dignatários, Osvaldo Nico Gonçalves, disse que a polícia vai apurar o ocorrido. "Houve uma briga e socos do outro lado também", pondera. No entanto, a reação dos frequentadores que viram a cena indicou que houve excessos dos seguranças. As agressões foram gravados por muitos em telefones celulares. Depois que os três jovens foram levados para a delegacia do Metrô, cerca de 200 pessoas ficaram do lado de fora protestando contra a detenção e a Polícia Militar precisou ser chamada. Os seguranças presos não quiseram falar com a imprensa. Já o chefe da segurança do Metrô, Rubens Menezes, afirmou que vai observar as gravações registradas pelas câmeras do Metrô para avaliar o procedimento dos seguranças.

Franceses anunciam que 14 adultos obtiveram cura funcional da Aids

Brasília – Após o anúncio da cura funcional de um bebê americano infectado com o HIV, duas semanas atrás, pesquisadores franceses divulgaram, ontem, que 14 pacientes adultos se livraram dos efeitos do vírus da Aids mesmo depois de suspenderem o tratamento com as drogas antirretrovirais. Da mesma forma como ocorreu com a criança nos Estados Unidos, esses pacientes não se livraram totalmente do micro-organismo causador da síndrome – ele permanece no corpo, mas em quantidades mínimas e quase indetectáveis.
Com esse baixíssimo índice de contágio, o sistema imunológico dos pacientes se mostrou capaz de evitar a multiplicação do vírus, impedindo que qualquer sintoma se manifestasse. Os resultados, descritos em artigo publicado na revista Plos One Pathogens, são animadores e parecem colocar o ser humano mais perto da cura completa do mal.
Os 14 pacientes atendidos pela equipe de Asier Sáez-Cirión, da Unidade de Regulação das Infecções Retrovirais do Instituto Pasteur, em Paris, estão sem a medicação há sete anos em média. Antes disso, foram tratados por cerca de três anos. O longo período sem o coquetel e a idade dos pacientes fazem com que o estudo seja recebido com mais otimismo do que o caso do bebê americano.
O francês acompanhou 70 indivíduos soropositivos. Todos começaram o tratamento entre 35 dias e 10 semanas após a infecção, mais cedo do que a prática normalmente adotada nas instituições de saúde. Eles tiveram a interrupção da medicação por motivos aleatórios. Na maioria dessas pessoas, o vírus, que antes era controlado pela medicação, voltou em grandes quantidades. No entanto, quatro mulheres e 10 homens foram uma surpreendente exceção.
PRECOCE
Para esses 14 pacientes, os coquetéis não precisaram ser ministrados novamente. Os níveis do vírus no sangue se mantiveram baixos e até indetectáveis em alguns. E um paciente já atingiu 10 anos e meio sem qualquer medicação. Sáez-Cirion alerta que essa não pode ser vista como a erradicação da doença, mas demonstra que soropositivos podem viver claramente sem comprimidos por um longo período de tempo.
Ele ressalta que seu time de especialistas verificou que os adultos "curados" não fazem parte do grupo conhecido como "controladores de elite", pessoas naturalmente resistentes ao HIV, por possuírem genes capazes de codificar proteínas que combatem o vírus.
RESERVATÓRIOS

A descoberta pode ser vista como um indicativo de que a pesquisa médica deva olhar mais profundamente para o sistema de defesa do corpo que apenas estar focada no funcionamento do vírus. Unaí Tupinambás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), acredita que o estudo traz uma lição interessante de que talvez essa seja a hora de olhar para o ser humano, o hospedeiro do HIV. "O que algumas pessoas têm que controla a infecção pelo vírus? A dúvida é quais pacientes se beneficiariam de um tratamento mais precoce e por que isso acontece", avalia. Segundo Tupinambás, a busca deve estar em descobrir qual característica imune torna esses pacientes diferentes. Em seguida, seria possível trabalhar na reprodução da estratégia para outros soropositivos.
O infectologista Alberto Chebabo, do Laboratório Exame e do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), reforça que, apesar de os resultados terem sido recebidos com bastante otimismo pela comunidade médica, não significam de forma alguma que o tratamento possa ser interrompido pelos pacientes à revelia de orientação médica. "Os pacientes que participaram do trabalho foram acompanhados muito de perto e boa parte dos exames feitos nem está à disposição da clínica diária. É importante entender que os resultados precisam ser repetidos e comprovados."

Pyongyang ameaça cidades sul-coreanas da fronteira

Um jornal online ligado ao governo norte-coreano fez um alerta para que os sul-coreanos que vivem em cidades perto da fronteira com a Coreia do Norte abandonem suas casas.
Em um artigo, o website norte-coreano menciona cinco ilhas que pertencem a Coreia do Sul e que a mídia estatal norte-coreana recentemente identificou como potenciais alvos de ataques.
Nas últimas semanas, a Coreia do Norte vem fazendo uma série de ameaças contra seu vizinho do sul e seus "inimigos" no Ocidente.
Recentemente, os Estados Unidos anunciaram que pretendem reforçar seu sistema de defesa antimísseis contra Pyongyang, refletindo um aumento da preocupação com o desenvolvimento de armas nucleares de longo alcance pela Coreia do Norte.

sexta-feira, 15 de março de 2013

EUA aumentam defesa contra mísseis norte-coreanos

Os Estados Unidos planejam fortalecer seu sistema de defesa antimíssies no Estado do Alaska para conter a ameaça crescente da Coreia do Norte.
O Pentágono diz que pretende instalar 14 novos interceptadores para expandir a habilidade do sistema de destruir quaisquer mísseis de longo alcance em pleno voo, antes que eles ameacem o território americano.
Autoridades em Washington vêm acompanhando com preocupação a combinação dos testes de foguetes de longo alcance na Coreia do Norte e das intenções declaradas do governo de armar o país com ogivas nucleares.

Conflito na Síria faz dois anos, e europeus discutem armar rebeldes

O conflito na Síria completa dois anos nesta sexta-feira, sem quaisquer perspectivas de um fim ao impasse no confronto entre forças do governo do presidente Bashar al-Assad e rebeldes.
Assad e as forças governistas mantêm firme controle sobre a capital do país, Damasco, e diferentes partes da Síria, mas vem sofrendo crescente pressão por parte dos rebeldes, que já dominam diferentes partes do território sírio.
Grupos de direitos humanos estimam que o conflito já matou mais de 80 mil pessoas desde 2011 e deixou mais de 1 milhão de desabrigados.
Nesta sexta-feira, a Grã-Bretanha e a França pediram durante um encontro em Bruxelas o fim ao embargo de armas à Síria, a fim de permitir que países da União Europeia possam fornecer armamentos aos grupos que lutam contra o regime de Assad.
O embargo deixa de vigorar no início de junho, e acredita-se que franceses e britânicos pressionarão para que ele não seja renovado.

Com ou sem acordo

Segundo Jonathan Marcus, analista da BBC especializado em temas de Defesa e Diplomacia, mesmo que um acordo não seja firmado pela União Europeia, os franceses e os britânicos poderão levar adiante seu plano de fornecer armas aos insurgentes anti-Assad de qualquer maneira.
''A preocupação deles é que o conflito está se transformando em um impasse sangrento. Nenhum dos lados atualmente é capaz de vencer e, quanto mais tempo os combates continuarem, pior será a catástrofe humana e maiores as chances de o conflito se transformar em uma guerra regional'', afirma Marcus.
"Nenhum dos lados atualmente é capaz de vencer e, quanto mais tempo os combates continuarem, pior será a catástrofe humana e maiores as chances de o conflito se transformar em uma guerra regional."
Jonathan Marcus, analista da BBC para assuntos diplomáticos e de defesa
Marcus destaca que existem temores de que, ao se armar os rebeldes, poderia se estar ''militarizando'' o conflito.
Mas os franceses e britânicos acreditam que esse pode ser um dos poucos caminhos para pôr fim ao derramamento de sangue no país.

Propagação do conflito

Existe um temor recorrente de que o conflito se alastre para os países vizinhos, envolvendo nações como Turquia, Líbano, Irã, Arábia Saudita e possivelmente Israel.
Atualmente, o governo iraniano é a maior fonte de sustentação do regime de Assad, a quem estaria supostamente fornecendo armamentos, em violação a sanções da ONU. Os iranianos também apoiam o movimento islâmico Hezbollah, que tem forte influência na política libanesa e que também dá apoio à Síria.
A Arábia Saudita, cuja liderança é muçulmana sunita, se opõe à Síria, cuja elite política é formada por alauitas, um grupo que se considera xiita (ao acreditar que Ali, primo e genro de Maomé, é o seu legítimo sucessor como líder dos muçulmanos) e inclui a família Assad e seus aliados mais próximos.
Os sauditas, assim como outras monarquias do Golfo Pérsico, vêm fornecendo armamentos e apoio financeiro e logístico aos rebeldes.
A despeito de contar com uma elite política xiita, a população síria é predominantemente sunita. O país conta ainda com uma expressiva minoria cristã. Há temores de que a guerra civil no país poderá descambar para um conflito religioso que também poderia ter implicações regionais.

'Explosão'

Nesta sexta-feira, o presidente da Agência da ONU para Refugiados, Antonio Guterres, advertiu que a guerra civil na Síria poderá causar o que ele chamou de ''uma explosão'' no Oriente Médio.
De acordo com Guterres, caso o conflito não cesse, será impossível conter as consequências humanas, políticas e de segurança que ele poderá exercer.
Entidade de direitos humanos estimam que as crianças sírias estejam entre as principais vítimas do confronto no país.
Nesta semana, a ONG britânica Save the Children afirmou que cada vez mais menores de idade estão sendo recrutados pelas duas facções em conflito como soldados, informantes ou até escudos humanos.
O Unicef anunciou nesta semana que cerca de 2 milhões de menores de 18 anos na Síria enfrentam situação de extrema necessidade, cerca de 800 mil com menos de 14 anos estão desabrigados dentro da Síria e mais de 500 mil crianças já foram levadas para fora do país, devido ao medo da violência.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Neandertal desapareceu devido a olhos grandes, diz estudo

Foto: Natural History Museum, Londres
O crânio do Neandertal (esq.) apresenta olhos maiores do que os do crânio de um humano moderno
Um estudo da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, sugere que os Neandertais foram extintos pois tinham olhos maiores do que o da nossa espécie, o Homo Sapiens.
A equipe de pesquisadores britânicos explorou a ideia de que os ancestrais dos Neandertais saíram da África e tiveram que se adaptar às noites mais longas e escuras da Europa. Como resultado, os Neandertais desenvolveram olhos maiores e a área do cérebro para processar a visão teve que aumentar.
Devido a este fato, a capacidade de processamento de informações e pensamentos ficou prejudicada entre os Neandertais.
Os homens de Neandertal viveram na Europa há cerca de 250 mil anos. Eles coexistiram e interagiram por um curto período de tempo com o Homo sapiens.
Os humanos que permaneceram na África, por sua vez, continuaram a aproveitar um clima melhor e, por isso, não precisaram deste tipo de adaptação. Ao invés disso, nossos ancestrais tiveram uma evolução no lobo frontal do cérebro, associado com pensamentos mais complexos, antes de se espalharem pelo mundo.
Eiluned Pearce, da Universidade de Oxford, checou esta teoria comparando os crânios de 32 Homo sapiens e 13 crânios de Neandertais.
A cientista descobriu que os Neandertais tinham as órbitas, em média, seis milímetros maiores.
Apesar de parecer pouco, a cientista afirma que foi o bastante para que os Neandertais precisassem usar uma parte significativamente maior de seus cérebros para processar a informação visual.
"Desde que os Neandertais evoluíram em latitudes mais altas, uma parte maior do cérebro Neandertal teria sido dedicada à visão e controle corporal, deixando uma área menor do cérebro para lidar com outras funções como interações sociais", afirmou a cientista à BBC.
Chris Stringer, especialista em origens dos homens do Museu de História Natural de Londres e que também participou da pesquisa, concorda com a conclusão de Pearce.
"Deduzimos que os Neandertais tinha uma parte cognitiva do cérebro menor e isto os teria limitado, inclusive na habilidade de formar grupos maiores. Se você vive em um grupo maior, precisa de um cérebro maior para processar todos aqueles relacionamentos extras", afirmou.
Esta característica dos Neandertais também pode ter afetado sua capacidade de inovar e se adaptar à era do gelo que teria contribuído para sua extinção.
A pesquisa foi publicada na revista especializada Proceedings of the Royal Society B.

Roupas

Existem provas arqueológicas, por exemplo, de que o Homo sapiens que coexistiu com os Neandertais tinha agulhas que usava para fazer roupas. Isto os teria mantido mais aquecidos do que as mantas sem costura que os Neandertais teriam usado.
Stringer afirma que todos estes fatores juntos podem ter dado à nossa espécie uma vantagem crucial para a sobrevivência.
"Mesmo se você tivesse uma capacidade um pouco maior de reagir rapidamente, de contar com a ajuda de seus vizinhos para sobreviver e de passar informações, todas estas coisas juntas deram a vantagem ao Homo sapiens em relação aos Neandertais, e isto fez a diferença para a sobrevivência."
Esta última descoberta está em contradição com uma outra pesquisa que afirma que os Neandertais não eram as criaturas estúpidas ou grosseiras mostradas em filmes de Hollywood, mas podem ter sido inteligentes.
Robin Dunbar, que supervisionou esta pesquisa também na Universidade de Oxford, afirmou que sua equipe queria evitar os estereótipos ligados aos Neandertais.
"Eles eram muito, muito espertos, mas não no mesmo nível que o Homo sapiens. Aquela diferença pode ter sido o bastante para mudar o equilíbrio quando as coisas começaram a ficar difíceis no final da última era do gelo", afirmou.
Até o momento, o conhecimento dos pesquisadores em relação ao cérebro do Neandertal era baseado em moldes de gesso dos crânios. Isto deu aos cientistas uma indicação do tamanho e estrutura do cérebro, mas não deu nenhuma indicação real de como o cérebro do Neandertal era diferente do cérebro humano.
O último estudo é uma abordagem mais imaginativa para tentar desvendar a questão.
As pesquisas anteriores de Eiluned Pearce mostraram que os humanos modernos que viviam em latitudes mais altas desenvolveram maiores áreas de visão no cérebro para lidar com níveis de luz mais baixos. Mas não há indicação de que as habilidades cognitivas superiores tenham sido afetadas.
Estudos realizados em primatas mostraram que o tamanho dos olhos é proporcional à quantidade de espaço no cérebro voltada para os processos visuais, então os pesquisadores presumiram que isto também se aplicaria aos Neandertais.

quarta-feira, 13 de março de 2013

PF já apreendeu 1.300 kg de pasta base de cocaína neste ano no Triângulo Mineiro

O Triângulo Mineiro está no epicentro do tráfico internacional de drogas. A região, rota estratégica de criminosos peruanos, bolivianos e colombianos, principalmente por causa do grande número de campos de pouso clandestinos, viu a quantidade de droga apreendida no ano passado saltar 700% na comparação com 2011. Foram 1.750 quilos de pasta base de cocaína em 2012 – maior apreensão do país –, contra 250 quilos no ano anterior. A ousadia das quadrilhas já fez com que o volume de entorpecente apreendido este ano se aproxime da quantidade interceptada pela Polícia Federal (PF) no ano passado. Nos primeiros dois meses e 11 dias de 2013, o órgão já contabiliza 1.300 quilos da droga apreendida, o equivalente a 74,2% dos 1.750 quilos recolhidos em 2012. A última ação da PF contra as quadrilhas de traficantes, anteontem à noite, terminou com a apreensão de 548 quilos de pasta base de cocaína trazida da Bolívia. A droga foi encontrada em um casarão abandonado na zona rural de Uberlândia.
A ação da PF foi continuidade de uma operação feita no sábado, quando agentes interceptaram um avião bimotor carregado de pasta base de cocaína que pousou em Indianópolis, a 60 quilômetros de Uberlândia. A operação foi deflagrada após recebimento de denúncia anônima informando que dois aviões pousariam em uma pista clandestina na região. “A primeira aeronave conseguiu pousar, mas, como os policiais sabiam do comboio, esperaram a chegada da segunda”, informou o delegado Carlos Henrique Cotta D'ângelo, da Delegacia de Polícia Federal de Uberaba.
Na ação, sete pessoas foram presas e 447 quilos de pasta base foram apreendidos. O piloto da segunda aeronave tentou fugir e na manobra quase atropelou os integrantes do bando. Ele morreu na fuga, baleado pelos policiais. O primeiro avião conseguiu deixar o local. Um homem fugiu levando os 548 quilos do entorpecente, que já haviam sido transferidos do bimotor para um carro.
Em busca da cocaína, os agentes fizeram um rastreamento na região. Juntando fragmentos de informações coletadas com a comunidade e recebidas via denúncia anônima, eles chegaram até um casarão em uma chácara em Uberlândia, onde vários carros da quadrilha estavam estacionados. Os bandidos perceberam a chegada da polícia e fugiram, mas a carga foi apreendida. De acordo com o delegado, os 548 quilos de pasta base poderiam render até uma tonelada de cocaína para venda no varejo. Os dois carregamentos foram levados para a sede da Polícia Federal em Uberlândia e avaliados em R$ 10 milhões. Toda a droga seria incinerada ainda ontem, após a liberação da Justiça.
Central
O sucesso das últimas operações para apreensão de drogas no Triângulo Mineiro tem sido resultado das diversas denúncias que têm chegado à PF, de acordo com o delegado D'ângelo. “Nos transformamos em um centro de referência para receber informações do tráfico. As pessoas não se identificam, mas, pela presteza das informações, tudo leva a crer que são membros descontentes do bando ou integrantes de quadrilhas rivais”, afirma. Segundo o policial, as denúncias, muitas vezes incompletas, são checadas e permitem à PF montar o quebra-cabeça e interceptar as drogas.
Centro logístico dos bandidos

Bem localizada geograficamente – está no centro do Brasil – e com grandes áreas planas e de fazendas, favoráveis à aberturas de pistas de pouso clandestinas, o Triângulo Mineiro torna mais fácil a ação dos traficantes, como informa o delegado da PF Carlos Henrique Cotta D’ângelo. “Estamos a cerca de 700 quilômetros das fronteiras do país e a 500 quilômetros de grandes capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. Somos um centro logístico para os criminosos”, afirma o policial. Além disso, o delegado aponta a falta de vigilância aérea na região e reclama de mais atuação por parte da Aeronáutica. “Nos incomoda muito a incapacidade dos órgãos competentes para fiscalizar o espaço aéreo. As quadrilhas sabem como driblar os radares e fazem voos baixos, fora da zona de abrangência desses equipamentos”, diz, afirmando que essa realidade é comum também na Região Oeste de São Paulo.
Alerta
Preocupado com o aumento das ocorrências, da quantidade de drogas e com a ousadia do traficantes, D’ângelo repassou dados das apreensões para a Força Aérea, o Exército e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). “Em 2011 não tivemos quase nada de apreensão. No ano seguinte, foi registrada a maior apreensão do país e agora estamos no início de março quase atingindo todo o carregamento apreendido no ano passado. O tráfico internacional aqui sempre chamou atenção, mas agora está mais preocupante”, afirmou D’ângelo. A Prefeitura de Uberlândia também foi informada da situação e o prefeito se comprometeu a tomar providências, segundo o policial.
Também delegado da PF de Uberlândia, Daniel Ladeira destaca a nova tática dos traficantes. “Eles fazem comboios aéreos, enviando dois ou mais aviões, com diferença de meia hora no pouso, como ocorreu no último fim de semana. Isso mostra um aumento da ousadia”, afirma. De acordo com o delegado, a maior parte da cocaína que abastece o Brasil vem do Peru, mas tem a Bolívia como rota. Há também entorpecente trazido da Colômbia. 

Escolha de novo papa causa surpresa e buzinaço na Argentina

A eleição do argentino Jorge Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, como o novo papa causou surpresa entre os argentinos.
Houve buzinaços em Buenos Aires assim que as emissoras de televisão locais informaram que o cardeal, de 76 anos, será o novo pontífice, com o nome de Francisco.
Bergoglio era tido como "descartado" devido à sua idade, considerada "avançada para ser papa".
Em seu primeiro discurso como papa, diante de uma praça São Pedro lotada de fiéis, Bergoglio agradeceu seu antecessor, Bento 16, por seu trabalho pela Igreja e pediu que o mundo entre em "um novo caminho de amor e fraternidade".
Ele também pediu que os fiéis rezem por seu papado.

'Austero'

Bergoglio é considerado um homem "austero", e suas homilias tiveram grande repercussão na Argentina nos últimos governos.
Nas homilias ele várias vezes destacou a importância da inclusão social e indiretamente criticou os governos que "não prestavam atenção aos excluídos".
"Surpresa, Bergoglio é papa. Estamos arrepiados", disse o enviado especial da emissora de televisão TN, de Buenos Aires.

Após cinco rodadas de votação, cardeais escolhem novo papa

Habemus papam. Após pouco mais de 24 horas de conclave e cinco rodadas de votação, a fumaça branca na Praça de São Pedro (às 19h06, 15h06 em Brasília) anunciou que os 115 cardeais reunidos na Capela Sistina deram a maioria de dois terços dos votos para escolher o novo pontífice da Igreja Católica.
As dezenas de milhares de pessoas que aguardavam na Praça vibraram em uníssono com a fumaça e os sinos da Basílica de São Pedro.
O nome do eleito será revelado apenas por volta das 19h45, quando o cardeal mais velho da ordem dos cardeais-diáconos, o francês Jean-Louis Tauran, aparecer na varanda central da Basílica de São Pedro para fazer o anúncio "oficial" da escolha, em latim.
Tauran também revelará qual será o nome que o eleito adotará como papa. Se for o brasileiro dom Odilo Scherer, por exemplo, o anúncio completo, será:
"Annuntio vobis gaudium magnum, Habemus Papam, Eminentissimum ac reverendissimum Dominum, Dominum Odilonem Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem Scherer Qui sibi nomen imposuit (nome papal escolhido por Scherer)."
A tradução desse anúncio para o português seria:
"Eu anuncio com grande alegria, temos papa, o mais eminente e reverenciado Senhor, Senhor Odilo, cardeal da Sagrada Igreja Romana Scherer, que usará pra si o nome de (nome papal)."
Dezenas de milhares de pessoas, entre fiéis, peregrinos e turistas, aguardam na Praça São Pedro para acompanhar o anúncio e para ver o novo papa.
Este deve aparecer alguns minutos depois na mesma varanda, já vestindo as roupas papais, e dará sua primeira benção ao mundo católico.
O eleito é o 266º papa da história. Até a manhã desta quarta-feira, os nomes apontados como favoritos, na opinião de especialistas, eram o italiano Angelo Scola, o brasileiro Odilo Scherer, o americano Timothy Dolan e o canadense Marc Ouellet.

Especialistas advertem sobre invasão de mosquitos gigantes na Flórida

O Estado da Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, poderá ser tomado por mosquitos gigantes no verão deste ano, segundo advertiram especialistas.
A fêmea da espécie Psorophora ciliata é até 20 vezes maior que as espécies mais comuns de mosquito, e sua picada é capaz de penetrar até mesmo camadas de roupa.
A espécie é comum em toda a costa leste dos Estados Unidos, mas poderá aparecer em quantidade muito acima do normal neste ano no nordeste da Flórida.
Segundo o entomologista Phil Kaufman, professor do Instituto de Ciências Alimentares e Agrícolas da Universidade da Flórida, as fortes chuvas tropicais registradas no último ano na região, incluindo a passagem do furacão Debby, criaram condições ideais para a proliferação dos insetos.
As fêmeas da espécie Psorophora ciliata costumam pôr seus ovos no solo à beira de lagoas, córregos e outros corpos d´água que transbordam quando há chuvas fortes. As larvas somente nascem quando os ovos estão em água.
"Esses mosquitos têm capacidade de pôr ovos que podem ficar dormentes por vários anos, até serem mergulhados em água", explica Kaufman.

'Picada dói bastante'

Mosquito Psorophora ciliata (foto: Darrin O'Brien / University of Florida)
Segundo cientistas, chuvas tropicais no último ano favoreceram a multiplicação dos mosquitos
As fêmeas de Psorophora ciliata podem chegar a quase 1,5 centímetro de comprimento e têm um corpo com marcas em preto e branco. Apenas as fêmeas picam para sugar o sangue de animais, do qual retiram a proteína que precisam para a gestação. Os machos sobrevivem sugando néctar de flores.
"A picada desse mosquito dói bastante, eu posso assegurar", afirma Kaufman.
Kaufman e outros colegas da Universidade da Flórida abriram uma página na internet para informar os moradores da região sobre a ameaça dos mosquitos e para sugerir possíveis medidas para evitar picadas.
Segundo eles, os mosquitos geralmente são espantados por repelentes com a substância DEET, apesar de já terem sido identificados insetos resistentes. Outras recomendações feitas por eles são vestir calças e camisas com mangas compridas e evitar regiões onde pode haver água parada após tempestades.
Apesar das picadas potencialmente dolorosas, os especialistas dizem que o mosquito não representa um grande problema de saúde pública, já que não são vetores para a transmissão de doenças, como acontece com outros mosquitos.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Índia admite falha após morte de suposto estuprador na prisão

O ministro do Interior da Índia, Sushilkumar Shinde, admitiu nesta segunda-feira que houveuma "grande falha" na segurança na prisão onde estava detido um dos suspeitos pelo estupro coletivo de uma jovem em dezembro.
Ram Singh foi encontrado morto em sua cela na prisão de Tihar, em Nova Déli. Segundo a polícia local, ele se enforcou. No entanto, advogados de defesa questionaram essa versão.
Singh era o motorista do ônibus em que a jovem de 23 anos foi brutalmente estuprada, em um caso que provocou protestos e revolta na Índia e no exterior. A garota morreu dias depois no hospital.
Autoridades disseram que o motorista teria usado uma parte do colchão onde dormia para se enforcar, em uma cela que ele dividia com dois outros prisioneiros.
O governo ordenou que seja aberto um inquérido para apurar a morte do motorista.

ONU acusa Coreia do Norte de praticar crimes contra a humanidade

A ONU acusou a Coreia do Norte de praticar sistemativamente crimes contra a humanidade, em meio a sinais de que está crescendo a pressão internacional contra o país.
O investigador da ONU para a Coreia do Norte, Marzuki Darusman, citou nove áreas de preocupação incluindo tortura, privar a população de comida e o uso de grandes campos de prisões.
Os Estados Unidos e seus aliados estão pressionando para que seja criado um comitê internacional de inquérido para investigar denúncias na área de direitos humanos no país.
As tensões se intensificaram na península coreana com exercícios militares de ambos os lados e a ameaça do norte de retaliar as sanções da ONU por causa de seu programa nuclear.

Acusado por estupro coletivo que chocou Índia é encontrado morto

Um dos suspeitos pelo estupro coletivo e pela morte de uma jovem estudante dentro de um ônibus em Nova Déli, que chocou a Índia no fim do ano passado, foi encontrado morto na prisão.
Segundo a polícia local, Ram Singh se enforcou em uma cela da prisão de Tihar, na capital indiana. Entretanto, advogados de defesa questionaram essa versão.
Singh era um dos cinco homens presos acusados do crime. Ele dirigia o ônibus clandestino onde a jovem foi atacada. Um sexto acusado está sendo julgado por um tribunal juvenil. Todos negam as acusações.
O ataque brutal contra a estudante de medicina, em dezembro, provocou comoção na Índia e gerou um debate internacional sobre o tratamento das mulheres.

'Notícia chocante'

O advogado de Ram Singh, V K Anand, disse à BBC que foi informado sobre a morte de seu cliente pela polícia.
"Esta notícia é chocante. Não havia circunstâncias para sugerir que ele cometeria suicídio. Ele estava satisfeito com o julgamento, que estava seguindo sem problemas", disse Anand à mídia local.
O porta-voz da prisão de Tihar, Sunil Gupta, disse à BBC que um inquérito foi aberto para apurar o incidente. Segundo ele, o corpo de Singh deve passar por uma autópsia nesta segunda-feira.
A morte de Singh representa mais um revés para as autoridades indianas, já sob críticas por conta da enorme pressão popular gerada pelo caso.

Julgamento rápido

Caso provocou comoção na Índia, com vários protestos pedindo punição aos responsáveis
Ram Singh e os outros quatro adultos acusados - seu irmão, Mukesh Singh, Pawan Gupta, Vinay Sharma e Akshay Thakur - estão sendo julgados em um tribunal que julga causas com mais rapidez.
Eles enfrentam 13 acusações, incluindo assassinato, estupro coletivo, sequestro e destruição de provas. Se forem considerados culpados, eles poderão ser condenados à pena de morte.
O menor de idade, se for condenado, deverá passar três anos em um reformatório juvenil.
A vítima estava com um amigo no ônibus quando foi atacada. Os dois foram depois jogados do ônibus na rua, nus.
Ela morreu em um hospital de Cingapura no dia 29 de dezembro.
O pai de Singh, Mangelal Singh, disse que seu tinha ferimentos graves na mão e não teria conseguido se enforcar, como sugere a versão da polícia.
Ele disse ainda que seu filho foi estuprado na prisão por outros prisioneiros e ameaçado repetidas vezes por prisioneiros e também guardas.
"Meu filho não cometeu suicídio", disse o pai.

domingo, 10 de março de 2013

Motorista atropela ciclista e foge levando braço amputado da vítima

Após atropelar um ciclista em São Paulo na manhã deste domingo, um motorista fugiu do local levando o braço da vítima – arrancado no acidente, de acordo com versão da polícia.
O acidente ocorreu na Avenida Paulista, na região central da capital. A vítima foi socorrida e levada a um hospital. O motorista se entregou à polícia horas depois. Ele teria dito que jogou o braço do ciclista em um rio na zona sul da cidade.

Governos dizem acreditar que reféns foram mortos na Nigéria

Um grupo de militantes islâmicos da Nigeria alegou ter matado sete reféns estrangeiros que estavam sequestrados desde o mês passado, segundo governos ocidentais.
Os reféns - da Itália, da Grã-Bretanha, da Grécia e do Líbano - foram capturados em um ataque a uma construção no Estado de Bauchi.
O grupo Ansaru anunciou os assassinatos pela internet no sábado.
Os governos da Grã Bretanha e da Itália já se pronunciaram dizendo acreditar que os reféns realmente foram assassinados.
"Esse é um ato imperdoável de assassinato a sangue frio, para o qual não existe desculpa ou justificação", disse o chanceler britânico William Hague.

Pyongyang ameaça Coreia do Sul e EUA com «guerra sem quartel»

A Coreia do Norte ameaçou hoje a Coreia do Sul e os Estados Unidos com uma «guerra sem quartel», um dia antes de os aliados iniciarem manobras militares na região, o que o regime de Pyongyang considera como um teste para invadir o país comunista.

«A nossa linha de vanguarda militar, o exército, a marinha e as forças aéreas, as unidades antiaéreas e as unidades de foguetes estratégicos, que já se encontram na fase de guerra sem quartel, aguardam a ordem final para atacar», publicou hoje o jornal Rodong, jornal oficial do partido único norte-coreano.
A publicação garantiu também que as armas nucleares do país estão «prontas para o combate».
«Os regimes dos EUA e da Coreia do Sul serão transformados num mar de fogo num piscar de olhos», no caso de uma disputa, segundo o Rodong, que repetiu as ameaças da Coreia do Norte feitas nesta semana após as novas sanções da ONU devido ao seu recente teste nuclear.
Entre estas está a promessa de anular os acordos de cessar-fogo com a Coreia do Sul e de cortar a única linha de comunicação com o governo de Seul amanhã, segunda-feira, quando começa o teste militar anual «Key Resolve» da Coreia do Sul e dos EUA.
O «Key Resolve» consiste em cerca de 10 mil soldados sul-coreanos e 3.500 norte-americanos, além de um porta-aviões e de caças de combate, e será combinado com as manobras «Foal Eagle» que as forças conjuntas de ambos os países mantêm em curso desde dia 1.
Seul e Washington garantiram que as manobras têm objectivo defensivo, enquanto Pyongyang as considera como testes para uma invasão.
Espera-se que a Coreia do Norte também realize grandes manobras militares na segunda-feira e na terça-feira perto da fronteira com a Coreia do Sul em resposta a estes exercícios.
Está previsto que o regime comunista efectue lançamentos de mísseis de curto alcance para alvos simulados, e que realize algum outro tipo de «provocação militar», explicou uma fonte do Ministério da Defesa sul-coreano à agência Yonhap.

Causa da morte de Chávez ainda permanece em segredo

A causa da morte do ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez ainda permanece cercada de forte sigilo, com características que se assemelham a um "segredo de Estado".
Segundo o chefe da guarda presidencial, general José Ornella, Hugo Chávez teria morrido de um ataque cardíaco.
O governo, porém, resiste em revelar informações detalhadas sobre o que de fato vitimou o líder venezuelano.
Chávez enfrentou uma longa batalha contra um câncer. Foi tratado em Cuba e submetido a quatro operações. Após a última delas, teria tido uma infecção respiratória que agravou seu estado de saúde, segundo o ministro da Informação do país, Ernesto Villegas.
Para analistas, por trás da estratégia de não divulgar detalhadamente a causa da morte do líder venezuelano estaria a tentativa de evitar "oferecer ao inimigo" dados sensíveis que poderiam ser usados para "desestabilizar a causa bolivariana no país", como justificaram por mais de uma vez os porta-vozes oficiais.

Parada cardíaca

Na última terça-feira, em declarações à agência de notícias AP, Ornella, da guarda presidencial, afirmou que Chávez morreu por causa de "um enfarte fulminante".
"Sofreu bastante. Nós que estávamos a seu lado...sofreu muito comm essa doença", disse, segundo a agência.
A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, conversou com médicos para tentar esclarecer o que há por trás do sigilo sobre a doença presidencial.
Segundo eles, a declaração de que Chávez morreu devido a 'uma parada cardíaca fulminante" não dá indicativos sobre qual era, de fato, a doença que o vitimou.
Fontes próximas ao governo venezuelano também acrescentaram à BBC Mundo que desconhecem as razões do governo para lançar mão do sigilo.
O governo, por outro lado, continua a reter detalhes sobre a morte do presidente. Funcionários chegaram, inclusive, a qualificar a atitude da oposição, que cobrou a divulgação das informações, de "mórbida" e de ser uma tentativa de ganhar popularidade em cima da morte de Chávez.

O último sacrifício

Na Venezuela, entretanto, a cobrança por mais informações parece não ter tanta importância entre os apoiadores de Chávez.
"Chávez mentiu para nos proteger", disse, em meio a lágrimas, a aposentada venezuelana Patricia, que segurava em suas mãos uma fotografia de Chávez sorridente, enquanto esperava sentada a passagem do cortejo fúnebre.
Segundo ela, Chávez, apesar da doença, decidiu candidatar-se à reeleição em outubro do ano passado para "evitar um retorno da direita ao poder".
Em geral, para muitos dos seguidores do presidente, o líder venezuelano se "imolou" como um "último gesto de amor" por seu povo.
A morte de Chávez também deu lugar a teorias conspiratórias. Parte de seus apoiadores pediram, durante o funeral, que se esclarecesse o que consideram um "assassinato".
Segundo eles, o câncer do presidente venezuelano teria sido induzido por "inimigos do regime", como chegou a aventar o vice-presidente do país, Nicolas Maduro.

China encontra 900 porcos mortos em rio

Um inquérito foi aberto na China depois que mais de 900 porcos mortos foram encontrados flutuando no rio Huangpu, perto da cidade de Xangai.
Nenhuma evidência foi encontrada de que os animais se afogaram ou foram jogados no rio após uma epidemia animal, segundo as autoridades.
Mas medidas estão sendo tomadas para monitorar a qualidade da água.
As autoridades estão tentando saber de onde os animais vieram. Os porcos foram encontrados no rio na sexta-feira.
Residentes de Xangai usam o rio como fonte de água potável.

“Fizeram um circo desnecessário”

Advogado do vereador Paulo Borges, Marcelo di Rezende, diz que denúncia da Operação Jeitinho pelo MP não teve fundamento. Promotor defende o modelo de investigação utilizado como essencial no caso

Após toda a polêmica com a deflagração da Operação Jeitinho, realizada pelo Ministério Público Estadual em janeiro, o vereador Paulo Borges (PMDB) foi denunciado apenas por crime de concussão, apesar de ter sido investigado sob suspeita de quatro crimes. De acordo com o código penal, é um tipo de estelionato no qual o servidor se aproveita da função para conseguir vantagens. A pena é de dois a oitos anos de prisão.
Foram denunciados ainda o ex-servidor da Agência Municipal (Amma) Afonso Antunes de Oliveira Filho; o diretor de Licenciamento do órgão, Airton Rossi Caetano, e o diretor de Contecioso Fiscal, Ivan Soares de Gouvêa Filho.
Segundo o advogado de defesa do vereador Paulo Borges, Marcelo di Rezende, os elementos apresentados pelo MPE tem apenas indícios e não provam nada contra o vereador. "Não tem gravação, nem nada que prove as acusações. Querem forçar uma ligação que não existe, entre Paulo Borges e o ex-servidor da Amma, Afonso de Oliveira Filho," afirma.
De acordo com Marcelo di Rezende, o vereador está bem tranquilo, já que estava sendo acusado anteriormente de crimes com proporções bem maiores do que realmente foi indiciado. "Com certeza o vereador será inocentado. Infelizmente isso desgasta a imagem dele como político, pois enxergam somente o lado ruim, apesar de estar em seu 3º mandato e ter sido o 4º mais votado," destaca o advogado. Para ele, o MP fez um grande circo, para depois denunciar apenas uma ação penal como esta.
As denúncias são assinadas pelos promotores que integram o Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-GO, em conjunto com o promotor que atua na 10ª Vara Criminal de Goiânia.
A reportagem do DM ouviu o promotor Denis Bimbatti sobre a operação. Segundo o promotor, além da denúncia, foram encaminhados diversos procedimentos com suspeitas de irregularidade pelo Gaeco a promotorias de defesa do patrimônio público e do meio ambiente.
Quanto aos indícios, o promotor disse que em casos de corrupção é difícil conseguir uma prova, pois "é um crime que não deixa rastros". Denis destacou ainda que houve a necessidade de instaurar outra denúncia, que ainda é mantida em sigilo.
Sobre o modelo de investigação e a prisão dos suspeitos, o promotor acredita ser fundamental para conseguir combater a corrupção no Brasil. "Essa é a forma moderna de investigação que tem dado certo. Temos o compromisso de investigar e não de julgar," destaca.
De acordo com o promotor, os membros do MP dependem agora do Poder Judiciário.
Conselho de Ética
Procedimento requerido pelo vereador Djalma Araújo (PT) para investigar o envolvimento dos vereadores Paulo Borges e Wellington Peixoto (PSB) na Operação Jeitinho foi instalado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Goiânia.
De acordo com o Djalma Araujo, o trabalho deve começar na semana que vem, com o poder de analisar detalhadamente o processo encaminhado pelo Ministério Público Estadual à Câmara de Vereadores. Segundo Djalma, a presidente do Conselho, Célia Valadão (PMDB), já tomou as providências com seriedade, e depois de verificar os documentos com os membros será definido como será a condução do procedimento. "O Conselho pode absolver ou punir o mandato conforme os documentos apurados pelo Ministério Público," afirmou.
Quanto a Comissão Especial de Inquérito (CEI), o vereador acredita não ser tão interessante, em vista da investigação do MP. "Não tem um objetivo claro e o resultado positivo para a sociedade é muito pouco. Os bastidores falam mais alto na hora de tomar alguma decisão," afirma Djalma.
De acordo com a vereadora Célia Valadão, presidenta do Conselho, o trabalho desenvolvido será unificado entre a CEI e o Conselho de Ética e com a conclusão da CEI o Conselho também terá respaldo para tomar qualquer decisão.

sábado, 9 de março de 2013

Sem Chávez, Venezuela convoca eleições para 14 de abril

Enquanto centenas de milhares de pessoas participam do velório do presidente da Venezuela Hugo Chávez, autoridades eleitorais convocaram nesta sábado novas eleições presidenciais antecipadas para 14 de abril, data que abrirá caminho para um novo período político no país, pós-Chávez.
Nicolás Maduro, indicado pelo próprio Chávez como seu sucessor político, inicia a campanha eleitoral catapultado pela comoção gerada pela morte do líder bolivariano. Nesta terça-feira, ao deixar o cargo de vice-presidente para assumir interinamente a Presidência, Maduro jurou lealdade eterna a Chávez e disse que governará "com a mão dura do povo".
Seu rival, deverá ser o governador Henrique Capriles, que saiu derrotado por Chávez nas eleições presidenciais de outubro. A coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) confirmou sua participação no pleito, imediatamente após o chamado do Conselho Nacional Eleitoral. A decisão colocou fim a uma série de rumores que indicavam que oposicionistas poderiam não apresentar sua candidatura, numa tentativa de deslegitimar o pleito.

Último pedido

A partir de agora, governo e oposição dão início a uma nova campanha eleitoral na qual o mito de Chávez estará ainda mais fortalecido. Desde a morte do mandatário, seus seguidores passaram a afirmar que eleger Maduro não representa somente dar continuidade à revolução bolivariana, mas atender "o último pedido do comandante".
"Essa será nossa homenagem ao comandante, levar Maduro à Presidência", disse Agustina Hernandez, enquanto aguardava na quilométrica fila do velório, que já dura quatro dias, para dar um último adeus a Chávez. Nas filas que duram até 24 horas, os simpatizantes do governo cantam "Chávez, eu juro, voto no Maduro".
Antes de viajar a Cuba para sua última cirurgia - quando reconheceu pela primeira vez que a gravidade da sua doença poderia ter um desenlace fatal - Chávez pediu que à população para eleger Maduro, que foi chanceler antes de assumir a vice-presidência.
"Minha opinião firme, plena como a lua cheia, irrevogável, absoluta, total, é que nesse cenário que obrigaria a convocação de eleições presidenciais vocês o elejam como presidente", disse Chávez.
Dirigentes opositores que até esta sexta-feira mantinham certo silêncio quanto à situação política do país, criticaram a posse de Maduro. A trégua terminou pouco antes da posse de Maduro como presidente interino.
"Essa é uma juramentação espúria. Ninguém elegeu Nicolás", disse o candidato derrotado por Chávez nas eleições de outubro, Henrique Capriles Radonski.
"O povo não votou em você, rapaz. O povo se encarregará de julgar a forma como você se utilizou da morte do presidente com fins eleitorais, propagandísticos", afirmou.

Criado dente a partir de células humanas e de rato

Cientistas britânicos dizem que estão um passo de ser capazes de substituir dentes perdidos com implantes criados a partir de células-tronco.
Uma equipe de pesquisadores do King's College de Londres combinou as células de tecido gengival humano adulto a outro tipo de células de ratos para crescer um dente.
"As células epiteliais derivadas do tecido gengival humano adulto podem responder a sinais de células mesenquimais dentárias, de modo a permitir a formação de raízes e a coroa e gerar diferentes tipos de células", disse o responsável pelo estudo, Paul Sharpe.
"Estas células epiteliais, prontamente disponíveis, são, portanto, uma fonte realista a ser considerada na formação de dentes", acrescentou.
Ao transplantar a combinação de células para camundongos, os pesquisadores foram capazes de fazer crescer um dente híbrido de humano e rato.
Os pesquisadores dizem que esse método poderia eventualmente significar que as dentaduras seriam substituídas por dentes reais, mas alertam que isso pode levar muitos anos.
A pesquisa foi publicada no Journal of Dental Research.

Cardeais querem "choque de gestão" na Igreja

Não se espera que o novo papa rompa com a visão da Igreja Católica sobre o divórcio, o aborto ou relações entre pessoas de mesmo sexo. Mas o tom da discussão entre os cardeais às vésperas do conclave é de mudança, segundo vaticanistas.
"Os cardeais estão descontentes com a administração da igreja. O Vaticano está em meio a muitos escândalos, como Vatileaks (documentos confidenciais do Vaticano vazados à imprensa) e a recente renúncia do cadeal escocês (Keith O'Brien, que admitiu ter assediado sexualmente jovens padres)", disse o vaticanista americano Robert Mickens, em entrevista à BBC Brasil.
Em Roma acompanhando o conclave, o autor do livro The Vatican Implosion (A Implosão do Vaticano) diz que neste momento os cardeais ainda buscam "o canidato certo".
O anúncio do Vaticano de que o Conclave terá início na próxima terça-feira, 12, se deu em um dia de garoa e céu encoberto em Roma. Dentro do Vaticano, na chamada Congregação Geral, o tempo parece ter clareado, e haveria transparência nas discussões, segundo relatos da reunião vazados à impresa italiana.
A pressão é por uma reforma na Cúria. O corpo administrativo da igreja foi, nos últimos tempos, permeado por escândalos de ordem financeira e sexual. A perda de controle da situação teria motivado a renúncia de Bento 16.
"A discussão sobre tudo isso foi franca, embora fraterna", relatou o jornal La Stampa, sobre a reunião de sexta-feira. "Vários cardeais de peso têm abordado a questão sem rodeios, pedindo informações sobre o Vatileaks, falando sobre a necessidade de uma mudança de direção na gestão da Cúria e do Secretário de Estado desde o último período".
Segundo o autor do texto, o vaticanista Andrea Tornielli, quem quer que seja o eleito, o novo papa não poderá ignorar a pressão de reforma, mesmo que seja um candidato ligado aos cardeais da atual Cúria, as quais não interessaria as reformas.

Quanto tempo durará o conclave?

"Será um conclave rápido", arrisca o vaticanista Giacomo Galeazzi, em conversa com a BBC Brasil.
"Depois de tanto escândalo, a Igreja vai querer mostrar união e os cardeais vão tentar escolher um papa o mais rápido possível", disse.
"Não há candidatos realmente favoritos. Eles levarão tempo para chegar a um nome, em meio às divisões entre os cardeais próximos à Curia e os que querem reforma"
Robert Mickens, vaticanista
A opinião de Galeazzi, no entanto, não é consensual.
Robert Mickens diz que "será um conclave mais longo do que o últimos". "Não há candidatos realmente favoritos. Eles levarão tempo para chegar a um nome, em meio às divisões entre os cardeais próximos à Curia e os que querem reforma", disse.
O conclave que elegeu Bento 16 durou apenas dois dias, mas à ocasião o então cardeal Joseph Ratzinger exercia grande liderança entre seus pares e era visto como um dos favoritos.
A expectativa também era de um papado curto, após três décadas de João Paulo 2 no poder. O contexto agora é diferente.
O certo, no entanto, é que a duração do conclave ou o nome do papa são apenas especulações.
Os dois vaticanistas ouvidos pela reportagem dizem que Dom Odilo Scherer, de São Paulo, é um candidato com grande potencial.
O cardeal brasileiro é membro do comitê do IOR (Instituto de Obras da Religião), o nome oficial do Banco Vaticano. Ele teria trânsito entre a Cúria e é latino-americano, com ascendência alemã.
O jornal La Repubblica publicou artigo dizendo que neste momento, no entanto, o favorito entre os cardeais é Angelo Scola, arcebispo de Milão.

Rebeldes sírios dizem não haver negociação para soltar pessoal da ONU

Os rebeldes que mantém como reféns 21 membros de uma força de paz da ONU no sul da Síria disseram na sexta-feira que não há negociações em curso para libertá-los.
Os reféns, filipinos, são parte da Força Observadora de Desengajamento (Undof, na sigla em inglês), que monitora desde 1974 a linha de cessar-fogo entre Síria e Israel nas colinas do Golã, território sírio capturado em 1967 por Israel.
O sequestro ocorreu a cerca de 1,5 quilômetro da linha de cessar-fogo, e representa mais um sinal de que a guerra civil síria, iniciada há quase dois anos, ainda pode transbordar para países vizinhos.
Em vários vídeos divulgados na quinta-feira, os membros da força de paz dizem estar sendo bem tratados na aldeia de Jamla por civis e rebeldes contrários ao presidente Bashar al Assad.
Abu Essam Taseel, porta-voz da brigada "Mártires de Yarmouk", que capturou os estrangeiros na quarta-feira, disse que eles são "hóspedes", não reféns, e que estão sendo retidos para sua própria segurança.
Ele acrescentou que os soldados só serão liberados quando as forças de Assad deixarem os arredores da aldeia. "As negociações deveriam ocorrer entre (a ONU) e o regime de Bashar al Assad para interromper o bombardeio e suspender o bloqueio da área, para que ela possa ficar segura", afirmou.
Taseel disse que os observadores da ONU tinham a obrigação de manter armas pesadas longe da região. Por um acordo mediado pelos EUA em 1974, Israel e Síria ficaram autorizados a manter um pequeno número de tanques e soldados a uma distância de até 20 quilômetros da linha de cessar-fogo.
O porta-voz da brigada rebelde disse que o governo ultrapassou esses limites, e que seus aviões têm bombardeado alvos da oposição a até 500 metros da linha.
O governo sírio não se manifestou.
Em um relatório divulgado em dezembro, a ONU disse que forças governamentais e rebeldes estavam presentes na área desmilitarizada da Síria, e que as operações do Exército de Assad haviam "afetado adversamente" as operações da Undof.
O Exército de Israel disse à Reuters que oito soldados da Undof foram "retirados para Israel" dos seus postos de observação na sexta-feira, mas não citou as razões para isso.
A ONU estima que 70 mil pessoas já tenham sido mortas na Síria em dois anos de conflito. Uma rebelião que começou principalmente com protestos pacíficos contra Assad, em março de 2011, degringolou para um conflito armado de caráter cada vez mais sectário, contrapondo a maioria sunita do país à seita minoritária alauíta, de Assad.

Coreia do Norte rejeita sanções da ONU, China pede calma

SEUL/PEQUIM (Reuters) - A Coreia do Norte rejeitou formalmente neste sábado uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que exige o fim de seu programa de armas nucleares, enquanto a China pediu calma, afirmando que as sanções não são a maneira "fundamental" para resolver as tensões na península coreana.
Pyongyang afirmou que vai buscar seu objetivo de ser um Estado completamente capaz em armamento nuclear, apesar das sanções que foram aprovadas de forma unânime na sexta-feira pelo Conselho.
As sanções têm como objetivo aumentar as restrições financeiras e combater as tentativas da Coreia do Norte de transportar cargas proibidas.
A resolução, a quinta desde 2006 criada para interromper o programa nuclear e de mísseis balísticos da Coreia do Norte, coincide com uma acentuada escalada das tensões na península depois do terceiro teste nuclear promovido por Pyongyang em 12 de fevereiro.
"A RDPC, assim como no passado, veementemente denuncia e totalmente rejeita a resolução de sanções, um produto da política hostil dos Estados Unidos contra a RDPC", afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte, em comunicado.
RDPC é a abreviação do nome oficial da Coreia do Norte, República Democrática Popular da Coreia.
O único grande aliado da Coreia do Norte é a China, que tem dito que quer ver as sanções totalmente implementadas, mas o ministro chinês de Relações Exteriores, Yang Jiechi, afirmou em entrevista no sábado que a melhor maneira de resolver o problema é via diálogo.
"Sempre acreditamos que as sanções não são o objetivo das ações do Conselho de Segurança, nem as sanções são uma forma fundamental para resolver questões relevantes", disse Yang, pedindo para todos os lados exercerem calma e moderação.
Analistas afirmam que os líderes da China estão cada vez mais irritados com a Coreia do Norte e suas recentes ações criaram um debate político dentro da China, mas alertam que Pequim provavelmente não vai desistir de seu antigo aliado em breve.
"O que Yang Jiechi disse hoje é reflexo de que o país não vai tomar medidas sobre a Coreia do Norte que causem mais instabilidade. Não vai mudar sua política da noite para o dia e abandonar a Coreia do Norte."
A Coreia do Norte acusa os Estados Unidos de usar exercícios militares na Coreia do Sul como plataforma de lançamento de uma guerra nuclear e declarou na terça-feira que vai abandonar um armistício com Washington que encerrou hostilidades da guerra coreana de 1950-1953.
As duas Coreias estão tecnicamente em guerra porque o armistício, e não um acordo formal de paz, encerrou o conflito da década de 1950.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Coreia do Norte fecha fronteira com Sul e cancela operações conjuntas

O governo da Coreia do Norte anunciou que está encerrando todos os pactos de não-agressão que tem com a vizinha Coreia do Sul e que fechará a fronteira entre os dois países.
A medida do governo comunista é uma resposta à resolução 2094 do Conselho de Segurança da ONU, que estabelece sanções contra o país.
A açõa punitiva da ONU se deu em resposta a um teste nuclear realizado pelos nore-coreanos em fevereiro deste ano.
A Coreia do Norte afirmou também que exercícios militares conjuntos realizados pelos Estados Unidos representa uma preparação para um ataque nuclear preventivo contra a Coreia do Norte.

Coreia do Norte anula cessar-fogo com a vizinha do sul e ameaça paz

O acordo encerrou a guerra entre as duas Coreias há 60 anos, mas os dois países nunca assinaram um tratado de paz. A linha telefônica de emergência que permitia o diálogo em momentos de tensão foi desligada.

Momento de tensão na Ásia: a Coreia do Norte deu mais um passo que ameaça gravemente a paz na região e anulou o cessar-fogo que encerrou a guerra com a Coreia do Sul há 60 anos.
Um general norte-coreano, Kang Pyo-Yong, disse que o fim do acordo significa que o país pode atacar o Sul sem aviso. O general disse ainda que o Exército está pronto para lançar uma guerra pela reunificação e que o país já teria mísseis balísticos intercontinentais armados com ogivas nucleares prontos para serem disparados.
Tudo isso pode ser bravata, mas a Ásia está preocupada. O ditador Kim Jong-Un visitou unidades militares na fronteira, inspecionou trincheiras. A TV estatal mostrou cenas de histeria coletiva, com militares e civis chorando ao ver o ditador e correndo em direção a ele.
Coreia do Norte e Coreia do Sul nunca assinaram um tratado de paz. A guerra entre os dois países terminou com o acordo de cessar-fogo.
Os norte-coreanos também desligaram a linha telefônica de emergência, a única que permitia algum diálogo entre os dois governos em momentos de alta tensão.
O ministro da defesa sul-coreano respondeu às provocações: afirmou que, se houver qualquer ataque, a Coreia do Norte será extinta.

Vaticano anuncia que conclave começará na próxima terça-feira

O conclave, a reunião entre os cardeais a portas fechadas que escolherá o sucessor de Bento 16, irá começar na próxima terça-feira, dia 12, informou o Vaticano nesta sexta-feira.
Cento e quinze cardeais do mundo inteiro devem participar da eleição de um novo pontífice.
Bento 16, agora papa emérito, decidiu renunciar ao cargo no último dia 28 de fevereiro alegando razões de saúde.
Durante o período, que durará até um pontífice ser escolhido, os cardeais permanecem incomunicáveis com o mundo exterior.
Do latim cum clave, ou "com chave", o conclave é um ritual que remonta há oito séculos.
A primeira vez que a palavra foi usada data de 1274, com o então papa Gregório 10º.

Denúncias de violência contra a mulher sobem 600% em 6 anos

Desde a promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, o número de agressões contra mulheres relatadas ao governo federal por meio do serviço Ligue 180 cresceu 600%. A maioria dos casos descritos (57%) envolve agressões físicas.
Segundo dados da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, o serviço de atendimento telefônico que oferece orientações para as mulheres vítimas de violência fechou o ano de 2012 com 88.685 relatos de agressão – contra 12.664 há seis anos.
Segundo a pasta, a elevação no número de relatos não significa necessariamente um crescimento real dos casos de violência, mas um aumento das notificações – na medida em que mais mulheres estariam se sentindo seguras para procurar ajuda.
"Acho que a população já está mais ciente de que existe uma lei para proteger as mulheres da violência doméstica", afirmou à BBC Brasil a farmacêutica Maria da Penha Fernandes, que ficou paraplégica ao ser baleada pelo marido e deu nome à lei que endureceu as punições para quem comete violência contra a mulher, mesmo em ambiente familiar.
O Ligue 180 é um serviço gratuito focado na orientação das mulheres vítimas de abusos e seu encaminhamento para órgãos da polícia, da Justiça e demais serviços de enfrentamento da violência contra a mulher, como centros especializados e casas abrigo.
Em primeiro lugar no ranking das agressões relatadas ao serviço em 2012 está a violência física contra a mulher, com 50.236 casos – o que representa elevação de 433% em relação ao ano de 2006.
Logo abaixo no ranking vêm a violência psicológica (24.477 casos) e a violência moral (10.372). Os abusos sexuais representam, por sua vez, 2% dos casos, com 1.686 relatos.
"A lei Maria da Penha, depois de seis anos, começa a dar resultados. Eu acho que nós estamos vencendo, mas falta muito. Falta a consolidação de uma rede (de proteção à mulher) e falta a mudança de mentalidade (de que os homens não têm direito de agredir as mulheres)", afirmou à BBC Brasil a ministra da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, Eleonora Menicucci.
"O aumento da denúncia significa que as mulheres estão acreditando mais nas políticas públicas e nos serviços de acolhimento. Estão acreditando que a impunidade do agressor está chegando ao fim", disse.
O número de relatos de violência ao Ligue 180 é hoje uma das únicas formas para se tentar dimensionar o número de agressões a mulheres nacionalmente – pois não há uma contagem oficial e integrada de casos na área da segurança pública. Essa é uma das principais críticas feitas pela ONU ao Brasil na questão da violência contra a mulher.

Lei só para as capitais

Mulher participa de protesto contra violência em Brasília
Para ministra, juízes ainda falham ao determinar medidas para proteger as vítimas
De acordo com Maria da Penha, a lei que levou seu nome mudou a realidade das mulheres vítimas de violência no Brasil, na medida em que facilitou a punição de seus agressores.
Porém, segundo ela, a lei não funciona satisfatoriamente na maioria das cidades do interior do país. "A gente infelizmente só tem encontrado a boa aplicação da lei nos grandes municípios, que geralmente são as capitais", afirmou.
A principal crítica da mulher que se tornou a face do combate à violência contra a mulher no país é a falta de iniciativa de governantes para investir em instrumentos de combate aos abusos nas cidades pequenas do país.
A ministra Menicucci afirmou que além de investir no Ligue 180, um dos principais focos de sua pasta é implementar a Lei Maria da Penha efetivamente em todas as regiões do país.
Segundo ela, o governo federal tem enviado verbas aos governos estaduais com esse objetivo. Os repasses de recursos entre 2006 e 2011 chegaram a quase R$ 180 milhões. No ano passado, somaram R$ 40 milhões.
Ela disse ainda que são estabelecidas parcerias com municípios, Estados e órgãos do Judiciário para a estruturação de uma rede de proteção à mulher.
De acordo com a ministra, no últimos dez anos o número de delegacias da mulher no país subiu de 248 para 503. Os centros especializados de atendimento passaram de 36 para 223 e as casas abrigo de 43 para 72.
"É muito pouco, mas é reflexo da Lei Maria da Penha", disse.

Medidas judiciais

Atualmente estão em funcionamento pelo sistema judiciário do país 93 varas, 29 promotorias e 59 defensorias públicas especializadas em combater a violência contra a mulher.
Mesmo assim, segundo a ministra, uma das falhas da rede de proteção às mulheres vítimas de violência ocorre na hora dos juízes determinarem medidas para proteger as vítimas.
Segundo Menicucci, depois que uma mulher agredida procura a polícia, o delegado pode pedir à Justiça que imponha ao agressor uma série de normas e regras que o impedem de se reaproximar da vítima.
Porém, embora muitos juízes determinem tais medidas quase imediatamente, outros demoram para tomar uma decisão. "Às vezes eles demoram mais de um mês, exigindo atestado psicológico, atestado de saúde mental, laudos, o que não é necessário, é mais para atrasar", disse.
Ela afirmou que o governo federal já estaria agindo para acelerar a concessão dessas medidas pelo Judiciário.