A governadora de Roraima, Suely Campos (PP), nomeou pelo menos 12 parentes para seu secretariado, incluindo de primeiro grau
como duas filhas, irmãos, primos e sobrinhos. Segundo informações do
jornal Folha de S. Paulo, os parentes estarão na chefia de pastas
importantes como Casa Civil, Saúde, Educação e Infraestrutura. Suely
Campos é mulher do ex-governador Neudo Campos (PP), que renunciou à
disputa eleitoral após ser barrado pela Lei da Ficha Limpa.
Após o resultado das urnas, Suely disse que seU marido seria o chefe da Casa
Civil, mas sua filha Danielle Araújo acabou sendo nomeada para o cargo.
A outra filha do casal, Emília Campos, será secretária de Trabalho, que
terá como secretária-adjunta a nora de Suely, Lissandra Campos. Na
pasta da Educação, a titular será Selma Mulinari, irmã da governadora. A
Agricultura fica sob os cuidados de seu primo, Hipérion de Oliveira.
O
Ministério Público do Estado pediu que a governadora exonere os seus
parentes. Segundo a promotoria, são 15 familiares contratados. Além dos
12 citados, foram nomeados a sogra, o cunhado e a concunhada de sua
filha, Emília Campos.
Procurado pelo jornal, o governo de Roraima disse que a escolha
obedece critérios "técnicos, de confiança e comprometimento" e que não
viola a lei sobre nepotismo. Juristas afirmam que para cargos do
primeiro escalão o STF permite a nomeação de parentes. "É imoral,
antiético e coronelista, mas não é ilegal", disse um magistrado que
preferiu não se identificar.
A atitude, no entanto,
desagradou até o vice-governador, Paulo Cesar Quartiero (DEM). Ele disse
que "não participou da escolha dos secretários e demais dirigentes da
administração estadual" e replicou notícias sobre o assunto, dizendo
que "uma oligarquia" permaneceu à frente do Estado.
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