A chuva intermitente na capital paulista hoje (29) à tarde deixou
toda a cidade em estado de atenção para alagamentos desde 12h33. O
estado de atenção é o segundo entre quatro níveis, acima do estado de
observação e antes do nível de alerta e alerta máximo, que é considerado
quando a chuva tem potencial para formação de alagamentos.
Embora não seja acompanhada de rajadas de vento, a chuva provocou queda de árvores em algumas áreas da cidade.
De
acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), há no
momento seis pontos de alagamento na capital paulista, um deles
intransitável, na Praça da Bandeira, na altura do número 500, na região
central.
Segundo o CGE, a área de instabilidade está associada à
passagem de uma frente fria. O tempo deve seguir instável pelas próximas
horas, com possibilidade de descargas elétricas [raios] e formação de
alagamentos.
O relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Teori
Zavascki, negou no início da noite desta sexta-feira (27) o pedido de
revogação da prisão de Edson Ribeiro, o ex-advogado do ex-diretor da
Petrobras Nestor Cerveró. O ministro também determinou a transferência
de Ribeiro para o presídio Ary Franco, no Rio de Janeiro. O advogado
foi preso pela manhã, ao desembarcar no aeroporto do Galeão, vindo dos
Estados Unidos.
O defensor de Ribeiro, o advogado Carlo Huberth
Luchioni disse nesta sexta-feira que o depoimento do seu cliente à
Polícia Federal durou cerca de três horas, mas não deu maiores detalhes
sobre o assunto. Ribeiro é um acusado de tentar obstruir as
investigações da Operação Lava-Jato.
O advogado Carlo Luchioni
disse que foi pedida a prisão domiciliar e a revogação da prisão
preventiva. "Ele alega inocência veementemente e diz que nunca traiu a
confiança do cliente dele. Ele diz que houve uma estratégia de defesa
mal interpretada", ressaltou Luchioni sobre o ex-advogado de Nestor
Cerveró. Carlo Huberth Luchione é advogado de Edson Ribeiro Edson
Ribeiro chegou às 9h55 à sede da Polícia Federal (PF), na zona
portuária do Rio. Ele chegou escoltado em dois veículos da PF e estava
no banco traseiro do carro da frente.
O advogado desembarcou às
8h10, no Rio, em um voo da TAM. Edson Ribeiro defendia o ex-diretor da
Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso na Operação Lava
Jato, e teve a prisão determinada quarta-feira (25) pelo Supremo
Tribunal Federal (STF).
O ministro do STF Teori Zavascki havia autorizado a inclusão do nome do advogado na lista da Interpol, a polícia internacional.
Edson
Ribeiro é investigado na operação que prendeu também o senador Delcídio
do Amaral (PT-MS), o banqueiro André Esteves, dono do Banco BTG
Factual, e o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira. De acordo com
pedido de prisão da Procuradoria-Geral da República, encaminhado ao
STF, Edson Ribeiro participou das negociações em que o senador Delcídio
do Amaral tentou impedir que Cerveró firmasse um acordo de colaboração
com o Ministério Público Federal, no âmbito da Operação Lava Jato.
Edson
Ribeiro teve a prisão determinada na quarta-feira (26/11) pelo Supremo
Tribunal Federal na operação que prendeu também o senador Delcídio do
Amaral (PT-MS), o banqueiro André Esteves, dono do Banco BTG Factual, e o
chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira.
<<Banqueiro André Esteves é transferido para Bangu 8
<<Depoimento de Delcídio à PF dura quase quatro horas
De
acordo com pedido de prisão da Procuradoria-Geral da República (PGR),
encaminhado ao STF, Edson Ribeiro participou das negociações em que o
senador Delcídio do Amaral tentou impedir que Cerveró firmasse um acordo
de colaboração com o Ministério Público Federal. Em um dos encontros -
que foi gravado pelo filho de Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, em um
hotel em Brasília - o senador prometeu pagar R$ 50 mil mensais à família
do ex-diretor para não ocorrer a delação premiada.
"O Senador
Delcídio Amaral contou com o auxílio do advogado Edson Ribeiro, que,
embora constituído por Nestor Cerveró, acabou por ser cooptado pelo
congressista. O advogado Edson Ribeiro passou, efetivamente, a proteger
os interesses do Senador Delcídio Amaral em sua interação profissional
com Nestor Cerveró e Bernardo Cerveró, mesmo depois de tomada por Nestor
Cerveró a decisão de oferecer colaboração premiada ao Ministério
Público Federal. O advogado Edson Ribeiro recebeu do Senador Delcídio
Amaral, a certa altura das tratativas, a promessa de pagamento dos
honorários que convencionara com Nestor Cerveró, cujo valor era de R$
4.000.000,00 (quatro milhões de reais)", diz o documento da PGR.
Segundo
a PGR, o banqueiro André Esteves, dono do Banco BTG Factual, arcaria
com os custos para não ter seu nome mencionado no acordo de colaboração
ou para o ex-diretor desistir. "Ao menos parte desses recursos seria
dissimulada na forma de honorários advocatícios a serem convencionados
em contrato de prestação de serviços de advocacia entre André Esteves
e/ou pessoa jurídica por ele controlada com o advogado Edson Ribeiro."
Esteves está preso na Superintendência da Polícia Federal no Rio de
Janeiro.
Nestor Cerveró firmou acordo de colaboração premiada com o Ministério público Federal no dia 18 de novembro deste ano.
Em comunicado, órgão pede a governo e empresas providências imediatas.
A Organização das Nações Unidas criticou duramente o governo brasileiro,
a Vale e a mineradora anglo-australiana BHP pelo que considerou uma
resposta "inaceitável" à tragédia de Mariana.
E em comunicado divulgado nesta quarta-feira, e que traz falas do
relator especial para assuntos de Direitos Humanos e Meio Ambiente, John
Knox, e do relator para Direitos Humanos e Substâncias Tóxicas, Baskut
Tuncak, a ONU criticou a demora de três semanas para a divulgação de
informações sobre os riscos gerados pelos bilhões de litros de lama
vazados no Rio Doce pelo rompimento da barragem, no último dia 5. Leia mais notícias de Minas Gerais no Portal R7 Experimente grátis: todos os programas da Record na íntegra no R7 Play
"As providências tomadas pelo governo brasileiro, a Vale e a BHP para
prevenir danos foram claramente insuficientes. As empresas e o governo
deveriam estar fazendo tudo que podem para prevenir mais problemas, o
que inclui a exposição a metais pesados e substâncias tóxicas. Este não é
o momento para posturas defensivas", disseram os especialistas no
comunicado.
Em entrevistas, a presidente Dilma Rousseff tem negado negligência no
caso. A Samarco, por sua vez, tem afirmado que suas operações eram
regulares, licenciadas e monitoradas dentro dos melhores padrões de
monitoramento de barragens.
A ONU menciona a contradição nas informações divulgadas sobre o
desastre, em especial a insistência da Samarco, joint venture formada
por Vale e BHP para explorar minérios na região, de que a lama não
continha substâncias tóxicas. E descreve com detalhes o desastre
ecológico provocado pelo vazamento, incluindo a chegada da lama ao mar.
"As autoridades brasileiras precisam discutir se a legislação para a
atividade mineradora é consistente com os padrões internacionais de
direitos humanos, incluindo o direito à informação. O Estado tem a
obrigação de gerar, atualizar e disseminar informações sobre o impacto
ambiental e presença de substâncias nocivas, ao passo que empresas têm a
responsabilidade de respeitar os direitos humanos", afirmou Tuncak.
Os dois especialistas classificaram a tragédia como mais um exemplo de
negligência de empresas em proteger os direitos humanos e traçam um
quadro desolador pós-desastre para as comunidades afetadas.
"Poderemos jamais ter um remédio eficaz para as vítimas, cujos parentes
ou ganha-pão podem estar debaixo dessa onda de lixo tóxico, e nem para o
meio ambiente, que sofreu danos irreparáveis. Empresas trabalhando com
atividades envolvendo o uso de material de risco precisam ter a
prevenção de acidentes no centro de seu modelo de negócios."
Um objeto que se acredita ser um
cinturão de explosivos foi encontrado nesta segunda-feira em uma cidade
ao sul de Paris, perto de onde um telefone usado pelo criminoso suspeito
Salah Abdeslam foi detectado na noite dos ataques contra a capital
francesa, disse à Reuters uma fonte próxima à investigação.
Abdeslam, cujo irmão se explodiu nos atentados, está foragido
desde a série de ataques que matou 130 pessoas em Paris em 13 de
novembro e se tornou foco de uma caçada multinacional.
Investigadores franceses inicialmente acreditavam que Abdeslam
estava em um carro preto Seat Leon usado no tiroteio contra restaurantes
e cafés nos distritos 10 e 11 da capital.
Uma fonte próxima à investigação disse, no entanto, que o
telefone celular de Abdeslam foi detectado após os ataques no 18º
distrito de Paris, na zona norte, perto de um carro Renault Clio
abandonado que ele tinha alugado.
A fonte afirmou que agora existia uma "forte suspeita" de que Abdeslam estava dirigindo o Clio em vez do Seat.
Além disso, quando o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade
pelos ataques, o grupo disse que tinha como alvos o estádio Stade de
France, a casa de shows Bataclan, os distritos 10 e 11, bem como o 18º
distrito.
Como não houve explosões ou tiroteios no 18º distrito, os
investigadores estão agora se perguntando se o ataque falhou ou foi
abortado, disse a fonte.
O telefone de Abdeslam foi detectado, mais tarde, em 13 de
novembro por uma torre de telefonia móvel em Chatillon, ao sul de Paris,
perto de Montrouge, onde o cinto de explosivos suspeito foi descartado.
Mas a fonte disse que era muito cedo para dizer se o objeto tinha estado em contato com Abdeslam.
"A tese de que ele abandonou (o ataque) está apenas vindo de
pessoas que o levaram de volta (à Bélgica). Mas não sabemos por quê.
Talvez ele teve um problema técnico com o seu cinto de explosivos, por
exemplo", disse uma fonte policial.
Em um vídeo divulgado na internet, o grupo extremista Estado Islâmico
voltou neste sábado (21) a ameaçar a Europa, especialmente a França,
com a realização de novos atentados, como os que ocorreram em 13 de
novembro, em Paris, e que custaram a vida de 130 pessoas, além de mais
de 350 feridos.
O vídeo mostra uma cena em que a Torre Eiffel, um
dos maiores símbolos franceses, aparece caída, de acordo com informações
de um grupo de monitoramento de ameaças terroristas intitulado Site.
Na
gravação, aparecem dois extremistas do Estado Islâmico, aparentemente
de origem francesa, na província síria de Alepo, um dos redutos do
grupo, elogiando os ataques a Paris e incitando os muçulmanos da França e
do mundo inteiro a praticar atos semelhantes. Na gravação, aparecem dois extremistas na província síria de Alepo elogiando os ataquesNos
ataques de 13 de novembro, em pontos diferentes de Paris, os
extremistas abriram fogo com fuzis, detonaram bombas perto do estádio
onde a seleção francesa de futebol jogava com a Alemanha e fizeram
reféns numa sala de concertos.
De 170 reféns, entre hóspedes e funcionários, 80 já foram liberados; ataque em Bakamo deixou até agora três mortos
Divulgação/Radisson Blu Hotel
Hotel Radisson Blu na capital do Mali, em Bamako, sofreu ataque na manhã desta sexta-feira (20)
Homens armados invadiram um hotel na capital do
Mali, Bamako, na manhã dessa sexta-feira (20), e teriam feito um grande
número de reféns, de acordo com informações preliminares de testemunhas e
forças de segurança.
Cerca de 140 hóspedes e 30
funcionários ficaram sob a mira de armas, segundo a agência de notícias
AFP. O ataque teria ocorrido às 7h (horário local), quando um grupo de
homens invadiu o complexo, gritando "Allahu Akbar" (Deus é grande, em
árabe).
Tropas do Máli e da França, que desde 2013 tem presença
militar no país africano para auxiliar no combate a extremistas
islâmicos, cercaram o hotel. Segundo a AFP, uma operação de libertação
já teria resultado na morte de três reféns. Horas depois, a TV estatal
do Máli informou que 80 reféns teriam sido libertados.
Localizado em um bairro da cidade em que fica o setor
diplomático, o Radisson Blu é um endereço popular para trabalhadores
estrangeiros no Mali, em que operam muitas empresas multinacionais
mineradoras – o país é o terceiro maior produtor de ouro do mundo.
A
embaixada dos Estados Unidos em Bamako emitiu comunicado aconselhando
cidadãos do país a "buscar abrigo". Segundo a agência Reuters, que citou
fontes locais, alguns reféns teriam sido liberados, inclusive os que
fossem capazes de recitar versos do Corão, o livro sagrado
muçulmano. Nenhum grupo ainda reivindicou a autoria do ataque.
Ex-colônia
francesa, o Mali tem sido palco de revoltas de grupos extremistas
islâmicos ligados a um braço do Al-Qaeda na África. Algumas das
principais cidades do país foram tomadas por militantes em 2012. No ano
seguinte, a pedido do governo do país e com o aval da ONU, tropas
francesas intervieram no conflito, com bombardeios a posições rebeldes.
Em
março do ano passado, um grupo islamista assumiu a autoria de um ataque
a um restaurante popular entre estrangeiros em Bamako, em que cinco
pessoas morreram.
*Esta história será atualizada assim que surgirem novas informações.
Deputado Paulinho da
Força (SD-SP), que assumiu recentemente no Conselho de Ética com
objetivo único de defender o presidente da Câmara do processo de
cassação, declarou nesta tarde que na próxima quinta-feira 19 pedirá
vista do parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que recomendou a
continuidade da ação contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ); "Sou um dos que vai
pedir vista", afirmou; motivo é o fato de Pinato ter entregue o parecer
antes de Cunha ter apresentado sua defesa; esta, porém, já foi adiada
duas vezes; em entrevista recente ao Jornal Nacional, Paulinho admitiu
que fará de tudo para manter Cunha no cargo exclusivamente para derrubar
a presidente Dilma Rousseff.
247 - O
deputado Paulinho da Força (SD-SP) anunciou nesta tarde seu próximo
passo para salvar o amigo Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara,
da cassação. Ele pretende apresentar na próxima quinta-feira 19 um
pedido de vista do parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), relator
do processo contra Cunha no Conselho de Ética. O relatório recomenda a
continuidade da ação contra Cunha.
"Sou um dos que vai pedir vista", afirmou. O motivo, segundo ele, é o
fato de Pinato ter entregue o parecer antes de Cunha ter apresentado
sua defesa ao Conselho de Ética. A entrega da defesa, porém, já foi
adiada duas vezes. "Não dá para você condenar alguém ou não condenar sem
conhecer os dois lados", ressaltou.
"Este erro que o relator cometeu pode complicar a continuidade da
votação no Conselho de Ética. Acho que o relator cometeu uma falha grave
de condenar alguém antes de conhecer a defesa do acusado. Portanto,
acho que isso é grave e o Conselho de Ética vai analisar isso",
explicou, ainda, o presidente do Solidariedade.
Paulinho assumiu recentemente como o mais novo integrante do
colegiado, com o objetivo único de tentar salvar Cunha. Ele entrou no
lugar do deputado Wladimir Costa (SD-PA), que renunciou à vaga. Em
entrevista recente ao Jornal Nacional, Paulinho admitiu,
sem um pingo de vergonha, que mantém o apoio a Cunha, apesar de todas
as evidências de corrupção, porque "nós do Solidariedade estamos
convencidos de que só tem um jeito de fazer o impeachment da Dilma, que é
segurar o Eduardo Cunha".
No Conselho de Ética, Cunha é acusado de quebra de decoro parlamentar
por ter mentido à CPI da Petrobras em março deste ano, quando negou ser
dono de contas secretas na Suíça, o que o Ministério Público daquele
país mostrou não ser verdade.
Autoridades suíças enviaram para o Brasil cópias de documentos e até
da assinatura de Cunha vinculadas à aberta de contas no país, por onde
teriam passado milhões de dólares em propina, recebidas pelo esquema
investigado na Operação Lava Jato.
Vestidas de verde e amarelo, cerca de 2 mil pessoas, segundo a Polícia
Militar, realizaram uma manifestação em frente ao Congresso Nacional, em
Brasília, neste feriado da Proclamação da República.
O ato foi organizado por movimentos contrários ao governo de Dilma
Rousseff, como Brasil Livre, Avança Brasil e Revoltados Online. Pessoas
de outros estados chegaram, de ônibus, para participar do movimento, que
começou logo cedo neste domingo e pede o impeachment da presidente e a
intervenção militar.
O integrante do Movimento Vem Pra Rua, Julio Lins, 18 anos, está
acampado no gramado do Congresso há cerca de um mês. Julio conta que o
Vem pra Rua não organizou o ato deste domingo, mas concorda com algumas
reivindicações.
"O intuito do acampamento é o impeachment, mas ele não se limita a
isso. Então, nós, no acampamento, estamos atentos, essa é a principal
definição, atentos ao que se passa no Congresso Nacional, tentando e
buscando pautar o Congresso Nacional, com as vozes das ruas, com a
vontade popular. O acampamento nos dá uma certa aproximação com os
parlamentares de oposição e também permite que nós façamos uma pressão
constante."
A bombeira civil Maria do Socorro Barbosa é moradora de Brasília e
declara que quer a troca do governo atual por um governo comandado por
militares. "Hoje em dia eu acredito no país. Ele cresceu muito, a cabeça
do militarismo. Hoje, como se diz, está mais patriota, mais aberta, não
está aquele regime militar que eu vivi anos atrás. Eu tenho 51 anos, eu
era criança ainda, eu vou te falar, eu acho que o mundo evoluiu."
Um carro de som foi utilizado por lideranças dos grupos que usavam os
microfones para falar sobre impeachment e defender a volta do regime
militar. No início da tarde, algumas pessoas furaram o bloqueio da
polícia e entraram no espelho d'água do Congresso.
Presidente do STF alerta que preço seria "uma volta ao passado tenebroso"
O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, chamou a atenção para os
perigos de um "golpe institucional" no país, durante palestra em uma
faculdade de São Paulo. Para ele, é preciso que o país tenha "paciência"
nos próximos três anos, ou seja, até as próximas eleições, para não
embarcar em um golpe que colocaria as instituições democráticas em
risco.
"Com toda a franqueza, devemos esperar mais um ano para as
eleições municipais. Ganhe quem ganhe as eleições de 2016, nós teremos
uma nova distribuição de poder. Temos de ter a paciência de aguentar
mais três anos sem nenhum golpe institucional", afirmou o presidente do
STF, de acordo com matéria da Folha de S. Paulo.
"Estes
três anos [após o 'golpe institucional'] poderiam cobrar o preço de uma
volta ao passado tenebroso de trinta anos. Devemos ir devagar com o
andor, no sentido que as instituições estão reagindo bem e não se
deixando contaminar por esta cortina de fumaça que está sendo lançada
nos olhos de muitos brasileiros", completou.
Lewandowski também
destacou na ocasião que a crise do país tem maiores motivações políticas
do que econômicas. "O STF não está se deixando envolver emocionalmente
por estes percalços que estamos vivendo", salientou.
Tramita na Câmara dos Deputados a Medida Provisória 699/15, que
aumenta a punição para quem utilizar veículos para bloquear vias
públicas. Essa MP é uma reação do governo ao movimento dos
caminhoneiros, que bloqueia rodovias em diversos estados.
Atualmente,
o Código de Trânsito (Lei nº 9.503/97) prevê multa de R$ 1.915 e
apreensão do veículo. A MP aumenta a multa para R$ 5.746 e apreensão do
veículo. Essa multa será dobrada em caso de reincidência no período de
12 meses.
Os organizadores de manifestações com bloqueio poderão
ser multados em R$ 19.154 (dez vezes o valor da multa para veículo). O
motorista que utilizar veículos para bloquear vias também poderá ter a
habilitação suspensa por um ano, além de ficar proibido de receber
incentivo creditício por dez anos para aquisição de veículos.
Conforme
a MP, os serviços de recolhimento, depósito e guarda de veículo poderão
ser executados por ente público ou por particular contratado. Os custos
são de responsabilidade do proprietário do veículo.
No caso de o
proprietário do veículo recolhido comprovar, administrativamente ou
judicialmente, que o recolhimento foi indevido ou que houve abuso no
período de retenção em depósito, o ente público será obrigado a devolver
as quantias pagas segundo os mesmos critérios da devolução de multas
indevidas.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da
República, Edinho Silva, disse hoje (9) que os caminhoneiros em greve
não apresentaram uma pauta de reivindicações e que a paralisação tem
como objetivo o desgaste político do governo.
Segundo ele, o
governo da presidenta Dilma Rousseff respeita as manifestações e está
aberto ao diálogo, mas não recebeu uma pauta para negociação. A greve
dos caminhoneiros começou hoje de manhã em alguns estados.
“No
nosso entender, essa é uma greve que atinge pontualmente algumas regiões
do país e, infelizmente, um movimento que tem se caracterizado com uma
aspiração única de desgaste político do governo. Se tivermos uma pauta
de reivindicação, como tivemos em outros momentos, o governo sempre
estará aberto ao diálogo. Agora, uma greve que se caracteriza com o
único objetivo de gerar desgaste ao governo, ela vai de encontro aos
interesses da sociedade brasileira”, disse Edinho Silva em entrevista no
Palácio do Planalto.
O ministro participou de manhã da reunião semanal de coordenação
política com a presidenta Dilma Rousseff e os líderes do governo no
Congresso Nacional. Ele informou que o assunto não foi discutido no
encontro, que teve como tema principal a necessidade de aprovar as
medidas de ajuste fiscal no Congresso.
De acordo com Edinho Silva,
a greve não busca melhorias para a categoria. Ele disse esperar que os
caminhoneiros coloquem em primeiro lugar os interesses da sociedade, que
é prejudicada com a paralisação. “Você não pode apresentar uma pauta
onde o centro seja o desgaste do governo. Uma greve geralmente vem com
questões econômicas, sociais, geralmente ela é propositiva. Mesmo quando
trata de questões políticas, é propositiva. Nunca vi uma greve onde o
único objetivo é gerar desgaste ao governo. Penso que é uma paralisação
que, portanto, que não busca melhorias para a categoria". Esperamos que
aqueles que estão envolvidos nessa mobilização possam colocar acima de
qualquer outra questão o interesse da sociedade”.
O equivalente a quase 25 mil
piscinas olímpicas de lama foi despejado nas redondezas próximas à
barragem que se rompeu na cidade de Mariana, em Minas Gerais.
A mineradora Semarco (responsável pelo local) garantiu que não
há nada tóxico nos 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério
de ferro liberados durante o acidente.
Mas especialistas ouvidos
pela BBC Brasil afirmaram que, apesar de o material não apresentar
riscos à saúde humana, ele trará danos ambientais que podem se estender
por anos.
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“Comparado
ao mercúrio, por exemplo, esse rejeito não é tóxico, já que é formado
basicamente por sílica. Ninguém vai desenvolver câncer, nada disso. O
risco não é para ao ser humano, mas para o meio ambiente", disse o
professor de geologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Cleuber
Moraes Brito, que é consultor na área de meio ambiente e mineração.
"Essa
lama avermelhada deve causar danos em todo o ecossistema da região,
impactando por anos seus rios, fauna, solo e até os moradores, no
sentido de que o trabalho deles, como a agricultura, pode se tornar
impraticável."
Solo alterado
Os danos ao meio ambiente no entorno da barragem podem ser, a grosso modo, químicos ou de ordem física.
O
primeiro diz respeito à desestruturação química do solo, não só pelo
ferro, mas também por outros metais secundários descartados durante o
processo de mineração. Segundo Cleuber, esse solo recebe uma incorporação
química anormal, já que o resíduo tem excesso de ferro, que pode alterar
o pH da terra.
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Já o impacto físico dos rompimentos dizem respeito à quantidade de lama - e não à composição.
"O
problema não é o material em si, mas o fato de a lama ter coberto a
região, soterrando a vegetação", diz Mauricio Ehrlich, professor de
geotecnia da COPPE, da UFRJ.
"Esse resíduo é pobre em material
orgânico, ou seja, não favorece o crescimento de vegetação. Assim, o que
acontece é que essa lama vai começar a secar lentamente, criando uma
capa ressecada por cima do solo, dificultando a penetração de água. E,
por baixo, esse solo segue mole."
Maurício afirma ainda que, além
do solo infértil, outro impacto ambiental está relacionado aos rios da
região. Com o vazamento, os sedimentos vão sendo arrastados e se
depositando nos trechos onde a corrente é mais fraca.
Isso prejudica a calha dos rios, que podem ser assoreados, ficarem mais rasos ou até terem seus cursos desviados.
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Outro risco é o de que muitas nascentes sejam soterradas.
Esse
impacto nos recursos hídricos também afeta sua fauna, especialmente
peixes e microrganismos que compõem a cadeia alimentar nos rios.
"Mudança
no perfil do solo, impacto nos recursos hídricos, na fauna. Quanto
tempo a natureza vai demorar para assimilar tudo isso?", questiona o
geólogo da UEL.
Segundo ele, apesar de ainda ser cedo demais para
se ter essa resposta, é possível dizer que um programa para resgatar a
área degradada em Mariana dure cerca de 5 a 10 anos.
Os
especialistas salientam que é preciso fazer um levantamento do impacto,
sendo que uma das primeiras medidas reais será retirar a lama o quanto
antes, especialmente por meio de escavação.
A CPI que investiga irregularidades no Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais (Carf), apontadas pela Operação Zelotes, da Polícia
Federal, só conseguiu colher, nesta quinta-feira (5), o depoimento de um
dos dois investigados convocados a prestar esclarecimentos. O silêncio
foi a opção do advogado Eduardo Gonçalves Valadão, que foi sócio de
escritório de advocacia de José Ricardo da Silva, um dos ex-conselheiros
do órgão implicados na apuração sobre a venda de sentenças para
favorecer empresas.
"Respeito o trabalho dessa Casa, mas já existe
uma ação judicial sobre os fatos e prefiro me defender perante a
Justiça, usando esse direito que me é garantido", afirmou.
Chamado
a falar logo em seguida, Halysson Carvalho Silva, assim como Valadão,
encontra-se em prisão provisória, em Brasília. Residente no Piauí, ele
responde por suspeita de extorsão contra o empresário Eduardo Souza
Ramos, representante da Mitsubishi Motors no Brasil, para obter US$ 1,5
milhão.
Halysson Silva negou envolvimento com pessoas e fatos
investigados pela Operação Zelotes, a operação deflagrada pela Polícia
Federal sobre o Carf. A suspeita é de que, por meio de intermediários,
conselheiros do Carf cobravam propina para anular autuações fiscais ou
reduzir o valor dos tributos devidos. Agora, a PF investiga a
participação de duas das consultorias mais atuantes no Carf também em
negociações para aprovar medidas provisórias favorecendo empresas
automobilísticas, mediante pagamento de propinas, inclusive
parlamentares.
As duas empresas são as SGR Consultoria Empresarial
e a Marcondes & Mautoni Empreendimentos, que têm em seus quadros
José Ricardo da Silva e Mauro Marcondes Machado, parceiros do lobista
Alexandre Paes dos Santos, que também está preso. Os senadores
confrontaram Halysson Silva com mensagens que partiram de endereços de
e-mails supostamente seus, dirigidos a esses investigados, sobre viagens
a São Paulo e até sobre acertos de valores a serem cobrados de
empresários.
"Coloco-me à disposição da comissão, mas está havendo
algum engano. Meu advogado diz que estou preso por extorsão, mas não
tenho nada a ver com isso", afirmou.
De todos os citados, Hallyson
Silva confirmou que esteve apenas com Mauro Marcondes, por duas vezes,
em São Paulo. Sobre o motivo do encontro, ele disse que não se lembrava.
Halysson foi também indagado sobre mensagem destinada a Alexandre Paes
dos Santos por Raimundo Lima, que integra seu círculo de amigos no Piauí
e participou de sua campanha a deputado nas últimas eleições. Afirmou
que sequer conhecia Lima pelo nome próprio, mas apenas pelo apelido de
“Júnior Piranha”, e mais uma vez disse não ter como explicar o fato.
O
depoente também não acreditar que amigos seus estejam envolvidos com os
acusados e possam ter usado seus e-mails em para atividades
relacionadas ao esquema criminoso. Antes, a hipótese foi levantada pelo
advogado que o acompanhou Hallyson na audiência.
Os
questionamentos ao depoente foram feitos pelo presidente da CPI, senador
Ataídes Oliveira (PSDB-TO), a relatora, senadora Vanessa Grazziotin
(PCdoB-AM), e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Nenhum se mostrou totalmente
convencido com as explicações apresentadas por Hallyson Silva.
"Ou o senhor é muito esperto ou estão lhe confundido com outra pessoa", observou Vanessa Grazziotin.
Ataídes
Oliveira lembrou ao depoente que, caso estivesse tentando proteger
terceiros, ele poderia estar se complicando. Para Randolfe, as palavras
de Hallyson não pareciam “corresponder aos fatos”. Observou que a
tendência é que sua prisão temporária seja prorrogada. Porém, se
decidisse por colaborar, ainda que fosse com a PF ou o Ministério
Público, poderia contar com vantagens legais.
Logo no início do
depoimento, Hallyson Silva informou que já trabalhou com promoção de
shows e outros eventos. Agora, é sócio de pequena distribuidora de
bebidas em Teresina. Ele teve ainda uma passagem por Brasília, quando
atuou como comissionado no gabinete de Frank Aguiar, no período em que o
cantou exerceu mandato de deputado federal.
Agora em 2015, por
poucos meses, ocupou cargo comissionado na Fundação Cultural Piauí,
indicado pelo então deputado estadual Francis Lopes (PRP), também
cantor. No passado, chegou a ser empregado e, depois, sócio de empresa
que forneceu mobiliário e equipamentos aos Correios. Sem receber
pagamento, retirou da agência um ar condicionado, o que motivou a
estatal a mover contra ele ação por apropriação indébita. Não há
condenação final no caso, que está em fase de recurso no Superior
Tribunal de Justiça.
Os pacientes do hospital Divina Providência, em Porto Alegre,
passaram por momentos de pavor nesta manhã. Por volta das 7h, três
assaltantes armados invadiram o local por um acesso secundário e
renderam funcionários, anunciando um assalto. Ao tentarem roubar um
cofre supostamente mantido no interior do hospital, os bandidos atacaram
uma cafeteria que fica no andar térreo, chamando a atenção da segurança
do prédio.
No momento em que os bandidos foram surpreendidos
pelos seguranças da casa de saúde, houve troca de tiros. Na tentativa de
fuga, eles revidaram contra os guardas, mas acabaram atingidos. Um dos
bandidos morreu na hora, e os outros dois foram presos. Ainda na
tentativa de fugir do local, os bandidos feridos colidiram o carro
contra uma mureta do pátio do hospital.
Conforme Sérgio
Albuquerque Frederes, diretor de relacionamentos institucionais do
Divina Providência, o local conta com reforçado sistema de segurança, o
que permitiu a ação rápida dos guardas. O hospital seguiu com os
atendimentos de rotina e previamente agendados sem alterações. Nada foi
levado.
O papa Francisco expressou neste domingo (1°) sua preocupação com os
confrontos registrados na República Centro-Africana (RCA), para onde ele
viaja no final do mês, durante uma viagem pela África.
"Os
dolorosos episódios destes últimos dias intensificaram a delicada
situação da RCA", disse, durante o Angelus do primeiro domingo de
novembro, quando é realizada a festa de Todos os Santos.
"Peço
que as partes envolvidas deem fim a este ciclo de violências. Estou
espiritualmente próximo dos padres da paróquia Nossa Senhora de Fátima,
em Bangui, que acolhem muitos refugiados", completou.
A RCA passa
por um conflito humanitário que já causou o deslocamento de quase 1
milhão de pessoas. Atualmente, tropas francesas estão no país. Viagens
Entre
os dias 25 e 30 de novembro, a agenda papal inclui passagens por
Quênia, Uganda e RCA. Em 2015, o religioso já visitou Cuba, Estados
Unidos, Equador, Bolívia, Paraguai, Bósnia e Herzegovina, Sri Lanka e
Filipinas.