O prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, sancionou lei que
regula o uso de aplicativos para solicitação de táxis. O texto foi
publicado hoje (5) no Diário Oficial do Município. A prefeitura deverá
regulamentar a lei em até 60 dias.
De acordo com o texto, as empresas interessadas na prestação do
serviço de táxi por aplicativo deverão ser cadastradas na prefeitura e
ter como prestadores, exclusivamente, taxistas. Também terão de,
obrigatoriamente, apresentar cópia de seu contrato social ou estatuto,
devendo constar o endereço de sua sede na cidade de São Paulo.
Caso a empresa gestora do aplicativo não cumpra a lei, será aplicada
multa de R$ 50 mil, cobrada em dobro no caso de reincidência. Para a
pessoa física que infringir o regulamento, a multa será de R$ 3,8 mil,
mais a apreensão do veículo e bloqueio do licenciamento até a quitação
do valor. O Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo foi procurado
para avaliar a nova legislação, mas não respondeu até o fechamento desta
matéria.
No último dia 29, a prefeitura de São Paulo anunciou o lançamento de
uma consulta pública para avaliar um novo modelo de transporte
individual para a cidade, que pode regulamentar o uso de aplicativos
como o Uber, que é diferente do táxi convencional. O texto poderá
receber sugestões da população pelo prazo de 30 dias no endereço
consultausointensivoviario.prefeitura.sp.gov.br .Confusão
Na madrugada do último domingo (3), um motorista do serviço Uber e
sua passageira foram agredidos por taxistas na avenida Francisco
Matarazzo, na zona oeste da capital. Segundo o boletim de ocorrência, o
motorista disse que, após pegar a passageira, foi fechado por cinco
táxis e impedido de seguir. Os taxistas desceram com barras ferro e
danificaram o veículo. A passageira foi ferida por estilhaços, mas não
quis prestar queixa. O motorista do Uber conseguiu anotar a placa de
dois dos táxis.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a ocorrência foi
registrada no 91º Distrito Policial (DP) como associação criminosa e
danos. O 23º DP investigará o ocorrido
“A Uber considera inaceitável o uso de violência contra cidadãos que
respeitam as leis. Os motoristas parceiros têm o direito de trabalhar
honestamente para ganhar seu sustento, assim como os usuários têm o
direito de escolher como querem se mover pela cidade”, disse a empresa
em nota. Procurado para comentar o caso, o Sindicato dos Taxistas
Autônomos de São Paulo não respondeu até o fechamento da reportagem.
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