O criador do site WikiLeaks, Julian Assange, disse neste domingo que há uma "caça às bruxas" promovida pelos EUA contra ele.
O australiano fez sua primeira aparição pública desde junho, quando se refugiou na Embaixada do Equador em Londres, na tentativa de escapar de um pedido de extradição à Suécia, onde é acusado por duas mulheres de abuso sexual."Peço que (o presidente dos EUA) Barack Obama renuncie a essa caça às bruxas de investigar e processar o WikiLeaks", afirmou Assange, defendendo o seu site por "lançar luz sobre os segredos dos poderosos".
Ele também pediu a libertação de Bradley Manning, o soldado americano que está preso e aguarda julgamento, sob acusação de ter passado segredos militares americanos ao WikiLeaks.
Assange recebera, na última quinta-feira, asilo político do Equador, mas a Grã-Bretanha não lhe deu um salvo-conduto para que ele possa viajar ao país latino-americano. Sendo assim, Assange está isolado na embaixada equatoriana, correndo o risco de ser preso pela polícia britânica caso deixe a representação diplomática.
Simpatizantes de Assange foram à porta da embaixada protestar contra a extradição do australiano
"Obrigado por sua generosidade de espírito", disse Assange aos simpatizantes. "Ouvi policiais (na embaixada), mas sabia que tinha testemunhas, que o mundo estaria assistindo", agregou, em referência à possibilidade de a polícia britânica entrar na embaixada para prendê-lo.
Ele também agradeceu o Equador e citou nominalmente os países da OEA (Organização dos Estados Americanos), Brasil incluído, pedindo que eles "defendam o direito ao asilo" - isso porque a OEA realizará uma reunião, na próxima sexta-feira em Washington, para discutir o caso.
'Garantias'
Horas antes, Baltasar Garzón, advogado de Assange, havia dito que seu cliente está "disposto a responder pelas acusações" que enfrenta na Suécia, mas quer "garantias" de que não será extraditado.Perfil: Julian Assange
Para seus simpatizantes, Julian Assange é um corajoso ativista pela verdade. Para críticos, é alguém que quer atrair a atenção da mídia divulgando segredos que colocam vidas em perigo.
Segundo pessoas próximas ao australiano de 41 anos, Assange é uma pessoa intensa, motivada e muito inteligente, dono de uma habilidade excepcional para decifrar códigos de informática.
Em 2006 ele criou o WikiLeaks, site que ficou famoso por publicar documentos e imagens confidenciais - a começar por imagens, divulgadas em abril de 2010, de soldados americanos matando 18 civis no Iraque.
Depois disso, o site levou ao público milhares de documentos diplomáticos internacionais.
Mas Assange foi preso na Grã-Bretanha depois que a Suécia emitiu um pedido de prisão internacional para que o australiano responda por duas acusações de abuso sexual. Ele alega que as relações foram consensuais e se refugiou na embaixada do Equador em junho.
Segundo pessoas próximas ao australiano de 41 anos, Assange é uma pessoa intensa, motivada e muito inteligente, dono de uma habilidade excepcional para decifrar códigos de informática.
Em 2006 ele criou o WikiLeaks, site que ficou famoso por publicar documentos e imagens confidenciais - a começar por imagens, divulgadas em abril de 2010, de soldados americanos matando 18 civis no Iraque.
Depois disso, o site levou ao público milhares de documentos diplomáticos internacionais.
Mas Assange foi preso na Grã-Bretanha depois que a Suécia emitiu um pedido de prisão internacional para que o australiano responda por duas acusações de abuso sexual. Ele alega que as relações foram consensuais e se refugiou na embaixada do Equador em junho.
Garzón também afirmou que o criador do WikiLeaks está "com espírito combativo" e "agradecido" ao povo equatoriano.
Na última quinta-feira, o australiano de 41 anos teve seu pedido de asilo concedido pelo Equador - sob a alegação de que Assange pode ser vítima de perseguição política.
Impasse diplomático
Na quarta-feira o Ministério das Relações Exteriores britânico enviou um comunicado ao governo do Equador dizendo que a Grã-Bretanha estava "determinada" em cumprir sua obrigação de extraditar Assange à Suécia e que, de acordo com uma lei nacional, poderia "revogar a imunidade diplomática" da embaixada e prender o australiano no interior do prédio.Protocolos internacionais estabelecem que territórios diplomáticos não podem ser violados pela polícia, a não ser que com a permissão do chefe da missão diplomática em questão.
Analistas afirmam que, se a Grã-Bretanha de fato violar a integridade da embaixada equatoriana, pode ser alvo de duras críticas internas e da comunidade internacional.
Já os EUA afirmaram que não pretendem "intervir" no assunto. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que o país "não interviu
"Os EUA veem isso como um assunto que deve ser resolvido entre o governo britânico, o governo equatoriano e o governo sueco", disse o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest, em declarações à imprensa a bordo do avião presidencial, Air Force One.
A Suécia, por sua vez, criticou o Equador, alegando ser "inaceitável que o país queira impedir o andamento do processo judicial sueco". O país quer a extradição de Assange para poder questioná-lo a respeito das acusações de abuso.
esse cara esta sendo peseguido
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