Chamada de Vigitel 2014, na pesquisa também
preocupa a proporção de pessoas com mais de 18 anos com obesidade,
17,9%, embora este percentual não tenha sofrido alteração nos últimos
anos. O índice de obesidade está estável no país e
relativamente próximo do índice recomendado pela Organização Mundial de
Saúde (15%), mas o número de brasileiros acima do peso é cada vez maior.
Os quilos a mais na balança são fatores de
risco para doenças crônicas, como as do coração, hipertensão e diabetes,
que respondem por 72% dos óbitos no Brasil.
“O mais importante para o Brasil neste momento é
deter o crescimento da obesidade. E nós conseguimos segurar esse
aumento. Isso já é um grande ganho para a sociedade brasileira. Em
relação ao sobrepeso, não temos o mesmo impacto da obesidade, de
estabilização, mas também não temos nenhuma tendência de crescimento
disparando”, destaca o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
“No Brasil não há tendência de disparos como nos
outros países em que o crescimento da obesidade é avassalador. Em
comparação com nossos vizinhos conseguimos deter o crescimento, quando é
essa a tendência”, reforça. O índice de obesidade do Brasil está
abaixo, por exemplo, da Argentina (20,5%), Paraguai (22,8%) e Chile
(25,1%).
Entre os homens e as mulheres brasileiros, são eles
que registram os maiores percentuais. O índice de excesso de peso na
população masculina chega a 56,5% contra 49,1% entre elas, embora não
exista uma diferença significativa entre os dois sexos quando o assunto é
obesidade.
Em relação à idade, os jovens (18 a 24 anos) são os
que registram as melhores taxas, com 38% pesando acima do ideal,
enquanto as pessoas de 45 a 64 anos ultrapassam 61%.
A pesquisa demonstra ainda que as pessoas com menor
escolaridade, de 0 a 8 anos de estudo, registram o maior índice, 58,9%,
enquanto 45% do grupo que estudou 12 anos ou mais está acima do peso.
O impacto da escolaridade é ainda maior entre as
mulheres, em que o índice estre os mais escolarizados é ainda menor,
36,1%. As mesmas diferenças se repetem com os dados de obesidade. O
índice é maior entre os que estudaram por até 8 anos (22,7%) e menor
entre os que estudaram 12 anos ou mais (12,3%).
O Vigitel 2014 entrevistou, por inquérito telefônico,
entre fevereiro e dezembro de 2014, 40.853 pessoas com mais de 18 anos
que vivem nas capitais de todos os estados do país e do Distrito
Federal. Realizada desde 2006 pelo Ministério da Saúde, a pesquisa, ao
medir a prevalência de fatores de risco e proteção para doenças não
transmissíveis na população brasileira, serve para subsidiar as ações de
promoção da saúde e prevenção de doenças.
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