A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação,
Ciência e Cultura (Unesco), Irina Bokova, condenou hoje (13) a
destruição, pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI), do sítio
arqueológico de Nimrud, antiga cidade do império assírio, fundada há 3
mil anos.
A declaração de Irina Bokova foi feita após o Estado
Islâmico divulgar, no sábado (11), um vídeo mostrando militantes
explodindo espaços arqueológicos e obras de arte em Nimrud.
"Condeno
este ato louco, destrutivo e que acentua o horror da situação." Por
meio de comunicado, ela confirmou que os terroristas não estão apenas
destruindo representações de figuras. "Com seus martelos e explosivos,
também estão destruindo o próprio lugar, claramente determinados a
acabar com todos os vestígios da história do povo do Iraque", disse
Irina. "A destruição deliberada do patrimônio é um crime de guerra",
afirmou.
A diretora-geral da Unesco informou que a organização
fará todo o esforço possível para lutar contra a prática da destruição.
Também prometeu documentar as ações, de modo a garantir que os
responsáveis sejam identificados e levados à justiça.
Ela
ressaltou que nada justifica a destruição do patrimônio. Irina convocou
líderes políticos e religiosos do mundo, além da sociedade civil, para
que, usando todos os canais possíveis, protestem contra esses crimes,
como forma de contrapor a propaganda e o ódio escondidos nesses atos.
Irina
Bokova esclareceu que a Unesco denuncia os ataques a Nimrud desde 6 de
março. O vídeo divulgado sábado mostra a destruição total da parte
noroeste do Palácio de Assurnasirpal II e de esculturas em pedras da Era
Noassíria.
O palácio fica a 32 quilômetros de Mosul - cidade no
Norte do Iraque, a cerca de 400 km de Bagdá, controlada pelo Estado
Islâmico – e foi construído em 879 antes de Cristo, servindo de capital
do Império Assírio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário