O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta
quinta-feira (25) que a aprovação no Senado do projeto que acaba com a
participação obrigatória da Petrobras na exploração dos campos do
pré-sal foi fruto de uma negociação do governo com os parlamentares,
apesar de o governo defender a manutenção da atual política.
“O
governo tem que ser um governo de diálogo. A posição do governo é a
posição defendida pelo bloco que defendeu a lei da política de petróleo,
mas, em uma democracia, há que se ter diálogo, e o que se demonstrou
ontem é que há diálogo e que a articulação política do governo está
fazendo o diálogo com diversas correntes”, disse Braga.
Ontem (24)
o plenário do Senado aprovou o projeto de lei que acaba com a
participação obrigatória da Petrobras na exploração dos campos do
pré-sal, estabelecendo que a estatal terá a prerrogativa de escolher se
quer ser operadora do campo ou se prefere se abster da exploração mínima
de 30% a que a lei a obriga atualmente. O texto ainda será votado na
Câmara dos Deputados.
O projeto foi aprovado após negociação do
governo com os senadores para construir uma alternativa à proposta
inicial, do senador José Serra (PSDB-SP), que defendia o fim da
participação obrigatória da Petrobras na exploração do pré-sal, mas não
dava à estatal prioridade sobre os campos. Pelo substitutivo aprovado
ontem, caberá ao Conselho Nacional de Política Energética oferecer à
Petrobras a exploração mínima em cada campo e a empresa se manifestará
se aceita ou não a responsabilidade.
Segundo o ministro, havia
três blocos no Senado defendendo posições diferentes: um queria manter a
política atual, com participação obrigatória da Petrobras, outro
defendia mudanças no regime e um terceiro defendia uma solução
intermediária, que foi a posição vencedora. “O que o Senado votou foi um
termo intermediário entre a posição que o bloco do PT e do governo
defendia e uma propositura que flexibiliza, mas mantém a questão do
controle do estado e de uma política estratégica do estado brasileiro, e
não da Petrobras, em torno da questão”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário