Apesar da queda do número de linhas de telefones fixos registrada em
2015, os usuários de telefone popular continuam crescendo no país. No
ano passado, o número de assinaturas dessa modalidade passou de 162,5
mil em janeiro para 177,2 mil em dezembro, um aumento de 9%. Por outro
lado, em 2015 foi registrada pela primeira vez uma queda no número de telefones fixos no país, de de 3,3%. Os dados são da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
O telefone popular é o Acesso
Individual Classe Especial (Aice), por meio do qual as famílias
incluídas no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal
podem ter acesso ao serviço de telefonia fixa em condições especiais. A
assinatura mensal tem tarifa reduzida, na faixa de R$ 15,00, com direito
a uma franquia mensal de 90 minutos para fazer chamadas locais para
outros telefones fixos durante o mês. Para ligações de longa distância
ou para celulares, o usuário deve comprar créditos pré-pagos da
concessionária, no valor das tarifas dos demais telefones.
Para o
presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, apesar de ter
apresentado um crescimento ao longo do ano, o número de usuários do
telefone popular ainda é muito baixo, e não deve crescer. “O que estamos
vendo é um desinteresse do usuário, principalmente o de baixa renda,
pelo telefone fixo. Para ele, o celular pré-pago é uma opção melhor”,
diz. Atualmente, o número de telefones populares corresponde a 0,4% do
total de linhas fixas ativas no país.
Tude
lembra que o telefone fixo é mais barato apenas para fazer ligações
para outras linhas fixas, mas para ligar para um telefone celular é mais
vantajoso usar outra linha móvel. E, como atualmente o número de linhas
móveis no país é bem maior do que o de fixas, a população acaba optando
por linhas de celular pré-pagas.
A Anatel avalia que o telefone
popular é uma alternativa mais econômica para uma grande parte da
população. Desde 2014, a Anatel vem atuando junto às concessionárias de
telefonia fixa com ações para a divulgação do telefone popular, por meio
de campanhas de TV e rádios em todos os municípios do país.
Para
pedir uma linha popular, o responsável familiar deve entrar em contato
com a Concessionária de sua região tendo em mãos o seu NIS - Número de
Identificação Social e CPF. Os dados da família deverão estar
atualizados no Cadastro Único há pelo menos dois anos, principalmente
com as informações de renda familiar e endereço atualizados.
O serviço é oferecido apenas pelas concessionárias de telefonia fixa Brasil
Telecom, CTBC Telecom, Oi, Telefônica e Sercomtel. As empresas
autorizadas de telefonia fixa (GVT, Embratel, etc) não têm a obrigação
de oferecer o telefone popular.
O maior número de linhas de
telefone popular está no estado de São Paulo, com 50,1 mil linhas,
seguido pelo Rio de Janeiro, com 22 mil linhas, Bahia, com 21,4 mil e
Minas Gerais, com 19,7 mil linhas ativas. A concessionária Oi é a que
tem o maior número de clientes do telefone popular, com 126,7 mil linhas
ativas, seguida pela Telefônica, com 50,1 mil linhas.
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