Deputados do PT e do PCdoB protocolaram hoje (7), no Supremo Tribunal
Federal (STF), mandado de segurança, com pedido de liminar, para
suspensão imediata da tramitação da proposta de emenda à Constituição
(PEC) que limita os gastos públicos do país pelos próximos 20 anos. O
relator é o ministro Roberto Barroso. O Palácio do Planalto informou
que, por enquanto, não vai se manifestar sobre a ação.
No
pedido, os parlamentares argumentam que a PEC 241/2016 "atenta contra a
separação dos Poderes, o voto direto, secreto, universal e periódico e
os direitos e garantias individuais". Na interpretação dos autores do
pedido, a limitação dos gastos restringirá também a atuação do
presidente da República e de deputados e senadores que serão empossados
em 2019, 2023, em 2027, 2031 e 2035.
Comissão especial
A
Comissão Especial da Câmara que analisa a PEC 241 aprovou ontem o
substitutivo apresentado pelo relator da proposta, deputado Darcísio
Perondi (PMDB-RS). A proposta será levada à votação no plenário da
Câmara, em primeiro turno de votação na próxima segunda-feira (10).
Em
pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, o ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a proposta preservará a saúde e a
educação, sem retirar direitos dessas áreas “O governo [do presidente
Michel] Temer enviou uma proposta para mudar a Constituição e equilibrar
o orçamento nos próximos anos. É necessário um prazo para ajustar as
contas de forma gradual, sem retirar direitos, sem cortar o dinheiro dos
projetos mais importantes, aqueles essenciais. Saúde e educação, por
exemplo, serão preservados. Estamos criando mecanismos para garantir que
essas áreas prioritárias não terão perdas”, destacou o ministro.
De
acordo com Meirelles, o controle dos gastos permitirá ao país recuperar
a credibilidade. “A confiança de consumidores, investidores e
empresários já está retornando. Já notamos os primeiros sinais dessa
mudança. Confiamos que o Congresso aprovará essa medida que vai
equilibrar as contas públicas. Este é o caminho para a volta do
crescimento de nossa economia e para a criação dos empregos de que o
nosso povo precisa.”
Mandado
“Uma grave
consequência da limitação que, por intermédio da PEC 241/2016,
pretende-se impor ao povo brasileiro, como titular do poder político do
Estado, consiste em que seus representantes, parlamentares que serão
eleitos, não terão, conforme já destacado, a possibilidade de exercer em
plenitude a representação popular no Poder Legislativo”, diz trecho do
mandado de segurança.
Além disso, os autores do mandado de
segurança argumentam que a separação dos Poderes, prevista na
Constituição, será desrespeitada caso a PEC seja aprovada.
“Ao
prever que as despesas a serem contempladas nos orçamentos de cada Poder
da República e suas respectivas execuções, devam permanecer limitadas à
variação anual de índice decorrente de pesquisa de preços, implementada
que é, por autarquia do Poder Executivo da União, as necessidades que o
Poder Judiciário, como o Poder Legislativo, tenham e considerem
imprescindíveis contemplar no Orçamento Geral da União, para atender
suas legítimas e necessárias demandas, estarão restringidas”,
acrescentam os autores do pedido.
O mandado de segurança é
assinado por um deputado do PT Afonso Florence (BA) e sete do PCdoB:
Jandira Feghali (RJ), Luciana Santos (PE), Daniel Almeida (BA), Angela
Albino (SC), Jô Moraes (MG), Francisco Lopes (CE) e Alice Portugal
(BA).
Comissão especial
A Comissão Especial da Câmara que analisa a PEC 241 aprovou ontem o substitutivo apresentado pelo relator da proposta, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). A proposta será levada à votação no plenário da Câmara, em primeiro turno de votação na próxima segunda-feira (10).
Em pronunciamento em
cadeia nacional de rádio e televisão, o ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, disse que a proposta preservará a saúde e a educação, sem
retirar direitos dessas áreas “O governo [do presidente Michel] Temer
enviou uma proposta para mudar a Constituição e equilibrar o orçamento
nos próximos anos. É necessário um prazo para ajustar as contas de forma
gradual, sem retirar direitos, sem cortar o dinheiro dos projetos mais
importantes, aqueles essenciais. Saúde e educação, por exemplo, serão
preservados. Estamos criando mecanismos para garantir que essas áreas
prioritárias não terão perdas”, destacou o ministro.
De acordo
com Meirelles, o controle dos gastos permitirá ao país recuperar a
credibilidade. “A confiança de consumidores, investidores e empresários
já está retornando. Já notamos os primeiros sinais dessa mudança.
Confiamos que o Congresso aprovará essa medida que vai equilibrar as
contas públicas. Este é o caminho para a volta do crescimento de nossa
economia e para a criação dos empregos de que o nosso povo precisa.”
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