Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira
(29) que o Exército de seu país entrou na Síria para acabar com o
governo do presidente Bashar Assad, a quem acusou de terrorismo de
Estado; "Entramos na Síria para acabar com o regime do tirano Assad
que aterroriza com terror de Estado. Não entramos por qualquer outra
razão", declarou Erdogan. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta
terça-feira (29) que o Exército de seu país entrou na Síria para acabar
com o governo do presidente Bashar Assad, a quem acusou de terrorismo de
Estado.
"Entramos na Síria para acabar com o regime do tirano Assad que
aterroriza com terror de Estado. Não entramos por qualquer outra
razão", disse o presidente turco em um simpósio interparlamentar em
Istambul, citado pelo jornal Hurriyet. Erdogan disse ainda que Ancara
não tem reivindicações territoriais na Síria, mas quer entregar o poder à
população síria para restaurar "a justiça".
"Por que entramos? Não estamos de olho em solo sírio. A questão é
fornecer terras a seus verdadeiros proprietários. Ou seja, estamos lá
para o estabelecimento da justiça", disse ele.
Ele continuou afirmando que de acordo com as suas "estimativas",
quase um milhão de pessoas morreram na Síria, e que isso o fez se
perguntar "onde estava a ONU" e "o que ela estava fazendo". Em dado
momento, disse Erdogan, a Turquia perdeu a paciência e "teve que entrar"
no país árabe para lutar "junto com o Exército Livre da Síria".
Nenhum grupo de monitoramento fornece números de vítimas semelhantes
aos declarados por Erdogan. Os últimos dados da ONU calculam que, em
cinco anos, o conflito sírio matou cerca de 400 mil pessoas. As tropas
turcas entraram na Síria em 24 de agosto, lançando a chamada operação
Escudo do Eufrates com tropas terrestres e força aéreo no norte do país
vizinho, com o objetivo declarado de ajudar a retomar as regiões
controladas pelo Daesh (autodenominado Estado Islâmico).
No entanto, grande parte dos analistas considera que Ancara pretende
sobretudo suprimir as forças curdas no norte Síria, a fim de evitar a
conexão de três regiões curdas, que de facto são autônomas, em um único
enclave ao sul da fronteira turca.
Em outubro, as forças aéreas da Turquia mataram entre 160 e 200
combatentes da milícia curda YPG em 26 ataques aéreos realizados em
apenas uma noite. A campanha militar turca na Síria também levou a
relações cada vez mais tensas entre Ancara e o governo de Assad. A
Turquia foi forçada a suspender o apoio aéreo à sua incursão militar no
final do mesmo mês, depois que Damasco prometeu derrubar os aviões da
Força Aérea turca que estivessem sobrevoando seu espaço aéreo.
terça-feira, 29 de novembro de 2016
domingo, 27 de novembro de 2016
Tiroteio faz um morto e nove feridos em Nova Orleães
Um tiroteio ocorrido este domingo em Nova Orleães, nos Estados Unidos, tirou a vida a uma pessoa e feriu outras nove.
Segundo um comunicado do departamento da polícia local, publicado na sua conta do Twitter, o incidente aconteceu em Bourbon Street.
As vítimas são duas mulheres e oito homens, com idades compreendidas entre os 20 e os 37 anos, e duas pessoas já foram detidas por posse ilegal de armas, não se sabendo, no entanto, se estão relacionadas com o tiroteio.
Segundo um comunicado do departamento da polícia local, publicado na sua conta do Twitter, o incidente aconteceu em Bourbon Street.
As vítimas são duas mulheres e oito homens, com idades compreendidas entre os 20 e os 37 anos, e duas pessoas já foram detidas por posse ilegal de armas, não se sabendo, no entanto, se estão relacionadas com o tiroteio.
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Justiça determina que RJ dê informações sobre isenções fiscais
Liminar foi obtida por deputados do PSOL que não teve acesso às informações. TCE diz que RJ concedeu R$ 138 bilhões em benefícios.
O desembargador Cláudio Mello Tavares, da 11ª Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Rio concedeu liminar determinando que a Secretaria de
Fazenda dê acesso imediato às informações sobre isenções fiscais
concedidas pelo governo do Rio. O pedido foi feito pela bancada do PSOL
na Assembleia Legislativa (Alerj). A Secretaria de Fazenda não se
pronunciou sobre o assunto.
O pedido dos parlamentares à Justiça aconteceu após a recusa da
Secretaria Estadual de Fazenda em prestar esclarecimentos sobre os
benefícios fiscais concedidos nos últimos dez anos pelos dois governos
de Sérgio Cabral (2007 a 2014) e pela administração de Luiz Fernando
Pezão, a partir de 2015. Segundo a decisão do desembargador, o Estado
deve dar acesso imediato às informações solicitadas pelos deputados
estaduais.
Os deputados Marcelo Freixo, Flávio Serafini, Eliomar Coelho, Paulo
Ramos e Wanderson Luiz Nogueira encaminharam pedido de informações sobre
isenções em março deste ano. A resposta, negativa, veio apenas em
agosto. De acordo com os parlamentares, uma auditoria feita pelos
técnicos do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro constatou que
foram concedidos, entre 2008 e 2013, R$ 138 bilhões em benefícios
fiscais para empresas que atuam no estado.
O desembargador Cláudio Mello Tavares, da 11ª Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), concedeu liminar com base
em mandado de segurança impetrado por um grupo de deputados estaduais
contra ato da Secretaria estadual de Fazenda, que se recusou a prestar
esclarecimentos sobre a relação das pessoas jurídicas que obtiveram
benefícios fiscais nos últimos dez anos. O órgão também não forneceu
informações sobre isenções tributárias concedidas.
A decisão do magistrado determina que o Poder Executivo dê imediato
acesso às informações solicitadas pelos parlamentares, até para que
sejam adotadas providências urgentes que se justificam pela atual
situação financeira estadual, que dificulta o atendimento básico aos
cidadãos.
“A receita tributária, como se sabe, integra o patrimônio público e,
por tal razão, o Executivo não pode renunciar às mesmas sem adotar a
transparência e a publicidade necessárias à prática de tal conduta”,
destacou o desembargador, informando que o Poder Legislativo tem função
de fiscalizar as ações executivas.
O magistrado lembrou ainda o impacto das isenções fiscais na situação
financeira atual do Estado do Rio. “Considerando a gravíssima crise
financeira por que passa o Estado do Rio de Janeiro, bem como o fato
notório de que as concessões não se restringem às empresas que
estruturam a economia, adequada se revela a pretensão dos impetrantes,
que objetivam o imediato acesso às informações para que sejam adotadas
providências urgentes que se justificam pelo colapso financeiro que vem
dificultando o atendimento às necessidades básicas dos cidadãos” –
finalizou o desembargador.
O grupo formado pelos deputados Marcelo Freixo, Flávio Serafini,
Eliomar Coelho, Paulo Ramos e Wanderson Luiz Nogueira declarou ter
encaminhado o pedido de informações em março deste ano, e recebeu a
resposta negativa em agosto. De acordo com os parlamentares, uma
auditoria feita pelos técnicos do Tribunal de Contas do Estado do Rio de
Janeiro constatou que foram concedidos, entre 2008 e 2013, R$ 138
bilhões em benefícios fiscais para empresas que atuam no estado.
“Não acarreta a divulgação de dados particulares e sigilosos
relacionados às pessoas jurídicas, não se configurando, assim, a
violação ao referido dispositivo legal” relata o desembargador, que
acrescenta.
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Candidata à presidência dos EUA deve pedir recontagem de votos das eleições
A candidata do Partido Verde à presidência dos EUA, Jill Stein, está
preparando um pedido de recontagem dos votos das eleições americanas em
vários dos estados-chave para se ganhar nas eleições, de acordo com o
jornal britânico The Guardian.
Stein lançou uma página na internet para angariar fundos, buscando US$ 2 milhões em doações, que, segundo ela, são necessários para solicitar recontagem de votos nos estados de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.
Segundo a publicação, Stein afirmou que estava agindo devido a "provas convincentes de anomalias na votação", baseada em dados que indicaram "discrepâncias significativas nos totais de votos".
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ganhou da candidata democrata Hillary Clinton na Pensilvânia e em Wisconsin. Michigan ainda não divulgou resultados das eleições.
Acadêmicos e partidários republicanos estão pressionando a campanha de Hillary Clinton para participar do pedido de Stein, de acordo com o Guardian. Um relatório, que pede a recontagem, deverá se entregue ao Congresso e a autoridades federais, de acordo com duas pessoas envolvidas.
Stein lançou uma página na internet para angariar fundos, buscando US$ 2 milhões em doações, que, segundo ela, são necessários para solicitar recontagem de votos nos estados de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin.
Segundo a publicação, Stein afirmou que estava agindo devido a "provas convincentes de anomalias na votação", baseada em dados que indicaram "discrepâncias significativas nos totais de votos".
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ganhou da candidata democrata Hillary Clinton na Pensilvânia e em Wisconsin. Michigan ainda não divulgou resultados das eleições.
Acadêmicos e partidários republicanos estão pressionando a campanha de Hillary Clinton para participar do pedido de Stein, de acordo com o Guardian. Um relatório, que pede a recontagem, deverá se entregue ao Congresso e a autoridades federais, de acordo com duas pessoas envolvidas.
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Ataque suicida mata dezenas em Cabul
Atentado reivindicado pelo "Estado Islâmico" deixa mais de 30 mortos e
85 feridos em mesquita xiita na capital do Afeganistão. Presidente
Ashraf Ghani condena o "brutal ataque", que classifica de "crime
imperdoável".Um atentado suicida reivindicado pelo grupo terrorista
"Estado Islâmico" (EI) deixou mais de 30 mortos e 85 feridos nesta
segunda-feira (21/11) num templo em Cabul, no Afeganistão. O ataque
ocorreu durante uma cerimônia religiosa da comunidade hazara, uma
minoria xiita de língua persa.
saiba mais
- Ataque a templo xiita em Cabul deixa mais de 30 mortos e 85 feridos
- Ataque a templo xiita em Cabul deixa ao menos 27 mortos e 35 feridos
- Ataque a templo xiita em Cabul deixa pelo menos oito mortos e 18 feridos
- EI reivindica autoria de atentado perto do Ministério da Defesa afegão
- Atentado perto do Ministério da Defesa em Cabul deixa 4 mortos e 11 feridos
O balanço de vítimas, que inclui mulheres e crianças, foi divulgado
pelo porta-voz do Ministério afegão da Saúde, Ismail Kawusi. Ele
afirmou, no entanto, que o número de mortos e feridos pode aumentar nas
próximas horas.
O ataque ocorreu por volta do meio-dia (horário local), quando um
homem-bomba se explodiu em meio a dezenas de pessoas na mesquita xiita
de Baqir-ul-Olom, situada numa área da minoria hazara no oeste da
capital afegã, afirmou o Ministério do Interior do país.
O porta-voz da polícia de Cabul, Basir Mujahid, disse que, neste
domingo, várias mesquitas e centros religiosos de todo o país comemoram o
Arbain, uma importante celebração na qual os xiitas lembram a morte do
imã Hussein, neto do profeta Maomé, em meio a fortes medidas de
segurança.
"Algumas pessoas realizaram nesta segunda-feira outra cerimônia após o
Arbain e, infelizmente, um suicida entrou na mesquita de Baqir-ul-Olom,
detonando seus explosivos", afirmou Mujahid.
O Talibã já havia negado sua participação no ataque quando o EI
reivindicou a autoria. "A imolação de um combatente do Estado Islâmico
atingiu um santuário xiita na cidade de Cabul", diz um comunicado em
árabe publicado na agência Amaq, vinculada ao grupo extremista sunita.
Em nota, o presidente afegão, Ashraf Ghani, condenou o "brutal ataque" e
manifestou sua "mais profunda tristeza" pela tragédia que, segundo ele,
é um "crime imperdoável". O Ministério do Exterior, em outro
comunicado, enviou suas condolências às famílias das vítimas e a todo
povo afegão.
Atentados de caráter sectário têm se tornado frequentes no Afeganistão,
com alvo na minoria xiita, especialmente na comunidade hazara. Em julho
deste ano, um ataque suicida durante uma manifestação hazara em Cabul
deixou mais de 80 mortos e 300 feridos.
sábado, 19 de novembro de 2016
Tiroteio interrompe trânsito em via expressa do Rio
Um tiroteio entre policiais e bandidos interrompeu o trânsito na manhã
deste sábado (19) na Linha Amarela, uma das principais vias expressas do
Rio, que liga a zona oeste à zona norte da cidade.
Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade de Cidade de Deus entraram em confronto com bandidos armados durante um patrulhamento de rotina na favela, por volta das 9h30.
Houve perseguição, e a Linha Amarela teve o trânsito interrompido para garantir a segurança de quem passava pelo local, segundo informações da Coordenadoria de Polícia Pacificadora.
Agentes do Batalhão de Polícia Militar de Jacarepaguá (18º BPM) reforçaram o policiamento na região. Segundo a polícia, alguns suspeitos foram conduzidos à delegacia para checar se tinham antecedentes criminais. Não há informações sobre feridos até o momento.
Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade de Cidade de Deus entraram em confronto com bandidos armados durante um patrulhamento de rotina na favela, por volta das 9h30.
Houve perseguição, e a Linha Amarela teve o trânsito interrompido para garantir a segurança de quem passava pelo local, segundo informações da Coordenadoria de Polícia Pacificadora.
Agentes do Batalhão de Polícia Militar de Jacarepaguá (18º BPM) reforçaram o policiamento na região. Segundo a polícia, alguns suspeitos foram conduzidos à delegacia para checar se tinham antecedentes criminais. Não há informações sobre feridos até o momento.
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Lancha e joias foram compradas por grupo de Cabral para lavar dinheiro
O esquema de arrecadação de propina revelado na operação que prendeu,
nesta quinta-feira (17), o ex-governador Sérgio Cabral, usava para
lavar dinheiro a compra de bens que incluíram vestidos de festa, joias e
até uma lancha avaliada em R$ 5 milhões
Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato afirmaram que a lavagem de dinheiro ficava caracterizada pelos bens apreendidos, e que foram adquiridos em dinheiro vivo. Cerca de R$ 950 mil foram gastos desta forma.
A lancha apreendida estava guardada na marina do condomínio Portobello, em Mangaratiba, no Rio, onde Cabral tem casa. Ela está registrada no nome de MPG Participações, empresa do investigado Paulo Fernando Magalhães, mas pertenceria, de fato, a Sérgio Cabral.
Veja lista dos itens adquiridos com dinheiro de propina:
- Seis vestidos de festa para Adriana Ancelmo
- Uma lancha avaliada em R$ 5 milhões
- Um helicóptero
- Uma motoaquática
- Diversas obras de arte
- Joias
- Móveis de escritórios
- Equipamentos e máquinas agrícolas
- Automóveis
- Blindagem de carros
Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato afirmaram que a lavagem de dinheiro ficava caracterizada pelos bens apreendidos, e que foram adquiridos em dinheiro vivo. Cerca de R$ 950 mil foram gastos desta forma.
A lancha apreendida estava guardada na marina do condomínio Portobello, em Mangaratiba, no Rio, onde Cabral tem casa. Ela está registrada no nome de MPG Participações, empresa do investigado Paulo Fernando Magalhães, mas pertenceria, de fato, a Sérgio Cabral.
Veja lista dos itens adquiridos com dinheiro de propina:
- Seis vestidos de festa para Adriana Ancelmo
- Uma lancha avaliada em R$ 5 milhões
- Um helicóptero
- Uma motoaquática
- Diversas obras de arte
- Joias
- Móveis de escritórios
- Equipamentos e máquinas agrícolas
- Automóveis
- Blindagem de carros
terça-feira, 15 de novembro de 2016
Fala de Temer sobre Lula expõe iminência de caos no país
Presidente revelou temer instabilidade com possível prisão.
O mais importante da entrevista do presidente Michel Temer no programa Roda Viva, desta segunda-feira (14), foi o sentido de preocupação em termos de insegurança pública frente a uma eventual prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente receia pelo surgimento de grandes manifestações de movimentos sociais contra uma decisão do Judiciário sobre o petista. "Se Lula for preso, isso causa instabilidade para o país, porque haverá movimentos sociais de contestação à decisão do Judiciário. Isso pode, sim, criar problemas. Eu não tenho dúvidas", disse Temer.A frase do presidente da República reverbera, também, o discurso da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) no mesmo dia. Ao criticar a proposta de emenda constitucional (PEC) 55 que visa implantar um limite no teto dos gastos públicos do governo federal, a parlamentar disse que o povo tem que se manifestar. “O governo têm plena consciência de que está cada vez mais difícil convencer a população sobre tamanha falácia, e por isso tem muita pressa em aprovar a medida e não querem ouvir a opinião do povo”.
Em entrevista à Folha de S.Paulo desta terça-feira (15), um novo alerta: Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência durante o governo Lula, reclamou do estardalhaço criado pela Polícia Federal em torno de obras na piscina do Palácio da Alvorada, alvo de investigação por ter sido reformada pela Odebrecht, mas que, defende Carvalho, estava num consórcio com mais outras 21 empresas contratadas.
"É irresponsabilidade e, dessa forma, a PF desmerece o trabalho sério que acreditamos que ela sempre praticou (...) É um guerra jurídica na qual a acusação não é mais importante, mas fazer a desconstrução da pessoa [Lula]", concluiu Gilberto Carvalho.
A situação pré-falimentar de todos os municípios e estados do país ganha contornos assustadores no Rio de Janeiro, às vésperas da votação na Alerj do pacote de medidas do governador Luiz Fernando Pezão. Os áudios que estão circulando no Rio com referência à votação são de uma violência que deve estar preocupando todos os órgãos de segurança do país.
O Jornal do Brasil acredita que quando Temer externa preocupação com uma possível prisão de Lula, o pano de fundo é um caos bem mais generalizado, já que o país vive um dos momentos mais difíceis em toda a sua história republicana.
Ao ser proclamada em 1889, num Brasil cuja população não ultrapassava 15 milhões de pessoas, a República buscava, além do sentido de liberdade, o encontro estrito com o próprio significado do termo, a Res publica, a “coisa do povo, coisa pública”. Essa população nacional de outro momento é hoje inferior à do Rio de Janeiro, estado na mais crítica situação com o funcionalismo público de meio milhão de pessoas, numa crise conjugada com o alto desemprego e a explosão da Petrobras.
Os municípios fluminenses, por tabela, refletem essa crise e enfrentam dificuldades das mais sérias em termos de segurança pública. As cidades serranas, vítimas de catástrofes nos últimos anos, obrigaram o estado a promover auxílio. Agora, este mesmo estado se vê obrigado a interromper, por falta de dinheiro, a ajuda. As consequências vêm e começam a ser sentidas pela população, a ponto de se comentar que o recente arrastão na Ponte Rio-Niterói pode ter vindo de uma das comunidades desassistidas.
A entrevista do presidente Michel Temer deveria ser muito considerada e vista com atenção, porque o que foi dito não foram palavras soltas. São palavras de um chefe de Estado que detém informações e que sabe muito mais daquelas simples frases ditas aos jornalistas do que a interpretação que outros podem dar a elas.
domingo, 13 de novembro de 2016
Alterações Climáticas. Donald Trump quer desistir do Acordo de Paris
Donald Trump pretende desvincular os Estados Unidos da América do
Acordo de Paris, que pretende impedir o aumento da temperatura mundial. O
acordo entrou em vigor a 4 de novembro.
Donald Trump sempre se mostrou cético em relação ao aquecimento global. É "um mito", chegou a dizer
Donald Trump quer que os Estados Unidos da América se desvinculem do Acordo de Paris antes do fim do período de quatro anos que o país ficou obrigado a respeitar. De acordo com a Reuters, que cita uma fonte próxima da equipa de transição do presidente eleito, Trump quer encontrar uma forma que permita aos Estados Unidos abandonar o acordo firmado em maio do ano passado.
“Foi imprudente que o Acordo de Paris tenha entrado em vigor antes das eleições”, afirmou a fonte. O acordo, assinado por 195 países, entrou em vigor a 4 de novembro, quatro dias antes das presidenciais norte-americanas que deram a vitória ao candidato republicano.
Destinado a substituir o Protocolo de Quioto em 2020, o Acordo de Paris tem como objetivo manter o aumento da temperatura média mundial “muito abaixo de dois graus celsius” (o limite que os cientistas acreditam ser seguro) em relação aos níveis pré-industriais. Este prevê ainda que os líderes mundiais trabalhem no sentido de reduzir a emissão de gazes com efeito de estufa.
Barack Obama, que assinou o documento em 2015, teve um papel importante na mobilização de outros estados para a assinatura do acordo. Em setembro deste ano, os Estados Unidos e a China entregaram simbolicamente na ONU ratificações ao acordo. Os dois representam cerca de 38% das emissões globais.
Trump sempre se mostrou cético em relação ao aquecimento global, chegando mesmo a afirmar publicamente tratar-se de “um mito” inventado pelos chineses para prejudicar a competitividade da indústria norte-americana. Já durante a campanha, mostrou-se decidido em pôr um travão ao processo desencadeado pelo Acordo de Paris. Numa entrevista à Reuters, disse que pretendia, “no mínimo”, “renegociar os compromissos”.
Donald Trump sempre se mostrou cético em relação ao aquecimento global. É "um mito", chegou a dizer
Donald Trump quer que os Estados Unidos da América se desvinculem do Acordo de Paris antes do fim do período de quatro anos que o país ficou obrigado a respeitar. De acordo com a Reuters, que cita uma fonte próxima da equipa de transição do presidente eleito, Trump quer encontrar uma forma que permita aos Estados Unidos abandonar o acordo firmado em maio do ano passado.
“Foi imprudente que o Acordo de Paris tenha entrado em vigor antes das eleições”, afirmou a fonte. O acordo, assinado por 195 países, entrou em vigor a 4 de novembro, quatro dias antes das presidenciais norte-americanas que deram a vitória ao candidato republicano.
Destinado a substituir o Protocolo de Quioto em 2020, o Acordo de Paris tem como objetivo manter o aumento da temperatura média mundial “muito abaixo de dois graus celsius” (o limite que os cientistas acreditam ser seguro) em relação aos níveis pré-industriais. Este prevê ainda que os líderes mundiais trabalhem no sentido de reduzir a emissão de gazes com efeito de estufa.
Barack Obama, que assinou o documento em 2015, teve um papel importante na mobilização de outros estados para a assinatura do acordo. Em setembro deste ano, os Estados Unidos e a China entregaram simbolicamente na ONU ratificações ao acordo. Os dois representam cerca de 38% das emissões globais.
Trump sempre se mostrou cético em relação ao aquecimento global, chegando mesmo a afirmar publicamente tratar-se de “um mito” inventado pelos chineses para prejudicar a competitividade da indústria norte-americana. Já durante a campanha, mostrou-se decidido em pôr um travão ao processo desencadeado pelo Acordo de Paris. Numa entrevista à Reuters, disse que pretendia, “no mínimo”, “renegociar os compromissos”.
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
Partido britânico da oposição vai tentar impedir negociações do Brexit
O partido de oposição do Reino Unido disse hoje que votaria contra o
início das negociações do Brexit com a União Europeia a menos que o
governo prometa um novo referendo antes de deixar o bloco.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, quer começar a tratar da separação até 31 de março, mas a Suprema Corte decidiu que o Parlamento deve votar sobre isso antes. O governo está recorrendo e as audiências devem começar já em dezembro.
Nesse ínterim, alguns legisladores pró-União Europeia estão tentando conseguir apoio para apoio para bloquear o movimento. O líder dos Liberal Democratas, Tim Farron, disse que o seu partido iria votar contra o acionamento do Artigo 50 do tratado europeu que desencadeia as negociações de separação.
Farron disse que os que votaram decidiram deixar a UE em junho, mas não sobre o tipo de relacionamento que o Reino Unido deve procurar ter com o bloco. Ele afirmou que é preciso haver "um referendo no final desse processo para que nada seja imposto a alguém que não votou por isso". Fonte: Associated Press
A primeira-ministra britânica, Theresa May, quer começar a tratar da separação até 31 de março, mas a Suprema Corte decidiu que o Parlamento deve votar sobre isso antes. O governo está recorrendo e as audiências devem começar já em dezembro.
Nesse ínterim, alguns legisladores pró-União Europeia estão tentando conseguir apoio para apoio para bloquear o movimento. O líder dos Liberal Democratas, Tim Farron, disse que o seu partido iria votar contra o acionamento do Artigo 50 do tratado europeu que desencadeia as negociações de separação.
Farron disse que os que votaram decidiram deixar a UE em junho, mas não sobre o tipo de relacionamento que o Reino Unido deve procurar ter com o bloco. Ele afirmou que é preciso haver "um referendo no final desse processo para que nada seja imposto a alguém que não votou por isso". Fonte: Associated Press
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Sete mortos e mais de 50 feridos em descarrilamento de bonde perto de Londres
Pelo menos cinco pessoas morreram, e mais de 50 ficaram feridas,
quando um bonde descarrilou nesta quarta-feira (9) em um túnel de
Croydon, ao sul de Londres - anunciou a polícia britânica.
"Podemos confirmar a morte de ao menos sete pessoas. Mais de 50 foram hospitalizadas", indicou a polícia, que anunciou a prisão de um homem de 42 anos "suspeito de homicídio culposo", o qual, segundo a imprensa britânica, seria o condutor do veículo.
O acidente ocorreu por volta das 6h10 no horário local (4h10 de Brasília), quando o bonde saiu dos trilhos no momento em que entrava em uma curva.
"Nossos agentes ainda estão trabalhando no local do acidente, e o organismo responsável analisa as causas do descarrilamento", disse a polícia.
"Os primeiros indícios sugerem que o bonde circulava em uma velocidade significativamente superior à máxima autorizada", informou, por sua vez, um comunicado do Serviço de Investigação de Acidentes Ferroviários (RAIB, em inglês).
O RAIB também explicou que o acidente ocorreu em um trecho, no qual a velocidade é limitada a 20 km/h, por conta da curva fechada na esquerda.
"Todo mundo saiu literalmente voando", relatou à agência local Press Association Martin Bamford, um morador de Croydon, de 30 anos, que estava no trem.
"Uma mulher caiu por cima de mim, tinha sangue po todo lado. Não acho que ela tenha sobrevivido", lamentou.
Ao ser questionado sobre o que aconteceu com o condutor, Bamford respondeu: "eu perguntei para ele se estava bem. Ele respondeu que sim. Quando perguntei para ele o que aconteceu, disse que achou que tinha 'apagado'", descreveu.
O diretor do serviço de emergências do St. George's Hospital, Phil Moss, disse ter tratado 20 pacientes ligados ao descarrilamento.
"Os pacientes que tiveram de ser submetidos a cirurgias vão, certamente, continuar internados até amanhã, ou até por vários dias, ou semanas", revelou o médico.
O sistema de bonde de Londres, que usa a tecnologia VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), recém-inaugurado no Rio de Janeiro no momento dos Jogos Olímpicos, opera no subúrbio do sul da capital inglesa, com 28 quilômetros de trilhos. Inaugurado em 2010, transportou mais de 27 milhões de passageiros no período 2015-2016.
"Podemos confirmar a morte de ao menos sete pessoas. Mais de 50 foram hospitalizadas", indicou a polícia, que anunciou a prisão de um homem de 42 anos "suspeito de homicídio culposo", o qual, segundo a imprensa britânica, seria o condutor do veículo.
O acidente ocorreu por volta das 6h10 no horário local (4h10 de Brasília), quando o bonde saiu dos trilhos no momento em que entrava em uma curva.
"Nossos agentes ainda estão trabalhando no local do acidente, e o organismo responsável analisa as causas do descarrilamento", disse a polícia.
"Os primeiros indícios sugerem que o bonde circulava em uma velocidade significativamente superior à máxima autorizada", informou, por sua vez, um comunicado do Serviço de Investigação de Acidentes Ferroviários (RAIB, em inglês).
O RAIB também explicou que o acidente ocorreu em um trecho, no qual a velocidade é limitada a 20 km/h, por conta da curva fechada na esquerda.
"Todo mundo saiu literalmente voando", relatou à agência local Press Association Martin Bamford, um morador de Croydon, de 30 anos, que estava no trem.
"Uma mulher caiu por cima de mim, tinha sangue po todo lado. Não acho que ela tenha sobrevivido", lamentou.
Ao ser questionado sobre o que aconteceu com o condutor, Bamford respondeu: "eu perguntei para ele se estava bem. Ele respondeu que sim. Quando perguntei para ele o que aconteceu, disse que achou que tinha 'apagado'", descreveu.
O diretor do serviço de emergências do St. George's Hospital, Phil Moss, disse ter tratado 20 pacientes ligados ao descarrilamento.
"Os pacientes que tiveram de ser submetidos a cirurgias vão, certamente, continuar internados até amanhã, ou até por vários dias, ou semanas", revelou o médico.
O sistema de bonde de Londres, que usa a tecnologia VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), recém-inaugurado no Rio de Janeiro no momento dos Jogos Olímpicos, opera no subúrbio do sul da capital inglesa, com 28 quilômetros de trilhos. Inaugurado em 2010, transportou mais de 27 milhões de passageiros no período 2015-2016.
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Curdos afirmam que 250 militares dos EUA participam de ofensiva em Al Raqqa
Pelo menos 250 soldados e oficiais dos Estados Unidos participam da
ofensiva lançada pelas Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança
armada curdo-árabe, para expulsar o grupo terrorista Estado Islâmico
(EI) da cidade de Al Raqqa.
saiba mais
- Forças curdo-árabes recuperam 6 localidades e posições do EI em Al Raqqa
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- Forças curdo-árabes começam ofensiva para libertar Raqqa, na Síria
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Essa informação foi revelada nesta segunda-feira pelas Unidades de
Proteção do Povo (YPG, em sua sigla em curdo), principal componente das
FSD, em sua página no Facebook.
As YPG afirmaram que centenas de membros de forças de elite
internacionais, entre eles os militares americanos, fazem parte da
operação "A Ira do Eufrates" contra o EI em Al Raqqa.
Essas forças se encontram na Síria no marco da coalizão internacional formada contra os extremistas.
Anteriormente, o porta-voz da Frente dos Revolucionários de Al Raqqa
(facção integrada nas FSD), Mahmoud Hadi, tinha afirmado à Agência Efe
por telefone que a coalizão internacional oferece à aliança curdo-árabe
tanto cobertura aérea como assessoria militar no terreno.
Por sua vez, o Observatório Sírio de Direitos Humanos informou hoje que
reforços militares dos EUA chegaram ao enclave curdo-sírio de Kobani,
sob controle das FSD e no norte da província de Aleppo, vizinha a Al
Raqqa, para participar da ofensiva "A Ira do Eufrates".
sábado, 5 de novembro de 2016
Fracasso do diálogo na Venezuela pode causar derramamento de sangue
Um eventual fracasso do diálogo político entre governo e oposição na
Venezuela, com o apoio do Vaticano, pode ocasionar derramamento de
sangue, alertou neste sábado ao jornal argentino La Nación o enviado do
papa Francisco, arcebispo Claudio María Celli.
"Se por caso uma delegação ou a outra quiserem acabar com o diálogo, não é o papa, mas o povo venezuelano que vai perder, porque o caminho poderá verdadeiramente ser o do sangue", disse o sacerdote.
As negociações entre governantes e opositores transcorrem com dificuldades que ameaçam uma rápida solução para a crise venezuelana. Os primeiros dias de trégua, com insultos e posturas irreconciliáveis em torno da saída do chavismo do poder complicam o panorama.
As partes conflitantes voltarão a se reunir em 11 de novembro. Em meio a uma grande crise interna, a oposição exige um referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.
"Tem gente que não tem medo de que haja derramamento de sangue. Isto é o que me preocupa. (O papa) Francisco está desempenhando um papel muito forte. Corremos um risco. Vamos ver, que Deus nos ajude", pediu o arcebispo, em Roma, após retornar de uma visita a Caracas.
Celli disse que "é o povo venezuelano que se afunda mais". "Quando me reuni com os representantes da oposição, na manhã de segunda-feira, disse-lhes claramente: 'Meu medo é que haja mortos na manifestação de quinta-feira. E se houver mortos, o diálogo, que diálogo é esse?'. A oposição refletiu e, graças a Deus, suspenderam esta manifestação", relatou.
O enviado revelou que na primeira reunião com Maduro, o presidente lhe garantiu: "Prometi ao papa que vou dialogar e cumprirei minha promessa". Celli contou que na segunda reunião com o presidente, disse a Maduro: "Senhor presidente, esta manhã me encontrei com a oposição e há três pedidos. Deve dar sinais e estes não necessitam tempos bíblicos. Deve dar sinais de que o diálogo é o único caminho".
Consultado sobre como encontrou o país, respondeu que "não há dúvidas de que a situação está muito feia. Não somente em nível político, mas em nível social, econômico. Não há comida, não há medicamentos. É inegável que o país está enfrentando uma situação muito difícil".
Ao ser questionado sobre se o Vaticano considera a missão uma mediação, Celli respondeu que não. "A Santa Sé acompanha". "As partes compreendem que ou escolhem o caminho da violência ou escolhem o caminho do diálogo", declarou.
"Se por caso uma delegação ou a outra quiserem acabar com o diálogo, não é o papa, mas o povo venezuelano que vai perder, porque o caminho poderá verdadeiramente ser o do sangue", disse o sacerdote.
As negociações entre governantes e opositores transcorrem com dificuldades que ameaçam uma rápida solução para a crise venezuelana. Os primeiros dias de trégua, com insultos e posturas irreconciliáveis em torno da saída do chavismo do poder complicam o panorama.
As partes conflitantes voltarão a se reunir em 11 de novembro. Em meio a uma grande crise interna, a oposição exige um referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.
"Tem gente que não tem medo de que haja derramamento de sangue. Isto é o que me preocupa. (O papa) Francisco está desempenhando um papel muito forte. Corremos um risco. Vamos ver, que Deus nos ajude", pediu o arcebispo, em Roma, após retornar de uma visita a Caracas.
Celli disse que "é o povo venezuelano que se afunda mais". "Quando me reuni com os representantes da oposição, na manhã de segunda-feira, disse-lhes claramente: 'Meu medo é que haja mortos na manifestação de quinta-feira. E se houver mortos, o diálogo, que diálogo é esse?'. A oposição refletiu e, graças a Deus, suspenderam esta manifestação", relatou.
O enviado revelou que na primeira reunião com Maduro, o presidente lhe garantiu: "Prometi ao papa que vou dialogar e cumprirei minha promessa". Celli contou que na segunda reunião com o presidente, disse a Maduro: "Senhor presidente, esta manhã me encontrei com a oposição e há três pedidos. Deve dar sinais e estes não necessitam tempos bíblicos. Deve dar sinais de que o diálogo é o único caminho".
Consultado sobre como encontrou o país, respondeu que "não há dúvidas de que a situação está muito feia. Não somente em nível político, mas em nível social, econômico. Não há comida, não há medicamentos. É inegável que o país está enfrentando uma situação muito difícil".
Ao ser questionado sobre se o Vaticano considera a missão uma mediação, Celli respondeu que não. "A Santa Sé acompanha". "As partes compreendem que ou escolhem o caminho da violência ou escolhem o caminho do diálogo", declarou.
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
Palocci e mais 14 se tornam réus na Lava Jato
Juiz Sérgio Moro aceita denúncia do MPF contra ex-ministro e outras 14
pessoas, incluindo Marcelo Odebrecht e ex-dirigentes da Petrobras.
Acusado de corrupção, Palocci teria recebido 128 milhões de reais em
propina.O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato
na primeira instância, aceitou nesta quinta-feira (03/11) uma denúncia
do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-ministro Antonio
Palocci. Assim, ele se torna réu na ação, que envolve os crimes de
corrupção e lavagem de dinheiro.
Palocci, preso preventivamente em Curitiba desde 26 de setembro, é
acusado de receber propina do grupo Odebrecht. Em troca, teria agido em
favor da construtora em diversos projetos controlados pelo governo
federal, incluindo a contratação de sondas para exploração do pré-sal
pela Petrobras.
Segundo mostram planilhas apreendidas durantes as investigações, o
ex-ministro teria solicitado e coordenado o pagamento de 128 milhões de
reais pela empresa. Os documentos também apontam que a empreiteira
mantinha uma "conta-corrente de propina" com o PT, que seria gerida por
Palocci.
Os investigadores acreditam que o codinome "Italiano", visto nessas
planilhas, seja em referência ao ex-ministro. "Há razões fundadas para
identificar Antonio Palocci Filho como a pessoa identificada pelo
codinome 'Italiano' no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht",
diz Moro no despacho.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) destacaram que
Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa, "era o principal ator
corruptor nos fatos ora investigados, tendo mantido incessante contato
com Antonio Palocci Filho, de 2003 a 2015", afirmaram os investigadores.
Outros 14 acusados
A denúncia aceita nesta quinta-feira envolve ainda outras 14 pessoas,
incluindo nomes que já respondem a outras ações penais na Lava Jato,
como o próprio empresário Marcelo Odebrecht, o ex-diretor de Serviços da
Petrobras Renato Duque, o ex-gerente da Área Internacional da estatal
Eduardo Musa, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o publicitário
João Santana.
No despacho, Moro ordenou que os réus sejam intimados com urgência,
dando um prazo de 10 dias para as respostas de defesa. Ele não se
manifestou sobre o pedido do MPF para que fossem bloqueados cerca de
284,6 milhões de reais das contas de todos os acusados, referentes ao
pagamento de propinas e às operações de lavagem de dinheiro apuradas na
investigação.
Palocci - que foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e da
Fazenda durante o governo Lula - foi preso durante a 35ª fase da
Operação Lava Jato, deflagrada no fim de setembro.
O indiciamento do político, sob a suspeita de relação criminosa com a
construtora Odebrecht, foi realizado pela Polícia Federal no dia 24 de
outubro, envolvendo a princípio seis pessoas. Quatro dias mais tarde, o
MPF ofereceu denúncia à Justiça Federal, acrescentando nove acusados ao
processo.
terça-feira, 1 de novembro de 2016
7 perguntas para entender o escândalo dos emails de Hillary
A polêmica sobre os emails particulares de Hillary Clinton ganhou um
novo capítulo. O fato, revelado pela primeira vez em 2015, voltou aos
holofotes na última sexta-feira, quando o FBI anunciou que vai reabrir a
investigação sobre o uso de um servidor particular por Hillary durante
sua gestão como secretária de Estado americana, de 2009 a 2013.
saiba mais
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Foto: Getty Images
A notícia caiu como uma bomba às vésperas da eleição que vai definir se
será a democrata ou republicano Donald Trump o próximo presidente dos
Estados Unidos.
Entenda o escândalo.
1) Como tudo começou?
Pouco antes de assumir a Secretaria de Estado, em 2009, Hillary instalou um servidor particular em sua casa, em Nova York.
A então secretária usou esse servidor para todas as suas trocas de
email - sejam profissionais ou pessoais - durante os quatro anos no
cargo.
Hillary também teria usado esse servidor para criar contas de e-mail
para Huma Abedin, sua assessora, e Cheryl Mills, chefe de gabinete. Ela
não teria usado, nem sequer ativado, a conta de email "state.gov",
hospedada nos servidores de propriedade do governo dos Estado Unidos.
O uso do email particular por Hillary foi revelado em março do ano passado pelo jornal
The New York Times.
2) Mas por que ela fez isso?
Na ocasião, Hillary justificou o ato dizendo que era apenas
"conveniência". Em entrevista a jornalistas, ela afirmou que preferia
usar só um telefone, com uma única conta de email, do que andar com
dois dispositivos - um para trabalho e outro para assuntos pessoais.
"Achei que usar um único dispositivo seria mais simples e, obviamente, não funcionou assim", declarou.
Os críticos argumentam, no entanto, que a verdadeira razão para Hillary
ter usado um servidor particular seria ter total controle sobre suas
correspondências.
Ao usar seu próprio servidor, Hillary teria o poder de decidir o que
compartilhava com o governo ou tornava público para partes interessadas,
como à comissão do Congresso que investigou o ataque ao consulado
americano em Benghazi, na Líbia, em 2012.
Segundo relatório de 2010 do inspetor-geral do Departamento de Estado,
Hillary teria dito ao subchefe de gabinete que sua preocupação em
relação aos emails era "não correr o risco de que assuntos pessoais se
tornassem acessíveis".
Uma investigação do FBI concluiu que Hillary usou "diversos
dispositivos pessoais" e vários servidores de email enquanto esteve à
frente do cargo.
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Foto: Getty Images
3) A medida é ilegal?
Provavelmente não, já que o email particular de Hillary foi criado em meio a uma zona nebulosa da legislação.
Quando ela se tornou secretária de Estado, a interpretação da Lei
Federal de Registros, de 1950, dizia que os funcionários que usassem
contas de email pessoal deviam assegurar que toda correspondência
oficial fosse entregue ao governo.
Dez meses após a democrata assumir o cargo, um novo regulamento
permitiu o uso de emails particulares desde que os dados federais fossem
"arquivados no sistema de manutenção de registros adequado".
Hillary argumenta que esse requisito foi cumprido, uma vez que a
maioria dos emails de sua conta particular teria sido enviada ou
encaminhada para usuários de contas do governo, de modo que teriam sido
arquivados automaticamente.
Todas as outras trocas de mensagens teriam sido entregues a
funcionários do Departamento de Estado, quando solicitadas, em outubro
de 2014.
Em novembro do mesmo ano, o presidente Barack Obama assinou uma nova
lei que obriga os funcionários a entregarem toda a correspondência
oficial ao governo num prazo de 20 dias.
Mas mesmo sob o ponto de vista dessa lei, as sanções à então secretária
de Estado seriam apenas de caráter administrativo, e não penal.
Relatório do inspetor-geral do Departamento de Estado, publicado em
maio deste ano, concluiu que Hillary violou as regras da agência ao usar
o seu email pessoal, lembrando que ela não pediu permissão prévia para
utilizá-lo.
As transgressões, no entanto, não constituiriam conduta criminosa.
4) Quais foram as conclusões da primeira investigação do FBI?
A polícia federal americana conduziu uma apuração paralela e decidiu que Hillary não deveria ser processada.
Ao término da investigação, em julho deste ano, o diretor da agência,
James Comey, disse que a forma como a então secretária de Estado tratou
um material sensível durante seu mandato foi "bastante descuidada", mas a
isentou de qualquer ação criminosa.
A agência encaminhou o caso para o Departamento de Justiça, que
arquivou o processo contra Hilllary e seus assessores sem apresentar
acusação.
Desde então, o Departamento de Estado retomou a investigação para
apurar se Hillary e os auxiliares violaram a política do governo ao
tratar informações sigilosas.
5) O que provoca polêmica?
O artigo publicado pelo
The New York Times
foi baseado em informações passadas pela comissão do Congresso que investigava um ataque à embaixada dos EUA na Líbia, em 2012.
O conteúdo do email pessoal da então secretária de Estado foi incluído
na investigação e, segundo os críticos, não haveria como verificar se
Hillary tinha fornecido todas as informações relevantes para a apuração.
Muita gente não acredita na explicação dada por ela sobre a
"conveniência" de usar um único telefone, uma vez que, como secretária
de Estado, ela viajou sempre acompanhada de uma grande comitiva, capaz
de levar um telefone adicional.
E, em fevereiro de 2015, Hillary disse em uma entrevista na TV que agora carrega vários dispositivos.
Além disso, os críticos tanto de direita quanto de esquerda chamaram a
atenção para o fato de que, ao usar um servidor "em casa", a então
secretária estava mais suscetível a ataques de hackers e espionagem de
serviços de inteligência de outros países.
6) Por que o FBI voltou a investigar o caso?
Na última sexta-feira, o FBI enviou uma carta ao Congresso dizendo que
descobriu novos emails ligados ao uso de um servidor privado na época
Os emails mais recentes foram descobertos como parte de uma
investigação separada que envolve o ex-marido da assessora de Hillary,
Huma Abedin.
Equipamentos dela e do ex, Anthony Weiner, que era um deputado de alto
escalão do Congresso americano, foram apreendidos em uma investigação
para descobrir se ele havia enviado emails "de conteúdo sexual
explícito" a uma garota de 15 anos da Carolina do Norte.
Segundo James Comey, os investigadores é quem vão determinar se os emails contêm informações sensíveis.
A carta, no entanto, é extremamente vaga - não diz o número de emails ou que informação levou à reabertura do inquérito.
7) Qual é o impacto do escândalo na campanha?
Enquanto isso, Trump aproveitou a reabertura das investigações para atacar a adversária na disputa eleitoral.
Segundo ele, "esse é o maior escândalo político desde o Watergate",
caso da década de 1970, em que descobriu-se que a invasão ao Comitê
Nacional do Partido Democrata havia sido feita a pedido do então
candidato à Presidência republicano, Richard Nixon, para colocar escutas
telefônicas no local. O escândalo resultou na renúncia de Nixon.
Hillary pediu, por sua vez, ao FBI que explicasse o quanto antes o motivo de ter reaberto a investigação.
"Os americanos merecem saber com detalhes todos os fatos imediatamente.
É essencial que as autoridades expliquem o que está em questão, o que
quer que seja, sem atrasos."
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