Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira
(29) que o Exército de seu país entrou na Síria para acabar com o
governo do presidente Bashar Assad, a quem acusou de terrorismo de
Estado; "Entramos na Síria para acabar com o regime do tirano Assad
que aterroriza com terror de Estado. Não entramos por qualquer outra
razão", declarou Erdogan. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta
terça-feira (29) que o Exército de seu país entrou na Síria para acabar
com o governo do presidente Bashar Assad, a quem acusou de terrorismo de
Estado.
"Entramos na Síria para acabar com o regime do tirano Assad que
aterroriza com terror de Estado. Não entramos por qualquer outra
razão", disse o presidente turco em um simpósio interparlamentar em
Istambul, citado pelo jornal Hurriyet. Erdogan disse ainda que Ancara
não tem reivindicações territoriais na Síria, mas quer entregar o poder à
população síria para restaurar "a justiça".
"Por que entramos? Não estamos de olho em solo sírio. A questão é
fornecer terras a seus verdadeiros proprietários. Ou seja, estamos lá
para o estabelecimento da justiça", disse ele.
Ele continuou afirmando que de acordo com as suas "estimativas",
quase um milhão de pessoas morreram na Síria, e que isso o fez se
perguntar "onde estava a ONU" e "o que ela estava fazendo". Em dado
momento, disse Erdogan, a Turquia perdeu a paciência e "teve que entrar"
no país árabe para lutar "junto com o Exército Livre da Síria".
Nenhum grupo de monitoramento fornece números de vítimas semelhantes
aos declarados por Erdogan. Os últimos dados da ONU calculam que, em
cinco anos, o conflito sírio matou cerca de 400 mil pessoas. As tropas
turcas entraram na Síria em 24 de agosto, lançando a chamada operação
Escudo do Eufrates com tropas terrestres e força aéreo no norte do país
vizinho, com o objetivo declarado de ajudar a retomar as regiões
controladas pelo Daesh (autodenominado Estado Islâmico).
No entanto, grande parte dos analistas considera que Ancara pretende
sobretudo suprimir as forças curdas no norte Síria, a fim de evitar a
conexão de três regiões curdas, que de facto são autônomas, em um único
enclave ao sul da fronteira turca.
Em outubro, as forças aéreas da Turquia mataram entre 160 e 200
combatentes da milícia curda YPG em 26 ataques aéreos realizados em
apenas uma noite. A campanha militar turca na Síria também levou a
relações cada vez mais tensas entre Ancara e o governo de Assad. A
Turquia foi forçada a suspender o apoio aéreo à sua incursão militar no
final do mesmo mês, depois que Damasco prometeu derrubar os aviões da
Força Aérea turca que estivessem sobrevoando seu espaço aéreo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário