Donald Trump pretende desvincular os Estados Unidos da América do
Acordo de Paris, que pretende impedir o aumento da temperatura mundial. O
acordo entrou em vigor a 4 de novembro.
Donald Trump sempre se mostrou cético em relação ao aquecimento global. É "um mito", chegou a dizer
Donald Trump quer que os Estados Unidos da América se desvinculem do
Acordo de Paris antes do fim do período de quatro anos que o país ficou
obrigado a respeitar. De acordo com a Reuters, que cita uma fonte
próxima da equipa de transição do presidente eleito, Trump quer
encontrar uma forma que permita aos Estados Unidos abandonar o acordo
firmado em maio do ano passado.
“Foi imprudente que o Acordo de Paris tenha entrado em vigor antes
das eleições”, afirmou a fonte. O acordo, assinado por 195 países,
entrou em vigor a 4 de novembro, quatro dias antes das presidenciais
norte-americanas que deram a vitória ao candidato republicano.
Destinado a substituir o Protocolo de Quioto em 2020, o Acordo de
Paris tem como objetivo manter o aumento da temperatura média mundial
“muito abaixo de dois graus celsius” (o limite que os cientistas
acreditam ser seguro) em relação aos níveis pré-industriais. Este prevê
ainda que os líderes mundiais trabalhem no sentido de reduzir a emissão
de gazes com efeito de estufa.
Barack Obama, que assinou o documento em 2015, teve um papel
importante na mobilização de outros estados para a assinatura do acordo.
Em setembro deste ano, os Estados Unidos e a China entregaram
simbolicamente na ONU ratificações ao acordo. Os dois representam cerca
de 38% das emissões globais.
Trump sempre se mostrou cético em relação ao aquecimento global,
chegando mesmo a afirmar publicamente tratar-se de “um mito” inventado
pelos chineses para prejudicar a competitividade da indústria
norte-americana. Já durante a campanha, mostrou-se decidido em pôr um
travão ao processo desencadeado pelo Acordo de Paris. Numa entrevista à
Reuters, disse que pretendia, “no mínimo”, “renegociar os compromissos”.
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