Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira
(29) que o Exército de seu país entrou na Síria para acabar com o
governo do presidente Bashar Assad, a quem acusou de terrorismo de
Estado; "Entramos na Síria para acabar com o regime do tirano Assad
que aterroriza com terror de Estado. Não entramos por qualquer outra
razão", declarou Erdogan. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta
terça-feira (29) que o Exército de seu país entrou na Síria para acabar
com o governo do presidente Bashar Assad, a quem acusou de terrorismo de
Estado.
"Entramos na Síria para acabar com o regime do tirano Assad que
aterroriza com terror de Estado. Não entramos por qualquer outra
razão", disse o presidente turco em um simpósio interparlamentar em
Istambul, citado pelo jornal Hurriyet. Erdogan disse ainda que Ancara
não tem reivindicações territoriais na Síria, mas quer entregar o poder à
população síria para restaurar "a justiça".
"Por que entramos? Não estamos de olho em solo sírio. A questão é
fornecer terras a seus verdadeiros proprietários. Ou seja, estamos lá
para o estabelecimento da justiça", disse ele.
Ele continuou afirmando que de acordo com as suas "estimativas",
quase um milhão de pessoas morreram na Síria, e que isso o fez se
perguntar "onde estava a ONU" e "o que ela estava fazendo". Em dado
momento, disse Erdogan, a Turquia perdeu a paciência e "teve que entrar"
no país árabe para lutar "junto com o Exército Livre da Síria".
Nenhum grupo de monitoramento fornece números de vítimas semelhantes
aos declarados por Erdogan. Os últimos dados da ONU calculam que, em
cinco anos, o conflito sírio matou cerca de 400 mil pessoas. As tropas
turcas entraram na Síria em 24 de agosto, lançando a chamada operação
Escudo do Eufrates com tropas terrestres e força aéreo no norte do país
vizinho, com o objetivo declarado de ajudar a retomar as regiões
controladas pelo Daesh (autodenominado Estado Islâmico).
No entanto, grande parte dos analistas considera que Ancara pretende
sobretudo suprimir as forças curdas no norte Síria, a fim de evitar a
conexão de três regiões curdas, que de facto são autônomas, em um único
enclave ao sul da fronteira turca.
Em outubro, as forças aéreas da Turquia mataram entre 160 e 200
combatentes da milícia curda YPG em 26 ataques aéreos realizados em
apenas uma noite. A campanha militar turca na Síria também levou a
relações cada vez mais tensas entre Ancara e o governo de Assad. A
Turquia foi forçada a suspender o apoio aéreo à sua incursão militar no
final do mesmo mês, depois que Damasco prometeu derrubar os aviões da
Força Aérea turca que estivessem sobrevoando seu espaço aéreo.
Um tiroteio ocorrido este domingo em Nova Orleães, nos Estados Unidos, tirou a vida a uma pessoa e feriu outras nove. Segundo
um comunicado do departamento da polícia local, publicado na sua conta
do Twitter, o incidente aconteceu em Bourbon Street. As vítimas
são duas mulheres e oito homens, com idades compreendidas entre os 20 e
os 37 anos, e duas pessoas já foram detidas por posse ilegal de armas,
não se sabendo, no entanto, se estão relacionadas com o tiroteio.
Liminar
foi obtida por deputados do PSOL que não teve acesso às informações.
TCE diz que RJ concedeu R$ 138 bilhões em benefícios.
O desembargador Cláudio Mello Tavares, da 11ª Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Rio concedeu liminar determinando que a Secretaria de
Fazenda dê acesso imediato às informações sobre isenções fiscais
concedidas pelo governo do Rio. O pedido foi feito pela bancada do PSOL
na Assembleia Legislativa (Alerj). A Secretaria de Fazenda não se
pronunciou sobre o assunto.
O pedido dos parlamentares à Justiça aconteceu após a recusa da
Secretaria Estadual de Fazenda em prestar esclarecimentos sobre os
benefícios fiscais concedidos nos últimos dez anos pelos dois governos
de Sérgio Cabral (2007 a 2014) e pela administração de Luiz Fernando
Pezão, a partir de 2015. Segundo a decisão do desembargador, o Estado
deve dar acesso imediato às informações solicitadas pelos deputados
estaduais.
Os deputados Marcelo Freixo, Flávio Serafini, Eliomar Coelho, Paulo
Ramos e Wanderson Luiz Nogueira encaminharam pedido de informações sobre
isenções em março deste ano. A resposta, negativa, veio apenas em
agosto. De acordo com os parlamentares, uma auditoria feita pelos
técnicos do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro constatou que
foram concedidos, entre 2008 e 2013, R$ 138 bilhões em benefícios
fiscais para empresas que atuam no estado.
O desembargador Cláudio Mello Tavares, da 11ª Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), concedeu liminar com base
em mandado de segurança impetrado por um grupo de deputados estaduais
contra ato da Secretaria estadual de Fazenda, que se recusou a prestar
esclarecimentos sobre a relação das pessoas jurídicas que obtiveram
benefícios fiscais nos últimos dez anos. O órgão também não forneceu
informações sobre isenções tributárias concedidas.
A decisão do magistrado determina que o Poder Executivo dê imediato
acesso às informações solicitadas pelos parlamentares, até para que
sejam adotadas providências urgentes que se justificam pela atual
situação financeira estadual, que dificulta o atendimento básico aos
cidadãos.
“A receita tributária, como se sabe, integra o patrimônio público e,
por tal razão, o Executivo não pode renunciar às mesmas sem adotar a
transparência e a publicidade necessárias à prática de tal conduta”,
destacou o desembargador, informando que o Poder Legislativo tem função
de fiscalizar as ações executivas.
O magistrado lembrou ainda o impacto das isenções fiscais na situação
financeira atual do Estado do Rio. “Considerando a gravíssima crise
financeira por que passa o Estado do Rio de Janeiro, bem como o fato
notório de que as concessões não se restringem às empresas que
estruturam a economia, adequada se revela a pretensão dos impetrantes,
que objetivam o imediato acesso às informações para que sejam adotadas
providências urgentes que se justificam pelo colapso financeiro que vem
dificultando o atendimento às necessidades básicas dos cidadãos” –
finalizou o desembargador.
O grupo formado pelos deputados Marcelo Freixo, Flávio Serafini,
Eliomar Coelho, Paulo Ramos e Wanderson Luiz Nogueira declarou ter
encaminhado o pedido de informações em março deste ano, e recebeu a
resposta negativa em agosto. De acordo com os parlamentares, uma
auditoria feita pelos técnicos do Tribunal de Contas do Estado do Rio de
Janeiro constatou que foram concedidos, entre 2008 e 2013, R$ 138
bilhões em benefícios fiscais para empresas que atuam no estado.
“Não acarreta a divulgação de dados particulares e sigilosos
relacionados às pessoas jurídicas, não se configurando, assim, a
violação ao referido dispositivo legal” relata o desembargador, que
acrescenta.
A candidata do Partido Verde à presidência dos EUA, Jill Stein, está
preparando um pedido de recontagem dos votos das eleições americanas em
vários dos estados-chave para se ganhar nas eleições, de acordo com o
jornal britânico The Guardian. Stein lançou uma página na
internet para angariar fundos, buscando US$ 2 milhões em doações, que,
segundo ela, são necessários para solicitar recontagem de votos nos
estados de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin. Segundo a
publicação, Stein afirmou que estava agindo devido a "provas
convincentes de anomalias na votação", baseada em dados que indicaram
"discrepâncias significativas nos totais de votos". O presidente
eleito dos EUA, Donald Trump, ganhou da candidata democrata Hillary
Clinton na Pensilvânia e em Wisconsin. Michigan ainda não divulgou
resultados das eleições. Acadêmicos e partidários republicanos
estão pressionando a campanha de Hillary Clinton para participar do
pedido de Stein, de acordo com o Guardian. Um relatório, que pede a
recontagem, deverá se entregue ao Congresso e a autoridades federais, de
acordo com duas pessoas envolvidas.
Atentado reivindicado pelo "Estado Islâmico" deixa mais de 30 mortos e
85 feridos em mesquita xiita na capital do Afeganistão. Presidente
Ashraf Ghani condena o "brutal ataque", que classifica de "crime
imperdoável".Um atentado suicida reivindicado pelo grupo terrorista
"Estado Islâmico" (EI) deixou mais de 30 mortos e 85 feridos nesta
segunda-feira (21/11) num templo em Cabul, no Afeganistão. O ataque
ocorreu durante uma cerimônia religiosa da comunidade hazara, uma
minoria xiita de língua persa.
O balanço de vítimas, que inclui mulheres e crianças, foi divulgado
pelo porta-voz do Ministério afegão da Saúde, Ismail Kawusi. Ele
afirmou, no entanto, que o número de mortos e feridos pode aumentar nas
próximas horas.
O ataque ocorreu por volta do meio-dia (horário local), quando um
homem-bomba se explodiu em meio a dezenas de pessoas na mesquita xiita
de Baqir-ul-Olom, situada numa área da minoria hazara no oeste da
capital afegã, afirmou o Ministério do Interior do país.
O porta-voz da polícia de Cabul, Basir Mujahid, disse que, neste
domingo, várias mesquitas e centros religiosos de todo o país comemoram o
Arbain, uma importante celebração na qual os xiitas lembram a morte do
imã Hussein, neto do profeta Maomé, em meio a fortes medidas de
segurança.
"Algumas pessoas realizaram nesta segunda-feira outra cerimônia após o
Arbain e, infelizmente, um suicida entrou na mesquita de Baqir-ul-Olom,
detonando seus explosivos", afirmou Mujahid.
O Talibã já havia negado sua participação no ataque quando o EI
reivindicou a autoria. "A imolação de um combatente do Estado Islâmico
atingiu um santuário xiita na cidade de Cabul", diz um comunicado em
árabe publicado na agência Amaq, vinculada ao grupo extremista sunita.
Em nota, o presidente afegão, Ashraf Ghani, condenou o "brutal ataque" e
manifestou sua "mais profunda tristeza" pela tragédia que, segundo ele,
é um "crime imperdoável". O Ministério do Exterior, em outro
comunicado, enviou suas condolências às famílias das vítimas e a todo
povo afegão.
Atentados de caráter sectário têm se tornado frequentes no Afeganistão,
com alvo na minoria xiita, especialmente na comunidade hazara. Em julho
deste ano, um ataque suicida durante uma manifestação hazara em Cabul
deixou mais de 80 mortos e 300 feridos.
Um tiroteio entre policiais e bandidos interrompeu o trânsito na manhã
deste sábado (19) na Linha Amarela, uma das principais vias expressas do
Rio, que liga a zona oeste à zona norte da cidade. Policiais da
Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade de Cidade de Deus
entraram em confronto com bandidos armados durante um patrulhamento de
rotina na favela, por volta das 9h30. Houve perseguição, e a
Linha Amarela teve o trânsito interrompido para garantir a segurança de
quem passava pelo local, segundo informações da Coordenadoria de Polícia
Pacificadora. Agentes do Batalhão de Polícia Militar de
Jacarepaguá (18º BPM) reforçaram o policiamento na região. Segundo a
polícia, alguns suspeitos foram conduzidos à delegacia para checar se
tinham antecedentes criminais. Não há informações sobre feridos até o
momento.
O esquema de arrecadação de propina revelado na operação que prendeu,
nesta quinta-feira (17), o ex-governador Sérgio Cabral, usava para
lavar dinheiro a compra de bens que incluíram vestidos de festa, joias e
até uma lancha avaliada em R$ 5 milhões
Os procuradores da
força-tarefa da Lava Jato afirmaram que a lavagem de dinheiro ficava
caracterizada pelos bens apreendidos, e que foram adquiridos em dinheiro
vivo. Cerca de R$ 950 mil foram gastos desta forma.
A lancha
apreendida estava guardada na marina do condomínio Portobello, em
Mangaratiba, no Rio, onde Cabral tem casa. Ela está registrada no nome
de MPG Participações, empresa do investigado Paulo Fernando Magalhães,
mas pertenceria, de fato, a Sérgio Cabral.
Veja lista dos itens adquiridos com dinheiro de propina:
- Seis vestidos de festa para Adriana Ancelmo
- Uma lancha avaliada em R$ 5 milhões
- Um helicóptero
- Uma motoaquática
- Diversas obras de arte
- Joias
- Móveis de escritórios
- Equipamentos e máquinas agrícolas
- Automóveis
- Blindagem de carros
Presidente revelou temer instabilidade com possível prisão.
O mais importante da entrevista do presidente Michel Temer no
programa Roda Viva, desta segunda-feira (14), foi o sentido de
preocupação em
termos de insegurança pública frente a uma eventual prisão do
ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente receia pelo surgimento de
grandes manifestações
de movimentos sociais contra uma decisão do Judiciário sobre o petista.
"Se Lula for preso, isso causa instabilidade para
o país, porque haverá movimentos sociais de contestação à decisão do
Judiciário. Isso pode, sim, criar problemas. Eu não tenho dúvidas",
disse Temer.
A frase do presidente da
República reverbera, também, o discurso da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) no
mesmo dia. Ao criticar a proposta de emenda constitucional (PEC) 55 que visa
implantar um limite no teto dos gastos públicos do governo federal, a parlamentar disse que o povo tem
que se manifestar. “O governo têm plena consciência de que está cada vez mais difícil convencer a população sobre tamanha
falácia, e por isso tem muita pressa em aprovar a medida e não querem ouvir a
opinião do povo”. A sintomática fala de Michel Temer sobre Lula é sobre o BrasilCom precisão, a senadora
concluiu que “para o andar de cima, a PEC 55 não existe” e que “vai sobrar para
o dependente do SUS, para o pai que tem filho em escola pública e para os extremamente
pobres que dependem do amparo do Estado. É por isso que eles têm medo do
referendo, medo de enfrentar o debate popular”, disse Gleisi.
Em entrevista à Folha de
S.Paulo desta terça-feira (15), um novo alerta: Gilberto Carvalho, ministro-chefe
da Secretaria Geral da Presidência durante o governo Lula, reclamou do
estardalhaço criado pela Polícia Federal em torno de obras na piscina do
Palácio da Alvorada, alvo de investigação por ter sido reformada pela
Odebrecht, mas que, defende Carvalho, estava num consórcio com mais outras 21
empresas contratadas.
"É irresponsabilidade
e, dessa forma, a PF desmerece o trabalho sério que acreditamos que ela sempre
praticou (...) É um guerra jurídica na qual a acusação não é mais importante,
mas fazer a desconstrução da pessoa [Lula]", concluiu Gilberto Carvalho.
A situação pré-falimentar
de todos os municípios e estados do país ganha contornos assustadores no Rio de
Janeiro, às vésperas da votação na Alerj do pacote de medidas do governador
Luiz Fernando Pezão. Os áudios que estão circulando no Rio com referência à
votação são de uma violência que deve estar preocupando todos os órgãos de
segurança do país.
O Jornal do Brasil
acredita que quando Temer externa preocupação com uma possível prisão de Lula,
o pano de fundo é um caos bem mais generalizado, já que o país vive um dos
momentos mais difíceis em toda a sua história republicana.
Ao ser proclamada em 1889,
num Brasil cuja população não ultrapassava 15 milhões de pessoas, a República
buscava, além do sentido de liberdade, o encontro estrito com o próprio
significado do termo, a Res publica, a “coisa do povo, coisa pública”. Essa
população nacional de outro momento é hoje inferior à do Rio de Janeiro, estado
na mais crítica situação com o funcionalismo público de meio milhão de pessoas,
numa crise conjugada com o alto desemprego e a explosão da Petrobras.
Os
municípios fluminenses,
por tabela, refletem essa crise e enfrentam dificuldades das mais sérias
em
termos de segurança pública. As cidades serranas, vítimas de catástrofes
nos
últimos anos, obrigaram o estado a promover auxílio. Agora, este mesmo
estado
se vê obrigado a interromper, por falta de dinheiro, a ajuda. As
consequências vêm
e começam a ser sentidas pela população, a ponto de se comentar que o
recente arrastão na Ponte Rio-Niterói pode ter vindo de uma das
comunidades desassistidas.
A entrevista do presidente
Michel Temer deveria ser muito considerada e vista com atenção, porque o que
foi dito não foram palavras soltas. São palavras de um chefe de Estado que
detém informações e que sabe muito mais daquelas simples frases ditas aos
jornalistas do que a interpretação que outros podem dar a elas.
Donald Trump pretende desvincular os Estados Unidos da América do
Acordo de Paris, que pretende impedir o aumento da temperatura mundial. O
acordo entrou em vigor a 4 de novembro.
Donald Trump sempre se mostrou cético em relação ao aquecimento global. É "um mito", chegou a dizer
Donald Trump quer que os Estados Unidos da América se desvinculem do
Acordo de Paris antes do fim do período de quatro anos que o país ficou
obrigado a respeitar. De acordo com a Reuters, que cita uma fonte
próxima da equipa de transição do presidente eleito, Trump quer
encontrar uma forma que permita aos Estados Unidos abandonar o acordo
firmado em maio do ano passado.
“Foi imprudente que o Acordo de Paris tenha entrado em vigor antes
das eleições”, afirmou a fonte. O acordo, assinado por 195 países,
entrou em vigor a 4 de novembro, quatro dias antes das presidenciais
norte-americanas que deram a vitória ao candidato republicano.
Destinado a substituir o Protocolo de Quioto em 2020, o Acordo de
Paris tem como objetivo manter o aumento da temperatura média mundial
“muito abaixo de dois graus celsius” (o limite que os cientistas
acreditam ser seguro) em relação aos níveis pré-industriais. Este prevê
ainda que os líderes mundiais trabalhem no sentido de reduzir a emissão
de gazes com efeito de estufa.
Barack Obama, que assinou o documento em 2015, teve um papel
importante na mobilização de outros estados para a assinatura do acordo.
Em setembro deste ano, os Estados Unidos e a China entregaram
simbolicamente na ONU ratificações ao acordo. Os dois representam cerca
de 38% das emissões globais.
Trump sempre se mostrou cético em relação ao aquecimento global,
chegando mesmo a afirmar publicamente tratar-se de “um mito” inventado
pelos chineses para prejudicar a competitividade da indústria
norte-americana. Já durante a campanha, mostrou-se decidido em pôr um
travão ao processo desencadeado pelo Acordo de Paris. Numa entrevista à
Reuters, disse que pretendia, “no mínimo”, “renegociar os compromissos”.
O partido de oposição do Reino Unido disse hoje que votaria contra o
início das negociações do Brexit com a União Europeia a menos que o
governo prometa um novo referendo antes de deixar o bloco. A
primeira-ministra britânica, Theresa May, quer começar a tratar da
separação até 31 de março, mas a Suprema Corte decidiu que o Parlamento
deve votar sobre isso antes. O governo está recorrendo e as audiências
devem começar já em dezembro. Nesse ínterim, alguns legisladores
pró-União Europeia estão tentando conseguir apoio para apoio para
bloquear o movimento. O líder dos Liberal Democratas, Tim Farron, disse
que o seu partido iria votar contra o acionamento do Artigo 50 do
tratado europeu que desencadeia as negociações de separação. Farron
disse que os que votaram decidiram deixar a UE em junho, mas não sobre o
tipo de relacionamento que o Reino Unido deve procurar ter com o bloco.
Ele afirmou que é preciso haver "um referendo no final desse processo
para que nada seja imposto a alguém que não votou por isso". Fonte:
Associated Press
Pelo menos cinco pessoas morreram, e mais de 50 ficaram feridas,
quando um bonde descarrilou nesta quarta-feira (9) em um túnel de
Croydon, ao sul de Londres - anunciou a polícia britânica.
"Podemos confirmar a morte de ao menos sete pessoas. Mais de 50 foram
hospitalizadas", indicou a polícia, que anunciou a prisão de um homem
de 42 anos "suspeito de homicídio culposo", o qual, segundo a imprensa
britânica, seria o condutor do veículo.
O acidente ocorreu por volta das 6h10 no horário local (4h10 de
Brasília), quando o bonde saiu dos trilhos no momento em que entrava em
uma curva.
"Nossos agentes ainda estão trabalhando no local do acidente, e o
organismo responsável analisa as causas do descarrilamento", disse a
polícia.
"Os primeiros indícios sugerem que o bonde circulava em uma
velocidade significativamente superior à máxima autorizada", informou,
por sua vez, um comunicado do Serviço de Investigação de Acidentes
Ferroviários (RAIB, em inglês).
O RAIB também explicou que o acidente ocorreu em um trecho, no qual a
velocidade é limitada a 20 km/h, por conta da curva fechada na
esquerda.
"Todo mundo saiu literalmente voando", relatou à agência local Press
Association Martin Bamford, um morador de Croydon, de 30 anos, que
estava no trem.
"Uma mulher caiu por cima de mim, tinha sangue po todo lado. Não acho que ela tenha sobrevivido", lamentou.
Ao ser questionado sobre o que aconteceu com o condutor, Bamford
respondeu: "eu perguntei para ele se estava bem. Ele respondeu que sim.
Quando perguntei para ele o que aconteceu, disse que achou que tinha
'apagado'", descreveu.
O diretor do serviço de emergências do St. George's Hospital, Phil
Moss, disse ter tratado 20 pacientes ligados ao descarrilamento.
"Os pacientes que tiveram de ser submetidos a cirurgias vão,
certamente, continuar internados até amanhã, ou até por vários dias, ou
semanas", revelou o médico.
O sistema de bonde de Londres, que usa a tecnologia VLT (Veículo Leve
sobre Trilhos), recém-inaugurado no Rio de Janeiro no momento dos Jogos
Olímpicos, opera no subúrbio do sul da capital inglesa, com 28
quilômetros de trilhos. Inaugurado em 2010, transportou mais de 27
milhões de passageiros no período 2015-2016.
Pelo menos 250 soldados e oficiais dos Estados Unidos participam da
ofensiva lançada pelas Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança
armada curdo-árabe, para expulsar o grupo terrorista Estado Islâmico
(EI) da cidade de Al Raqqa.
Essa informação foi revelada nesta segunda-feira pelas Unidades de
Proteção do Povo (YPG, em sua sigla em curdo), principal componente das
FSD, em sua página no Facebook.
As YPG afirmaram que centenas de membros de forças de elite
internacionais, entre eles os militares americanos, fazem parte da
operação "A Ira do Eufrates" contra o EI em Al Raqqa.
Essas forças se encontram na Síria no marco da coalizão internacional formada contra os extremistas.
Anteriormente, o porta-voz da Frente dos Revolucionários de Al Raqqa
(facção integrada nas FSD), Mahmoud Hadi, tinha afirmado à Agência Efe
por telefone que a coalizão internacional oferece à aliança curdo-árabe
tanto cobertura aérea como assessoria militar no terreno.
Por sua vez, o Observatório Sírio de Direitos Humanos informou hoje que
reforços militares dos EUA chegaram ao enclave curdo-sírio de Kobani,
sob controle das FSD e no norte da província de Aleppo, vizinha a Al
Raqqa, para participar da ofensiva "A Ira do Eufrates".
Um eventual fracasso do diálogo político entre governo e oposição na
Venezuela, com o apoio do Vaticano, pode ocasionar derramamento de
sangue, alertou neste sábado ao jornal argentino La Nación o enviado do
papa Francisco, arcebispo Claudio María Celli.
"Se por caso uma delegação ou a outra quiserem acabar com o diálogo,
não é o papa, mas o povo venezuelano que vai perder, porque o caminho
poderá verdadeiramente ser o do sangue", disse o sacerdote.
As negociações entre governantes e opositores transcorrem com
dificuldades que ameaçam uma rápida solução para a crise venezuelana. Os
primeiros dias de trégua, com insultos e posturas irreconciliáveis em
torno da saída do chavismo do poder complicam o panorama.
As partes conflitantes voltarão a se reunir em 11 de novembro. Em
meio a uma grande crise interna, a oposição exige um referendo
revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.
"Tem gente que não tem medo de que haja derramamento de sangue. Isto é
o que me preocupa. (O papa) Francisco está desempenhando um papel muito
forte. Corremos um risco. Vamos ver, que Deus nos ajude", pediu o
arcebispo, em Roma, após retornar de uma visita a Caracas.
Celli disse que "é o povo venezuelano que se afunda mais". "Quando me
reuni com os representantes da oposição, na manhã de segunda-feira,
disse-lhes claramente: 'Meu medo é que haja mortos na manifestação de
quinta-feira. E se houver mortos, o diálogo, que diálogo é esse?'. A
oposição refletiu e, graças a Deus, suspenderam esta manifestação",
relatou.
O enviado revelou que na primeira reunião com Maduro, o presidente
lhe garantiu: "Prometi ao papa que vou dialogar e cumprirei minha
promessa". Celli contou que na segunda reunião com o presidente, disse a
Maduro: "Senhor presidente, esta manhã me encontrei com a oposição e há
três pedidos. Deve dar sinais e estes não necessitam tempos bíblicos.
Deve dar sinais de que o diálogo é o único caminho".
Consultado sobre como encontrou o país, respondeu que "não há dúvidas
de que a situação está muito feia. Não somente em nível político, mas
em nível social, econômico. Não há comida, não há medicamentos. É
inegável que o país está enfrentando uma situação muito difícil".
Ao ser questionado sobre se o Vaticano considera a missão uma
mediação, Celli respondeu que não. "A Santa Sé acompanha". "As partes
compreendem que ou escolhem o caminho da violência ou escolhem o caminho
do diálogo", declarou.
Juiz Sérgio Moro aceita denúncia do MPF contra ex-ministro e outras 14
pessoas, incluindo Marcelo Odebrecht e ex-dirigentes da Petrobras.
Acusado de corrupção, Palocci teria recebido 128 milhões de reais em
propina.O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato
na primeira instância, aceitou nesta quinta-feira (03/11) uma denúncia
do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-ministro Antonio
Palocci. Assim, ele se torna réu na ação, que envolve os crimes de
corrupção e lavagem de dinheiro.
Palocci, preso preventivamente em Curitiba desde 26 de setembro, é
acusado de receber propina do grupo Odebrecht. Em troca, teria agido em
favor da construtora em diversos projetos controlados pelo governo
federal, incluindo a contratação de sondas para exploração do pré-sal
pela Petrobras.
Segundo mostram planilhas apreendidas durantes as investigações, o
ex-ministro teria solicitado e coordenado o pagamento de 128 milhões de
reais pela empresa. Os documentos também apontam que a empreiteira
mantinha uma "conta-corrente de propina" com o PT, que seria gerida por
Palocci.
Os investigadores acreditam que o codinome "Italiano", visto nessas
planilhas, seja em referência ao ex-ministro. "Há razões fundadas para
identificar Antonio Palocci Filho como a pessoa identificada pelo
codinome 'Italiano' no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht",
diz Moro no despacho.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) destacaram que
Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa, "era o principal ator
corruptor nos fatos ora investigados, tendo mantido incessante contato
com Antonio Palocci Filho, de 2003 a 2015", afirmaram os investigadores.
Outros 14 acusados
A denúncia aceita nesta quinta-feira envolve ainda outras 14 pessoas,
incluindo nomes que já respondem a outras ações penais na Lava Jato,
como o próprio empresário Marcelo Odebrecht, o ex-diretor de Serviços da
Petrobras Renato Duque, o ex-gerente da Área Internacional da estatal
Eduardo Musa, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o publicitário
João Santana.
No despacho, Moro ordenou que os réus sejam intimados com urgência,
dando um prazo de 10 dias para as respostas de defesa. Ele não se
manifestou sobre o pedido do MPF para que fossem bloqueados cerca de
284,6 milhões de reais das contas de todos os acusados, referentes ao
pagamento de propinas e às operações de lavagem de dinheiro apuradas na
investigação.
Palocci - que foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e da
Fazenda durante o governo Lula - foi preso durante a 35ª fase da
Operação Lava Jato, deflagrada no fim de setembro.
O indiciamento do político, sob a suspeita de relação criminosa com a
construtora Odebrecht, foi realizado pela Polícia Federal no dia 24 de
outubro, envolvendo a princípio seis pessoas. Quatro dias mais tarde, o
MPF ofereceu denúncia à Justiça Federal, acrescentando nove acusados ao
processo.
A polêmica sobre os emails particulares de Hillary Clinton ganhou um
novo capítulo. O fato, revelado pela primeira vez em 2015, voltou aos
holofotes na última sexta-feira, quando o FBI anunciou que vai reabrir a
investigação sobre o uso de um servidor particular por Hillary durante
sua gestão como secretária de Estado americana, de 2009 a 2013.
A notícia caiu como uma bomba às vésperas da eleição que vai definir se
será a democrata ou republicano Donald Trump o próximo presidente dos
Estados Unidos.
Entenda o escândalo.
1) Como tudo começou?
Pouco antes de assumir a Secretaria de Estado, em 2009, Hillary instalou um servidor particular em sua casa, em Nova York.
A então secretária usou esse servidor para todas as suas trocas de
email - sejam profissionais ou pessoais - durante os quatro anos no
cargo.
Hillary também teria usado esse servidor para criar contas de e-mail
para Huma Abedin, sua assessora, e Cheryl Mills, chefe de gabinete. Ela
não teria usado, nem sequer ativado, a conta de email "state.gov",
hospedada nos servidores de propriedade do governo dos Estado Unidos.
O uso do email particular por Hillary foi revelado em março do ano passado pelo jornal
The New York Times.
2) Mas por que ela fez isso?
Na ocasião, Hillary justificou o ato dizendo que era apenas
"conveniência". Em entrevista a jornalistas, ela afirmou que preferia
usar só um telefone, com uma única conta de email, do que andar com
dois dispositivos - um para trabalho e outro para assuntos pessoais.
"Achei que usar um único dispositivo seria mais simples e, obviamente, não funcionou assim", declarou.
Os críticos argumentam, no entanto, que a verdadeira razão para Hillary
ter usado um servidor particular seria ter total controle sobre suas
correspondências.
Ao usar seu próprio servidor, Hillary teria o poder de decidir o que
compartilhava com o governo ou tornava público para partes interessadas,
como à comissão do Congresso que investigou o ataque ao consulado
americano em Benghazi, na Líbia, em 2012.
Segundo relatório de 2010 do inspetor-geral do Departamento de Estado,
Hillary teria dito ao subchefe de gabinete que sua preocupação em
relação aos emails era "não correr o risco de que assuntos pessoais se
tornassem acessíveis".
Uma investigação do FBI concluiu que Hillary usou "diversos
dispositivos pessoais" e vários servidores de email enquanto esteve à
frente do cargo.
Foto: Getty Images
3) A medida é ilegal?
Provavelmente não, já que o email particular de Hillary foi criado em meio a uma zona nebulosa da legislação.
Quando ela se tornou secretária de Estado, a interpretação da Lei
Federal de Registros, de 1950, dizia que os funcionários que usassem
contas de email pessoal deviam assegurar que toda correspondência
oficial fosse entregue ao governo.
Dez meses após a democrata assumir o cargo, um novo regulamento
permitiu o uso de emails particulares desde que os dados federais fossem
"arquivados no sistema de manutenção de registros adequado".
Hillary argumenta que esse requisito foi cumprido, uma vez que a
maioria dos emails de sua conta particular teria sido enviada ou
encaminhada para usuários de contas do governo, de modo que teriam sido
arquivados automaticamente.
Todas as outras trocas de mensagens teriam sido entregues a
funcionários do Departamento de Estado, quando solicitadas, em outubro
de 2014.
Em novembro do mesmo ano, o presidente Barack Obama assinou uma nova
lei que obriga os funcionários a entregarem toda a correspondência
oficial ao governo num prazo de 20 dias.
Mas mesmo sob o ponto de vista dessa lei, as sanções à então secretária
de Estado seriam apenas de caráter administrativo, e não penal.
Relatório do inspetor-geral do Departamento de Estado, publicado em
maio deste ano, concluiu que Hillary violou as regras da agência ao usar
o seu email pessoal, lembrando que ela não pediu permissão prévia para
utilizá-lo.
As transgressões, no entanto, não constituiriam conduta criminosa.
4) Quais foram as conclusões da primeira investigação do FBI?
A polícia federal americana conduziu uma apuração paralela e decidiu que Hillary não deveria ser processada.
Ao término da investigação, em julho deste ano, o diretor da agência,
James Comey, disse que a forma como a então secretária de Estado tratou
um material sensível durante seu mandato foi "bastante descuidada", mas a
isentou de qualquer ação criminosa.
A agência encaminhou o caso para o Departamento de Justiça, que
arquivou o processo contra Hilllary e seus assessores sem apresentar
acusação.
Desde então, o Departamento de Estado retomou a investigação para
apurar se Hillary e os auxiliares violaram a política do governo ao
tratar informações sigilosas.
5) O que provoca polêmica?
O artigo publicado pelo
The New York Times
foi baseado em informações passadas pela comissão do Congresso que investigava um ataque à embaixada dos EUA na Líbia, em 2012.
O conteúdo do email pessoal da então secretária de Estado foi incluído
na investigação e, segundo os críticos, não haveria como verificar se
Hillary tinha fornecido todas as informações relevantes para a apuração.
Muita gente não acredita na explicação dada por ela sobre a
"conveniência" de usar um único telefone, uma vez que, como secretária
de Estado, ela viajou sempre acompanhada de uma grande comitiva, capaz
de levar um telefone adicional.
E, em fevereiro de 2015, Hillary disse em uma entrevista na TV que agora carrega vários dispositivos.
Além disso, os críticos tanto de direita quanto de esquerda chamaram a
atenção para o fato de que, ao usar um servidor "em casa", a então
secretária estava mais suscetível a ataques de hackers e espionagem de
serviços de inteligência de outros países.
6) Por que o FBI voltou a investigar o caso?
Na última sexta-feira, o FBI enviou uma carta ao Congresso dizendo que
descobriu novos emails ligados ao uso de um servidor privado na época
Os emails mais recentes foram descobertos como parte de uma
investigação separada que envolve o ex-marido da assessora de Hillary,
Huma Abedin.
Equipamentos dela e do ex, Anthony Weiner, que era um deputado de alto
escalão do Congresso americano, foram apreendidos em uma investigação
para descobrir se ele havia enviado emails "de conteúdo sexual
explícito" a uma garota de 15 anos da Carolina do Norte.
Segundo James Comey, os investigadores é quem vão determinar se os emails contêm informações sensíveis.
A carta, no entanto, é extremamente vaga - não diz o número de emails ou que informação levou à reabertura do inquérito.
7) Qual é o impacto do escândalo na campanha?
Enquanto isso, Trump aproveitou a reabertura das investigações para atacar a adversária na disputa eleitoral.
Segundo ele, "esse é o maior escândalo político desde o Watergate",
caso da década de 1970, em que descobriu-se que a invasão ao Comitê
Nacional do Partido Democrata havia sido feita a pedido do então
candidato à Presidência republicano, Richard Nixon, para colocar escutas
telefônicas no local. O escândalo resultou na renúncia de Nixon.
Hillary pediu, por sua vez, ao FBI que explicasse o quanto antes o motivo de ter reaberto a investigação.
"Os americanos merecem saber com detalhes todos os fatos imediatamente.
É essencial que as autoridades expliquem o que está em questão, o que
quer que seja, sem atrasos."
Aproximadamente 2 bilhões de crianças vivem em áreas onde os níveis de poluição
excedem os padrões mínimos de qualidade do ar estabelecidos pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 300 milhões de crianças, o
que representa quase uma em cada sete no mundo, vivem em áreas
extremamente poluídas, com níveis de toxicidade que extrapolam em seis
vezes ou mais os padrões definidos pela organização. A
poluição do ar é causada por fatores como as emissões dos veículos, uso
pesado de combustíveis fósseis, poeira e queima de resíduosAgência Brasil/Arquivo Os dados são do relatório Clear the Air for Children (Limpe o Ar para as Crianças,
em tradução livre), divulgado hoje (31) pelo Fundo das Nações Unidas
para a Infância (Unicef), e consideram apenas a poluição exterior,
deixando de contabilizar crianças expostas à poluição do ar dentro de
casa.
Segundo o Unicef, quase 600 mil crianças com menos de 5
anos morrem todos os anos de doenças causadas ou agravadas pelos efeitos
da poluição do ar interior e exterior, o que representa quase 10% de
todas as mortes nesta faixa etária.
A poluição provoca abortos,
parto prematuro e bebês com baixo peso ao nascer, pois pode atravessar a
barreira placentária, interferindo no desenvolvimento do feto quando a
mãe está exposta a poluentes tóxicos. A poluição, cujo custo ultrapassa
0,3% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, pode prejudicar ainda o
desenvolvimento saudável do cérebro das crianças.
O Unicef alerta
para o risco extremo a que estão expostas crianças que crescem muito
perto de zonas industriais, lixões ou em lares sem ventilação, onde o
alimento é preparado em fogões a lenha. “Todas estas crianças estão
respirando poluentes noite e dia, que põem em perigo a sua saúde,
ameaçam suas vidas e enfraquecem seus futuros. Muitas destas crianças já
estão prejudicadas pela pobreza e privação. Alguns estão em risco
elevado de conflitos, crises e os efeitos de intensificação das mudanças
climáticas”, diz o estudo.
O relatório Clear the Air for Children utilizou
imagens de satélite para mostrar, pela primeira vez, aonde vivem e
quantas são as crianças expostas à poluição exterior que excede
diretrizes globais estabelecidas pela OMS. As imagens de satélite
confirmam que cerca de 2 bilhões de crianças vivem em áreas onde a
poluição do ar, causada por fatores como as emissões dos veículos, uso
pesado de combustíveis fósseis, poeira e queima de resíduos, excedem as
diretrizes mínimas de qualidade do ar estabelecidos pela OMS.
O
Sul da Ásia é onde há o maior número de crianças que vivem nessas áreas
(620 milhões), seguido da África (520 milhões). O Leste da Ásia e
Pacífico tem 450 milhões de crianças que vivem em áreas que excedem os
limites das diretrizes. Os resultados são divulgados uma semana antes da
conferência sobre mudanças climáticas, a COP 22, que ocorre em
Marrakesh, no Marrocos, onde a Unicef apelará aos líderes mundiais para
tomarem medidas urgentes de redução da poluição do ar em seus países. Portugal
Em
Portugal, a organização não governamental (ONG) Zero – Associação
Sistema Terrestre Sustentável, diz que, em Lisboa, foi identificada
relação entre o número de registros de crianças em urgências
hospitalares e dias mais poluídos, o que tem feito o país implementar
“zonas de emissões reduzidas”, como é o caso da capital, onde se proíbem
veículos antigos. Segundo Francisco Ferreira, presidente da Zero,
Portugal ainda tem vários locais onde se ultrapassam os valores limite
de dióxido de nitrogênio e de partículas e a principal causa destes
valores elevados é o intenso tráfego rodoviário em cidades como Lisboa e
Porto.
Ferreira destaca, entre as iniciativas que contribuem
para uma redução na poluição, uso de energias renováveis e na eficiência
energética, a utilização dos transportes públicos e de uma mobilidade
suave (andar mais a pé, de bicicleta, ou mesmo recorrendo a veículos
elétricos) e o ordenamento do território que aproxime as pessoas do seu
local de trabalho. "Na indústria, é fundamental apostarmos em produtos
que impliquem menor poluição e aplicar as melhores tecnologias
disponíveis”.
Todo mundo que tem vergonha na cara sabe que a corrupção não tem
partido e que o PT está pagando sozinho uma dívida que é de todos os
partidos. Afinal, políticos de todos os partidos vêm sendo denunciados
por empresários picaretas que corrompem o Estado há décadas, subornando
Executivo, Legislativo e Judiciário em nível federal, estadual e
municipal.
Para as pessoas decentes e responsáveis, portanto, não constitui
novidade alguma que mais um tucano tenha sofrido acusação tão ou mais
grave do que as que pesam contra quaisquer petistas e que essa acusação
(reiterada) não receba da mídia tratamento sequer parecido com o que é
dado a estes.
Nesse aspecto, a denúncia feita pela Folha de S. Paulo em agosto e agora reiterada pelo
jornal, de que Serra recebeu propina da Odebrecht, soma-se a denúncias
iguais contra outros tucanos – FHC, Alckmin, Aécio – que ocorrem sempre
mas que não se tornam de conhecimento público porque ficam restritas ao
único veículo da grande mídia que faz denúncias contra caciques do PSDB:
à Folha.
E ninguém lê a Folha. Ou o Estadão. Ou a Veja. As denúncias deles só
têm repercussão quando vão para o Jornal Nacional. E o Jornal Nacional
não denuncia tucanos graúdos. No máximo, um Aécio. Serra, Alckmin e FHC
são os políticos mais blindados do Brasil.
A matéria da Folha em questão decorre de planilhas apreendidas pela
Polícia Federal na casa de um ex-executivo da Odebrecht em março deste
ano. Essas planilhas listaram possíveis repasses a pelo menos 316
políticos de 24 partidos. Ecumênica, a lista da empreiteira aumentou a
tensão ao tragar governistas e oposicionistas –muitos deles integrantes
da tropa de choque que votaria o impeachment de Dilma – para o centro da
Lava Jato.
Quem tiver curiosidade em saber que nomes apareceram na lista só tem que clicar aqui para ver.
O material foi apreendido em fevereiro com o então presidente da
Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, no Rio,
durante a fase Acarajé da Lava Jato. Os documentos se tornaram públicos
em março.
O Jornal Nacional não divulgou os nomes da lista afirmando que “não
haveria tempo” para divulgar “200 nomes” de envolvidos. Mas haveria,
sim. Demoraria 15 ou 20 minutos. Para atacar o PT durante campanhas
eleitorais o Jornal Nacional já usou tempo maior em uma única matéria.
Imediatamente após a censura da Globo, Sergio Moro decidiu colocar o inquérito sob sigilo.
Mas que não exaltem muito a Folha por esse furo de reportagem porque o
jornal está apenas sendo esperto, pois, apesar do antipetismo, pode se
dar ao luxo de posar como único veículo “isento” do país, já que os
outros grandes grupos de mídia (Globo, Estado, Abril) até podem noticiar
sua denúncia em algum cantinho de seus portais ou veículos impressos,
mas jamais produziriam matérias como a do jornal da família Frias contra
um tucano tão graúdo.
A Folha se tornou o maior jornal do país graças à burrice da
concorrência, que pratica um antipetismo suicida, desabrido,
escancarado, enquanto blinda os adversários do PT.
A imagem desses veículos entre quem pensa e pode ou não ser de
esquerda, desaba. Nos círculos sérios, ninguém leva a sério uma Veja, um
Estadão ou uma Globo justamente porque blindam descaradamente os
tucanos graúdos.
O resultado é que a Folha pode se arrogar o título de único órgão de
imprensa isento, ainda que isso esteja longe da verdade devido ao volume
de antipetismo ser muito maior do que as reportagens e opiniões
desfavoráveis para o PSDB, o xodó da mídia do eixo São Paulo-Rio.
Ao fim de sua segunda reportagem sobre os 23 milhões de propina a
Serra (que, em valores atualizados, agora são 36), porém, o jornal dos
Frias tenta esfriar a denúncia contra o grão-tucano informando que “(…) Nas
conversas preliminares da Lava Jato com a Odebrecht, além de Serra,
vários políticos foram mencionados, entre eles o presidente Michel
Temer, os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, governadores e
parlamentares.”
Ah, então, tá.
Mas se todos estão envolvidos da mesma forma, o tratamento a todos é
dado da mesma forma pela mídia, pela Justiça, pelo Ministério Público,
pela Polícia Federal?
Alguém aí teria a cara-de-pau de dizer isso, que mídia e autoridades
tratam igualmente tucanos e petistas acusados da mesma forma?
Provavelmente aparecerá algum desavergonhado para afirmar tal
enormidade, mas todos sabem que é mentira.
A relação de Dilma com a Odebrecht e outras empreiteiras gerou
processo do PSDB contra a ex-presidente no TSE, afirmando que as doações
que ela recebeu das empresas foram produto de propina. A mídia trata as
doações das empreiteiras a Dilma como propina. Vaccari está preso por
isso. Palocci também. Mantega quase foi preso por isso.
E quanto à propina que a delação da Odebrecht diz que pagou a Serra e
a Alckmin? Os tesoureiros das campanhas eleitorais desses dois foram
presos? Aliás, alguém investigou? Quem foi que comprou a tese criminosa
de que as doações legais ao PT são propina e as doações legais ao PSDB
são… legais?
Quanto a Lula, nem se fala. É ocioso falar. Lula já foi até conduzido
coercitivamente por muito menos do que pesa contra um Serra ou um
Aécio, reiteradamente acusados por delatores. Mas sem investigação fica
difícil. E as denúncias se sucedem e não são investigadas. Até porque, à
exceção da folha, a mídia não pressiona por investigações contra
tucanos.
A razão é muito simples: hoje o Brasil é governado por uma aliança
entre a Globo, a Lava Jato, o PSDB e parte do Supremo. Assim, podemos
todos ter certeza de que a denúncia da Odebrecht contra Serra vai para
as calendas enquanto o mesmo Serra e seu partido continuarão acusando
petistas de terem sido acusados pela Odebrecht…
Alguém discorda?
O Congresso dos Deputados da Espanha rejeitou nesta quinta-feira a
reeleição de Mariano Rajoy, líder do Partido Popular, como presidente do
Governo, já que recebeu 170 votos a favor e 180 contra, ou seja, seis a
menos do que o necessário para alcançar a maioria absoluta (176 de um
total de 350).
Rajoy voltará a apresentar sua candidatura no sábado em uma votação na
qual provavelmente será eleito, graças à abstenção anunciada do Partido
Socialista Operário Espanhol (PSOE), que hoje se manifestou contra.
O atual governante interino obteve 137 votos de sua própria legenda, de
centro-direita, além de 32 do liberal Ciudadanos e um de uma deputada
moderada das ilhas Canárias.
Contra Rajoy votaram PSOE (85 deputados), a coalizão de esquerda Unidos
Podemos (71) e 24 parlamentares de partidos nacionalistas que completam
a câmara.
A Constituição, neste caso, obriga a realização de uma segunda votação,
48 horas depois da primeira, na qual para Rajoy basta conseguir maioria
simples, mais 'sims' que 'nãos'. Nesta nova votação, ele deve receber
os mesmos avais de hoje e ainda contará com a abstenção dos
representantes do PSOE, o que tornará possível sua reeleição.
Rajoy, que assumiu a presidência no final de 2011, nas urnas, para um
mandato de quatro anos, está interino desde o pleito de dezembro de
2015, no qual seu partido não conseguiu, sozinho ou com acordos, a
maioria absoluta no Congresso para formar governo.
Em novo pleito realizado em junho, o panorama se manteve, e o próprio
Rajoy saiu derrotado ao se submeter a um debate de posse na câmara em
agosto, mas a mudança de postura do PSOE provocará um desfecho para a
indefinição.
Magnata afirma que política da adversária para a Síria vai gerar
conflito mundial e ressalta que prioridade deveria ser o combate ao EI.
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump,
afirmou na terça-feira (25) que os planos da adversária Hillary Clinton
para a Síria vão causar a "Terceira Guerra Mundial", devido ao
potencial de conflito com as forças militares da Rússia.
Hillary defende a criação de zonas de proteção aérea e zonas livres de
conflitos em solo para proteger civis na Síria. Alguns analistas avaliam
que esta demanda pode colocar o país diretamente conflito com Moscou.
"Temos que focar no EI ["Estado Islâmico"]. Não devemos focar na
Síria", destacou Trump, para quem a prioridade, no momento, não deveria
ser a tentativa de derrubar o regime de Bashar al-Assad, mas combater o
grupo terrorista. "Se escutarmos Hillary, vamos acabar numa Terceira
Guerra Mundial."
Trump questionou ainda como a candidata democrata negociaria com o
presidente russo, Vladimir Putin, depois de tê-lo demonizado. E culpou
Barack Obama pelo estremecimento das relações com as Filipinas após a
eleição de Rodrigo Duterte como presidente.
Na entrevista focada na política externa, o candidato também argumentou
que a falta de apoio de líderes republicano à sua candidatura dificulta
a vitória na eleição. "Se houvesse uma unidade no partido, não
perderíamos essa eleição para Hillary Clinton", destacou.
O comitê de campanha de Hillary rejeitou as acusações do republicano e
lembrou que especialistas em segurança nacional consideram Trump
impróprio para comandar o país.
"Mais uma vez, ele está repetindo posições de Putin e jogando com os
medos dos americanos", destacou o porta-voz da candidata, Jesse Lehrich. Apoio de peso
Trump perdeu nesta terça-feira mais um apoio peso dentro de seu próprio
partido: Colin Powell, secretário americano de Estado no primeiro
mandato de George W. Bush, anunciou que votará em Hillary nas eleições
do próximo dia 8 de novembro.
Colin
Powell, secretário americano de Estado no primeiro mandato de George W.
Bush, anunciou apoio a Hillary (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)
"Eu vou votar em Hillary Clinton", afirmou Powell, destacando que a
candidata democrata é "inteligente", tem "experiência" e possui o
"temperamento adequado", de acordo com informações do jornal americano
Newsday.
"O outro candidato não está qualificado para ser presidente. Ele
insultou os afro-americanos, latinos, mulheres, veteranos, líderes de
seu próprio partido e além daqueles que o apoiam, fazendo promessas que
não pode cumprir", disse Powell, que foi secretário de Estado entre 2001
e 2005.
As opiniões de Powell sobre o magnata já eram conhecidas após hackers
terem vazado alguns e-mails no mês passado onde ele qualificava Trump
como "desgraça nacional" e "pária internacional".
Os documentos mostram que o ex-secretário também criticou Hillary por
ter se envolvido na polêmica do uso de um servidor privado de e-mail
enquanto esta era secretária de Estado (2009-2013).
Logo após a notícia, a democrata agradeceu o voto. "Orgulhosa de ter o
apoio do general Powell, um soldado condecorado e um distinto homem de
Estado", escreveu em sua conta no Twitter.
Com o anúncio, Powell se junta a uma longa lista de republicanos que se
recusaram a apoiar Trump. O ex-secretário, no entanto, já havia se
afastado de seu partido nas duas últimas eleições, onde optou pelo atual
presidente, o democrata Barack Obama, contra os republicanos John
McCain, em 2008, e Mitt Romney, em 2012.
O acirramento da disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte ampliou a
pressão sobre os dois candidatos que estão no segundo turno, Alexandre
Kalil (PHS) e João Leite (PSDB), e elevou o nível de ataques entre eles.
Ultrapassado pelo rival nas pesquisas mais recentes, o tucano passou a
levantar débitos e processos trabalhistas de Kalil e exibir comerciais
na TV nos quais ex-funcionários do candidato do PHS o acusam de não ter
depositado benefícios previdenciários, por exemplo.
Num debate promovido pela "Rede TV!" na noite desta sexta-feira (21) o
tema foi explorado, e Kalil acabou se enrolando na resposta. Após
afirmar que qualquer empresário no Brasil lida com problemas
trabalhistas, o candidato afirmou: "Eu devo o seu Geraldo ex-funcionário, sim, mas essa mão aqui é limpa". "Falou que eu
roubo... Eu roubo, mas não peço propina em Furnas", concluiu, em
referência à chamada "Lista de Furnas", que elencaria propinas pagas a
uma série de políticos, mas cuja autenticidade nunca foi comprovada.
A frase inusitada de Kalil acabou viralizando e despertando forte
debate nas redes sociais. Aliados de João leite passaram a chamar o
candidato do PHS de "Trump das Alterosas". "Kalil fez uma afirmação
estarrecedora: 'Eu roubo, mas não peço propina'. Como pode um prefeito
que não paga IPTU e lesa os trabalhadores?", provocou o deputado Marcus
Pestana (PSDB-MG). A controvérsia fez com que Kalil divulgasse um vídeo
no qual tenta retificar a fala. "Pessoal, eu queria pedir desculpas",
inicia o empresário, que é ex-presidente do clube Atlético Mineiro.
"No debate, quando eu fui agredido desesperadamente pelo descontrole
total do João Leite – fui chamado de ladrão –, eu quis dizer: 'eu devo,
mas eu não recebo propina'. Mas saiu, infelizmente, no calor, 'eu
roubo'", justifica. "Eu nunca roubei. Deus sabe que eu nunca roubei, eu
sei, meus filhos sabem. Você que mora em Belo Horizonte sabe que eu
posso ser tudo, mas que eu nunca roubei", conclui o candidato. A série
de animosidades entre os dois deve ter sequência nesta noite, quando
haverá novo debate, desta vez promovido pela Record.
Caso foi resultado de três audiências realizadas entre a empresa e o
Ministério Público de Minas Gerais (MPMG); nove casos ainda estão
pendentes.
Oitenta e uma famílias atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão,
em novembro de 2015, tiveram seus direitos reconhecidos e receberão
indenizações da mineradora Samarco e suas controladoras, a Vale a BHP
Billiton. A conquista foi resultado de três audiências realizadas entre
as empresas e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A última
delas aconteceu nessa quarta-feira (19).
Nessa sessão de nove horas de duração foram analisados 41 casos, 15
deles resultando em um acordo. Entre as demandas exigidas pelas famílias
estão auxílio financeiro mensal no valor de um salário mínimo,
antecipações parciais de indenizações e ressarcimento por perda de
veículos.
“Tivemos uma bom resultado pois foram 81 famílias atingidas que não
tiveram seus direitos reconhecidos antes e que, agora, vão receber esses
benefícios”, disse Guilherme Meneghin, promotor de Justiça que
acompanhou as audiências.
Outros nove casos ficaram pendentes de decisão judicial, sendo um deles
por ressarcimento de aluguel, outro pelo cartão de auxílio financeiro e
os demais por antecipação de indenizações. A Samarco deverá apresentar
defesa nos próximos quinze dias para a Justiça decidir sobre os casos
restantes.
O pagamento das indenizações deverá ser realizado nos próximos 30 dias a
contar dessa quarta-feira, conforme estipulou a Justiça.
A audiência dessa quarta-feira (19) foi a terceira e última realizada
na 2ª Vara da Comarca de Mariana entre as empresas e o MPMG para
solucionar os casos de descumprimento de direitos das vítimas da
barragem. A primeira audiência foi realizadaem
14 de setembro e resultou 38 pedidos de indenizações aprovados. A
segunda, realizada no dia 11 deste mês, somou mais 28 pedidos aprovados
pela Justiça. Com os números desta última sessão, 81 casos dos 105
discutidos obtiveram decisão favorável às indenizações.
Deste total, dezenove famílias irão receber uma primeira parcela de
indenização no valor de R$10 mil e outras treze no valor de R$20 mil.
Outras sete famílias vão ter um ressarcimento de alugueis e outras sete
famílias terão direito a uma morada adequada. Cinco pessoas receberão
indenizações por perda de veículo e trinta famílias ganharão um cartão
de auxílio financeiro mensal. Os números podem aumentar caso a Justiça
tome uma posição favorável aos nove casos que ainda estão pendentes. Pedidos indeferidos
Dos 105 casos analisados pelo MPMG e a Samarco, 15 foram indeferidos.
No entanto, o MPMG informou em nota que não significa que as famílias
perderão seus direitos, mas sim que os atingidos não se enquadram em
critérios para a concessão de direitos emergenciais. A indenização para
essas famílias será realizada posteriormente quando for implementado um
programa de indenizações.
O Senado concluiu a votação e aprovou a Medida Provisória 735, que
facilita privatizações do setor elétrico. Como a matéria perderia a
validade no dia seguinte, os senadores optaram por aprovar o texto como
veio da Câmara. Os senadores não conseguiram retirar do texto um
incentivo às termelétricas, consideradas fontes "sujas" de energia. A
matéria vai à sanção presidencial. O projeto prevê uma redução da
cobrança da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) sobre as contas
de luz de Estados do Sul e Sudeste e abre caminho para a Eletrobras
privatizar suas distribuidoras, com a renovação dos contratos dessas
empresas. O texto também transfere a gestão da CDE da Eletrobras para a
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), uma entidade
privada, e prevê a redução gradual da conta. Pelo texto, será
reduzido até 2030 o subsídio dado via CDE a regiões do Nordeste e Norte,
com o fim da variação da cobrança conforme a localização do consumidor.
A partir de 2017, esse modelo de cobrança vai migrando progressivamente
até um novo sistema de cobrança da CDE conforme o volume de consumo.
Para evitar uma cobrança excessiva do encargo sobre clientes de baixa
renda, há previsão para que os benefícios da Tarifa Social de Energia
Elétrica sejam isentos da cobrança da CDE.
A
versão final da MP trouxe ainda outras benesses ao setor elétrico, como
a possibilidade de distribuidoras venderem seus excedentes de energia. Termelétricas Na
Câmara, o relator José Carlos Aleluia (DEM-BA) incorporou a criação do
Plano Nacional de Modernização das Redes de Energia Elétrica
(InovaRede). O programa, costurado junto com o governo, cria um programa
de modernização das redes de distribuição de energia, mas o dispositivo
foi justamente o que causou desentendimento entre os senadores. Embora
fale de prazos para redução de emissão do CO2, o plano acaba
funcionando como um incentivo ao uso de termelétricas. Muitos senadores,
inclusive da base do governo, defenderam que o artigo se trata de um
jabuti e que as termelétricas movidas a carvão mineral são uma fonte
"suja" de energia, ofensivas para o meio ambiente. A bancada do
PT fez um destaque ao projeto, pedindo a retirada deste artigo, mas,
mesmo com apoio de senadores da base do governo, não conseguiu alcançar
maioria e o dispositivo foi mantido.
O novo secretário de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro,
Roberto Sá, tomou posse hoje (17) prometendo manter o programa das
unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Ao assumir a pasta no lugar de
José Mariano Beltrame, que pediu demissão há uma semana, Sá disse que
terá como meta combater a letalidade e a criminalidade, além de oferecer
dignidade aos profissionais do setor.
“As UPPS permanecem sim,
com o olhar muito mais atento, mais apurado, para fortalecermos porque a
sociedade deseja e [esse] é um projeto exitoso”, declarou Sá, sem
descartar mudanças no projeto. “Todo o ajuste que houver necessidade
será feito à medida em que tivermos recursos e possibilidades, na
relação vertical com o governo federal e horizontal, com outras pastas”.
Criadas
por Beltrame há dez anos, as UPPS são questionadas por alguns setores
da sociedade por não terem conseguido acabar com a criminalidade e
reduzir a letalidade nas áreas onde foram implantadas, embora boa parte
da população dessas comunidades deseje a permanência do programa. Um dos
casos que colocaram as unidades em xeque foi o desaparecimento, em
junho de 2013, do pedreiro Amarildo, após ter sido levado à sede da UPP
na Rocinha, supostamente com o objetivo de dar informações sobre o
esconderijo de armas. Dos 25 policiais acusados de participação no
crime, 13 foram condenados por tortura seguida de morte, ocultação de
cadáver e fraude processual, entre eles o chefe da UPP. Centro de inteligência
Além
de melhorar o programa, o novo secretário pretende intensificar a
investigação de armas de fogo e de explosivos e retirar das ruas
submetralhadoras e fuzis, comumente usadas por organizações criminosas
no estado. Para isso, anunciou ainda a criação de um núcleo de
inteligência, que funcionará 24 horas por dia, em uma estrutura
remanescente dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Centro Integrado
de Comando e Controle. “Será uma coalizão do bem”, afirmou.
Sem
antecipar mudanças, como a troca de comando na Polícia Civil, em que o
chefe, delegado Fernando Veloso, também deixou o cargo, Roberto Sá disse
que ainda vai conversar com os comandantes. “Mas mudanças pontuais na
equipe ocorrerão”, confirmou.
Roberto Sá disse ainda que quer
promover ações integradas das polícias e em parceria com o governo
federal que, por intermédio do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes,
já garantiu prioridade ao estado. Outra meta, segundo ele, é aproveitar
a experiência dos profissionais do setor.
“O
nosso soldado, lá da ponta, tem muito a contribuir nas discussões de
segurança pública”, afirmou. “O policial civil não vai, tão somente,
assistir a palestras dos seus chefes, mas contribuir nas discussões para
que nós tomemos as decisões corretas”, completou.
As novas metas
e os indicadores de criminalidade serão monitorados periodicamente pela
nova gestão, “com muito foco nas UPPS” e participação social.
Robero
Sá agradeceu ao ex-chefe, Beltrame, pela confiança, autonomia e
liberdade, no tempo em que os dois trabalharam juntos, e desejou que o
ex-secretário, que ficou quase 10 anos no cargo, “tenha um justo e
merecido descanso”.
Roberto Sá era subsecretário de Planejamento e
Integração Operacional da própria secretaria e foi responsável pela
coordenação do plano de segurança da Polícia Civil na Copa do Mundo e
nos Jogos Olímpicos. Já integrou o Batalhão de Operações Especiais
(Bope), de onde saiu para ser delegado da Polícia Federal. É formado em
direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio. Apoio do governo federal
Após
da posse de Roberto Sá, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes,
reforçou apoio às políticas de segurança e sugeriu manter patrulhamento
nas cinco rodovias federais que dão acesso ao estado, por meio da
Polícia Rodoviária Federal. “Precisamos aproveitar o grande legado da
Olimpíada e da Paralímpiada para a segurança, que foi a integração”,
disse Moraes.
O ministro não confirmou a manutenção das Forças
Armadas ou da Força Nacional de Segurança, composta por policiais
militares de vários estados no Rio, para depois do 2° turno das
eleições, como foi solicitado pelo governador do estado, Francisco
Dornelles.
Com um plano nacional de segurança
engatilhado com os estados, o ministro quer começar ações de combate à
criminalidade, às armas e às drogas a partir de novembro. O projeto vem
sendo elaborado em parceria com os secretários desde maio, sob
coordenação do próprio ministro e tem a participação de
procuradores-gerais de Justiça dos estados.
Um crânio com dois orifícios na parte posterior jaz sobre um pedaço de
papelão, à espera de perícia. Em meio às crostas de terra em sua
superfície, pode-se ver o códão E-34, escrito com hidrocor vermelho.
Estima-se que 30 mil pessoas desapareceram durante a ditadura militar da Argentina, que vigorou entre 1976 e 1983.
Foto: BBC Mundo / BBCBrasil.com
"Essa marca esverdeada é a impressão deixada pelo projétil", explica a
antropóloga forense Patrícia Bernardi, junto à maca metálica coberta por
fragmentos ósseos que ela deve observar, analisar e catalogar.
Na sala, localizada em um bairro barulhento e quente no centro de
Buenos Aires, há ossos por todas as partes: esqueletos inteiros, partes
de braços e pernas, pedaços de crânios cobertos de terra.
São os restos dos desaparecidos.
"É a última coisa que resta de uma pessoa, bem como a última
oportunidade para que o corpo fale e conte a verdade", diz a
antropóloga.
Las madres de la Plaza de Mayo fue la primera organización civil
que denunció la desaparición de jóvenes durante el régimen militar en
Argentina.
Foto: DANIEL GARCIA / BBCBrasil.com
Após o fim do governo militar na Argentina, em dezembro de 1983, teve
início um processo de busca e identificação das quase 10 mil pessoas que
foram classificadas como desaparecidas pela Secretaria de Direitos
Humanos, em meio a um desejo nacional por justiça.
Atualmente, as organizações de direitos humanos estimam que o número de
vítimas do regime que governou a Argentina com mão de ferro entre 1976 e
1983 chegou a 30 mil.
Durante décadas, as "Mães da Praça de Maio" pedem informações que lhes
indiquem se filhas e filhos estão mortos. Para isso, foi criada uma
equipe dedicada a buscar e identificar os restos das vítimas.
Algo que não existia no mundo.
Exame de ossos em laboratório leva em conta marcas nos ossos e, atualmente, exame de DNA
Foto: BBC Mundo / BBCBrasil.com
"O osso mostra a qualidade de vida que alguém teve", explica Bernardi,
enquanto alisa a superfície de um fêmur. "Temos que saber como os ler
para saber tudo o que está dizendo."
A antropóloga há 32 anos trabalha no projeto e é um dos membros
fundadores da Equipe Argentina de Antropologia Forense (Eaaf). Mas, em
1984, tinha outros planos. Queria ser arqueóloga e descobrir
antiguidades, em vez de estar com o peso histórico dos desaparecidos
argentinos no quarto ao lado de seu escritório.
"Sequer sabia o que era um antropólogo forense."
Em junho de 1984, porém, ela conheceu Clyde Snow, um antropólogo
forense americano que viera para Buenos Aires a pedido de vários órgãos
argentinos para decidir o que fazer com os restos mortais dos
desaparecidos.
Chegou com a fama de "Sherlock Holmes dos ossos". Trabalhara na
identificação da ossada do criminoso nazista Joseph Mengele, que tinha
se escondido no Brasil depois da guerra, e participara da autópsia do
presidente americano John Fitzgerald Kennedy.
Mais tarde, trabalharia nas valas comuns de curdos mortos pelo regime
de Saddam Hussein no Iraque e testemunhou contra o ditador no julgamento
que levou Saddam à forca em 2006.
"Snow era a imagem do antiprofessor. Dava-nos aula em um bar, fazendo
gráficos em guardanapos. Era muito humano e inteligente. Bebia e fumava
muito. Conversamos muito, ainda que sempre em um inglês básico, pois ele
não falava uma palavra de espanhol", lembra Bernardi.
Las madres de la Plaza de Mayo fue la primera organización civil
que denunció la desaparición de jóvenes durante el régimen militar en
Argentina.
Foto: DANIEL GARCIA / BBCBrasil.com
Graças à burocracia militar, havia um registro pormenorizado de prisões
e enterros. Mas para tirar os ossos da terra, Snow queria mãos mais
hábeis que as de coveiros, para não danificar ossos - as de arqueólogos
iniciantes, como Patrícia. Ela e dois colegas - Luis Fondebrider e
Mercedes Doretti - foram convidados pelo americano para auxiliá-lo no
projeto.
"Achamos estranho que um americano quisesse nossa ajuda para isso. Nós
nunca tínhamos trabalhado com ossadas, e a pressão para encontrar os
desaparecidos era enorme", lembra a antropóloga.
Mas o trio aceitou e, dias depois, reuniu-se nos portões do Cemitério
de Avellaneda, na capital. Depois de sete horas de escavações,
encontraram alguns ossos. "Não sabíamos muito bem onde estávamos
cavando, mas me lembro de olhar para cima de dentro do buraco e ver as
botas dos militares que nos observavam. Pensei: 'Meu Deus, onde fomos
nos meter'".
Durante a escavação, Bernardi ouviu palavras duras de alguns militares.
"Eles diziam que se tivessem feito o trabalho direito nós não
estaríamos lá. O país estava muito instável. E, se os militares
voltassem ao poder, era bem capaz que nós fôssemos os próximos
desaparecidos."
As escavações prosseguiram e foram revelando novas e novas valas.
Seguiram encontrando esqueletos e classificando o achado, buscando
marcas de violência nos ossos.
Dos cemitérios, foram para os laboratórios para analisar vestígios
ósseos, sinais particulares, até chegarem ao primeiro caso positivo: em
1985, identificaram os restos de uma mulher - Liliana Carmen Pereyra, de
21 anos, que estava grávida de cinco meses quando desapareceu, em 15 de
outubro de 1977.
Em abril de 1985, Snow levou este e outros resultados positivos para o
Julgamento da Junta Militar, um processo instaurado pelo presidente Raúl
Alfonsin para apurar as violações de direitos humanos cometidos pelos
militares.
Snow entregou as provas mais certeiras contra os militares. Bernardi
conta que advogados de defesa deixaram a sala. O trabalho de escavação
não resultara apenas em ossos mas na evidência científica que
contrariava a versão oficial de generais e almirantes de que jovens como
Liliane tinham morrido em conflitos armados com as autoridades. Exames
dos restos mortais da jovem revelaram que ela tinha sido executada.
Na tribuna, o americano apresentou fotos de outros casos: crânios
danificados por marcas de balas na região da nunca, sugerindo disparo a
30 cm de distância, um sinal claro de tiros à queima-roupa, não de um
enfrentamento.
Mas o caso de Lilian foi emblemático: ficou provado que ela dera à luz o bebê enquanto estava presa.
Mas como os cientistas conseguiram provar isso?
A equipe do Efaf explica que há ossos cruciais para buscar informações
sobre seu dono. Um deles é o fêmur, que permite estimar a idade e a
estatura. O crânio e o pélvis ajudam a decifrar o sexo. Já a arcada
dentária pode ser comparada com a ficha odontológica da pessoa.
Os detalhes revelados pelos ossos permitem o cruzamento de informações
que milhares de parentes de desaparecidos deixaram nos registros de uma
comissão nacional. Dentes arrancados, defeitos físicos, acidentes
sofridos, profissão (esqueletos de motoristas, por exemplo, apresentam
atrofias nos discos da coluna). Tudo poderia ajudar.
"No caso de Liliana Pereyra, sua mãe disse que, dois meses antes da
prisão, ela tinha passado por uma cirurgia de extração do dente canino
superior direito. No crânio que achamos no cemitério, podíamos ver o
espaço em que faltava o dente e havia sinais de uma extração recente.
Os ossos também delatam feridas. Muitas se desintegram com a carne, mas
ficam alguns rastros. Fraturas no braço causadas por torturas, colunas
vertebrais avariadas por disparos, crânios perfurados.
Abertura de covas onde estariam vítimas assassinadas foi feita
com técnicas usadas na arqueologia para não danificar ossadas
Foto: EAAF / BBCBrasil.com
A equipe até agora já conseguiu confirmar a identidade de 700 pessoas,
mas há outras 600 caixas de ossos à espera de um nome. Nelas, uma
constante: feridas de tiros, muitos deles pelas costas, e à
queima-roupa.
"Soube que Laura, minha filha, foi sequestrada e executada pelas
costas, em vez de em um enfrentamento. Levaram-na da prisão para ser
morta nos arredores de Buenos Aires", conta à BBC Mundo (o serviço em
espanhol da BBC), a ativista Estela de Carlotto, que recebeu o corpo da
filha em agosto de 1978, algo pouco usual sob o regime militar.
Em 1985, ela pediu a exumação do corpo da filha para saber mais sobre
sua morte, ela teve uma surpresa que lhe deu uma nova causa para lutar:
durante a escavação, Clyde Snow, chamou-lhe para conversar.
Clyde Snow atuou no julgamento de Saddam Hussein en 2006; ele morreu em maio de 2014
Foto: Chris Hondros / BBCBrasil.com
"Ele me disse: 'Estela, você é avó'. Nos pélvis há uma marca que mostra
que mulheres deram à luz", conta a ativista, hoje presidente do grupo
Avós da Praça de Maio, que luta para saber o paradeiro de filhos de
desaparecidos nascidos em cativeiro.
Estima-se que, na Argentina, haja pelo menos 500 crianças nascidas
nessas circunstâncias e adotadas de forma clandestina, crescendo com
outra identidade. Foi o caso do neto de Estela, que foi encontrado em
2014. E do filho de Liliane.
O descobrimento das "pegadas de DNA" pelo britânico Alec Jeffreys, em
1985, fez com que, a partir da década passada, fosse possível usar os
ossos dos desaparecidos para determinar laços familiares através da
genética, em vez da buscar de sinais como os relatados por parentes.
Desde 2003, a técnica triplicou o número de identificações feitas pelo
laboratório argentino.
Até o momento foram recuperadas ossadas de 1,3 mil pessoas na Argentina
Foto: BBC Mundo / BBCBrasil.com
O DNA também ajudou no trabalho de identificação de bebês e avós
biológicos: em 2008, Hilário Bacca, um comerciante que vivia no centro
da capital argentina, foi submetido a uma série de exames de sangue
porque se suspeitava que ele era filho de desaparecidos.
Os exames confirmaram a identidade de sua mãe: Liliana Pereyra. Hilário
foi o 95º neto recuperado pelas Avós da Praça de Maio, mas ele não
ficou muito satisfeito.
"Conheci minha identidade biológica por meio de um exame compulsório e
que não queria fazer. E agora preciso lidar com isso", queixou-se ele à
BBC Mundo, em 2011.
Seus pais "adotivos" foram a julgamento por apropriação de menores, mas
Bacca insiste em defendê-los e chamá-los de "pais de coração". Ele até
testemunhou a favor deles no julgamento e se recusou adotar seu
sobrenome verdadeiro.
El trabajo del EAAF ha permitido la devolución de al menos 700 cuerpos a los familiares de los desparecidos.
Foto: Getty / BBCBrasil.com
"A essa altura da minha vida querem que eu desapareça para fazer de mim
um Pereyra ou um Cagnola (sobrenome do pai, Eduardo, também
desparecido), que para mim não existem."
No entanto, Bacca passou a trabalhar com as Avós da Praça de Maio.
"Nunca sabemos como os familiares vão reagir diante de uma verdade assim. Vemos de tudo", diz Patrícia Bernardi.
Os ossos continuam chegando. Vêm de cemitérios de outros recantos do
país ou de valas clandestinas como o Pozo de Vargas, um poço de 40 m de
profundidade em Tucuman, no norte da Argentina, que os militares usavam
para desovar corpos de desparecidos. Recentemente, o laboratório
conseguiu confirmar a identidade de um estudante sequestrado em 1976.
Quarenta anos depois de sua família começar a buscá-lo.