O ativista Mohammed Saeed, que está em Aleppo, afirmou que os choques continuaram durante a noite e se estenderam até a manhã deste sábado.
"Na noite passada foi muito ruim", disse o ativista à agência de notícias Associated Press. "Ocorreram grandes explosões e o tiroteio não parou durante horas. A rebelião finalmente chegou a Aleppo."
Aleppo vinha sendo poupada dos choques e bombardeios entre as forças do governo e os insurgentes desde o início da rebelião no país, em março de 2011.
Segundo Saeed, os combatentes do ELS chegaram a Aleppo pela zona rural. A cidade não é longe da fronteira com a Turquia, onde fica a base com os comandantes do ELS.
De acordo com a rede de ativistas Comitê de Coordenação Local, está ocorrendo um "êxodo" dos moradores do bairro de Salah al-Din, "devido ao medo de uma ofensiva e bombardeio do governo".
O correspondente da BBC Jim Muir, que está em Beirute, afirmou que os combates em Aleppo significam uma péssima notícia para o presidente sírio, Bashar al-Assad, pois a cidade tinha conseguido até o momento ficar fora da rebelião.
Damasco
O mesmo acontecia com a capital, Damasco. Mas, segundo Muir, isto agora acabou e as duas cidades foram tomadas pelos combates.As forças do governo reagiram na sexta-feira, usando todo seu poder de fogo para retomar o bairro de Midan, no sul da capital, causando muitos danos. Os tiroteios e explosões foram ouvidos pelos moradores da cidade durante toda a noite.
Moradores de Damasco ouviram tiroteios e explosões durante madrugada
O governo de Damasco afirmou que toda a resistência será retirada da cidade dentro de cinco dias. No entanto, não muito longe de Midan, em Yarmouk, vídeos divulgados na internet por ativistas mostram o que parece ser uma delegacia de polícia tomada pelos rebeldes.
Do outro lado de Damasco, no bairro de al-Tal, ao norte, outro vídeo mostra o que seria o chefe do Diretório de Segurança Política local e os funcionários do departamento se rendendo aos rebeldes.
Observadores
Os combates violentos na Síria ocorrem depois de o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado a ampliação da permanência da missão dos cerca de 300 observadores da organização por mais 30 dias.A resolução declara que depois deste período, os monitores deverão sair da Síria se não conseguirem mais realizar o trabalho de verificar a aplicação do plano de paz de Kofi Annan, o enviado especial da ONU e da Liga Árabe ao país.
Se o uso de armas de fogo pesadas continuar, o mandato dos observadores poderá ser renovado mais uma vez.
A maior parte do trabalho dos monitores da ONU tinha sido suspensa desde junho devido ao aumento da violência no país.
Mais de 300 pessoas teriam morrido na quinta-feira e outras 200 na sexta-feira devido aos intensos combates espalhados pela Síria.
nossa
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