Um brasileiro foi condenado nesta sexta-feira a cinco anos de prisão pela Justiça britânica por ter se passado por médico licenciado na Grã-Bretanha e de abusar sexualmente de ao menos quatro pacientes. Ele negou as acusações, segundo a corte.
Segundo a Promotoria londrina, Antonio Gobbato - que, segundo a Justiça britânica, nasceu no Brasil, mas declara nacionalidade portuguesa - teria se passado por "ginecologista, pediatra e psiquiatra do Sistema Nacional de Saúde" britânico, sob falsas qualificações, e fazia diagnósticos apalpando os seios das pacientes.A Promotoria afirma ainda que ele convenceu três famílias de que seus filhos precisavam de tratamentos médicos caros, urgentes e em outros países, apenas para poder viajar com as famílias tendo suas despesas pagas.
Em um dos casos, dizem os promotores, ele conseguiu convencer uma família a viajar para a Itália, para tratar sua filha com uma infecção que "poderia virar uma leucemia". Ao chegar lá, porém, a paciente em questão sofria apenas de uma infecção sem gravidade.
Essas acusações renderam a Gobbato também uma condenação por fraude e tentativa de fraude.
Queixas
A polícia deteve Gobbato em junho de 2010, após queixas de pacientes mulheres ao Conselho de Medicina britânico - que informou que o médico não era registrado.De acordo com o site Court News UK, Gobbato adotou o apelido de "Lobo Mau" e usava apenas uma espátula para tratamentos cosméticos em exames íntimos de suas "pacientes".
A uma das vítimas, segundo o site, Gobbato disse que ela não estava grávida depois um exame que se resumia a beliscar o mamilo da paciente.
De acordo com o jornal The Evening Standard, o suspeito usou falsos documentos para se registrar em uma associação médica, alegando ser qualificado em massagem e homeopatia.
O jornal britânico Daily Mail informou que o falso médico usou diplomas de universidades de outros países para conseguir um registro na Associação de Medicina Complementar britânica.
Ao ler a sentença, o juiz Peter Grobel citou o que considera a "humilhação" das mulheres que passaram pelo consultório de Gobbato.
"O abuso da confiança dada a você causou a cada uma das mulheres constrangimento, humilhação e cicatrizes emocionais que continuam ainda hoje", disse.
"Mais grave ainda foi a vantagem desonesta que você conseguiu com pais preocupados com as doenças de seus filhos", acrescentou.
eu não fiquei supresou
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