Os "desafios" proporcionados pela insegurança na Síria estão
dificultando o transporte das matérias-primas para agentes nervosos e
gases venenosos até o porto pelo qual esses materiais serão retirados do
país para posterior destruição. A constatação foi feita pela
Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), que participa de
uma missão em conjunto com a Organização das Nações Unidas (ONU) com o
objetivo de inutilizar e destruir o arsenal químico sírio.
Apesar
disso, o diretor-geral da Opaq, Ahmet Uzumc, disse hoje em Roma que a
entidade está se mobilizando para acelerar o processo nos próximos dias e
semanas e declarou-se confiante em que as armas químicas sírias serão
destruídas até o fim de junho, dentro do prazo estabelecido pelo
Conselho de Segurança (CS) da ONU no ano passado.
Também nesta
quinta-feira, a Itália ofereceu o porto de Gioia Tauro, na Calábria,
para que seja feita a transferência das matérias-primas retiradas da
Síria no início do mês.
A carga viaja a bordo de um navio
dinamarquês e deverá ser transferida para um navio norte-americano como
parte dos esforços internacionais para destruir os arsenais químicos
sírios.
O ministro italiano dos Transportes, Maurizio Lupi, disse
que a carga armazenada em 60 contêineres será transferida diretamente de
um navio para o outro, sem tocar o solo italiano.
Em Genebra,
enquanto isso, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi
Pillay, acusou grupos extremistas islâmicos de cometerem um número
crescente de execuções no norte da Síria e advertiu que essas ações
possivelmente configuram crimes de guerra.
De acordo com ela, a
ONU tem recebido relatos de "uma sucessão de execuções em massa de civis
e combatentes que não participam mais das hostilidades" em Alepo, Idlib
e Raqqa atribuídas a "grupos armados de oposição", em especial pelo
Estado Islâmico no Iraque e no Levante, braço local da rede extremista
Al-Qaeda. Fonte: Associated Press.
Nenhum comentário:
Postar um comentário