A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff pediu ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) uma nova perícia sobre as empresas que prestaram
serviços à campanha eleitoral que elegeu em 2014 a chapa da petista e do
então vice e atual presidente da República, Michel Temer, por
considerar o laudo pericial "insuficiente, incompleto e impreciso".
Há cerca de duas semanas, peritos da Justiça Eleitoral constataram que
três empresas - Rede Seg, VTPB e Focal - não apresentaram documentos
suficientes para comprovar a prestação de todos os serviços contratados
pela campanha.
Segundo os peritos judiciais, as empresas não apresentaram documentos
que possam comprovar "se os bens e serviços contratados pela chapa
presidencial eleita em 2014 foram integralmente produzidos e entregues à
campanha, não afastando nessa hipótese o desvio de finalidade dos
gastos eleitorais para outros fins que não o de campanha".
Diligências
A defesa de Dilma informou ter apresentado ontem (8) parecer técnico divergente ao TSE elaborado por um auditor independente.
"O parecer contábil divergente, contendo mais de 8 mil páginas, em 37
volumes de documentos, concluiu pela insuficiência do laudo pericial
elaborado pelos peritos judiciais (de apenas 200 páginas), que deixou de
analisar documentos indispensáveis, bem como de realizar diligências e
vistorias necessárias", informou hoje (9), por meio de nota, o advogado
de Dilma, Flávio Caetano.
De acordo com o advogado, o parecer divergente comprovou que os
serviços contratados com as empresas Focal, VTPB e Rede Seg foram
"devidamente prestados, inexistindo qualquer suspeita de que tivesse
havido desvios de valores".
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