Ex-presidente da Câmara afirmou que não tem condições de se tratar na prisão onde está detido atualmente. Após depor por três horas perante o juiz Sérgio Moro, na Justiça Federal
em Curitiba, o ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha
(PMDB) leu uma carta de próprio punho na qual afirma que tem um
aneurisma e que não tem condições de se tratar na prisão onde está
detido atualmente.
A audiência desta tarde foi o primeiro
interrogatório do peemedebista diante de Moro e começou por volta das
15h. Responsável por aceitar o processo de impeachment da ex-presidente
Dilma Rousseff (PT) ele levou um calhamaço de folhas para a audiência em
Curitiba.
Cunha chega a sala de Moro com calhamaço de documentos na mão
Até
então, Cunha havia adotado o silêncio como estratégia. Oficialmente,
ele não deu qualquer sinal à Polícia Federal e Ministério Público
Federal de que quer colaborar com as investigações. Mas logo após ser
preso, contratou o criminalista Marlus Arns, de Curitiba, responsável
por algumas das delações da Lava-Jato.
Nesta ação, a segunda em
que Cunha é réu na Lava Jato, o deputado cassado é acusado de ter
recebido em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões
referentes à aquisição, pela Petrobrás, de 50% do bloco 4 de um campo de
exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011.
O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.
O
Ministério Público Federal sustenta que parte destes recursos foi
repassada para Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, também em contas
no exterior - a transação está sendo investigada em outra ação,
específica contra a mulher do peemedebista.
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