terça-feira, 14 de outubro de 2014

Governo regulamenta adicional de periculosidade para motoboys

O Diário Oficial da União traz hoje (14) portaria que regulamenta atividades perigosas em motocicleta e gera o direito a 30% de adicional.
O Ministério do Trabalho e Emprego lembra que o adicional de periculosidade corresponde a 30% do salário do empregado, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. O direito passa a ser garantido a partir de hoje.
De acordo com a portaria, são consideradas perigosas as atividades laborais com o uso de motocicleta ou motoneta no deslocamento de trabalhador em vias públicas.
A norma esclarece ainda as situações em que não são consideradas perigosas: a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da residência para o local de trabalho, as atividades em veículos que não necessitem de emplacamento ou que não exijam carteira nacional de habilitação para conduzi-los, as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Polícia começa a negociar com presos rebelados no Paraná

A Polícia Militar começou a negociar com os cerca de 80 presos que promovem uma rebelião na Penitenciária Industrial de Guarapuava, no Paraná. O motim foi iniciado hoje (13), por volta das 11h30, por cerca de 80 dos 240 presos da unidade, na qual os presos trabalham e estudam.
Os presos conseguiram capturar 11 dos 18 agentes penitenciários que trabalhavam na prisão. Um deles foi liberado após ter sido queimado com cola quente, segundo a Secretaria da Justiça.
A secretaria explica que os rebelados aproveitaram o horário de almoço e a movimentação dos presos, que iam trabalhar na penitenciária, para começar o protesto. As reivindicações dos que se rebelaram ainda não são conhecidas.
A segurança nos presídios paranaenses é crítica, de acordo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Antony Johnson. Ele diz que esta é a 21ª rebelião no sistema penitenciário do estado, desde dezembro do ano passado.
“Estamos vivendo uma crise sem precedentes”, avalia Johnson. Segundo ele, o sindicato tem cobrado do governo estadual medidas para garantir a segurança dos agentes e melhorias no tratamento dispensado aos apenados.

Sistema Cantareira: tempo seco agrava crise hídrica em São Paulo

O nível do Sistema Cantareira – principal manancial de São Paulo – baixou de 4,8% da capacidade ontem (12) para 4,7% hoje (13). Esse é o novo recorde de redução, segundo a Companhia de Saneamento e Abastecimento do Estado de São Paulo (Sabesp). A crise hídrica deve continuar, pois não há previsão de chuva significativa para os próximos dez dias, em toda a Região Sudeste, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec).
Há um ano, o sistema operava com 39% da capacidade e os reservatórios contavam com um volume acumulado de chuva de 53,8 milímetros. Nesses primeiros 13 dias de outubro, o número está em  0,4 milímetro.
Apesar de não ser tão crítica quanto à do cantareira, a situação hídrica dos demais sistemas de abastecimento de São Paulo também enfrentam diminuição de volumes. No Alto Tietê, o nível está em 10,5% ante 46,9%, registrados há um ano. Também em 12 meses, caíram de forma expressiva as reservas existentes nos sistemas Guarapiranga (de 77,3% para 46,9%), Alto Cotia (de 86,3% para 32,8%), Rio Grande (de 93,7% para 74,3%) e Rio claro (de 90,8% para 54,3%).
Por enquanto, o uso da reserva técnica tem permitido garantir o abastecimento para a maioria das 6,5 milhões de pessoas que dependem do Sistema Cantareira.
Porém, na cidade de Itu, distante cerca de 75 quilômetros da capital paulista, a crise no fornecimento de água provocou um protesto no início da noite de ontem (12).
Segundo a Polícia Militar, os manifestantes interditaram a Rodovia Waldomiro Correia de Camargo (SP-79), nos dois sentidos próximo ao bairro Cidade Nova. Eles atearam fogo a pneus e ônibus. Quando os bombeiros e policiais chegaram ao local, foram recebidos com rojões e pedradas, mas conseguiram acabar com o tumulto. Ninguém foi preso e não há o registro de feridos.
Por meio de nota, a prefeitura de Itu informou que “respeita os manifestos pacíficos como expressão democrática e de diretos dos cidadãos, mas lamenta eventuais atos de vandalismo”. Segundo o comunicado, na região do Pirapitingui, onde fica o bairro Cidade Nova, foi adotado o esquema de racionamento pela Concessionária Águas de Itu.
O manancial de São Miguel, que abastece a região, está praticamente sem reserva, com vazão inferior a 40 litros por segundo, explica a nota. Em razão disso, em caráter emergencial, caminhões-pipa fazem o abastecimento noturno de creches, escolas, unidades de saúde e outros prédios públicos. Esse recurso foi estendido ainda para o caso de consumidores idosos e doentes cadastrados.
Pode chover na quarta-feira (15), mas com fraca intensidade e de forma localizada, “talvez restringindo-se às regiões de serra”, de acordo o meteorologista Gustavo Escobar, coordenador do Grupo de Previsão de Tempo do Cptec.
Segundo ele, são esperadas chuvas mais fortes apenas para final do mês, entre os dias 25 e 26. “O inverno mais seco está dentro da normalidade, o problema que é no último verão não choveu”. O meteorologista observou ainda que as análises do comportamento do clima do Cptec indicam precipitações mais regulares após a segunda quinzena de outubro.

domingo, 12 de outubro de 2014

Putin ordena que tropas russas retornem de treinamento próximo à Ucrânia


O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que as tropas russas se retirem para suas bases permanentes após exercícios militares na região de Rostov, perto da fronteira com a Ucrânia, disse o Kremlin, em um sinal de algum alívio da tensão antes de uma importante reunião na próxima semana.
A retirada das tropas veio antes de uma reunião prevista entre Putin e o ucraniano Petro Poroshenko, em Milão, na próxima semana.
O Kremlin disse que o presidente russo havia encontrado seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
"O ministro havia informado ao Comandante Supremo sobre a conclusão do período de treinamento", disse um comunicado no site do Kremlin.
"Depois do relatório, Putin ordenou o retorno das tropas para as suas bases permanentes. No total, 17.600 soldados militares foram treinados nos campos de tiro da região de Rostov, no verão."
A agência de notícias russa RIA Novosti, citando o Ministério da Defesa, disse que as tropas já começaram a retornar.

sábado, 11 de outubro de 2014

Dilma diz que não fez mau uso de dinheiro público; critica Aécio por aeroporto


A presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição pelo PT, afirmou neste sábado ter uma política de uso "absolutamente correto" dos recursos públicos e alfinetou seu adversário neste segundo turno, Aécio Neves (PSDB), ao citar construção de aeroporto em terras de um familiar do tucano.
"Eu não faço mau uso do dinheiro público. Eu jamais desapropriei um pedaço de uma fazenda de algum familiar meu. Jamais construí um aeroporto nessa fazenda. E jamais peguei a chave desse aeroporto e entreguei para ser gerida por um familiar meu", disse a presidente, referindo-se ao candidato tucano.
Ainda no primeiro turno da campanha, pairou sobre o tucano a denúncia de que, quando governava Minas Gerais, teria expropriado terreno de um parente para construção de um aeroporto com dinheiro público. Concluída a obra, a chave do terminal de pouso e decolagem teria ficado em poder desse parente, segundo reportagens publicadas na época.
"Eu gostaria muito que alguém confrontasse um retrospecto da vida...eu não faço mau uso do dinheiro público", disse a presidente a jornalistas em Minas Gerais, onde foi a candidata presidencial mais votada e viu o candidato do PT ao governo estadual, o ex-ministro Fernando Pimentel, ser eleito em primeiro turno.
"Eu tenho uma prática de uso absolutamente correto dos recursos públicos. E quem me conhece sabe que é assim. A regra é essa."
A campanha petista tem sofrido com denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras, a partir da divulgação de depoimento de ex-diretor da estatal em que detalha suposto esquema de sobrepreço em contratos da empresa e repasse ao PT, PP e PMDB.
Dilma voltou a defender que as denúncias sejam investigadas e disse estranhar seu surgimento durante o período eleitoral.
"Eu tenho uma vida limpa e além de eu ter uma vida limpa, eu tenho tolerância zero com a corrupção", disse a presidente.
A campanha de Aécio divulgou nota em que afirma que as obras no aeroporto "como atestou o próprio procurador-geral da República, foi totalmente regular". O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arquivou a acusação criminal feita pelo PT contra Aécio sobre a construção do aeroporto de Cláudio (MG) na terra desapropriada de seus familiares.
"A presidente devia honrar o cargo que ainda ocupa, dar explicações e pedir desculpas ao país pelo que o seu governo fez com a Petrobras", diz a nota.
"É lamentável ver um presidente da República desonrar o mais alto cargo da nação, ao usar de expedientes baixos como a mentira e o ataque infundado, apenas para tentar manter a qualquer custo o seu projeto de poder."

Forças curdas pedem que EUA aumentem ataques aéreos contra o Estado Islâmico


As forças curdas que defendem Kobani pediram à coalizão liderada pelos Estados Unidos que aumentem ataques aéreos contra combatentes do Estado Islâmico, que reforçaram seu controle sobre a cidade síria na fronteira com a Turquia, neste sábado.
A coalizão liderada pelos Estados Unidos intensificou os ataques aéreos no Estado Islâmico e em torno de Kobani, também conhecido como Ayn al-Arab, há cerca de quatro dias.
O principal grupo armado curdo, o YPG, disse em um comunicado que os ataques aéreos tinham infligido pesadas perdas ao Estado Islâmico, mas haviam sido menos eficazes nos últimos dois dias.

Dilma critica 'vazamentos eleitoreiros'; Aécio ganha apoio da família de Campos

Os candidatos à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), fizeram campanha neste sábado (11), visando o segundo turno das eleições. Dilma esteve em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, onde criticou o vazamento "seletivo" dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Yousseff. "Vazamentos seletivos durante campanha eleitoral têm uma característica eleitoreira", afirmou. Já Aécio apresentou, no Recife, uma carta com compromissos para a área social. Entre as promessas está a adoção de uma política ambiental sustentável, a priorização do ensino integral no país e o reajuste da tabela do SUS, além do compromisso de que irá trabalhar para que o Congresso Nacional aprove o fim da reeleição para cargos executivos. Ele também ganhou o apoio formal da família do ex-governador Eduardo Campos, candidato à Presidência morto durante a campanha, e que tinha Marina Silva como sua vice.
Em Belo Horizonte, Dilma criticou o vazamento de informações sobre a investigação de denúncias envolvendo a Petrobras. "Quero saber todos os envolvidos e não quero vazamentos seletivos. Vazamentos seletivos durante campanha eleitoral têm uma característica eleitoreira", acrescentando que não é a Polícia Federal que faz vazamentos do caso. "Acho que é claro que não foi a Polícia Federal que está fazendo vazamentos. Inclusive queria dizer até o seguinte: tem que ter muito cuidado com alguns vazamentos, porque, dependendo de como você o faça, você compromete as provas, e, portanto, a punição."
"Se é verdade que o Ministério Público, no uso de suas atribuições legais, recorreu à delação premiada, se é verdade que a delação premiada foi assinada, ela só vai ser assinada e reconhecida se as pessoas que denunciam mostrarem provas. Então a deleção premiada tem provas, que é crucial para qualquer investigação", declarou.
Dilma destacou que pediu informações sobre as investigações à Justiça e ao Ministério Público, mas teve o pedido negado devido ao sigilo. “Não posso condenar ninguém sem provas. Não farei. Não tomarei esse tipo de medida demagógica pré-eleitoral. Demito quem tem culpa, não posso demitir quem não tem. Acho que qualquer denúncia tem de ser apurada, doa a quem doer. Apure-se tudo e sempre. Ninguém está livre de ser investigado, ao contrário do que acontecia ontem quando se engavetava ou não se investigava", afirmou a presidente.
Aécio Neves
O candidato do PSDB ganhou neste sábado o apoio formal da família de Eduardo Campos, morto no dia 13 de agosto, num desastre aéreo. Ele conquistou ainda adesões do governador eleito Paulo Câmara, do prefeito Geraldo Júlio e do senador eleito Fernando Bezerra Coelho, todos do PSB.
“Eu me sinto, a partir deste instante, responsável dentre tantas expectativas que a mudança gera na sociedade brasileira, para levar a cada canto deste país, no limite das minhas forças, o legado e os sonhos de Eduardo Campos, governador dos pernambucanos e símbolo da boa política”, disse Aécio.
Renata Campos, a viúva de Eduardo, não participou do encontro, mas seu filho mais velho, João, leu uma carta escrita por ela.
O tucano apresentou ainda uma carta com compromissos para a área social. Em meio à divulgação, Aécio não afirmou que os compromissos que ele estava apresentando seriam uma resposta às reivindicações da candidata do PSB, que saiu derrotada da corrida presidencial. Contudo, o candidato afirmou que parte das propostas foram inspiradas nas sugestões divulgadas pela Rede Sustentabilidade, de Marina. A ex-senadora impôs condições para dar seu apoio no segundo turno ao tucano.
"Que as contribuições que eu recebo e projetos, em especial os do PSB, possam passar a caminhar conosco a partir de agora como se nossos compromissos fossem. Passo nesse instante a ler o documento que busca inspiração inclusive em propostas discutidas e divulgadas pela Rede, da candidata Marina", disse Aécio.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Já está no Instituto Evandro Chagas paciente suspeito de infecção por ebola

O paciente, de 47 anos, considerado suspeito de infecção por ebola, já está na Fundação Oswaldo Cruz, em Maguinhos. Ele foi transferido, de avião, de Cascavel (PR) para a cidade do Rio nesta manhã. Uma ambulância do Serviço de Assistência Móvel de Urgência (Samu) e uma equipe do Corpo de Bombeiros acompanharam o paciente da Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, até a unidade de saúde. Ele ficará internado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, referência nacional para casos de ebola.
O homem suspeito de infecção pelo vírus ebola chegou recentemente da Guiné, um dos três países que concentram, o surto da doença na África, juntamente com a Libéria e Serra Leoa, onde estão concentrado o foco da doença.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio informou que o Rio de Janeiro está trabalhando de acordo com determinações do Ministério da Saúde para manter as unidades de saúde em alerta para a possível identificação de sintomas relacionados ao vírus ebola. Um plano de contingência já foi elaborado em parceria com as secretarias municipais de Saúde, Corpo de Bombeiros e Fiocruz. Há equipamentos de proteção individual (EPIs) estocados para os profissionais de saúde.
Em caso de suspeita de paciente com o vírus, ele será encaminhado pela unidade de emergência em que for atendido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Fiocruz), que é a unidade de saúde de referência para isolamento e início dos cuidados médicos adequados. O ebola é uma doença de notificação compulsória imediata, que deve ser realizada pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível, de acordo com a Portaria nº 1.271, de 6 de junho de 2014. Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente às autoridades de saúde das secretarias municipais, estaduais e à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
O Continente Africano registra surtos de ebola desde 1976. Entre os sintomas estão hemorragia, vômito e febre. A doença só é transmitida por meio do contato com o sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos doentes, ou pelo contato com superfícies e objetos contaminados. O vírus é transmitido quando surgem os sintomas.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Morte de jovem por policial provoca novos protestos nos Estados Unidos

Novos protestos foram iniciados na área metropolitana de Saint Louis, no Missouri, após a morte de um jovem de 18 anos, na noite desta quarta-feira (8). Ele teria sido morto com 17 tiros, disparados por um policial que estava fora do serviço.
O incidente ocorreu na véspera das manifestações programadas em Ferguson, cidade vizinha a Saint Louis, para lembrar da morte do jovem Michael Brown, morto pelo policial Darren Wilson, em agosto e que gerou comoção e protestos nos Estados Unidos. As manifestações também pretendem forçar a investigação do caso.
Após novo episódio, os manifestantes quebraram carros da polícia e entoaram gritos de protesto. Segundo a polícia, o agente, branco como Wilson, disparou 17 vezes no jovem, negro assim como Brown, supostamente após ter sido alvo de três tiros do próprio jovem. Não foram divulgados quantos tiros atingiram o jovem de 18 anos. O policial estava fora de serviço, mas estava uniformizado, pois fazia trabalho extra para uma agência de segurança.
De acordo com testemunhas, o episódio começou após três pessoas terem fugido, depois de avistar o policial. Iniciou-se uma perseguição e depois uma briga entre o policial e o jovem, que teria atirado antes de ser alvejado pelo agente. O chefe da polícia de Saint Louis, Sam Dotson, afirmou que o jovem morto estava armado.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Ministério Público quer limitar retirada de água do Cantareira

Promotores indicam riscos à saúde pública, ao meio ambiente, à indústria e agricultura.

Os ministérios públicos Estadual e Federal ajuizaram ação civil pública pedindo à Justiça que restrinja o uso da água do Sistema Cantareira e coíba a captação da segunda cota do volume morto, como deseja a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Os promotores dos núcleos de Piracicaba e Campinas do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) argumentam que as retiradas podem trazer  implicações ao abastecimento público, “levando a um colapso das duas regiões abastecidas (Bacia do Piracicaba e região metropolitana de São Paulo), riscos à saúde pública, impactos ao meio ambiente e impactos à indústria, à agricultura e à economia”, diz a ação, distribuída à 3ª Vara da Justiça Federal da Subseção Judiciária Federal de Piracicaba. A Sabesp não se pronunciou, pois ainda não foi notificada sobre a ação.
A retirada da segunda cota foi uma das soluções encontradas pela companhia, já que o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira registra quedas consecutivas, chegando hoje (7) a 5,6% da sua capacidade total de armazenamento. Há um ano, o volume armazenado era 40%.
Desde maio, o sistema depende da reserva técnica, o chamado volume morto, que acrescentou 182,5 bilhões de litros de água. A captação da segunda cota aumentaria em 10,7% a capacidade do Cantareira.
O início dessa captação depende, porém, de aval da Agência Nacional de Águas (ANA)  e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee). Essas agências reguladoras exigem da Sabesp um Plano de Contingência. Segundo a ANA, o documento, que deveria ter sido entregue ontem (6), não chegou à agência até as 9h de hoje (7).
Em nota, a Sabesp informa que o cronograma de obras acordado com os órgãos reguladores para a reserva técnica do Sistema Cantareira vem sendo cumprido, com respeito a todas as exigências do órgão regulador. “Não há prazos legais envolvidos. Os planos e relatórios estão sendo produzidos e apresentados conforme a necessidade do abastecimento na região, com a fundamentação técnica que o assunto exige. As obras para bombeamento da segunda reserva técnica, já concluídas, foram autorizadas pelos reguladores e serão utilizadas somente se necessário”, informa.
Esta é a maior crise hídrica da história de São Paulo. De acordo com o governo do estado, a partir do dia 30 deste mês, parte do volume do Sistema Guarapiranga passará a ser utilizado em complemento ao Cantareira.
Em entrevista coletiva, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin voltou a dizer que “não há e não haverá racionamento” de água em São Paulo. Segundo ele, não falta água na capital paulista e os problemas apontados por consumidores seriam apenas “pontuais”. O governador descartou a necessidade de racionamento de água e disse que vai manter o bônus para os consumidores que reduzirem o uso de água no estado.

Cidade curda síria cercada pelo Estado Islâmico está prestes a cair, diz Turquia


O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse que a cidade síria curda de Kobani estava “prestes a cair” após combatentes do Estado Islâmico terem entrado na sua zona sudoeste, em um ataque de três semanas que, segundo estimativas, já custou 400 vidas.
A possibilidade de que a cidade na fronteira turca possa ser capturada pelos militantes aumentou a pressão para que a Turquia, país com as forças militares mais fortes da região, se una à coalizão internacional para combater o Estado Islâmico
O Estado Islâmico que tomar Kobani para fortalecer sua posição na região da fronteira e consolidar seus ganhos territoriais no Iraque e na Síria nos últimos meses. Ataques aéreos liderados pelos EUA até agora fracassaram em impedir o avanço sobre Kobani.
Erdogan disse que bombardeios não são suficientes para derrotar o Estado Islâmico e que a Turquia deixou claro que medidas adicionais seriam necessárias.
“O problema do EIIL (Estado Islâmico)… não pode ser resolvido via ataques aéreos. Agora… Kobani está prestes a cair”, disse ele durante uma visita a um campo de refugiados sírios.
“Nós alertamos o Ocidente. Queríamos três coisas. Uma zona livre de voos, uma zona segura paralela a isso e o treinamento de rebeldes sírios moderados”, disse ele.
Segundo o presidente, a Turquia interviria caso houvesse ameaças a soldados turcos que guardam um sítio histórico na Síria, que o governo turco considerada território turco. Mas até agora a Turquia não se movimentou para combates do outro lado da fronteira.
Do lado turco, duas bandeiras do Estado Islâmico podem ser vistas no lado leste de Kobani. Dois ataques aéreos atingiram a área, e tiroteios esporádicos podem ser ouvidos.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo que monitora a situação no país, disse ter documentado 412 mortes de civis e combatentes durante a batalha por Kobani, que já dura três semanas.
Nesta terça-feira, colunas de fumaça branca subiram nas partes oriental e central de Kobani, e duas ambulâncias cruzaram a fronteira, viajando da cidade até o lado turco.
Combatentes do Estado Islâmico estavam utilizando armamentos pesados e artilharia para atingir Kobani, disse Asya Abdullah, uma autoridade curda, que falou à Reuters de dentro da cidade.
"Ontem houve um confronto violento. Temos lutado com firmeza para mantê-los fora da cidade”, disse ela por telefone. “Os confrontos não acontecem em toda Kobani, mas em áreas específicas, nos arredores, em direção ao centro.”
Estima-se que 180 mil pessoas da região de Kobani tenham fugido para a Turquia após o avanço do Estado Islâmico.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

No RN, candidatos que espalharam 'santinhos' são atuados pelo MPF

O Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte (MPF-RN) ajuizou uma representação eleitoral neste domingo (5) contra 34 candidatos pela prática conhecida como "voo da madrugada", que consiste no derramamento de "santinhos" durante a noite de sábado (4) e madrugada de véspera da eleição.
Segundo o MPF-RN, entre os candidatos representados estão Henrique Eduardo Alves (PMDB) e Robinson Faria (PSD), que disputam o cargo de governador do estado no segundo turno. Além deles, a senadora eleita Fátima Bezerra (PT) e a segunda colocada no pleito, Wilma de Faria (PSB) também são citadas.
De acordo com o MPF, a representação destaca que a prática aconteceu nas vias e logradouros públicos, principalmente nas proximidades dos locais de votação (seções eleitorais), "afetando não só a igualdade do pleito, como também a higiene e estética urbana".
Os procuradores que assinam a representação afirmam que a legislação é clara ao definir como crime a divulgação, no dia da eleição, de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos. “É de se reconhecer que a propaganda realizada no dias das eleições é extemporânea, levando, além da tipificação penal, à incidência de multa. Não se admite propaganda após as 22h do dia 4 de outubro.
Além disso, a atitude também pode ser caracterizada como “boca de urna”, uma vez que, embora não entregues nas mãos do eleitor, os “santinhos” foram esparramados para que deles fizessem uso no dia das eleições. “O interesse de agir persiste, uma vez que a lei deve ser cumprida e aplicada em relação aos infratores, independentemente de ter logrado vitória ou não na disputa eleitoral, sendo necessária a presente demanda para coibir a prática de sujar as vias públicas no dia das eleições e, ainda, a burla quanto à vedação de propaganda eleitoral no citado dia”, destaca a representação.
Caso condenados, os candidatos podem ter que pagar multa com entre R$ 5 mil e R$ 25 mil.

domingo, 5 de outubro de 2014

Dinheiro e santinhos são apreendidos em barco no Amazonas

Uma embarcação foi apreendida por volta das 8h deste domingo, nas margens do rio Purus, no município de Canutama (a 620 km de Manaus). Dentro do barco, equipes de fiscalização eleitoral apreenderam cerca de R$ 7 mil em espécie, milhares de santinhos de candidatos cujo nome não foi revelado e vários equipamentos de futebol.
De acordo com o juiz eleitoral da Comaraca de Canutanma, Luis Cláudio Chaves, a apreensão se deu após denúncia anônima ao Ministério Público Estadual (MPE) daquele município e o material provavelmente seria usado na boca de urna.
“O Ministério Público recebeu uma denúncia que foi constatada logo cedo durante a abordagem ao barco que chegava ao município. Provavelmente, seria usado na boca de urna. Estamos apurando ainda quais são os candidatos envolvidos e as pessoas responsáveis pelo dinheiro”, disse.
De acordo com o magistrado, cerca de cinco mil eleitores deverão participar do pleito neste domingo. Os responsáveis pela embarcação serão ouvidos na Delegacia Interativa  de Polícia (DIP) daquele município.
Prisões a apreensões no Estado
Desde a última quinta-feira, a Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 250 mil e prendeu cinco pessoas que provavelmente usariam o dinheiro para a compra de votos. No último sábado, a Polícia Federal prendeu quatro pessoas por corrupção eleitoral quando utilizavam um carro oficial (órgão não revelado) para a distribuição de ranchos em bairros periféricos de Manaus. Já em Itacoatiara, a PF também prendeu duas pessoas, na manhã de hoje, envolvidas no transporte ilícito de eleitores.

sábado, 4 de outubro de 2014

Manifestantes rivais se enfrentam nos arredores de Hong Kong

 Mais de 1 mil manifestantes rivais, alguns usando capacetes, se enfrentaram em um distrito densamente povoado de Hong Kong neste sábado, reforçando preocupações de que o pior conflito na cidade-Estado controlada pela China nas últimas décadas possa aumentar.
Depois de uma noite de confrontos que resultou em 19 prisões, os defensores da cidade com governo pró-Pequim marcharam próximos a manifestantes pró-democracia em Mong Kok, um bairro operário perto do popular bairro comercial de Tsim Tsa Shui.
Muitos residentes de Hong Kong manifestaram raiva e frustração pela forma como a polícia lidou com os distúrbios, com algumas acusando as forças de segurança de cooperar com quadrilhas de criminosos, deixando de fazer prisões e ajudando alguns atacantes a sair do local rapidamente.
"Nós condenamos a violência usada contra civis Hong Kong ontem", disse o líder estudantil Joshua Wong.
"Acho irônico como as pessoas nos acusam de ser violento e radical e agora, depois de uma semana de protestos pacíficos, são elas que usam a violência -- o governo que permite a Tríade (organização criminosa) de cometer brutalidades contra manifestantes pacíficos."
Depois de uma semana de manifestações na maior parte pacíficas pedindo que Pequim conceda a Hong Kong o direito irrestrito de escolher seu próprio líder, o clima ficou tenso na sexta-feira à noite em uma área notória por ser a casa da Tríade.
Uma agitada multidão de cerca de 2 mil pessoas encheu as ruas estreitas de Mong Kok, uma das áreas mais densamente povoadas do mundo, na madrugada de sábado e a atmosfera mudou quando a tropa de choque da tentou mantê-la sob controle.
Entre os detidos pela polícia estavam oito supostos membros de gangues. Dezoito pessoas ficaram feridas, incluindo seis policiais, segundo a emissora local RTHK.
Ativistas estudantis, grupos de protesto e cidadãos comuns de Hong Kong se uniram para mostrar a Pequim um dos seus maiores desafios políticos, desde que esmagou violentamente os protestos pró-democracia na Praça Tiananmen em 1989.
Dezenas de milhares de manifestantes permaneceram sentados em toda Hong Kong na semana passada, exigindo que o líder pró-Pequim da cidade, Leung Chun-ying, renuncie e que a China reverta uma decisão tomada em agosto de escolher os candidatos para a eleição de 2017 para governar Hong Kong.
Depois que a polícia disparou gás lacrimogêneo contra os manifestantes em sua maioria estudantes na semana passada, as manifestações têm sido em grande parte pacífica.
Mas neste sábado, alguns manifestantes pró-democracia -- com guarda-chuvas na mão e usando capacetes de motociclistas, luvas e jaquetas de couro preto -- se preparavam para confrontos. Dezenas de sinais amarelos ao redor do local ocupado pelos manifestantes pró-democracia diziam: "A polícia e a gangue trabalhando juntos - uma violenta repressão alternativa."
O grupo pró-Pequim, Caring Hong Kong Power, que organizou o comício em Mong Kok na tarde de sábado, disse que apoiava o uso de armas pela polícia, se necessário, e também a mobilização do Exército Popular de Libertação (EPL).
O líder de Hong Kong, Leung, disse que o uso dos soldados EPL não seria necessário.
Um dos principais grupos de estudantes por trás do movimento de protesto "Occupy Central" disse que iria se retirar das negociações planejadas com o governo de Hong Kong, porque acreditava autoridades haviam conspirado nos ataques contra manifestantes em Mong Kok.
O secretário de Segurança Lai Tung-Kwok disse que as alegações de que a polícia estava cooperando com a Tríade eram falsas.
A gangue é conhecida por operar bares, discotecas e casas de massagem por toda Mong Kok, uma área de blocos de apartamentos arranha-céus ao longo do porto em um das principais áreas de protesto.
Algumas vezes na semana passada, a polícia saiu das ruas, dizendo que queria aliviar as tensões, embora a razão de sua aparente ausência nesta manhã de sábado não esteja clara.
A polícia defendeu sua atuação na área, dizendo que exerceu "dignidade e contenção e tentou o melhor para manter a situação sob controle".
Mas a Anistia Internacional divulgou comunicado criticando a polícia por "(falhar) em seu dever de proteger centenas de manifestantes pacíficos pró-democracia dos ataques de manifestantes rivais."
O clube dos correspondentes estrangeiros em Hong Kong, a associação de jornalistas de Hong Kong e a emissora local RTHK condenaram fortemente os ataques violentos contra membros da imprensa durante confrontos de rua ao longo das últimos 24 horas.
"Hong Kong está em uma turbulência que não é vista desde os confrontos de 1967. Sem um monitoramento eficaz dos meios de comunicação, as condições só vão se deteriorar ainda mais, fazendo com que qualquer discussão racional seja impossível", disse a associação em um comunicado.
Cerca de 1 mil manifestantes mantiveram o bloqueio fora dos edifícios administrativos no centro da cidade.
"SONHO"
O Diário do Povo do Partido Comunista, em um editorial de primeira página neste sábado, elogiou a polícia de Hong Kong por conter o protesto que ele classificou como ilegal, incluindo "empurrões" contra policiais com guarda-chuvas.
Os protestos nunca se alastrarão para o resto da China, acrescentou o jornal. "Para a minoria de pessoas que querem fomentar uma 'revolução colorida' no continente por meio de Hong Kong, este é apenas um sonho."
Enfrentando agitação separatista na longínqua e rica área de reservas no Tibete e Xinjiang, Pequim está agindo firmemente em Hong Kong, com medo de que os protestos pela democracia possam se espalhar para o continente, especialmente se forem bem sucedidos.
Manifestações em toda Hong Kong oscilaram muito desde domingo passado, quando a polícia usou spray de pimenta, gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar a pior manifestação em Hong Kong desde que a ex-colônia britânica foi devolvida à China em 1997.
Algumas vezes, dezenas de milhares de pessoas se reuniram para bloquear estradas e edifícios em áreas centrais do centro financeiro global, levando-as a uma paralisação virtual.
A China governa Hong Kong através de uma fórmula "um país, dois sistemas", apoiado pela Lei Básica, que concede a Hong Kong alguma autonomia e liberdades não obtidas no continente e que tem o sufrágio universal como um objetivo final.
Mas Pequim decretou em 31 de agosto que vetaria candidatos que quiserem concorrer ao cargo executivo na eleição em 2017, enfurecendo ativistas da democracia, que tomaram as ruas.

Mais de 24 mil urnas eletrônicas são distribuídas em São Paulo

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) começou a distribuir, na manhã de hoje (4), as 24.529 urnas eletrônicas que serão usadas pelos paulistanos para votar amanhã (5). As urnas deixam hoje os 58 cartórios eleitorais da capital paulista para serem distribuídas nos 1.984 locais de votação da cidade.
A distribuição começou pelos maiores locais de votação, como a Academia Paulista Anchieta (Uniban), que, com 21.545 eleitores, é a maior do estado. Também pela manhã, começaram a chegar as urnas ao Colégio Instituto Mackenzie, terceiro maior local de votação do estado, com 17.592 eleitores.
Por volta das 13h, o TRE-SP emite a zerésima, um comprovante de que não existe nenhum voto registrado na memória do computador de grande porte que receberá os resultados da votação de todo o estado.
Os eleitores podem votar amanhã apresentando um documento de identificação oficial com foto, como carteira de identidade, certificado de reservista, passaporte, carteira profissional ou de habilitação. O título de eleitor não é obrigatório.
Aqueles que estiverem fora do seu domicílio eleitoral, e fizeram o requerimento à Justiça Eleitoral, podem votar em trânsito, utilizando o documento oficial com foto. Em São Paulo, as seções de voto em trânsito foram montadas nas estações de metrô Sé e República, e no Colégio Santo Agostinho, próximo à estação de Vergueiro.
Cada local de votação em São Paulo terá ainda uma urna de justificativa de ausência na votação. Para preencher o Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE), o eleitor precisará apresentar o título.
Segundo o TRE-SP, a Polícia Militar vai ajudar a coibir a distribuição de santinhos na madrugada e no dia da eleição na capital.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Com onda de assaltos, polícia do ES reforça segurança em ônibus

Uma onda de assaltos em ônibus levou a Polícia Militar do Espírito Santo a reforçar a segurança nas linhas de ônibus com mais ocorrências de violência, na região da Grande Vitória. A medida foi acordada em uma reunião, nesta quinta-feira (2), com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Segurança (SESP) e do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Espírito Santo (Sindirodoviários). O combate aos crimes praticados no transporte coletivo de passageiros é um dos desafios da segurança pública, que terão de ser enfrentados pelo próximo governador do Espírito Santo.
Em uma conversa que durou por volta de 40 minutos, o sindicato apresentou uma lista com as linhas de ônibus que precisam de reforço na segurança. Os representantes dos rodoviários recordaram a série de roubos e agressões praticados nos ônibus, que levou a categoria a uma paralisação, na terça-feira (30). Para os rodoviários, a gota d'água foi o atentado contra um motorista do Sistema Transcol, baleado na cabeça, durante o assalto a um ônibus, na noite do último sábado (27), em Cariacica.
O presidente do Sindirodoviários, Carlos Roberto Lousada, disse que rodoviários e passageiros precisam que esse cenário se modifique o quanto antes. "Os casos de violência nos coletivos são constantes. Não só o trabalhador, mas a sociedade como um todo precisa de um pouco mais de segurança. Alguns motoristas foram agredidos e por isso fizemos uma paralisação".
No terminal Carapina, são comuns os relatos de assalto entre os passageiros. O passageiro Edimar Carvalho destacou ter sido vítima de uma ação criminosa, na semana passada. Há 20, Edimar trabalha em uma pesquisa que coleta dados do transporte de passageiros nos terminais rodoviários do estado e contou que presencia assaltos com frequência.
"Não tem nenhuma segurança. Eu já fui assaltado e perdi o meu celular, na última quinta-feira. Quase todos os dias vejo assalto dentro dos ônibus. Acontece mais nas linhas de bairro, como Planalto Serrano, Divinópolis, Jardim Bela Vista e Vila Nova de Colares, mas está generalizado", ressaltou Carvalho.
Na última quarta-feira, o secretário de Estado de Segurança, André Garcia, determinou a presença de dois policiais militares nas linhas que têm o maior número de ocorrências criminosas, nos horários mais críticos. Outra medida recém-anunciada foi a implantação de um botão do pânico, acessível a motoristas e cobradores para sinalizar situações de perigo.
O motorista Roberto da Costa, transporta os passageiros no trajeto entre os terminais Carapina e São Torquato. O rodoviário contou ter presenciado uma agressão contra um cobrador, porque havia pouco dinheiro no caixa. Roberto acrescemtou que não teria coragem de acionar o botão do pânico, porque acredita que estaria exposto a represálias por parte dos criminosos.
"Você aqui, todos os dias, se você apertou o botão do pânico e a viatura apareceu, quem é que eles os criminosos vão procurar depois? Eu não aperto, porque vou ter que trabalhar no outro dia e não acredito que os assaltantes vão ficar presos".
Durante a paralisação dos rodoviários, os terminais ficaram fechados e os pontos de ônibus lotados. Nenhum coletivo do Sistema Transcol e das empresas que fazem as linhas em Vitória e em Vila Velha circulou até o fim da paralisação, por volta das 16h de terça-feira. Após a reunião com a Secretaria de Segurança, o Sindirodoviários informou que não há previsão de novas paralisações.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Prefeito de Niterói pede batalhão da PM exclusivo para município

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, defendeu hoje (2) a existência de um batalhão de Polícia Militar (PM) exclusivo para seu município, localizado no Grande Rio. Hoje, o 12º Batalhão da PM (BPM) responde por Niterói e pela cidade vizinha de Maricá.
A proposta de Neves é que o 12º BPM passe a responder apenas por Niterói e Maricá ganhe um outro batalhão. “Assim será possível liberar o 12º Batalhão para atuar exclusivamente em Niterói. Maricá tem crescimento demográfico de 5% ao ano e crescem as perspectivas de desenvolvimento econômico nessa região. A criação de um batalhão no município é medida estratégica e indispensável”, disse o prefeito.
Niterói tem apresentado crescimento em vários crimes recentemente. Na comparação dos oito primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2013, por exemplo, foram registradas altas de 50% nas tentativas de homicídio, de 10% nos roubos a estabelecimentos comerciais e de 22% nos roubos a transeuntes.
Na noite de ontem (1º), manifestação de moradores do Morro do Cavalão, em Niterói, contra a morte de dois jovens terminou com um ônibus incendiado. Cerca de 15 jovens pararam um ônibus, ordenaram que os passageiros descessem e atearam fogo ao veículo.
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse hoje que a ação de ontem no Morro do Cavalão foi orquestrada por um criminoso preso em Bangu 3, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. “Vou sair daqui agora e pedir que seja enviado a um presídio federal”, disse Beltrame, depois de reunião com a cúpula das polícias Civil e Militar e com o governador Luiz Fernando Pezão na manhã de hoje.
A Polícia Militar não respondeu sobre a proposta da prefeitura de Niterói de que o 12º BPM fique responsável exclusivamente pelo município.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Justiça decreta prisão preventiva de sequestrador que manteve refém no DF

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios decretou hoje a prisão preventiva de Jac Souza dos Santos que, na última segunda-feira (29), como hóspede em um hotel na área central de Brasília, manteve, por quase oito horas, um homem refém portando armamentos fictícios.
Ontem (30) Jac já havia informado que o artefato não era uma bomba, não tinha poder letal e foi fabricado durante meses. “O material não passa de um pouco de cimento, pó de serragem de madeira e cola. Os fios eram para lembrar um sistema explosivo”, disse.
Jac responde pelo crime de cárcere privado além de ter causado à vítima grande sofrimento psicológico. Se condenado pode cumprir pena que varia de dois a oito anos de reclusão.
A decisão, proferida ontem, é do juiz Arnaldo Corrêa Silva da sexta vara criminal de Brasília. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, Jac permanece preso no Departamento de Polícia Especializada e deve ser transferido ao complexo penitenciário da Papuda até sexta-feira.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Base da PM é atacada e ônibus são incendiados em Santa Catarina

Em Santa Catarina, pessoas ainda não identificadas atearam fogo a mais um ônibus na manhã desta terça-feira (30). Segundo a Polícia Militar (PM), este é o nono ataque a ônibus registrado desde a última sexta-feira (26), quando começou a investida coordenada contra delegacias, postos de polícia, ônibus e residências de policiais. Ao menos 12 veículos foram incendiados, entre eles, um micro-ônibus escolar que estava estacionado em frente à casa do dono. A principal linha de investigação aponta para a hipótese de disputa de poder entre integrantes de duas facções criminosas.
O ônibus incendiado esta manhã pertencia à empresa Insular e foi atacado por dois motociclistas. O veículo estava parado próximo ao ponto final da linha, no bairro Tapera, região sul da ilha de Florianópolis (SC), prestes a começar mais uma viagem. Os suspeitos escaparam sem ser identificados. Não houve registro de feridos.
Mais cinco ônibus foram consumidos pelas chamas em Tijucas, na Grande Florianópolis, por volta das 3h desta terça-feira, mas as autoridades ainda não sabem dizer se a ocorrência está associada aos ataques criminosos. Os veículos estavam estacionados no pátio da empresa. Outro ataque, considerado criminso pela polícia, já tinha sido registrado poucas horas antes, por volta das 21h30 de ontem (29), em Navegantes (SC), a cerca de 110 quilômetros da capital.
Ainda em Florianópolis, uma base da PM foi atacada no início da manhã de hoje. Ainda não eram 6h quando dois homens passaram em uma moto e dispararam vários tiros contra a base, instalada no bairro do Campeche, que também fica no sul da ilha. Ao menos 14 tiros atingiram a unidade, mas ninguém ficou ferido.
Horas antes, por volta da 0h30, quatro tiros atingiram uma viatura da PM no bairro Vila União, em Florianópolis. Uma base da PM no Jurerê, bairro nobre de Florianópolis, também foi alvo dos disparos feitos por um homem em uma motocicleta. Na tarde de ontem, os tiros atingiram a base policial de outro bairro da capital, Santa Mônica. Dois suspeitos de participar da ação foram detidos horas depois, em um mangue próximo ao local.
Agentes de segurança e suas casas também são alvos da ação criminosa. Na noite dessa segunda-feira, um agente penitenciário aposentado de 49 anos foi assassinado a tiros em Criciúma, a cerca de 190 quilômetros de Florianópolis. As autoridades ainda apuram se a morte do ex-agente está relacionada aos ataques. Ele foi atingido pelos disparos quando fechava o portão para a filha. Os suspeitos fugiram em um carro.
Também na noite dessa segunda-feira, a casa de um policial militar em Chapecó foi atingida por tiros disparados por homens em uma moto. Ninguém ficou ferido. A casa já havia sido alvo de tiros há alguns dias, o que leva a polícia a suspeitar de que a ocorrência pode não estar associada aos recentes ataques.
Após se reunir, ontem à tarde, com o governador em exercício, Nelson Schaefer, e com integrantes da cúpula da segurança pública estadual, o secretário da Segurança Pública de Santa Catarina, César Grubba, disse à imprensa que o governo estadual está tomando as providências necessárias para conter a ação criminosa e punir os responsáveis.
"Vamos reforçar o policiamento nas ruas, com viaturas, com policiais militares e civis. Vamos fazer escolta dos ônibus para que haja tranquilidade na circulação desses veículos", prometeu o secretário, sem informar detalhes das investigações.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

EUA e curdos atacam Estado Islâmico na Síria


Aviões dos Estados Unidos atacaram alvos do Estado Islâmico na Síria de domingo para segunda-feira, em incursões que um grupo que monitora a guerra diz terem matado tanto civis quanto combatentes jihadistas.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, afirmou que os ataques atingiram moinhos e áreas de armazenamento de grãos na cidade de Manbij, região no norte sírio controlada pelo Estado Islâmico, matando pelo menos dois trabalhadores civis.
Os ataques a um edifício em uma estrada que sai da cidade também mataram uma série de combatentes do grupo radical, disse Rami Abdulrahman, responsável pelo Observatório, que coleta informações de fontes na Síria.
Os militares dos EUA declararam nesta segunda-feira que um ataque aéreo de seu país de domingo para segunda-feira visou veículos do Estado Islâmico em uma área de processamento adjacente a uma instalação de armazenamento de grãos próxima de Manbij, mas não têm provas de baixas civis até o momento.
Embora bombardeios de uma semana tenham atingido equipamentos e combatentes do Estado Islâmico, ainda não há sinal de que a maré esteja virando contra o grupo, que controla vastas áreas do Iraque e da Síria, onde declarou um califado islâmico.
"Eles são um adversário inteligente...estão agora se dispersando", disse o major-general da Força Aérea Jeffrey Harrigian em coletiva de imprensa do Pentágono. Isto "nos obriga a trabalhar mais para localizá-los, e, depois, desenvolver a situação para alvejá-los adequadamente", acrescentou.
Em um comunicado à Organização das Nações Unidas (ONU) que pareceu dar sua aprovação à ofensiva aérea dos EUA e de nações árabes na Síria contra os militantes, o ministro sírio das Relações Exteriores disse que seu país é a favor da campanha contra o Estado Islâmico.
A Síria "apoia qualquer esforço internacional que objetive combater o terrorismo”, afirmou Walid al-Moualem, cujo governo é um pária global por causa do que críticos afirmam ser a brutalidade da guerra civil, que já matou 190 mil pessoas.
Até agora, os ataques aéreos liderados pelos norte-americanos não conseguiram conter o avanço dos combatentes sobre Kobani, cidade curda no norte da Síria na fronteira com a Turquia onde os embates da semana passada causaram a mais rápida fuga de refugiados da guerra civil de três anos.
Pelo menos 15 tanques turcos podiam ser vistos na divisa, alguns com as armas apontadas para o território sírio. Mais tanques e veículos blindados rumaram para a fronteira depois que bombas caíram na Turquia no domingo e na segunda-feira.
O líder da Frente Al-Nusra, braço da Al Qaeda cujos militantes sunitas são rivais do Estado Islâmico e também têm sido alvejados pelos EUA, disse que islâmicos realizarão atentados no Ocidente em retaliação à campanha.
BATALHA NA FRONTEIRA
Tiros foram ouvidos através da fronteira e uma coluna de fumaça foi vista sobre Kobani durante os bombardeios periódicos dos militantes do Estado Islâmico. Os curdos que observavam o combate do lado turco disseram que o YPG, o grupo curdo sírio, estava se defendendo bem.
"Muitos combatentes do Estado Islâmico foram mortos. Não estão levando os corpos com eles”, afirmou Ayhan, um curdo turco.
Em Mursitpinar, o posto de fronteira próximo, dezenas de jovens voltavam à Síria dizendo que se unirão à luta. Ainda mais refugiados corriam na direção oposta.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que as incursões aéreas dos EUA atingiram uma usina de gás da Conoco em posse do Estado Islâmico nos arredores da cidade de Deir al-Zor, no leste da Síria, ferindo vários combatentes.
A usina abastece uma estação de energia elétrica em Homs que alimenta várias províncias e geradores de campos de petróleo, disse a entidade britânica.
Os aviões de guerra norte-americanos ainda alvejaram áreas da cidade de Hasaka, no norte da Síria, e nas cercanias da cidade de Raqqa, bastião do Estado Islâmico.

Declarações de Levy contra homossexuais motivam beijaço e ações na Justiça

Deputados anunciam apresentação de representações no Ministério Público contra incitação à violência. Jean Wyllys afirma que Levy passa a ser responsável por atos de ódio surgidos de sua declaração.Inicialmente motivo de revolta entre usuários de redes sociais, declarações do candidato à Presidência da República pelo PRTB, Levy Fidelix, ganharam novas frentes de oposição ao longo do dia de hoje (29), com a convocação de atos contra a homofobia e a apresentação de ações contra o político.
As respostas ultrapassaram os limites da internet. O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) anunciou que iria avaliar a possibilidade de entrar com uma representação contra Fidelix. O parlamentar explicou que não acredita que prisão seria a melhor punição em um caso como este: pedirá uma pena alternativa por dano moral, uma pena socioeducativa e uma retratação pública. "Ele será responsável pelo que de concreto acontecer com os homossexuais, com as lésbicas, com as transexuais, se ele não se retratar, se ele não voltar atrás e pedir desculpa pelo que ele fez", explica.
Ontem, ao ser questionado por Luciana Genro (Psol), do partido de Wyllys, sobre sua posição em relação ao casamento homoafetivo, Fidelix se saiu com a visão de que a relação entre pessoas do mesmo sexo é um problema que deve ser tratado. Indo além, exortou a “maioria” a se unir contra os homossexuais. “Olha, minha filha, tenho 62 anos, e pelo que vi na minha vida dois iguais não fazem filhos. E digo mais: aparelho excretor não reproduz.”
Antonio Rodrigo Machado, advogado que representa Jean Wyllys, explica que serão abertas duas representações: uma no Ministério Público Federal, que pede uma investigação para apurar as consequências das afirmações de Levy Fidelix; e outra no Ministério Público Eleitoral, junto com a candidata Luciana Genro, por entender que o debate pode ser considerado uma espécie de propaganda política. Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a legislação que regulamenta o período eleitoral vedam qualquer tipo de propaganda que incite o ódio ou a raiva contra determinados setores da sociedade.
Para ele, Fidelix foi irresponsável. "Quais são as consequências de um discurso de ódio naquele patamar, naquele direcionamento? A consequência é a homofobia, são os crimes de homofobia." Antonio afirma que o candidato cometeu um atentado aos direitos humanos e contribuiu com a violência contra LGBTs no Brasil.
Wyllys também chama a atenção para a gravidade do silêncio dos demais candidatos e dos risos da plateia. "Podem ter se indignado individualmente, mas em silêncio. Todos silenciaram. Tudo isso também nos feriu profundamente, porque isso dá a entender que há um aceite desse tipo de violência."
Outras pessoas se manifestaram por perfis das redes sociais. O deputado Renato Simões (PT) também informou ter ingressado com uma representação na Procuradoria-Geral da República contra Levy Fidelix, motivada pelo "espetáculo homofóbico e lamentável".

Já o candidato e deputado Tiririca (PR) não demorou em se posicionar contra a fala de Levy. "Dizem que sou burro, mas pelo menos não falo bobagem que nem certos candidatos... sou a favor do amor e cada um deve viver feliz!!!", publicou no seu perfil do Twitter. O deputado postou outras mensagens em defesa dos homossexuais e citou famosa música dos Mamonas Assassinas ("Abra a sua mente, gay também é gente"" Tiririca também pediu "uma vaia para o preconceito" e disse que prefere "escrever errado a coisa certa do que escrever certo a coisa errada".
Militantes de causas LGBT estão organizando para o próximo sábado um Beijaço e Trepaço LGBT na casa de Levy Fidelix, no Brooklyn, zona sul de São Paulo, em repúdio às declarações.
Uma ação coletiva também está sendo promovida pela rede social e parece ter grande adesão: 3,5 mil pessoas confirmaram presença no "evento". Diversos usuários compartilham informações sobre como denunciar o candidato do PRTB pelo site do Ministério Público Federal.
"Nós entendemos que houve um dano", diz o advogado Antonio Rodrigo. "A forma como esse dano vai ser reparado, nós esperamos que o Ministério Público tenha o melhor entendimento. Acreditamos que o MPF vai tomar as medidas necessárias à repreensão."
A situação serviu também para explicitar a importância de tipificar em lei o crime da homofobia. O Projeto de Lei 122, de 2006, foi tratado como tema central pelos parlamentares ligados aos direitos humanos, mas não avançou na atual legislatura. Com isso, vítimas de preconceito por sexualidade não têm amparo legal para processar seus agressores com base nessa questão específica. Sem isso, uma atitude como a de Fidelix depender de interpretação do Ministério Público, primeiro, para se transformar em ação, e do Judiciário, depois, para resultar em punição.
Jean Wyllys reforça que esse momento de indignação é importante para a reivindicação de políticas públicas eficazes no combate à homofobia, principalmente no campo social, do discurso, "que é absolutamente danosa porque desumaniza a gente. É um discurso que nos associa a tudo que não é humano, a tudo que é ruim e que acaba justificando a violência concreta conta nós, o homicídio, a lesão corporal", afirma. "Se em vez dos homossexuais o Levy tivesse falado isso de pessoas com deficiência, ou em relação aos judeus, como as pessoas estariam se comportando? Será que a plateia riria?"
Após o debate, Levy Fidelix concedeu uma entrevista para o Terra Magazine na qual afirmou não ser homofóbico e que apenas não "estimula" pessoas que defendem homossexuais. O candidato se irritou com as questões sobre o assunto e perguntou ao repórter se ele era gay.
Para Wyllys, com esta reação, Levy volta a expor problemas. "Todo estúpido como ele pensa que homofobia é só pegar uma arma e disparar contra um gay ou enfiar uma faca. Todo estúpido não faz a conexão entre o discurso ofensivo e desumanizador e o ato concreto de matar uma pessoa", explica. Afinal, para o deputado, só é possível matar uma pessoa com tamanha violência se não a enxerga como sujeito de direitos. "O cara que sustenta um discurso público de que nós somos uma ameaça está em última instância sancionando toda a ação contra nós, a ação concreta, violenta. Então um estúpido desse só pode dizer ao fim de uma fala dessa que não é homofóbico, porque não compreende", completa.
No final da tarde de hoje, o deputado publicou um texto no seu Facebook contando que voltou a sofrer ameaças.

"Não podemos voltar atrás", diz Dilma em Belo Horizonte

Candidata à reeleição pediu que o Brasil vote com "paz, amor e consciência".

Nesta segunda-feira (29), abertura da última semana do primeiro turno das eleições, a presidente  Dilma Rousseff, candidata à reeleição, visitou sua cidade natal, Belo Horizonte, em Minas Gerais, e lembrou que está em jogo a manutenção ou a perda das conquistas feitas pelos trabalhadores brasileiros.
Dilma pediu também que a população vote no próximo domingo com "paz, amor e consciência", e voltou a cutucar os adversários citando avanços sociais nos 14 anos de governo do PT.
Candidata à reeleição fez campanha em Belo Horizonte
Candidata à reeleição fez campanha em Belo Horizonte
“Não podemos deixar que tudo o que conquistamos seja perdido. Não podemos deixar que se volte atrás nos empregos, no aumento de salários. O Brasil saiu do mapa da fome! Não podemos voltar atrás”, afirmou Dilma.
Com a voz rouca, a presidente também destacou a importância que Belo Horizonte teve para a sua formação política. "Fiz questão de vir aqui. Eu nasci e me criei nesta cidade, e daqui eu aprendi a olhar o povo deste país”, disse.

Disque-denúncia recompensa por informação de suspeito por aborto no Rio

O Portal dos Procurados do Disque-denúncia está oferecendo recompensa de R$ 1 mil, por informações que levem a captura do falso médico Carlos Augusto Graça de Oliveira, um dos acusados de ter feito o aborto na auxiliar administrativa Jandyra Magdalena dos Santos Cruz, morta durante o procedimento ocorrido no dia 26 de agosto em clínica clandestina na zona oeste da capital fluminense.
O corpo da vítima foi encontrado carbonizado, no dia seguinte (27), em Guaratiba, na mesma região, sem a arcada dentária, para dificultar a identificação, só possível por meio de exame de DNA.
O disque-denúncia já recebeu 35 ligações sobre o caso. Quem tiver alguma informação a respeito da localização de Carlos Augusto Graça de Oliveira, denuncie, enviando uma mensagem de texto, vídeo ou fotos de onde ele pode estar escondido, para o aplicativo de mensagens do WhatsApp do Portal dos Procurados (21) 96802-1650, ou entre em contato com a Central Disque-Denúncia pelo (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177, para quem estiver fora da capital.
O Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou no dia 12 deste mês, a prisão temporária, por 30 dias, de Carlos Augusto Graça de Oliveira, Marcelo Eduardo Medeiros, Mônica Gomes Teixeira, Rosemere Aparecida Ferreira e Vanuza Vais Baldacine, acusados de envolvimento no desaparecimento de Jandyra Magdalena, depois de ter sido levada para praticar o aborto.
Segundo a Polícia Civil, uma das acusadas, Rosemere Ferreira organizava clínicas de aborto móveis, mudando o local da prática de tempos em tempos. O  juiz da 4ª Vara Criminal do Fórum da Capital, Vinicius Marcondes de Araújo, disse em sua decisão,  "que a custódia se faz necessária para garantia da ordem pública, diante da reiteração criminosa da quadrilha". No dia 24 deste mês, o desembargador Luiz Zveiter, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, negou habeas corpus ao casal Marcelo Eduardo Medeiros e Mônica Gomes Teixeira, proprietários da casa onde teria ocorrido o aborto.
O corpo de Jandyra Cruz foi enterrado nesse domingo (28), no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, zona norte do Rio.

domingo, 28 de setembro de 2014

Candidatos praticamente ignoram Norte e Noroeste do estado do Rio

Quase 40% do total de municípios do Estado do Rio não recebeu sequer uma passadinha dos quatro principais candidatos ao Governo em 2014. A campanha já está na última semana e é pouco provável que os candidatos escapem de fazer suas últimas investidas, em busca de votos, em cidades onde o colégio eleitoral é mais expressivo, como a capital, São Gonçalo e Duque de Caxias, além de outros municípios na Baixada Fluminense.
Das dez cidades com menor número de eleitores, apenas Macuco, que de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tem 6.560 eleitores ganhou a presença, por poucos minutos, o candidato do PR, Anthony Garotinho. As outras, nem isso. Das 92 cidades do Rio de Janeiro, 35 vão ficar ser ver de perto seu futuro governador.
O Noroeste ficou praticamente esquecido durante a campanha. Garotinho visitou 3 cidades por lá e Luiz Fernando Pezão, do PMDB, foi apenas a Itaperuna. Marcelo Crivella, do PRB, e Lindberg Farias, do PT, nem passaram perto. Para o professor Roberto Moraes, ex-diretor do Instituto Federal Fluminense (ex-Cefet), em Campos, engenheiro e que mantém um blog sobre os problemas da região Norte e Noroeste do Estado, não há muita novidade nesse fato. “Temos uma economia cada vez mais arrastada pela cadeia do petróleo, que por sua natureza é centralizadora, faz com que o poder político e econômico fique ainda mais ancorado na capital”, afirma.
Com a economia baseada na atividade agrícola, a região Noroeste “Neste processo, os municípios de interior, e aqui falo das regiões mais afastadas do litoral, é que estão mais isoladas, tanto economicamente, quanto politicamente. Se observarmos as agendas dos candidatos, a atenção para as regiões Noroeste e Serrana são ainda menores que as demais”, diz Moraes.
A região Norte, com sua produção de petróleo e a exploração do petróleo do pré-sal, devem ganhar importância. Garotinho domina politicamente parte da região e onde sua mulher, a ex-governadora Rosinha Garotinho, é a atual prefeita de Campos (sétimo maior colégio eleitoral do estado). Garotinho apenas fez apenas duas agendas na cidade que é seu berço eleitoral, as mesmas que Pezão. Crivella e Lindberg passaram por Campos uma vez também. Mas se Garotinho, que é de lá, passou pouco pela região, sua mulher foi bastante. Rosinha comanda carreatas em cidades da região levando uma máscara do marido a bordo (de acordo com o candidato, Rosinha só faz campanha para nos fins de semana).
Para Roberto Moraes o pré-sal poderia ser a chance de integrar mais o estado. “Vivemos atualmente um processo de ampliação da metrópole só que na faixa litorânea, processo explicado pela dinâmica do petróleo e das receitas dos royalties. Diante do pré-sal, o estado do Rio de Janeiro, tem uma oportunidade única de ser prensado de forma mais integrada e menos separadas pelas regiões. E o governo estadual teria que atuar como articulador de políticas supramunicipais e inter-regionais”, pede.
Explicações
No total, Garotinho foi quem compareceu a mais municípios: 50 no total, contra 29 de Pezão, 24 de Lindberg e 21 de Crivella. Através de suas assessorias, os candidatos justificaram. Garotinho admitiu que será impossível ir a todas as cidades. “A agenda ainda não está fechada, mas por falta de tempo não será possível ir a todos os municípios”.
Pezão, que quando assumiu o governo tinha prometido “andar por cada cantinho do Estado”, também se explicou: “Pezão conhece todo o estado e as características e demandas de cada região. Ele mantém contato com prefeitos e ex-prefeitos”.
Crivella centralizou sua campanha na Baixada Fluminense, onde pode garantir mais votos: “Por contar com pouco tempo de TV, o candidato opta por agendas de rua em estações de trem e metrô; calçadões; e locais com grande fluxo de pessoas”.
Já Lindberg lembrou das Caravanas da Cidadania: “Fizemos um diagnóstico do Rio de Janeiro. Durante as Caravanas, Lindberg conversou com os moradores, com representantes de movimentos sociais e recebeu sugestões da população. Nestes eventos, ele percorreu mais de 30 cidades”, diz a assessoria.
Agora a lista das cidades não visitadas: Aperibé, Areal, Armação dos Búzios, Bom Jesus do Itabapoana, Cachoeiras de Macacu, Cambuci, Cardoso Moreira, Carmo, Casimiro de Abreu, Comendador Levy Gasparian, Conceição de Macabu, Engenheiro Paulo de Frontin, Italva, Itaocara, Itatiaia, Laje do Muriaé, Miguel Pereira, Natividade, Paraty, Porciúncula, Porto Real, Quatis, Quissamã, Rio Bonito, Rio Claro, Rio das Flores, Santa Maria Madalena, São José de Ubá, São José do Vale do Rio Preto, São Sebastião do Alto, Sapucaia, Silva Jardim, Sumidouro, Trajano de Moraes e Varre-Sai.

sábado, 27 de setembro de 2014

Manifestantes pró-democracia protestam ante a sede do governo de Hong Kong

Milhares de manifestantes defensores da democracia se concentraram na noite deste sábado em frente à sede do governo de Hong Kong, na tentativa de manter uma campanha de desobediência civil cada vez mais tensa, que reivindica maiores liberdades políticas de Pequim.
Os manifestantes, equipados com as proteções necessárias diante do risco de a polícia vir a usar spray de pimenta, se amontoaram diante das portas do complexo, onde 74 pessoas foram detidas.
Várias fileiras de policiais tentaram repelir os presentes com escudos anti-distúrbios, depois de ter retirado dezenas de pessoas que entraram no complexo na noite de sexta-feira, em protesto contra a recente decisão de Pequim de limitar o sufrágio universal para as eleições de 2017, em Hong Kong.
O grupo de defesa da democracia Occupy Central anunciou, durante o protesto, a antecipação do seu plano de reunir milhares de ativistas e tomar partes chave do distrito financeiro da cidade.
Esta ação estava prevista para 1º de outubro, mas durante um discurso em meio ao protesto, na primeira hora de domingo (hora local), o cofundador do grupo Benny Tai disse: "o Occupy Central começa agora".
Os organizadores executaram canções e discursaram sob os aplausos dos manifestantes, que montaram postos de primeiros socorros e pontos de reciclagem e distribuição de água, comida e equipamentos de proteção.
Grupos estudantis lideram uma campanha de desobediência civil esta semana.
A polícia retirou, neste sábado, 50 manifestantes que ocupavam desde a véspera a sede do governo de Hong Kong, para protestar contra a decisão de Pequim de manter sob controle estrito a eleição dos líderes do território.
Na sexta-feira, mais de duas mil pessoas protestaram, muitas delas estudantes secundaristas e universitários, antes que 150 personas invadiram o complexo governamental de Hong Kong.
A ação de sexta-feira encerrou uma semana de protestos, iniciados na segunda-feira, quando 13.000 estudantes se reuniram em um campus no norte da cidade, segundo os organizadores.
Em um comunicado, o governo "lamentou" a invasão do complexo governamental e informou a ocorrência de pessoal de segurança, agentes e manifestantes feridos, sem dar maiores detalhes.
As ações deviam ter sido encerradas na sexta-feira, mas o anúncio do Occupy Central dá a entender que a campanha de desobediência civil prosseguirá por algum tempo.
Em agosto, a China anunciou que o futuro chefe do executivo local seria eleito por sufrágio universal a partir de 2017, mas entre dois ou três candidatos selecionados por um comitê sob a autoridade de Pequim.
Desde que o Reino Unido devolveu Hong Kong à China, em 1997, o território é regido pelo acordo "um país, dois sistemas", que dá maiores liberdades civis, entre elas a liberdade de expressão e protesto.
Em julho, meio milhão de manifestantes foram às ruas de Hong Kong para protestar contra a crescente influência de Pequim nos assuntos da cidade.
Para o analista político Sonny Lo, esta última campanha marcou uma virada.
"A partir de agora, haverá mais confrontos, talvez violentos, entre a polícia e os cidadãos", afirmou à AFP.

Condenação de Mubarak é adiada para novembro

Foi adiado para 29 de novembro o anúncio da sentença contra o ex-presidente do Egito Hosni Mubarak e seus filhos  pela morte de manifestantes durante as revoltas de 2011.Autoridades da Justiça informaram que apenas 60% dos mais de 160 mil documentos envolvidos no processo foram examinados pelo tribunal, composto por três juízes.
Em janeiro de 2011, manifestantes tomaram conta da praça Tahrir, no Cairo, até fevereiro daquele ano, quando Mubarak foi tirado do poder após 30 anos.   
O ex-ditador foi condenado à prisão perpétua em junho de 2012 por "cumplicidade em homicídio" por conta da forte repressão a manifestantes. Poucos meses mais tarde, no entanto, foi ordenada a revisão do processo.

Caças britânicos sobrevoam Iraque, prontos para atacar Estado Islâmico

Dois caças britânicos sobrevoaram o Iraque e estão prontos para atingir alvos neste sábado, em sua primeira missão desde que o parlamento autorizou ataques contra militantes do Estado Islâmico no país, disse o Ministério da Defesa da Grã-Bretanha.
Os caças "Tornado" deixaram a base Akrotini da Força Aérea Real, em Chipre, às 4h25 (horário de Brasília).
Os britânicos se juntaram a uma coalizão militar liderada pelos Estados Unidos apoiada por países do Golfo e da União Europeia contra o grupo militante.
Esta é a primeira vez que aviões britânicos atuam no Iraque em um papel armado desde que militantes do Estado Islâmico varreram partes do norte do país em junho e declararam um califado incluindo terras já conquistadas na Síria.
A ação segue a adoção pelo Parlamento britânico na sexta-feira de uma moção do governo autorizando a entrada do Reino Unido na coalizão militar internacional que combate o EI.
Este texto autoriza o "recurso aos ataques aéreos" no Iraque, mas estipula que Londres "não enviará nenhum soldado britânico para as zonas de combate".

Polícia de Hong Kong retira manifestantes de sede do governo


A tropa de choque de Hong Kong utilizou spray de pimenta para dispersar manifestantes próximos à sede do governo neste sábado, alimentando a tensão antes do protesto planejado por ativistas pró-democracia em oposição ao aperto de Pequim à cidade.
Confrontos durante a noite entre a polícia carregando escudos de choque e dezenas de manifestantes ressaltam os desafios que a China enfrenta em Hong Kong à medida que a geração rebelde de jovens desafia sua influência na antiga colônia britânica.
Diversas pessoas sofreram pequenas lesões.
Os manifestantes entraram no principal complexo do governo na cidade na noite de sexta-feira ao forçar o caminho por um cordão policial e escalando grades no ponto culminante de uma semana de protestos pedindo eleições livres.
Eles foram retirados um por um, alguns sendo carregados, de acordo com testemunhas. No sábado, centenas ainda estavam sentados perto do complexo, próximo ao distrito financeiro de Hong Kong.
"A polícia usou força desproporcional para interromper as ações legítimas de estudantes e deve ser condenada", disse Benny Tai, um dos três principais organizadores do movimento pró-democracia Ocupe o Centro"
A polícia prendeu 61 pessoas na operação, incluindo 48 homens e 13 mulheres.
Milhares de manifestantes se concentraram nas ruas em frente à sede na madrugada de sábado em apoio àqueles que entraram, gritando "retirada, retirada, retirada" à medida que a polícia avançava e tentava detê-los.
Muitos usavam guarda-chuvas para se proteger do spray de pimenta. Aqueles que foram atingidos usavam àgua para limpar os olhos.
Hong Kong voltou ao controle chinês pelas mãos dos britânicos em 1997, sob a fórmula conhecida como "um país, dois sistemas", com um alto grau de autonomia e liberdades não gozadas na China. O sufrágio eleitoral foi definido como eventual meta.
Pequim, porém, rejeitou no mês passado demandas de que as pessoas possam livremente escolher o próximo líder da cidade em 2017, levando a ameaças de ativistas de fechar o distrito financeiro no movimento chamado Ocupe o Centro. A China quer limitar as eleições a um pequeno número de candidados leais à Pequim.
Estudantes ativistas pediram que as pessoas se reúnam no sábado a noite para novas manifestações.

Catalunha convoca plebiscito para 9 de novembro

O presidente da Catalunha, Artur Mas, convocou oficialmente neste sábado, dia 27, o referendo sobre a independência regional, que será realizado em 9 de novembro, apesar de ser considerado ilegal pelo governo espanhol.   
"A Catalunha quer decidir, de forma pacífica e democrática, seu futuro político. Quer falar e quer ser escutada, quer votar", disse Mas, após assinar o decreto em um ato solene celebrado na sede do governo catalão, em Barcelona.   
O governo de Mariano Rajoy, no entanto, deve entrar com um recurso na Corte Constitucional da Espanha para impugnar o pleito, que tem amplo apoio da população local.

EUA: são necessários entre 12 mil e 15 mil homens para vencer EI na Síria

O chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos (EUA), general Martin Dempsey, disse que é necessária uma força rebelde síria composta de 12 mil a 15 mil homens para derrotar os combatentes do Estado Islâmico (EI) no Leste da Síria. O número é três vezes maior do que os 5 mil recrutas que devem ser treinados por instrutores norte-americanos.
Essa foi a primeira vez que o governo dos EUA estimou um número sobre o efetivo necessário para expulsar os extremistas do EI. “Fizemos cálculos e entre 12 mil e 15 mil é o que consideramos que será necessário para que eles retomem o território perdido no Leste da Síria”, disse Dempsey em coletiva de imprensa ontem (26) no Pentágono. O general disse que a formação de uma força rebelde viável no local será essencial para expulsar o grupo radical do território sírio, o que exigirá tempo e paciência.
Dempsey ressaltou que é preciso mais que força aérea para derrotar o Estado Islâmico e indicou a “oposição síria moderada” como o melhor caminho para alcançar sucesso na operação. “Temos de fazer isto bem, não depressa”, destacou. O plano do presidente Barack Obama para treinar e equipar 5 mil rebeldes “moderados” foi aprovado na semana passada pelo Congresso dos EUA. A Arábia Saudita se ofereceu para acolher o treinamento em seu território.
Os deputados britânicos também aprovaram nesta sexta-feira a participação do Reino Unido nos ataques aéreos da coligação liderada pelos EUA contra as bases do EI. A moção apresentada pelo primeiro-ministro David Cameron foi aprovada com 524 votos a favor e 43, contra. O texto autoriza “o recurso a ataques aéreos” dentro do apoio pedido pelo governo iraquiano e garante que o Reino Unido não enviará nenhum soldado para as zonas de combate. Líder do principal partido da oposição, Ed Miliband apoiou a decisão dizendo que a falta de ação levaria apenas a mais massacres no Iraque.
Hoje, os parlamentos da Bélgica e da Dinamarca também aprovaram a participação nos ataques aéreos contra o EI. Mais cedo, em uma reunião com o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, à margem da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que seu país está pronto para apoiar nos esforços iraquianos contra a ameaça terrorista, principalmente a do Estado Islâmico (EI).
No dia com mais adesões à coligação para o combate ao grupo, o Estado Islâmico também teve de interromper a extração de petróleo dos campos situados na província de Deir Ezzor, no Leste da Síria. A interrupção foi causada por causa de diversos ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos em diversas refinarias. O petróleo de refinarias tomadas pelo EI é uma das principais fontes de financiamento das atividades do grupo, entre outras pouco conhecidas, como doações originárias de alguns países árabes.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Estado Islâmico aperta cerco a cidade síria; mais europeus entram em aliança ocidental



Combatentes do Estado Islâmico apertaram o cerco a uma cidade síria na fronteira com a Turquia nesta sexta-feira, apesar dos ataques aéreos lançados para derrotar os militantes tanto na Síria quanto no Iraque, em uma coalizão que atraiu amplo apoio europeu.
A Grã-Bretanha, maior aliada de Washington nas guerras da última década, finalmente se juntou à aliança nesta sexta-feira depois de semanas avaliando suas opções. O Parlamento deu 542 votos favoráveis e 43 contrários e apoiou a decisão do primeiro-ministro, David Cameron, de auxiliar os ataques aéreos no Iraque.
O Parlamento da Bélgica também votou nesta sexta com 114 votos a 2 e a Dinamarca disse que irá enviar aviões. Seis F-16s belgas decolaram de um posto de conexão na Grécia antes mesmo da votação.
“Esta não é uma ameaça nos confins do mundo. Se negligenciada, enfrentaremos um califado terrorista às margens do Mediterrâneo e às portas de um membro da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), com a intenção declarada e comprovada de atacar nosso país e nosso povo”, discursou Cameron aos parlamentares britânicos.
Até esta semana, a França era o único país ocidental a ter respondido ao pedido do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e se unido à campanha liderada pelos norte-americanos. Desde segunda-feira, Austrália e Holanda também tomaram parte, e nesta sexta-feira a Alemanha expressou apoio à missão, apesar de dizer que não irá enviar aeronaves.
Obama angariou apoio internacional para uma coalizão militar contra o Estado Islâmico, uma força poderosa na Síria que já dominou grande parte do norte do Iraque em junho, matando prisioneiros e ordenando a xiitas e não-muçulmanos que se convertam ou morram.
A campanha levou Washington de volta ao campo de batalha em solo iraquiano, que havia abandonado em 2011, e pela primeira vez para o território sírio, depois de evitar se envolver na guerra civil iniciada naquele mesmo ano.
A coalizão ainda inclui vários Estados árabes, todos liderados por muçulmanos sunitas alarmados com a ascensão do Estado Islâmico.
O Estado Islâmico emergiu como grupo sunita mais poderoso combatendo os governos apoiados por xiitas no Iraque e na Síria. Seus combatentes também enfrentam facções sunitas rivais na Síria e curdos sírios e iraquianos.
FUGINDO DOS ATAQUES
Mais de um mês desde que Washington começou a atacar posições do Estado Islâmico no Iraque, e quatro dias depois de incluir a Síria em sua campanha, há sinais de que os militantes estão se fazendo mais escassos nas áreas que controlam para se tornarem um alvo mais difícil.
O general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, declarou que os ataques desta semana em solo sírio desmantelaram o comando, o controle e a logística do Estado Islâmico.
Mas as incursões aéreas ainda precisam deter o avanço dos radicais na Síria, onde os combatentes sitiaram uma cidade curda na divisa turca e afugentaram 140 mil refugiados pela fronteira desde a última semana, o êxodo mais acelerado no conflito civil de três anos e meio.
A principal batalha no norte da Síria tem sido visível do outro lado da fronteira, na Turquia. "Estamos com medo. Nós estamos levando o carro e indo embora hoje", disse Huseyin, de 60 anos, dono de uma vinha, enquanto o disparo de armas leves soavam nas colinas sírias.
Os militares dos EUA afirmaram que seus aviões explodiram quatro tanques do Estado Islâmico no leste sírio e atingiram uma série de alvos no Iraque.
O governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, não fez oposição à campanha liderada pelos norte-americanos contra alguns de seus piores inimigos. Washington diz querer derrotar o Estado Islâmico sem ajudar Assad a permanecer no poder, e espera que outros grupos anti-Assad preencham o eventual vácuo de sua saída.
No Iraque, militantes do Estado Islâmico estão mudando de tática, trocando comboios muito visíveis por motocicletas e fincando suas bandeiras negras em residências de civis para confundir os aviões.
“Eles levaram toda a mobília, veículos e armas. Depois plantaram bombas de beira de estrada e destruíram seu quartel-general”, disse o xeique Anwar al-Assy al-Obeidi, líder de uma grande tribo de Kirkuk, no Iraque, à Reuters. “Eles estavam executando pessoas como quem bebe água… agora os ataques aéreos estão muito ativos e diminuíram sua capacidade (dos militantes)”.

Imprensa da Coreia do Norte admite que o líder Kim Jong-un sofre de 'desconforto'

Depois de um "sumiço" do líder norte-coreano Kim Jong Un que já dura quase três semanas, a mídia estatal da Coreia do Norte reconheceu que o ditador está sofrendo com um "desconforto".
É a primeira vez que o regime admite oficialmente que Kim tem problemas de saúde.
Kim, 31, que frequentemente aparece como protagonista nas peças de propaganda do país comunista, provavelmente o mais isolado do mundo, não tem sido visto em público desde 3 de setembro, quando compareceu a um concerto acompanhado de sua mulher.
Sua ausência também foi sentida nesta quinta-feira (25), quando o líder não compareceu à Suprema Assembleia do Povo, encontro de membros do partido, militares e outras organizações nacionais.
Segundo a CNN, o número de aparições públicas de Kim caiu de 24 eventos para julho para 16 em agosto.
Desde um evento com membros do regime em julho ele já foi visto usando bengala e em cenas de um documentário veiculado pela mídia estatal parece ter dificuldade em andar.
Desde que seu pai morreu de um ataque do coração em 2011, Kim, que o sucedeu como líder máximo do país, ganhou peso rapidamente, como mostram fotos oficiais.
Observadores da Coreia do Norte especulam se o peso e o histórico familiar de Kim podem ter relação com os problemas de saúde, agora confirmados.
"Pelo seu andar, parece que ele tem gota, que pode ser consequência de sua alimentação e predisposição genética", disse Michael Madden, um especialista em Coreia do Norte e colaborador do site 38 North, que cobre a Coreia do Norte.