O presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, deve nomear um novo
governo interino para o país na próxima sexta-feira (28) e deve anunciar
as eleições gerais para o dia 20 de setembro, informa a mídia grega
nesta quarta-feira (26).
A nomeação deve ocorrer porque a
oposição fracassou em formar uma aliança para governar a Grécia. A
data-limite para essa formação encerra-se amanhã (25) e não há nenhuma
indicação de consenso entre os políticos.
Segundo o jornal "To
Vima", a presidente da Corte Suprema, Vasiliki Thanou, assumirá o papel
interino de chanceler grega, enquanto a Presidência já conversa com
diversos candidatos à ocuparem os principais Ministérios, como de
Economia, Relações Exteriores e Defesa. Salvo alguma surpresa, nenhum
dos nomes que ocupam as pastas será mantido após as eleições. O
ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras, que é o mais forte concorrente para
o pleito, deu uma entrevista à emissora "Alpha TV" em que afirma que
não quer ser "herói" da nação. "O povo grego queria o acordo. Tenho a
consciência tranquila.
Lutei duramente, como pude, para
reivindicar os direitos do povo. Decidir sair do euro seria uma
catástrofe de gravidade incalculável", declarou o líder do Syriza. Ele
ainda ressaltou que "após 17 horas de reunião" com os credores europeus,
viveu "um dilema". "Vou embora e volto para casa como herói, mas no dia
seguinte teria que enfrentar a quebra dos bancos? Escolhi não virar
herói por alguns dias, pagando um preço político", disse se referindo a
dissidência de quase 30 membros do Syriza após as aprovações necessárias
para receber um terceiro pacote de ajuda financeira.
Segundo
uma pesquisa eleitoral da emissora "Vergina TV", as eleições não vão ser
tão fáceis para Tsipras. A popularidade do partido Nova Democracia (de
centro-direita) está, atualmente, muito mais próxima àquela do Syriza,
na comparação com as eleições gerais de janeiro. Com base na pesquisa, o
Syriza teria 24% dos votos, enquanto o Nova Democracia tem 22%. No
início do ano, o partido de esquerda conquistou 36,3% contra 27,8% dos
votos. O "recém-nascido" Unidade Popular, com os dissidentes do Syriza,
teria 4,5% dos votos.
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