As quatro peças foram feitas inicialmente para ficarem expostas no Passeio Público, no centro da cidade. Depois de passarem por alguns locais, acabaram sendo doadas ao Jardim Botânico no início do século passado. No entanto, por estarem expostas às ações do tempo e da umidade, ficaram muito deterioradas.
As peças também são uma cápsula do tempo, já que, segundo a presidenta do Jardim Botânico, Samyra Crespo, as esculturas são recheadas com areia das praias cariocas. “As areias que estão ali, são as areias das praias do Rio de Janeiro da época da colônia”, destacou.
Valentim da Fonseca e Silva, o Mestre Valentim, nasceu em Serro (MG), em 1745, filho de fidalgo português com uma escrava. Foi contemporâneo de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, a quem é comparado por suas esculturas barrocas de cunho religioso.
A diferença de Valentim para Aleijadinho é que o primeiro também fez obras civis, como o Passeio Público, primeiro jardim de lazer carioca que existe até hoje, e instalações de saneamento e abastecimento de água.
O espaço do Jardim Botânico, chamado de Ateliê Mestre Valentim, é aberto a visitação pública e tem entrada gratuita. Além das quatro esculturas, o espaço mapeia a localização das principais obras de Valentim que estão expostas no Rio de Janeiro.
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