Presidente americano anuncia que mais 250 soldados auxiliarão milícias
oposicionistas no combate ao grupo extremista "Estado Islâmico". Apesar
de bem-vinda, decisão não basta, afirma oposição.
Milícias da oposição na Síria saudaram nesta segunda-feira (25/04) a
decisão dos Estados Unidos de enviar militares para auxiliar grupos
armados locais no combate ao "Estado Islâmico" (EI). Os grupos, no
entanto, pediram um reforço maior, com o fornecimento de armamentos,
incluindo mísseis teleguiados antitanque.
"Todo e qualquer apoio que ofereçam é positivo, mas esperamos um apoio
maior. Até agora recebemos apenas munição e esperamos receber
equipamentos militares, como o prometido", disse Talal Silo, porta-voz
da aliança Forças Democráticas da Síria (SDF), que inclui a milícia
curda Unidades de Proteção Popular (YPG), principal parceira dos EUA e
aliados no combate aos jihadistas.
Silo descreveu ainda a parceria entre Washington e a SDF como
estratégica e ressaltou que qualquer ajuda extra é bem-vinda. A aliança
Forças Democráticas da Síria foi formada em outubro.
O presidente americano, Barack Obama, confirmou nesta segunda-feira o
envio de 250 soldados à Síria para auxiliar no combate ao EI. Os
militares americanos treinarão e prestarão apoio às forças locais na
luta contra os extremistas.
"Um pequeno número de forças especiais americanas já está na Síria e
sua expertise tem sido fundamental, assim como as forças locais têm
afastado o EI de regiões fundamentais. Devido a esse sucesso, aprovei o
envio adicional de 250 militares americanos à Síria, incluindo forças
especiais, para manter essa dinâmica", anunciou Obama.
Cerca de 300 soldados
Com a decisão, o número de militares americanos na Síria deve chegar a
cerca de 300. "Eles não estarão lá para liderar o combate terrestre, mas
para, essencialmente, fornecer treinamento e assistência às forças
locais que continuaram a reprimir o EI", ressaltou Obama.
O envio de militares americanos também foi apoiado pela principal
aliança de oposição na Síria, o Comitê de Altas Negociações (HNC), que
classificou a medida como um bom passo. "A Síria não será libertada do
terrorismo até o fim do regime de terror de Assad", ressaltou o
porta-voz do grupo, Salem al-Meslet.
Desde 2014, os Estados Unidos lideram uma campanha aérea contra o
"Estado Islâmico" na Síria e no Iraque. A eficácia dessa estratégia é,
porém, limitada devido à falta de aliados para o combate terrestre. Em
cinco anos, o conflito na Síria já matou mais de 270 mil pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário