quinta-feira, 19 de junho de 2014

Fifa chama invasão de vergonha; Exército pode reforçar Copa

O exército pode ser usado no entorno dos estádios da Copa do Mundo de 2014 para evitar situações como a que aconteceu no Estádio do Maracanã, que teve sua sala de imprensa invadida por torcedores chilenos nesta quarta-feira.
O diretor de segurança da Fifa, Ralf Mutschke, se mostrou incomodado com o incidente desta quarta-feira. Segundo ele, a entidade máxima precisa garantir a segurança de todos os frequentadores dos estádios - não apenas jogadores, mas também árbitros, torcedores e jornalistas.
"Foi uma vergonha. Temos que proteger os jornalistas e temos que proteger os torcedores. Arrombaram um pequeno portão, correram, quebraram o vidro de uma porta", disse Mutschke, colocando panos quentes na situação. "Tivemos reuniões ontem à noite e esta manhã para ter certeza de que isso não irá se repetir. Vamos avaliar se houve falhas individuais, e, até agora, chegamos à conclusão de que isso não irá acontecer novamente”, afirmou.".
O discurso do diretor da Fifa ganhou o respaldo das autoridades brasileiras. “As Forças Armadas fazem parte do projeto de segurança e vai ser levado à pauta caso seja necessário”, disse o secretário extraordinário para grandes eventos do Ministério da Justiça, Andrey Passos Rodrigues.
“A segurança é algo importante, e estamos lado a lado (com as autoridades brasileiras). Temos um modelo de segurança que integra segurança pública e privada, e a segurança pública é fundamental. Alguns agentes são fundamentais com a participação do governo, do Ministério da Justiça e do Ministério da Defesa”, reforçou Mutschke.
Segundo Andrey Passos Rodrigues, os torcedores envolvidos em confusão nos estádios serão detidos e identificados. No jogo entre Espanha e Chile, 87 foram detidos. “Já tinha acontecido no jogo da Argentina (contra a Bósnia, no Maracanã) e voltou a acontecer em maior número”, disse Andrey, referindo-se à invasão de torcedores argentinos.
Durante os próximos dois dias, ainda segundo Andrey, Fifa, Comitê Organizador Local (COL) e o Governo Federal vão estar reunidos para definir que tipo de medidas vão ser tomadas para que as invasões não aconteçam mais.
“Se estão acontecendo problemas operacionais, temos questão de resolver. No Beira-Rio, tivemos problema de energia. Mas para o próximo jogo, já temos condição de dar total segurança. Estamos discutindo procedimentos operacionais e todos já vão notar diferenças no próximo evento”, garantiu o gerente geral de segurança do COL, Hilario Medeiros.
Medeiros negou também que os dois casos de invasão do Maracanã tenham alguma relação. “No jogo da Argentina a invasão foi perto de bilheterias. O caso do chilenos foi diferente, porque tentaram entrar por um local onde não tinha acesso”, disse. De acordo com Andrey Rodrigues, são 200 os policiais de diversos países trabalhando no país auxiliando as forças de segurança no setor de inteligência e ajudando em casos de detenção de estrangeiros.
Falando o tempo todo em integração entre todas as partes, em nenhum foi definido quem é o responsável pelo perímetro de segurança em torno do estádio, onde nos dois primeiros jogos foi possível ver que, desde bem cedo, torcedores sem ingresso, cambistas e ativistas religiosos andam sem serem incomodados por ninguém. “Trabalhamos com análise de risco e reação. Não posso dizer que ações vamos tomar, porque a decisão é em conjunto”, repetiu Hilário.
Ralf Mutschke fez questão de dizer, logo no começo, que a Fifa é parte menor no que se refere à segurança, mas negou que haja conflito entre as partes. Já Hilário Medeiros disse que o posicionamento dos cerca de 1000 homens de segurança privada que trabalham no Maracanã deve ser revisto. “O importante é que não houve prejuízo ao espetáculo”, avaliou.
Tática
Hilário revelou ainda a tática que está sendo utilizada por torcedores para se aproximarem dos estádios. “Eles usam ingressos de outros jogos para passarem o perímetro e até mesmo para tentarem entrar no estádio”, disse. Mas há casos detectados, de acordo com o COL, de gente que entra no estádio usando a credencial de outra pessoa que teria que estar trabalhando. O COL negou ainda que os torcedores chilenos vão ter qualquer tipo de acompanhamento especial durante os próximos jogos.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Ministério Público aciona conselheiro do Tribunal de Contas de SP

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ajuizou hoje (18) ação contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Robson Marinho, por improbidade administrativa. Também são citados na acusação sete pessoas e três empresas, incluindo as francesas Alstom e Cegelec. Segundo os promotores, as multinacionais pagaram propina a Marinho para conseguir contratos com estatais paulistas, sem licitação.
Foi pedido o ressarcimento do valor pago no contrato, de R$ 281 milhões, mais uma multa de três vezes esse valor, totalizando R1,12 bilhão. Além disso, o MP-SP solicitou a dissolução das empresas, a perda de função pública do conselheiro e o bloqueio de bens dos envolvidos até o valor da causa.
De acordo com o MP-SP, houve suborno para garantir a assinatura de aditivo em um contrato da Eletropaulo (estatal à época), com a Engenharia e Planejamento em Transmissão de Energia (EPTE), em 1998. As provas sobre a fraude foram recolhidas por meio de uma cooperação com autoridades da França e da Suíça.
Marinho entrou de licença-prêmio no último dia 4 e só deve voltar ao trabalho na próxima semana. A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com o gabinete do conselheiro e foi informada que ele não comenta as acusações. Por meio de nota, a Alstom disse que ainda não foi notificada da ação.
Em maio, o MP-SP já havia entrado com uma ação cautelar pedindo o afastamento de Marinho do TCE. Para o órgão, as suspeitas impedem a permanência dele no cargo. Segundo os promotores, a Justiça suíça já confirmou em duas instâncias que Marinho movimentou cerca de US$ 2,7 milhões em contas offshore (abertas em paraísos fiscais).
O Ministério Público pediu o afastamento do conselheiro, acusado de receber propina para atuar em favor da empresa francesa Alstom. A ação cautelar foi proposta com base na investigação iniciada em 2008, reforçada com documentos da Suíça, recebidos recentemente.

Agricultura oficializa como livres da aftosa áreas reconhecidas pela OIE

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento formalizou, por meio de instrução normativa publicada no Diário Oficial da União, o reconhecimento do norte do Pará e dos estados de Alagoas, do Ceará, Maranhão, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí e Rio Grande do Norte como áreas livres da febre aftosa.
Os estados haviam recebido certificado da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) no dia 29 de maio. No ano passado, essas regiões já haviam recebido o reconhecimento nacional de erradicação da doença.
A oficialização foi ontem (17), mas foi divulgada apenas hoje (18) pelo ministério. A instrução normativa também concede o status de risco médio para a doença às cidades paraenses de Afuá, Breves, Faro, Gurupá, Melgaço e Terra Santa e partes dos municípios de Chaves e Juruti.
Segundo o ministério, com o reconhecimento da OIE, 23 estados brasileiros e o Distrito Federal passam a ter o status internacional de áreas livres de aftosa com vacinação. O estado de Santa Catarina é o único a ser considerado livre da doença sem necessidade de vacinação.
Ainda falta certificar os estados do Amapá, Amazonas e de Roraima para que a aftosa seja considerada erradicada em todo o país.
Segundo a assessoria de comunicação do Ministério da Agricultura, a expectativa é conceder o reconhecimento nacional aos três estados no ano que vem. Em seguida, será solicitada a certificação internacional. O objetivo é que todo o território brasileiro seja decretado pela OIE livre da doença.

Iraque pede apoio aéreo aos Estados Unidos para conter rebeldes


O Iraque solicitou apoio aéreo aos Estados Unidos para combater rebeldes sunitas, disse o general Martin Dempsey nesta quarta-feira, depois que militantes ocuparam grandes cidades em um avanço-relâmpago contra o Exército do governo liderado por xiitas.
Mas o chefe do Estado Maior dos Estados Unidos não deu uma resposta direta quando indagado, durante uma audiência no Congresso, se Washington atenderá ao pedido feito pelas autoridades do Iraque.
Bagdá disse querer ataques aéreos dos EUA, já que os insurgentes, liderados pelo Estado Islâmico no Iraque e no Levante (Isil, na sigla em inglês), tomaram a maior refinaria de petróleo do Iraque.
Paralelamente, o presidente do vizinho Irã, Hassan Rouhani, reforçou a possibilidade de intervir em uma guerra sectária que ameaça cruzar as fronteiras do Oriente Médio.
“Temos um pedido de apoio aéreo do governo iraquiano”, declarou Dempsey ao Senado em Washington. Questionado se os EUA devem honrar a solicitação, ele respondeu indiretamente, dizendo que "é de nosso interesse nacional combater o Isil onde quer que o encontremos”.
Na cidade saudita de Jeddah, o ministro iraquiano das Relações Exteriores, Hoshyar Zebari, disse que Bagdá decidiu solicitar os ataques aéreos norte-americanos “para acabar com o moral” do Isil.
Embora o Irã, aliado muçulmano xiita do Iraque, até agora não tenha intervindo para ajudar o governo de Bagdá, “tudo é possível”, afirmou ele a repórteres depois de uma reunião com ministros das Relações Exteriores árabes.
Os combatentes sunitas detêm o controle de três quartos do território da refinaria de Baiji, ao norte da capital, informou uma autoridade no local, depois de uma manhã de intensos combates nos portões defendidos por tropas de elite que estão sitiadas há uma semana.
Washington e outras capitais ocidentais estão tentando salvar o Iraque da desintegração, pressionando o primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki, para que se entenda com os sunitas.
Maliki se reuniu com adversários políticos sunitas e curdos de terça para quarta-feira, preparando cuidadosamente uma aparição conjunta durante a qual foi lido um apelo por união nacional.
Como a guerra civil na Síria, o novo conflito ameaça afetar os vizinhos, despertando tensões sectárias no que os combatentes dos dois lados veem como uma luta existencial pela sobrevivência baseada em um cisma religioso que data do século sete.
Os preços do petróleo subiram com as notícias de que a refinaria está em parte nas mãos dos rebeldes.
O avanço súbito do Isil na semana passada é um teste para o presidente dos EUA, Barack Obama, que retirou as tropas norte-americanas do Iraque em 2011.
Obama descartou reenviar seus soldados, mas cogita outras opções militares para ajudar a defender Bagdá, e autoridades norte-americanas até falaram em cooperar com Teerã contra o inimigo em comum.
Mas os EUA e outras autoridades internacionais insistem que Maliki deve fazer mais para resolver o sentimento generalizado de exclusão política entre sunitas, a minoria que governou o Iraque até as tropas norte-americanas destituírem Saddam Hussein, após a invasão de 2003.

Seleção virou alvo de pressão sobre árbitros após pênalti em Fred, diz Marin


Após o polêmico pênalti em cima do atacante Fred no jogo de abertura da Copa do Mundo, o Brasil se tornou alvo de uma pressão internacional visando intimidar árbitros que apitam jogos da seleção na Copa do Mundo, disse à Reuters nesta quarta-feira o presidente da CBF, José Maria Marin.
Segundo o dirigente, a pressão sobre a arbitragem partiu de técnicos, jogadores, ex-atletas e ex-treinadores de seleções adversárias depois do pênalti marcado pelo juiz japonês Yiuchi Nishumura a favor do Brasil na vitória de 3 x 1 sobre a Croácia, na semana passada.
"O que houve foi uma pressão com objetivo de inibir os árbitros que iam a partir daquele momento apitar jogos do Brasil”, disse o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) à Reuters. “Foi uma tentativa de intimidar os árbitros dos próximos jogos”, acrescentou.
A polêmica começou depois que o árbitro japonês marcou pênalti duvidoso a favor do Brasil quando o time enfrentava dificuldades contra os croatas no jogo inaugural da Copa do Mundo. A partida estava empatada em 1 x 1 quando Fred desabou dentro da área ao ser marcado por Lovren, originando a penalidade.
Jogadores e a comissão técnica da Croácia atribuíram à derrota ao juiz e insinuaram que os árbitros estariam dispostos a favorecer o time da casa no Mundial.
“Houve uma colocação de que o Brasil teria sido beneficiado e surgiu um objetivo de inibir os futuros árbitros de jogos do Brasil”, disse Marin em entrevista no Maracanã.
No empate em 0 x 0 entre Brasil e México, na terça-feira, em Fortaleza, os brasileiros reclamaram de um pênalti não marcado em cima do lateral-esquerdo Marcelo. O técnico Luiz Felipe Scolari deixou a entrevista coletiva após o jogo questionando: “Agora não tem mais pênalti para o Brasil?”
O presidente da CBF, que também preside o Comitê Organizador Local (COL) do Mundial, reforçou o coro reclamando do pênalti não marcado em Marcelo, e disse que o árbitro acertou ao marcar a penalidade em cima de Fred.
“Os dois foram pênalti. Até a Fifa disse que foi pênalti no Fred”, afirmou, referindo-se à declaração do presidente da Fifa, Joseph Blatter, dizendo que concordou com a marcação do pênalti a favor do Brasil.
Apesar da polêmica, Marin garantiu que o Brasil não está preocupado com a pressão sobre a arbitragem daqui para frente.
“O Brasil vai se preocupar em jogar. Vamos jogar e querer ganhar a Copa dentro das regras. O Brasil nunca precisou ou esperou ajuda de árbitro. Confia na sua seleção e seus talentos”, disse.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Joaquim Barbosa renuncia à relatoria dos processos do mensalão

Ele acusa "vários advogados" de "atuarem politicamente".

O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, não é mais o relator da ação penal do mensalão e dos processos de execução das penas dos 24 sentenciados. Ele anunciou, nesta terça-feira (17/6), que renunciou aos encargos, às vésperas de formalizar a sua aposentadoria, acusando "vários advogados" dos processos de atuarem "politicamente". A manifestação de Barbosa - que deve formalizar a sua aposentadoria na próxima semana - foi feita no processo de execução penal do ex-presidente do PT e ex-deputado federal José Genoino.
Na noite desta segunda-feira (16/6), o ministro entrou com representação, na Procuradoria da República no Distrito Federal, contra o advogado Luiz Fernando Pacheco, um dos patronos de José Genoino, por desacato, injúria e difamação. Pacheco foi retirado à força da tribuna do plenário do tribunal, aos gritos, por seguranças, na sessão da última quarta-feira, depois de um bate-boca sem precedente com Barbosa, ao insistir que fosse apregoado naquela sessão o julgamento mais um recurso do ex-deputado, condenado a 4 anos e 8 meses de prisão (regime semiaberto), que não conseguiu ainda voltar a cumprir a pena em casa, tendo em vista o seu estado de saúde.
>> Barbosa manda seguranças retirarem advogado de Genoino do plenário do STF
>> Barbosa representa no MPF contra advogado de Genoino
>> Defesa de Dirceu divulga carta questionando conduta de Barbosa
>> Defesa de Dirceu pede direito a trabalho externo com "urgência"
A manifestação de Barbosa
A renúncia de Joaquim Barbosa à relatoria da AP 470 e das consequentes execuções penais será redistribuída, a critério do ministro Rivardo Lewandowski, vice-presidente do STF e sucessor de Barbosa na presidência. Barbosa comunicou a sua decisão na seguinte manifestação, no corpo do processo executório:
"Vários advogados que atuam nas execuções penais oriundas da AP 470 deixaram de se valer de argumentos jurídicos destinados a produzir efeitos nos autos e passaram a atuar politicamente, na esfera pública, através de manifestos e até mesmo partindo para os insultos pessoais, via imprensa, contra este relator.
Este modo de agir culminou, na última sessão plenária do Supremo Tribunal Federal, em ameaças contra minha pessoa dirigidas pelo advogado do condenado José Genoino Neto, dr. Luiz Fernando Pacheco, OAB 146.449-SP, que, para tanto, fez uso indevido da tribuna, conforme se verifica nos registros de áudio e vídeo da sessão de 11 de junho de 2014.
Em consequência disso, formalizei representação criminal na data de ontem contra o mencionado causídico.
Assim, julgo que a atitude juridicamente mais adequada neste momento é afastar-me da relatoria de todas execuções penais oriundas a AP 470 e dos demais processos vinculados à mencionada ação penal, na forma do artigo 97 do CPP e 277 do RI STF. Encaminhe-se os autos da AP 470 e de todos os processos a ela conexos ao vice-presidente desta Corte, para que proceda a livre redistribuição dos feitos".
Imediatamente depois de tomar conhecimento da renúncia de Joaquim Barbosa, o vice-presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, divulgou despacho no qual transcreve a decisão do até então relator da ação penal do mensalão, e conclui: "Considerada a decisão supra, determino a livre distribuição dos autos. À Secretaria para providências urgentes" (Documento assinado digitalmente).

segunda-feira, 16 de junho de 2014

PRTB confirma Levy Fidelix como candidato à Presidência

O PRTB anunciou que Levy Fidelix, 62 anos, será o candidato da legenda à Presidência da República. A convenção nacional do partido ocorreu no domingo em São Paulo. Fidelix concorreu ao cargo na eleição de 2010.
Uma das bandeiras do candidato é a implantação do aerotrem, veículo semelhante a um metrô de superfície que pode ajudar a desafogar o trânsito nas principais capitais brasileiras. De acordo com o projeto do candidato, o veículo, semelhante a um metrô de superfície, seria movido por condutores magnéticos.
Este ano, Fidelix pode ganhar o apoio do Partido Militar Brasileiro (PMB). A legenda, no entanto, mesma do astronauta brasileiro, Marcos Pontes, ainda depende de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PRTB não tem representantes no Congresso.
Apresentador de televisão, professor universitário e publicitário, o mineiro Levy Fidelix é um dos fundadores do PRTB. Fidelix é experiente em disputar eleições desde 1992, quando fundou a sigla, ele já concorreu três vezes a prefeitura da capital paulista e duas vezes ao governo do estado.
Antes de criar o PRTB (1992 a 1994), Fidelix participou da fundação do PL, em 1986, quando se lançou na carreira política - disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo. Depois, migrou para o PTR, onde também concorreu a um mandato de deputado federal, no início dos anos 90.

Acidente com ônibus deixa um morto e 30 feridos no RS

Uma colisão entre um ônibus e um caminhão matou o motorista do coletivo e deixou pelo menos 30 pessoas feridas na manhã desta segunda-feira, 16, na BR-392, na região central do Rio Grande do Sul. O ônibus seguia de São Sepé para Santa Maria, enquanto o caminhão, carregado de pães, trafegava no sentido contrário. As circunstâncias do acidente serão esclarecidas pela perícia. Havia neblina na região. Depois do choque, o coletivo caiu em um barranco ao lado da rodovia. Os feridos foram levados para hospitais de Santa Maria e São Sepé. A maioria sofreu hematomas e escoriações. Alguns, com suspeita de fraturas, tiveram de se submeter a exames.

Sociedades segredas


Sociedades segredas querem dominar o mundo

domingo, 15 de junho de 2014

Israel diz que militantes do Hamas estão por trás de sequestro de jovens


Israel disse neste domingo que militantes do Hamas sequestraram três adolescentes israelenses na Cisjordânia ocupada e alertou para “sérias consequências”, ao mesmo tempo em que fazia buscas e prendia dezenas de palestinos.
Os jovens, dois de 16 anos e um de 19 anos, desapareceram na quinta-feira à noite na Cisjordânia, onde estudam em colégio religioso num assentamento judaico.
“Esses adolescentes foram sequestrados, e esses sequestros foram feitos por integrantes do Hamas”, disse a jornalistas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusando o grupo islâmico palestino que controla a Faixa de Gaza.
Ninguém assumiu responsabilidade pelo ocorrido. Perguntado sobre as alegações do primeiro-ministro, Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza, eximiu-se de negar ou confirmar o envolvimento do grupo.
Desde que os três desapareceram, aparentemente quando pediam carona, o Exército de Israel tem feito buscas na cidade palestina de Hebron e outras vilas.
Num comunicado, os militares afirmaram que, como parte do esforço para encontrar os adolescentes, “aproximadamente 80 palestinos suspeitos foram detidos numa operação durante a noite”.
Autoridades palestinas dizem que mais de cem pessoas estão sob custódia de Israel e incluem pelos menos sete integrantes do Hamas do Parlamento Palestino e diversos presos recentemente libertados por Israel.
Israel identificou os estudantes como Eyal Yifrach, Gil-ad Sha'er e Naftali Frankel, que também tem cidadania norte-americana.

sábado, 14 de junho de 2014

Separatistas derrubam avião militar e 49 morrem na Ucrânia


Separatistas pró-russos derrubaram um avião de transporte militar no leste da Ucrânia neste sábado, matando 49 pessoas, o que representa um revés para a campanha militar que pretende derrotar os rebeldes e manter o país unido.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, prometeu uma resposta "adequada" depois que o avião foi atingido por um míssil antiaéreo ao se aproximar para pousar no aeroporto fora da cidade de Luhansk, reduto da rebelião contra o governo central.
"Todos os envolvidos em atos de terrorismo cínicos desta magnitude devem ser punidos", disse ele, declarando domingo um dia de luto em homenagem aos nove tripulantes e 40 paraquedistas mortos.
Mais tarde, ele consultou seus chefes de segurança e de defesa, mas não deu detalhes sobre como irão retaliar o ataque.
Destroços carbonizados se espalharam por centenas de metros sobre o campo de trigo em declive, onde o avião caiu durante a noite, perto Novohannivka, um vilarejo 20 quilômetros a sudeste de Luhansk.
Um pelotão de forças rebeldes vestidos com roupas camufladas vasculharam os destroços em busca de munição que era destinada às forças do governo no leste da Ucrânia.
"É assim que funciona. Os fascistas podem mandar tantos reforços quanto quiserem, mas vamos fazer isso o tempo todo. Vamos falar com eles em nossos próprios termos", disse um rebelde de 50 anos de idade que se identificou como Pyotr, seu "nome de guerra".
Ele tinha um rifle de assalto em uma mão, uma metralhadora leve na outra e dois cintos de munição em volta do pescoço.
O número de mortos foi o maior sofrido em um único incidente envolvendo as forças do governo desde o início da crise em fevereiro e é provável que alimente a tensão entre a Rússia e o principal aliado de Kiev, os Estados Unidos, que acusa Moscou de armar os rebeldes.
Evidências de que a Rússia está enviando tanques e armas poderiam encorajar os Estados Unidos e a União Europeia a impor novas sanções a Moscou, até agora limitadas em grande parte a proibição de vistos e congelamento de bens de alguns indivíduos, bancos e empresas.

FHC exalta Aécio e assegura PSDB "totalmente unido"


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso garantiu neste sábado que o PSDB está "totalmente unido" pela candidatura de Aécio Neves à Presidência da República, afirmando que o mineiro encarna o sentimento da mudança.
    "O partido está totalmente unido e unido com os seus companheiros de outros partidos", disse. "Hoje, o nome da mudança é simples e direto e todos nós o conhecemos: Aécio Neves, futuro presidente do Brasil".
Fernando Henrique, que governou o Brasil por dois mandatos, entre 1995 e 2002, teceu amplos elogios ao mineiro em seu discurso durante a convenção nacional do PSDB. Destacou sua capacidade de gestão e o comparou a Ulysses Guimarães e a Tancredo Neves, avô de Aécio, que encarnavam o "sentimento das ruas" e a "transformação".
    "Aécio traz consigo o sentimento de um homem que deu a vida para o Brasil mudar", afirmou Fernando Henrique.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Cerca de 40 rebeldes pró-Rússia são mortos na Ucrânia

Cerca de 40 rebeldes pró-Rússia foram mortos nesta quinta-feira (12) durante confrontos na zona de Snizhne, na fronteira entre a Rússia e Ucrânia e nas regiões de Lugansk e Donetsk. O balanço foi divulgado pelo Ministério da Defesa da Ucrânia.
Helicópteros teriam intervindo para bloquear um comboio armado proveniente da Rússia. "Os soldados ucranianos destruíram dois meios de transporte blindados para o transporte de tropas, dois carros armados e dois caminhões Kamaz onde havia duas metralhadoras Kord", afirmou a nota do Ministério da Defesa ucraniano.
O Ministério informou que as tropas ucranianas retomaram o controle da fronteira com a Rússia nas regiões de Lugansk e Donetsk. Uma das localidades foi a cidade portuária de Mariupol. Militantes pró-Rússia reportaram "graves perdas" nos confrontos em Mariupol. Ontem, uma explosão atingiu o carro do líder separatista de Donetsk, Denis Pushilin.
De acordo com militantes da autoproclamada República Popular de Donetsk, três pessoas morreram na ocasião. A explosão ocorreu próximo à administração regional, que está ocupada por separatistas. Sete pessoas ficam feridas. Paraquedistas militares foram emboscados por separatistas e pelo menos dois morreram e 21 ficaram feridos. Ainda não está claro onde ocorreu o confronto, mas acredita-se que foi em torno de Sloviansk, zona localizada na fronteira com a Rússia.
O bilionário ucraniano e governador da região Dnipropetrovsk, Igor Kolomoisk, deu uma sugestão inusitada para tentar evitar que milícias separatistas e armamentos cheguem da Rússia: a construção de um muro de dois mil quilômetros. "Esta obra pode ser realizada em seis meses" e seu custo total seria de US$100 milhões (cerca de R$220 milhões), afirmou o governador.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Fundo inclui Itaú como réu em disputa envolvendo fusão com chileno CorpBanca


O fundo de investimento norte-americano Cartica Management LLC disse nesta quinta-feira que incluiu o Itaú Unibanco como réu em uma ação judicial que busca interromper os planos do banco brasileiro de assumir o controle do banco chileno CorpBanca.
O Cartica alega que o Itaú, o CorpBanca e o bilionário Alvaro Saieh, acionista controlador do CorpBanca, violaram a lei antifraude e as regras de governança dos Estados Unidos. O processo está pendente no Tribunal Distrital dos EUA do Distrito Sul de Nova York.
Em um comunicado, o fundo disse que Saieh, Itaú e CorpBanca "continuaram a reter informações materiais, e não corrigiram erros materiais", mesmo depois da ação, e violaram as leis de valores mobiliários dos EUA.
    O movimento do Cartica, um raro exemplo de ativismo de investidor na região, busca afetar a maior combinação bancária na América Latina desde 2008. O Cartica, que administra cerca de 2 bilhões de dólares em ativos, possui cerca de 3,2 por cento das ações ordinárias do CorpBanca.
O Itaú afirmou por meio de sua assessoria que não vai comentar o assunto.
A decisão de incluir o Itaú no processo baseou-se nos "mais recentes erros materiais em declarações e omissões de Saieh", disse o comunicado, acrescentando que neste momento "tornou-se claro para o Cartica que o Itaú está trabalhando ativamente com Saieh para fechar a transação."  
    Em seu comunicado, o fundo afirmou que Saieh e os outros réus "fizeram ou permitiram declarações enganosas e omissões que levaram à operação com o Itaú nos atuais termos injustos e subavaliados, sem que os acionistas minoritários do CorpBanca tivessem a oportunidade de adotar quaisquer medidas para proteger seus interesses."
Saieh começou a colocar partes do CorpGroup à venda no ano passado para levantar recursos depois de sua holding varejista SMU, que detém a cadeia de supermercados Unimarc, ter revelado erros contábeis que a forçaram a um aumento do endividamento e à quebra de cláusulas contratuais. Saieh também controla o jornal chileno La Tercera.
No ano passado, Saieh, um chileno de ascendência palestina, iniciou negociações com o Itaú para uma fusão, venda direta ou criação de uma estrutura que lhe permitisse continuar sendo um acionista relevante do CorpBanca, disseram fontes à Reuters em dezembro.
    Segundo o fundo Cartica, a compra do controle pelo Itaú beneficiaria Saieh por meio da venda de suas ações da subsidiária na Colômbia; de um empréstimo de 950 milhões de dólares do Itaú garantido por ações do CorpBanca; opções para vender sua participação no CorpBanca acima do valor de mercado; e a oportunidade de participar como sócio do Itaú em potenciais oportunidades de negócios na América Latina.
A fusão com o banco chileno dará ao Itaú não só uma importante presença no varejo bancário do Chile, mas também proporciona uma vertente de expansão na Colômbia, a economia de mais rápido crescimento da América do Sul no ano passado.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Número 2 dos republicanos na Câmara dos Deputados perde primária e promete renunciar


A derrota inesperada em eleições primárias de Eric Cantor, o segundo republicano mais importante na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, deixou o seu partido em pânico nesta quarta-feira, enquanto os mercados financeiros temiam a retomada das disputas orçamentárias que no passado causaram o fechamento do governo.
Cantor, que era líder da maioria republicana na Câmara desde 2011, perdeu a votação de terça-feira de forma inesperada para o professor de economia David Brat, ativista do movimento Tea Party que quer reduzir os gastos estatais e os impostos e defende um governo mais enxuto.
A derrota põe fim à busca de um oitavo mandato para Cantor e encerra de forma abrupta sua carreira como estrela em ascensão de olho na vaga de presidente da Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos.
Em entrevista coletiva à imprensa após um encontro a portas fechadas com seus colegas republicanos, Cantor declarou que irá renunciar à liderança do partido em 31 de julho.
Cantor disse que irá apoiar o congressista Kevin McCarthy, da Califórnia, como seu substituto, caso o colega queira o posto. Cantor e McCarthy eram aliados próximos e muitas vezes tiveram que tentar conter as exigências do Tea Party.
O congressista Pete Sessions, do Texas, que preside o Comitê de Regulamentos da Câmara, disse a repórteres que irá concorrer à liderança da maioria na casa. McCarthy e Sessions têm um histórico de votos conservadores. A eleição será em 19 de junho.
Tentando sanar as divisões que assolaram os republicanos da Câmara nos últimos três anos, Cantor disse: “As diferenças que podemos ter são pequenas e empalidecem em comparação com as diferenças que temos com a esquerda”.
O Capitólio foi agitado pelas especulações a respeito da possibilidade de a vitória do Tea Party em Richmond, distrito da Virgínia e reduto de Cantor, poder levar Washington aos duelos partidários de 2011, 2012 e 2013 em torno dos déficits do orçamento e do tamanho da máquina governamental.
Analistas dos mercados financeiros temem uma interrupção da relativa calmaria política que prevalece desde o acordo orçamentário de dezembro de 2013.
Para os democratas, a tormenta foi um sopro de ar fresco após uma série de eventos politicamente danosos que vinham preocupando Washington a menos de cinco meses das eleições parlamentares.
A legenda, que tenta manter o controle do Senado no pleito de novembro, foi abalada pelo escândalo da incapacidade governamental de oferecer tratamento médico a veteranos de guerra e da decisão do presidente, Barack Obama, de trocar cinco prisioneiros do Taliban por um militar norte-americano refém no Afeganistão.
O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, deve continuar no seu cargo ao longo deste ano e buscar a reeleição em 2015 se os republicanos mantiveram a maioria na Câmara, como esperado, na votação de novembro.

Taxistas no Rio dizem que aplicativo favorece transporte ilegal de passageiros

Duas pessoas foram encaminhadas à Delegacia Policial de Copacabana, na zona sul do Rio, acusadas de estarem exercendo ilegalmente a profissão de taxista em frente a um hotel também na zona sul. A denúncia foi feita por motoristas de táxi que protestavam hoje (11) na esquina da Avenida Atlântica com Princesa Isabel, uma das principais vias da zona sul da cidade, contra o aumento de táxis ilegais circulando pela cidade. Os manifestantes têm uma reunião marcada ainda para esta quarta-feira, na Câmara Municipal dos Vereadores, para tratar da questão.
A manifestação dos taxistas acontece simultaneamente com sindicatos de outros países, como Espanha, Inglaterra e França, que também fazem o mesmo tipo de protesto em seus países de origem. Os taxistas denunciam o uso de aplicativos para smartphones que, supostamente, oferecem caronas gratuitas, mas, segundo um dos líderes do movimento, André Oliveira, o aplicativo está sendo utilizado por pessoas sem licensa para conduzir táxis, mas que cobram um valor pela alegada carona, exercendo assim, uma atividade ilegal.
“Os táxis convencionais têm um cartão de identificação, selo de vistoria do órgão fiscalizador do município e placa vermelha com letras brancas. Esses carros têm placas cinzas, que são da categoria particular. É o carro de uma pessoa, de uma empresa, e param irregularmente na lateral de hotéis da cidade. Segundo informações, eles ganham propina para orientar os passageiros erradamente. Estamos fazendo uma campanha de conscientização da população e dos turistas para alertar que o táxi do Rio é amarelinho com uma faixa azul”, explicou Oliveira.
Os taxistas estão distribuindo panfletos em português e inglês para orientar as pessoas sobre o que deve ser observado em um carro que exerça a atividade legalmente, com autorização da Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro. De acordo com Oliveira, é perigoso, principalmente para turistas estrangeiros que não conhecem o Rio de Janeiro, entrar em carros que não tenham autorização legal para funcionar como táxi.
Oliveira disse ainda que o aplicativo de celular “oferece uma carona remunerada”. Segundo o taxista, um motorista pode baixar o software e se habilitar como "caroneiro”. A pessoa pede uma carona e é sugerido que dê uma “doação” ao caroneiro. “Se você falar ‘muito obrigado e tchau’, o caroneiro te marca com uma estrelinha. Se você pagar, o caroneiro te marca com cinco estrelas. Se você for marcado com uma estrelinha, ninguém vai aparecer para te dar carona na próxima vez”, completou.
De acordo com a Associação de Assistência aos Motoristas de Táxi do Brasil, existem mais de 33 mil táxis e 50 mil motoristas licenciados no município do Rio.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Militantes do Taliban atacam aeroporto de Karachi pela segunda vez


Insurgentes do Taliban paquistanês assumiram a responsabilidade por um ataque contra uma academia das forças de segurança do aeroporto de Karachi nesta terça-feira, menos de 48 horas após homens armados do grupo terem cercado o aeroporto mais movimentado do Paquistão, numa investida que resultou na morte de mais de 30 pessoas.
O ataque na noite de domingo destruiu as perspectivas de negociação de paz entre o Taliban e o governo do primeiro-ministro Nawaz Sharif e fez surgirem especulações de que o Exército deve optar por uma ofensiva contra redutos de militantes.
Nesta terça-feira um grupo de homens armados em motocicletas abriu fogo contra a academia controlada pela Força de Segurança de Aeroportos e fugiu depois que os agentes retaliaram. Ninguém ficou ferido, segundo as autoridades.
"Nós assumimos a responsabilidade por outro ataque bem-sucedido contra o governo", disse o porta-voz do Taleban paquistanês Shahidullah Shahid à Reuters. "Estamos conseguindo atingir todas as nossas metas e vamos continuar com muitos outros ataques desse tipo."
Dez militantes disfarçados de membros das forças de segurança e armados com lança-granadas invadiram o aeroporto no primeiro ataque, no domingo, um dos mais ousados da longa insurgência do Taliban. Pelo menos 34 pessoas morreram.
Refletindo uma atmosfera de nervosismo, o aeroporto de Karachi suspendeu todos os voos dentro e fora da cidade de 18 milhões pela segunda vez em dois dias, embora a maioria dos voos tenham sido retomados por volta das 06:30 (horário de Brasília).
Mais cedo, na terça-feira, aviões de combate paquistaneses bombardearam posições do Taliban na fronteira afegã.
"Nove esconderijos terroristas foram destruídos por ataques aéreos militares de manhã cedo, perto da fronteira entre Paquistão e Afeganistão", informou o setor de imprensa do Exército, acrescentando que 25 militantes foram mortos.
O Taliban paquistanês está aliado com os militantes afegãos com o mesmo nome e amos compartilham uma ideologia jihadista semelhante.
Os dois, no entanto, atuam como movimentos separados, focados inteiramente em derrubar o Estado paquistanês e estabelecer a estrita lei islâmica no país, enquanto o Taliban afegão está unido em sua campanha contra as forças invasoras estrangeiras.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

EUA condenam ataque mortal à aeroporto no Paquistão

Os Estados Unidos condenaram nesta segunda-feira o mortal ataque ao mais movimentado aeroporto do Paquistão que deixou mortos dezenas de pessoas.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que os norte-americanos se solidarizam com as famílias das vítimas fatais e daqueles que ficaram feridos.
Ontem, homens armados disfarçados de guardas policiais atacaram um terminal no Aeroporto Internacional Jinnah, em Karachi. O Taleban paquistanês assumiu a responsabilidade pelo ato e ameaça fazer mais ataques. O fato abalou as esperanças de retomada das negociações de paz entre os talebans paquistaneses e o governo.
Earnest disse que a reconciliação com o Taleban é uma decisão estratégica que o governo do Paquistão terá de fazer. Fonte: Associated Press.

Índios planejam manifestações na Copa do Mundo

Grupos indígenas pretendem aproveitar a visibilidade que a Copa do Mundo dará ao Brasil para protestar em diferentes pontos do país. Há ações previstas em ao menos três Estados que receberão jogos do torneio,  São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, além de manifestações em outras regiões.
Nas mobilizações, em que cobrarão do governo federal a retomada dos processos de demarcação de terra paralisados e pressionarão por outras bandeiras (saiba mais abaixo), os índios poderão se associar a outros movimentos para ampliar a projeção nacional dos atos.
As manifestações tiveram uma prévia no fim de maio, quando cerca de 500 índios se uniram a centenas de trabalhadores sem teto em Brasília. Houve confronto entre manifestantes e a polícia, e um policial teve a perna flechada.
Nesta semana, um pequeno grupo de indígenas participou de outro protesto em Brasília. Dezesseis membros do povo xakriabá, de Minas, se uniram a 200 integrantes de outras comunidades tradicionais em defesa da preservação das áreas remanescentes de cerrado.
Durante a Copa, porém, os principais protestos de indígenas deverão se concentrar no Sul e Sudeste do país.
‘Congelar a região Sul’
Um dos líderes do povo kaingang, da região Sul, o cacique Roberto dos Santos diz que uma reunião nesta semana definirá como se darão os protestos na região.
- Não vamos deixar a Copa acontecer baratinho, em vista do sofrimento das sociedades indígenas – ele diz à agência britânica de notícias BBC.
Segundo o cacique, os índios poderão protestar nas cidades da região que receberão jogos (Porto Alegre e Curitiba) ou em estradas.
- Temos a proposta de congelar a região Sul, bloqueando todos os seus acessos por via terrestre.
Os kaingang,  que hoje vivem em pequenas parcelas de seus territórios originais,  reivindicam a ampliação de suas terras. Diante do acirramento de conflitos entre índios e agricultores, porém, o governo federal suspendeu em maio de 2013 todos os processos de demarcação no país.
Segundo um documento da Funai (Fundação Nacional do Índio) obtido pela BBC, há 118 processos de demarcação de Terras Indígenas em curso. O órgão diz que 39 dessas terras estão em fase final de regularização.
O processo de demarcação prevê que, para ser concluído, ele deve receber uma aprovação final da Presidência da Funai e, em seguida, ser encaminhado para assinaturas do ministro da Justiça e da presidente da República.
Dez processos aguardam a aprovação final da presidente da Funai; outros 12, a assinatura do ministro da Justiça; e mais 17 dependem apenas de assinatura da presidente Dilma Rousseff.
A conclusão do processo de demarcação é fundamental, entre outros aspectos, para que ocupantes não índios sejam retirados dessas áreas.
O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo diz que os processos foram suspensos para evitar o agravamento de conflitos. Ele propõe que os casos sejam destravados em mesas de diálogo que incluam indígenas, agricultores afetados pelas demarcações e autoridades.
Desde a paralisação nos processos, porém, nenhum caso foi solucionado nas mesas de diálogo.
Funcionários da Funai dizem reservadamente que, no atual ritmo de negociações, serão necessários muitos anos para que todos os casos pendentes sejam levados a discussão.
Abertura da Copa
Outra cidade-sede da Copa que deve receber manifestações de indígenas nos próximos dias é São Paulo.
Nelson Wera Soares, cacique de uma aldeia guarani no bairro do Jaraguá, diz que o grupo está programando uma manifestação na abertura da Copa, na quinta-feira.
Os guaranis de São Paulo também querem a ampliação de suas terras. Na aldeia guarani no bairro do Jaraguá, 140 famílias vivem em área menor do que dois campos de futebol. O espaço, segundo os indígenas, é insuficiente para que mantenham seu estilo de vida tradicional.
Há estudos para aumentar essa área para 500 hectares, englobando o Parque Estadual do Jaraguá. Outras duas aldeias guaranis em São Paulo também buscam a ampliação de suas terras.
Segundo Soares, os índios poderão ainda protestar durante a Copa em conjunto com outros grupos, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Na última sexta, cerca de 150 índios guaranis e integrantes do MST e do Movimento Passe Livre protestaram na frente da Assembleia Legislativa paulista.
Atos regionais
Segundo Sonia Guajajara, coordenadora executiva da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), também devem ocorrer mobilizações em outras regiões do país habitadas por indígenas.
- Nossa orientação é para que as organizações regionais se juntem aos demais movimentos e participem dos atos de protesto durante a Copa – ela diz à BBC.
Guajajara critica o governo federal por gastar altas quantias com a Copa e dizer não ter recursos para solucionar problemas dos índios.
Segundo ela, boa parte dos conflitos atuais poderiam ser solucionados pagando-se indenizações para que agricultores que hoje ocupam áreas reclamadas por indígenas deixem essas terras.
Guajajara diz que a união entre índios e outros movimentos mostra que “há uma insatisfação geral da sociedade civil organizada com a postura do governo federal” nesta questão.
Os atos pelo país, diz ela, visam dar visibilidade para as seguintes bandeiras do movimento indígena nacional:
. Retomada imediata dos processos de demarcação de Terras Indígenas, suspensos em maio de 2013;
. Arquivamento das Propostas de Emenda à Constituição (PEC) 215 e 038, que transferem do governo federal para o Congresso a competência para demarcar Terras Indígenas. Índios dizem que a medida poria fim a demarcações, dada a força da bancada ruralista no Parlamento;
. Arquivamento do Projeto de Lei (PL) 1610, que regulamenta a exploração mineral em Terras Indígenas;
. Arquivamento do Projeto de Lei Complementar (PLP) 227, que altera o processo de demarcação de terras e regulamenta a definição de “interesse relevante público da União”. A proposta, dizem os indígenas, impediria novas demarcações e abriria o caminho para a exploração de recursos naturais nas Terras Indígenas já demarcadas;
. Aprovação de medida que transformaria a Comissão Nacional de Política Indigenista num Conselho, com maior poder de influir em políticas que afetam os povos indígenas;
. Revogamento da Portaria 303 da Advocacia Geral da União. A portaria definiu a posição do órgão federal quanto à demarcação de terras e, entre outros pontos polêmicos, admite a construção de grandes obras nessas áreas se houver “relevante interesse público da União”, além de proibir que terras já demarcadas sejam ampliadas;
. Amplo processo de consulta aos indígenas sobre a proposta do Ministério da Justiça para mudar os procedimentos de demarcação de terras;
. Fortalecimento institucional da Funai (Fundação Nacional do Índio). Indígenas dizem que o governo federal tem esvaziado as atribuições do órgão e reduzido seu orçamento, enfraquecendo o órgão indigenista.

domingo, 8 de junho de 2014

Metrô de São Paulo tem quatro linhas funcionando parcialmente no 4º dia de greve

As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha operam parcialmente por causa de obras; linha 5-Lilás funciona normalmente hoje

Quatro linhas do Metrô funcionam parcialmente em São Paulo neste domingo (8) após os metroviários decidirem manter a greve em assembléia realizada no sábado (7). A paralisação entra em seu 4º dia.
Ontem: Sindicato dos Metroviários decide manter greve pelo quarto dia consecutivo
Futurapress
Usuários aguardam em frente a estação de Metrô fechada por causa da greve em São Paulo (7/06)

Leia mais: No terceiro dia de greve, Metrô tem 34 das 65 estações abertas
A linha 4-Amarela está interditada em trecho das estações Paulista e Faria Lima por causa das obras de expansão nas futuras estações Fradique Coutinho e Oscar Freire. Os usuários poderão recorrer a operação Paese, Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência, nesse trecho, que coloca ônibus à disposição dos passageiros.
Já as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha continuam operando parcialmente. A linha 1-Azul opera entre o trecho Ana Rosa e Luz; a linha 2-Verde entre o trecho Ana Rosa e Clínicas e a linha 3-Vermelha das estações Bresser-Mooca a Marechal Deodoro. A linha 5-Lilás funciona normalmente desde as 4h45.
No domingo, às 10h, o Tribunal Regional do Trabalho, TRT, voltará a julgar a paralisação, marcada por ataques de ambos os lados - trabalhadores criticando intransigência de negociar do governo estadual paulista e vice-versa. Às 14h, nova assembleia na sede da categoria, no bairro do Tatuapé, zona leste, decidirá se a greve continuará na segunda-feira (9).
"A decisão foi unânime. Não teve voto contra nem abstenção", afirmou ao iG a assessoria da categoria.
Greve
Os mediadores propuseram então que, caso fosse dado aumento de 8,7%, a participação nos lucros e resultados (PLR) deveria ser dividida igualmente entre os empregados, uma das reivindicações dos metroviários. O Metrô também rechaçou essa possibilidade.
Os metroviários afirmaram, no início da sessão, que poderiam reduzir o pedido de reajuste de 12,2%, apresentado na quinta (5), desde que houvesse avanço na proposta da empresa. Esta foi a quinta reunião de conciliação entre as partes que terminou sem acordo. Sem nova proposta, as chances são mínimas de a assembleia dos trabalhadores, marcada para a noite desta sexta (6), decidir pelo encerramento da greve.
Na quinta, o TRT havia decidido que a fase de conciliação estava encerrada e que o julgamento do discídio coletivo caberia à Justiça. A pedido das partes, nova reunião foi marcada para esta sexta. O julgamento está pré-agendado para o próximo domingo (8), às 10h.
O maior entrave na negociação é o índice de reajuste. O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Metroviários de São Paulo pedia, inicialmente, 35,47% de aumento. O valor foi reduzido para 16,5% e, na última audiência, para 12,2%. O Metrô ofereceu 5,2%; 7,98% e, finalmente, 8,7%.
Como alternativa à greve, os metroviários propuseram novamente a abertura das catracas à população e o desconto do dia de trabalho dos funcionários. A empresa, no entanto, negou, alegando que o Metrô não pode abrir mão da receita, por se tratar de recurso público. Para tanto, seria necessário um processo legislativo.
Por decisão da Justiça, 100% os metroviários estão obrigados a, mesmo em greve, trabalhar nos horários de pico e 70% nos demais períodos. A decisão é questionada pelos trabalhadores.

sábado, 7 de junho de 2014

Sindicato dos Metroviários decide manter greve pelo quarto dia consecutivo

Após nova assembleia da categoria, neste sábado, trabalhadores optaram por manter paralisação no domingo

A abertura da Copa do Mundo se aproxima e o metrô segue paralisado em São Paulo. Em nova assembleia realizada no final da tarde deste sábado (7), o Sindicato dos Metroviários decidiu por manter para este domingo (8) a greve, que já afeta a cidade há três dias.
"A decisão foi unânime. Não teve voto contra nem abstenção", afirmou ao iG a assessoria da categoria, entrando em seu quarto dia de greve consecutiva no primeiro dia da semana do início do Mundial, na quinta (12), no Itaquerão.
No domingo, às 10h, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) voltará a julgar a paralisação, marcada por ataques de ambos os lados - trabalhadores criticando intransigência de negociar do governo estadual paulista e vice-versa. Às 14h, nova assembleia na sede da categoria, no bairro do Tatuapé, zona leste, decidirá se a greve continuará na segunda-feira (9).
A decisão da categoria é consequência da decisão da Companhia do Metropolitano (Metrô) de São Paulo de manter  sua última proposta de reajuste salarial (8,7%) feita aos trabalhadores, em audiência realizada na sexta (6), no TRT. Os mediadores do TRT tribunal chegaram a propor que a empresa apresentasse um aumento de, ao menos, 9%. A empresa, no entanto, não aceitou.
Leia mais: No terceiro dia de greve, Metrô tem 34 das 65 estações abertas
Os mediadores propuseram então que, caso fosse dado aumento de 8,7%, a participação nos lucros e resultados (PLR) deveria ser dividida igualmente entre os empregados, uma das reivindicações dos metroviários. O Metrô também rechaçou essa possibilidade.
Os metroviários afirmaram, no início da sessão, que poderiam reduzir o pedido de reajuste de 12,2%, apresentado na quinta (5), desde que houvesse avanço na proposta da empresa. Esta foi a quinta reunião de conciliação entre as partes que terminou sem acordo. Sem nova proposta, as chances são mínimas de a assembleia dos trabalhadores, marcada para a noite desta sexta (6), decidir pelo encerramento da greve.
Na quinta, o TRT havia decidido que a fase de conciliação estava encerrada e que o julgamento do discídio coletivo caberia à Justiça. A pedido das partes, nova reunião foi marcada para esta sexta. O julgamento está pré-agendado para o próximo domingo (8), às 10h.
O maior entrave na negociação é o índice de reajuste. O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Metroviários de São Paulo pedia, inicialmente, 35,47% de aumento. O valor foi reduzido para 16,5% e, na última audiência, para 12,2%. O Metrô ofereceu 5,2%; 7,98% e, finalmente, 8,7%.
Como alternativa à greve, os metroviários propuseram novamente a abertura das catracas à população e o desconto do dia de trabalho dos funcionários. A empresa, no entanto, negou, alegando que o Metrô não pode abrir mão da receita, por se tratar de recurso público. Para tanto, seria necessário um processo legislativo.
Por decisão da Justiça, 100% os metroviários estão obrigados a, mesmo em greve, trabalhar nos horários de pico e 70% nos demais períodos. A decisão é questionada pelos trabalhadores.
Neste sábado, plano de contingência do Metrô, que coloca supervisores para fazer o trabalho dos grevistas, levou 34 das 65 estações da capital paulista a funcionarem. Devido à falta de funcionários, no entanto, o horário de fechamento voltou a ser antecipado para as 23h - duas horas mais cedo do que o normal no dia.

Pelo Facebook, Marina Silva declara que Rede não seguirá aliança do PSB com PSDB

PSB anuncia apoio a chapa de Alckmin e Marina considera aliança um 'equívoco'.

A pré-candidata a vice-presidente da República pelo PSB, Marina Silva, usou as redes sociais para afirmar neste sábado (7/6) que considera um "equívoco" o diretório do partido em São Paulo  dar apoio ao projeto político do PSDB para as eleições. Marina estava se referindo à votação dos membros do diretório do PSB em São Paulo que aprovaram nesta sexta-feira (6) o indicativo de coligação do partido com o PSDB, que deve tentar a reeleição de Geraldo Alckmin para o governo do estado, além da candidatura do presidente estadual do PSB, deputado federal Márcio França, como vice de Alckmin.
No seu perfil do Facebook, Marina se posicionou contra a decisão do partido. “Juntamente com todos os integrantes da Rede Sustentabilidade, discordo da indicação aprovada ontem na reunião do diretório estadual do PSB de São Paulo de apoiar o projeto político do PSDB. Para nós, isso é um equívoco”, diz o texto. Marina ainda destaca que o PSB, partido no qual ela se aliou por não ter conseguido fundar a Rede Sustentabilidade e tem Eduardo Campos como candidato à Presidência, tem que optar por uma independência no estado, com candidatura própria. "Desde já, deixamos clara nossa posição de que, caso essa indicação não seja revertida, seguiremos caminho próprio e independente em São Paulo", afirmou através da nota.
Marina Silva se posiciona contra decisão do PSB através das redes sociais
Marina Silva se posiciona contra decisão do PSB através das redes sociais
Veja a nota completa divulgada no Facebook:
"Juntamente com todos os integrantes da Rede Sustentabilidade, discordo da indicação aprovada ontem na reunião do diretório estadual do PSB de São Paulo de apoiar o projeto político do PSDB. Para nós, isso é um equívoco. Consideramos necessário manter independência e lançar uma candidatura própria, que dê suporte ao projeto de mudança para o Brasil liderado por Eduardo Campos, e que dê ao povo de São Paulo a chance de fazer essa mudança também no âmbito estadual.A Rede Sustentabilidade não seguirá essa indicação. Em todo o país, estamos debatendo o assunto e apoiando nossos companheiros de São Paulo na busca de uma alternativa que supere a velha polarização PT-PSDB, e que proporcione apoio efetivo à candidatura de Eduardo Campos, que demonstre uma nova forma de fazer política e, principalmente, que represente os ideais de democracia e sustentabilidade expressos no programa de nossa Aliança.Esperamos que os companheiros do PSB, em sua convenção estadual, não levem adiante essa proposta. Nesse sentido, manteremos o diálogo aberto e respeitoso. Mas, desde já, deixamos clara nossa posição de que, caso essa indicação não seja revertida, seguiremos caminho próprio e independente em São Paulo. A nova força política que emerge no Brasil, interpretando o desejo de mudança tantas vezes manifestado por milhões de pessoas, encontrará também em São Paulo sua legítima expressão".

Homens armados fazem centenas de estudantes reféns em universidade no Iraque


Homens armados ocuparam uma universidade na província iraquiana de Anbar no sábado, fazendo centenas de estudantes e seus professores reféns no campus, disseram fontes de segurança, no terceiro ataque nesta semana de militantes que devastaram duas outras cidades.
Depois de passarem por guardas durante a noite, os homens armados invadiram a Universidade de Anbar, em Ramadi, que havia tido partes tomadas por tribos contrárias ao governo e insurgentes desde o início do ano.
Forças de segurança cercaram a unversidade no sábado e trocaram tiros com os militantes, que haviam plantado bombas atrás deles e estavam patrulhando os telhados com rifles.
Fontes no hospital de Ramadi disseram que haviam recebido os corpos de duas pessoas, uma delas um estudante e a outra um policial.
Um professor preso dentro do departamento de física disse que alguns funcionários que moram fora de Ramadi haviam passado a noite na universidade porque esse é o período de provas.
"Ouvimos forte troca de tiros por volta das 4 da manhã. Achamos que eram as forças de segurança vindo para nos proteger, mas ficamos surpresos em ver que eram homens armados", disse ele à Reuters por telefone. "Eles nos forçaram a entrar nas salas e agora não podemos sair."
Mais tarde ele conseguiu escapar junto com 15 colegas e alunos.
Os militantes permitiram que de 100 a 150 outras pessoas saíssem do campus, disseram fontes. A identidade deles não era clara, mas Ramadi é uma das duas cidades em Anbar que foi assolada no início do ano por insurgentes tribais e sunitas.

EUA e Irã se reunirão na próxima semana para debater programa nuclear


Autoridades de Estados Unidos e Irã se reunirão em Genebra na segunda e na terça-feira antes da próxima rodada de negociações entre os iranianos e seis potências mundiais sobre o programa nuclear do país islâmico, informou neste sábado o Departamento de Estado norte-americano.
A delegação dos EUA será chefiada pelo número dois do Departamento de Estado, Bill Burns, que liderou as negociações secretas que ajudaram a desenhar o acordo nuclear provisório entre o Irã a as potências, alcançado no dia 24 de novembro.
A reunião acontecerá depois de a última rodada de conversas nucleares entre o Irã e as seis potências, ocorridas em Viena no mês passado, ter sido marcada por dificuldades. Ambos os lados acusaram o outro de fazer exigências pouco realistas nas negociações, que têm como objetivo frear o programa atômico de Teerã e colocar fim às sanções contra a nação.
A decisão dos EUA de ir a Genebra para se encontrar com a delegação iraniana, que segundo uma autoridade norte-americana pode ser chefiada pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, realça a vontade de Washington de retomar as negociações.
“Sempre dissemos que participaríamos de forma bilateral com os iranianos se isso ajudar a avançar nossos esforços, em coordenação ativa com o grupo P5+1”, afirmou o responsável à Reuters.
“Para provar que realmente podemos chegar a uma solução diplomática com o Irã sobre o seu programa nuclear, temos que realizar uma diplomacia muito ativa e agressiva", acrescentou.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Projeto de lei espanhol prevê dupla nacionalidade para judeus sefarditas


O governo espanhol aprovou um projeto de lei nesta sexta-feira permitindo que descendentes de judeus sefarditas expulsos do país em 1492 tenham a nacionalidade espanhola, sem abrir mão de sua cidadania atual.
Embora o projeto ainda precise do aval do Parlamento espanhol antes de se tornar lei, há poucas dúvidas de que ele será aprovado, já que os conservadores no poder têm a maioria absoluta no Legislativo.
"Esta lei estabelece os critérios para a concessão de nacionalidade (espanhola) aos cidadãos sefarditas", disse a vice-primeira-ministra Soraya Sáenz de Santamaría, durante uma entrevista coletiva após a reunião semanal do gabinete.
Cerca de 300.000 judeus viviam na Espanha antes de os monarcas católicos Isabel e Fernando ordenarem que judeus e muçulmanos se convertesem à fé católica ou deixassem o país.
A lei, que foi divulgada pela primeira vez em fevereiro, potencialmente beneficia cerca de 3,5 milhões de judeus sefarditas cujos ancestrais se estabeleceram em países como Israel, França, Estados Unidos, Turquia, México, Argentina e Chile.
Os candidatos devem comprovar sua origem sefardita por meio de um certificado da federação da comunidade judaica na Espanha ou do chefe da comunidade judaica do país em que residam, por meio do idioma ou ascendência.
A legislação espanhola normalmente não permite a dupla cidadania, exceto para as pessoas da vizinha Andorra, Portugal ou das ex-colônias, como as Filipinas, Guiné Equatorial ou países da América Latina.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Operação contra prostituição infantil e tráfico prende quatro no MT

Uma ação contra a prostituição de adolescentes e crianças e tráfico de drogas que teve início na quarta-feira prendeu quatro pessoas em Sapezal (MT). A operação Vassoura de Fogo teve foco em um local chamado de Cinzeiro. No ditado popular local, vassoura de fogo varre a promiscuidade da vida das pessoas. “Vamos continuar investigando se há outras meninas fazendo programas sexuais aqui e acabar com essa praga do turismo sexual", diz o investigador Juliano Godoy.
Segundo ele, está começando a exposição agropecuária na cidade e há a suspeita de que muitas meninas foram levadas a Sapezal justamente por causa disso.
A região conhecida como Cinzeiro tem mais de 20 bares, residências e lanchonetes de prostituição, que atendem principalmente a caminhoneiros. A região é forte em agronegócio e é intenso o trânsito de caminhões para o escoamento da safra de grãos, principalmente milho e soja, até Rondônia. “Aqui é corredor de escoamento da safra. Os caminhoneiros vão daqui até o porto de Porto Velho e param para se divertir”, explica Godoy. Segundo ele, o local é frequentado também por trabalhadores que atuam nas grandes fazendas da região.
Durante a operação, a polícia cumpriu ainda sete mandados de busca e apreensão na manhã de quarta-feira. Além das quatro pessoas presas, duas foram autuadas em Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e 10, conduzidas à delegacia para prestar esclarecimentos por supostos envolvimento com o tráfico de drogas e exploração sexual de menores.
Foram presos Diones Pereira da Silva, 25 anos, Cleide Lucia Bispo, 43 anos, Priscila de Moura Campos, 30 anos, e Antonio Pereira da Silva, 40 anos, indiciados pelos crimes de tráfico de drogas, receptação e roubo.
A delegada da cidade, Cinthia Gomes da Rocha Cupido, informa que, antes de desencadear a operação, foram mais de 60 dias de tocaias e outras formas de apuração dos fatos.
A dona do Bar da Cleide, que leva seu nome, tentou jogar no vaso sanitário 50 gramas de cocaína, quando os policias chegaram, mas foi impedida. Ela é reincidente. Há três anos já havia sido presa também por tráfico de drogas, e foi presa autuada em flagrante mais uma vez.
Na casa de outro preso, Diones da Silva, havia uma grande quantidade de semijoias furtadas um dia antes, avaliadas em torno de R$ 10 mil, mais duas porções de maconha, com cerca de 50 gramas cada. Ele foi encaminhado à delegacia e preso por receptação.

Ucrânia fecha parcialmente fronteira com a Rússia

O presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turcinov, anunciou que fechou parcialmente as suas fronteiras com a Rússia no leste do país nesta quinta-feira (5).    O presidente alega que a medida é para impedir a entrada de armas e militantes nas cidades  separatistas de Donetsk e Lugansk. A Rússia disse estar indignada com a decisão de Kiev. "Em vez de abrir estas fronteiras para todos aqueles que desejam deixar a área das ações militares, estas são fechadas. É absolutamente ofensivo e inaceitável", declarou Aleksandr Lukashevich, porta-voz do ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov. Já o governador da região russa de Rostov do Don, Vasili Golubev declarou estado de emergência em 15 distritos na fronteira com a Ucrânia em decorrência do fluxo de refugiados. A cidade registrou a entrada de mais de 8 mil cidadãos ucranianos nas últimas 24 horas que fugiram das violências no leste do país, informou o responsável russo para os direitos das crianças, Pavel Astakhov. O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, acusou as autoridades ucranianas de mentir negando a ausência de refugiados deixando o leste do país e definiu a situação humanitária "sem precedentes", informando a chegada de ao menos 3 mil pessoas por dia em Rostov do Don.
Conflitos
Em Sloviansk, a cidade separatista no leste da Ucrânia, e outras cidades da região leste perto de Donetsk, estão sem água depois que um ataque militar do exército ucraniano danificou uma central elétrica que alimentava o Voda Donbassa Comapny, o aqueduto que fornece água potável em toda a região. A informação é da fonte dos separatistas pró-russos, citada pela agência de notícias russa Itar-Tass. Os moradores dispõem apenas de reservas de água já armazenadas ou de água mineral vendida nos supermercados. As localidades de Kramatorsk, Druzhkovka, Konstantinovka, e outros municípios menores ficaram também sem água. A assessoria de imprensa do ministério das Situações de Emergência informou que foi organizado um serviço de caminhões para fornecer água na região. O governo informou que o fornecimento da água será retomado "depois que acabarem as hostilidades militares na região".
G7
Medvedev criticou as afirmações do G7, a reunião dos sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Japão), que começou ontem (4) em Bruxelas e trata da crise na Ucrânia e a posição russa no conflito. "O chamado G7 ainda discute as ações moderadas por parte das tropas ucranianas contra o próprio povo. Não existem limites sobre o cinismo", disse o primeiro-ministro russo. Ontem, em esboço da declaração do G7 confirmou a ameaça de novas sanções contra a Rússia em ocasião da falta d recuo do país na crise ucraniana. "A anexação ilegal da Crimeia e as ações de desestabilização no leste da Ucrânia são inaceitáveis e devem acabar, caso contrário, se necessário os países do G7 estão prontos a reforçar as sanções aplicando sanções suplementares", alerta o comunicado. A cúpula dos sete países realizada em Bruxelas, deveria acontecer em Sóchi, na Rússia, mas foi transferida e a participação da Rússia do grupo foi suspensa por causa da crise ucraniana e da posição deste país no conflito.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Assad ganha eleições na Síria com 88,7% dos votos

O Parlamento sírio anunciou que o atual presidente sírio, Bashar al-Assad, foi reeleito. O candidato ao pleito realizado na última terça-feira, 3, obteve 88,7% dos votos.
De acordo com o porta-voz do Parlamento, Jihad Laham, os candidatos da oposição, Hassan al-Nouri and Maher Hajjar, obtiveram 4,3% e 3,2% dos votos, respectivamente.
A Suprema Corte Constitucional do país comunicou que 73,42% dos sírios foram às urnas.
As votações foram realizadas apenas em regiões controladas pelo regime. O pleito foi chamado de farsa pela oposição e pela comunidade internacional.

Vala comum pode ter 796 restos de crianças na Irlanda

Uma investigadora independente encontrou vestígios de uma vala comum com 796 restos de crianças em Galway, na Irlanda. Catherine Corless descobriu quase 800 certidões de óbito do orfanato católico de Tuam, para onde eram mandadas as mães solteiras entre os anos de 1926 e 1961.
As autoridades da Igreja de Galway, no oeste da Irlanda, disseram desconhecer que tantas crianças morreram no local e foram enterradas pelas monjas católicas. O arcebispo de Tuam, Michael Neary, porém, afirmou que se reunirá com as autoridades da Igreja para realizar uma arrecadação de fundos para instalar uma placa com todos os nomes das 796 crianças e oferecer um serviço religioso no lugar.
A câmara séptica, onde Corless acredita que os restos mortais estão enterrados, era utilizada para a limpeza das pessoas pobres que frequentavam o local antes dele se tornar um orfanato. Por isso, acreditava-se que os ossos eram de pessoas que haviam morrido no século XIX.
As certidões de óbito mostram que as crianças eram, em sua maioria, bebês recém-nascidos ou com menos de um ano de idade e que tiveram como causa da morte vários tipos de doenças infecciosas, deformidades e nascimento prematuro. Segundo Corless, de acordo com as regras católicas, os filhos de mulheres solteiras não eram batizados e, se morressem em um orfanato, não recebiam um enterro cristão, terminando em valas comuns. As famílias também tinham o hábito de enviar as filhas grávidas - que não estivessem casadas - para esse tipo de lugar, onde viviam escondidas do resto da comunidade.
Apesar da iniciativa da Igreja, Corless e outros ativistas de Tuam organizaram um comitê, não só para construir o memorial pelas crianças, mas também para que seja lançada uma investigação pública e o local seja escavado. Já o governo irlandês não quis comentar o assunto. O orfanato foi demolido há décadas para a construção de uma série de casas no local.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Obama pede que aliados europeus aumentem despesas militares

O presidente norte-americano, Barack Obama, pediu hoje (3) que os aliados europeus aumentem as despesas militares, após encontro com o presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, na capital do país, Varsóvia.
“Vemos um decréscimo contínuo. Isso deve mudar”, disse o chefe de Estado norte-americano na capital polaca, lamentando os cortes aplicados na Europa na despesa militar devido à crise econômica.
Obama disse que, salvo algumas exceções, como a Polônia, os países europeus não têm feito a sua parte do trabalho no seio da aliança, o que ficou exposto na crise ucraniana.
“Querem ser membros plenos quando se trata da sua defesa, o que significa que também têm de ser [membros plenos] quando é preciso contribuir. É uma questão inseparável”, explicou Obama, em entrevista.
Ele lembrou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi a “pedra fundamental” da segurança dos Estados Unidos, mas que o país não pode fazer isso sozinho.
“Temos de assegurar que todos que são membros plenos da Otan têm uma associação de forma plena”, acrescentou.
Obama falou durante entrevista conjunta com o presidente Komorowski, que anunciou nesta terça-feira que, dada a nova situação em matéria de segurança após a anexação da República Autônoma da Crimeia pela Rússia, o governo de Varsóvia decidiu aumentar as despesas de defesa de 1,95% do Produto Interno Bruto para 2%.
O líder norte-americano iniciou hoje na Polônia uma visita pela Europa. Ele passará também pela Bélgica e pela França.

Em Varsóvia, Obama oferece ajuda militar a aliados do Leste Europeu



O presidente Barack Obama garantiu à Polônia e a seus vizinhos do Leste Europeu nesta terça-feira que o compromisso dos Estados Unidos com a sua segurança é sagrado, no início de uma viagem de quatro dias com a intenção de mostrar a determinação dos Estados Unidos após a intervenção russa na Ucrânia.
A Casa Branca revelou planos de uma iniciativa de 1 bilhão de dólares para enviar temporariamente um maior contingente de suas Forças Armadas à Europa, mas não chegou a prometer o reforço à sua presença permanente, como alguns dos aliados de Washington desejam. O governo norte-americano também informou que os Estados Unidos iriam rever a presença de suas forças no continente.
Falando em um hangar de aviões no aeroporto de Varsóvia, onde se encontrou com aviadores norte-americanos que participam de um programa conjunto com a Força Aérea polonesa, Obama disse que os compromissos dos EUA com a Polônia e a região são a pedra angular da própria segurança dos Estados Unidos.
"Como amigos e aliados, estamos unidos", disse Obama, cuja estada de dois dias em Varsóvia incluirá reuniões com o presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, e outros líderes da Europa Central e do Leste.
Obama está sob a pressão de críticos nos EUA, que dizem que ele não está mostrando liderança suficiente no cenário mundial, e de alguns aliados da Otan na Europa Oriental, que temem se tornar os próximos alvos da expansão russa e querem mais proteção dos EUA.
Mas as potências ocidentais também devem encontrar um equilíbrio delicado, porque um grande aumento das forças da Otan nas fronteiras da Rússia poderia levar a medidas recíprocas do Kremlin e uma escalada da corrida armamentista.
Ministros da Defesa da Otan vão se reunir em Bruxelas na terça-feira para discutir medidas de longo prazo para fortalecer as defesas da aliança no Leste Europeu e estudar como combater as táticas usadas pela Rússia na Ucrânia.
NOVA VIGILÂNCIA
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, também em Varsóvia, disse que uma resposta à crise na Ucrânia seria um dos pontos principais nas reuniões de Obama na Polônia.
"Estamos aqui hoje, porque este continua a ser um novo momento de desafio para todos nós", Kerry disse a repórteres. "Eventos na Ucrânia libertaram forças que todos nós esperávamos que tivessem terminado... que eram página virada. Por isso, isso requer nova vigilância e requer um compromisso claro."
A assistência militar proposta pela Casa Branca prevê uma maior participação dos Estados Unidos nos treinamentos e manobras militares, o envio de planejadores militares norte-americanos, e posições navais mais persistentes no Mar Negro e do Mar Báltico, às portas da Rússia.
A Casa Branca disse em um comunicado que iria construir a capacidade da Ucrânia e de outros dois países aliados nas fronteiras da Rússia, Geórgia e Moldávia. Obama disse estar buscando o apoio do Congresso dos Estados Unidos para o plano.
Obama irá se reunir na quarta-feira com o presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, e participará na sexta-feira da comemoração, na França, do desembarque dos Aliados na Normandia na Segunda Guerra Mundial (o chamado Dia D), ao lado do presidente russo, Vladimir Putin.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Escavações para encontrar vestígios de Maddie começam esta terça-feira


A Polícia Judiciária e a Scotland Yard (britânica) concluíram, cerca das 18.15 horas de segunda-feira, os trabalhos de marcação de um terreno na Praia da Luz, para aí procurarem "vestígios" que possam levar ao paradeiro da Madeleine McCann.
Madeleine McCann desapareceu a 3 de maio de 2007 quando a família britânica estava alojada de férias no Algarve.
Fonte da PJ disse, esta segunda-feira, à Lusa que os trabalhos que foram iniciados preveem a marcação de locais referenciados pela polícia britânica, que através de carta rogatória requereu as diligências para escavações na procura de indícios.
A mesma fonte explicou que os trabalhos irão recomeçar na terça-feira, às oito horas com escavações do "tipo arqueológicas", prevendo-se depois a utilização de máquinas escavadoras.
Sete anos depois, as autoridades portuguesas e inglesas preveem fazer escavações em diversos locais já revelados pelas autoridades britânicas, em terrenos adjacentes ao apartamento onde a família McCan esteve alojada de férias de 2007.
As diligências foram requeridas pela Scotland Yard, que nunca fechou a investigação, ao contrário das autoridades portuguesas, que encerraram o processo em 2008.
Na Praia da Luz são visíveis alguns terrenos delineados por fitas, em locais previamente definidos pela polícia britânica.
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 03 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico na Praia da Luz, no Algarve.

Rei Juan Carlos, da Espanha, vai abdicar em favor do filho


O rei Juan Carlos, da Espanha, anunciou na segunda-feira que irá abdicar em favor de seu filho mais popular, o príncipe Felipe, em uma aparente tentativa para reviver a monarquia, abalada por escândalos, em um momento econômico difícil e de crescente descontentamento com a elite política.
"Uma nova geração está, com razão, pedindo para assumir o papel de liderança", afirmou Juan Carlos na TV, horas depois do anúncio surpresa feito pelo primeiro-ministro, Mariano Rajoy, de que o rei iria renunciar após quase 40 anos no trono.
Juan Carlos, de 76 anos, que já foi popular e ajudou na suave transição da Espanha para a democracia nos anos 1970, depois da ditadura de Francisco Franco, perdeu nos últimos anos o apoio da população por causa de vários escândalos de corrupção e gafes.
Sua filha, princesa Cristina, e o marido dela, Iñaki Urdangarin, estão sendo investigados em um caso de corrupção. Ambos negam qualquer irregularidade. Um juiz em Palma de Mallorca deve decidir em breve se Urdangarín irá a julgamento pelas acusações de desvio de 6 milhões de euros de fundos públicos por meio de entidades beneficentes.
Segundo Rajoy, o rei, que está com a saúde fragilizada e passou por cinco operações em dois anos, incluindo uma cirurgia de substituição de prótese no quadril, está deixando o cargo por razões pessoais.
Uma fonte da palácio real disse à Reuters que a decisão do rei se deveu a razões políticas e não pela sua saúde.
"É uma decisão política. Ele está abdicando dados os novos desafios na Espanha, disse a fonte.
A Espanha não tem uma lei precisa regulamentando a abdicação e a sucessão. Rajoy disse que seu gabinete iria reunir-se em breve para definir as etapas para que o príncipe Felipe assuma o trono, como Felipe VI.
Analistas políticos disseram que o governista Partido Popular está ansioso para colocar no trono Felipe, que tem popularidade alta, com o objetivo de combater o crescente sentimento antimonarquista, depois que pequenos partidos de esquerda e partidos ani-establishment foram surpreendentemente bem nas eleições para o Parlamento europeu.
O país acaba de sair de uma difícil e duradoura recessão que abalou a confiança da população nos políticos, na família real e em outras instituições.
Felipe, de 46 anos, assumiu no último ano papel cada vez mais proeminente em cerimônias e não foi afetado pelo escândalo de corrupção no qual estão envolvidos sua irmã e cunhado.

Ao menos 20 morrem em confrontos em cidade da Líbia, dizem médicos


Ao menos 20 pessoas morreram e quase 70 ficaram feridas quando o exército líbio e as forças de um ex-general combatiam militantes islâmicos na cidade oriental de Benghazi na segunda-feira, disseram fontes médicas.
O Exército contou com o apoio de helicópteros de combate pertencentes às forças leais ao ex-general Khalifa Haftar, que quer livrar o estado norte-Africano de militantes islâmicos, que segundo ele estão fora de controle devido a um governo fraco.
Ao menos 20 pessoas morreram e 67 ficaram feridos só em Benghazi, disseram médicos do hospital. Houve registro de cerca de 18 feridos em al-Marj, a leste da cidade de Benghazi, onde também houve conflitos, informaram fontes médicas.
A Líbia vive em uma crise prolongada três anos após a guerra apoiada pela Otan que derrubou Muammar Gaddafi, com facções regionais islâmicas, anti-islâmicas e políticos envolvidos no conflito.
O grupo militante Ansar al-Sharia atacou nesta segunda-feira um acampamento que pertencia às forças especiais do Exército, disseram moradores. As tropas de Haftar se juntaram à batalha que ocorreu em áreas residenciais. As famílias, assustadas, permaneceram dentro das casas. As escolas e universidades ficaram fechadas.
Tropas especiais do Exército também foram vistas movendo reforços para a área de combate no oeste de Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia.
Haftar iniciou há duas semanas uma campanha para combater os islâmicos. Desde então, a vida pública está quase paralisada na cidade, sede de várias companhias de petróleo. O aeroporto está fechado.

domingo, 1 de junho de 2014

SP: micro-ônibus sem motorista atropela 5 na zona norte

Um micro-ônibus sem motorista e vazio desceu a rua Adolfo Lazzari, no Jardim Princesa, zona norte de São Paulo, bateu em três veículos e atropelou cinco pessoas, na noite deste sábado.
O motorista, 47 anos, contou à polícia que, após terminar o expediente, estacionou o veículo e saiu. Ele disse não saber o porquê de o coletivo ter ficado sem freio e descido a rua.
O veículo bateu em três carros estacionados ao longo do caminho, atropelou cinco pessoas e só parou quando colidiu com o muro de uma casa, na esquina com a rua Celso Falconi Moreira.
As vítimas foram socorridas pelo Samu e pelo Corpo de Bombeiros aos hospitais Mandaqui, Tatuapé e São Camilo. O caso foi encaminhado ao 72º Distrito Policial.

Nível do Sistema Cantareira tem leve queda neste domingo

O nível do Sistema Cantareira registrou leve queda neste domingo, segundo informações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Em seu site, a Sabesp aponta que o nível é de 24,8% neste domingo, antes 24,9% ontem.
O nível de 24,8% considera o volume morto, volume de água que precisa ser bombeado para chega às estações de tratamento – procedimento que está sendo realizado desde o dia 15 de maio. O Sistema Cantareira enfrentou a maior crise da história no início de 2014, chegando a atingir 8,8% no dia 12 de maio.
De acordo com a Sabesp, desde 1930, quando começou a medição, nunca choveu tão pouco. Em dezembro do ano passado, por exemplo, foram registrados 62 milímetros de precipitação, quando a média histórica para o mês é de 226 milímetros. Já em janeiro deste ano, foram 87,8 milímetros, o pior índice em 84 anos, pois a média histórica é de 260 milímetros.

Prisioneiros do Taleban libertados pelos EUA vão voltar ao combate, dizem afegãos


A libertação de cinco prisioneiros do Taleban em troca de um soldado norte-americano têm gerado críticas por parte de alguns afegãos, que dizem que os detidos são perigosos e vão retomar laços com organizações terroristas para voltar ao combate.
Os homens foram mantidos na base naval norte-americana na baía de Guantánamo, Cuba, desde 2002 e foram classificados pelo Pentágono como de "alto risco" e "susceptíveis de constituir ameaça".
Dois deles também foram envolvidos no assassinato de milhares da minoria muçulmana xiita no Afeganistão, de acordo com o exército dos Estados Unidos.
Eles foram libertados em troca do sargento norte-americano Bowe Bergdahl, único prisioneiro de guerra norte-americano mantido no Afeganistão que foi levado a um hospital militar dos EUA na Alemanha neste domingo.
"Eles definitivalemente vão voltar ao combate, se estiverem bem de saúde", disse uma autoridade da agência de espionagem do Afeganistão, que pediu para ser mantido em anonimato por conta da sensibilidade do assunto.
"Eles vão ser pessoas muito perigosas, pois têm conexões com organizações terroristas regionais e internacionais."
O Taleban negou que os prisioneiros vão voltar ao combate, mas disse que a troca não deveria ser vista como um gesto de boa vontade nem como passos em direção à retomada das negociações de paz.