Duas pessoas foram encaminhadas à Delegacia Policial de Copacabana,
na zona sul do Rio, acusadas de estarem exercendo ilegalmente a
profissão de taxista em frente a um hotel também na zona sul. A denúncia
foi feita por motoristas de táxi que protestavam hoje (11) na esquina
da Avenida Atlântica com Princesa Isabel, uma das principais vias da
zona sul da cidade, contra o aumento de táxis ilegais circulando pela
cidade. Os manifestantes têm uma reunião marcada ainda para esta
quarta-feira, na Câmara Municipal dos Vereadores, para tratar da
questão.
A manifestação dos taxistas acontece simultaneamente com
sindicatos de outros países, como Espanha, Inglaterra e França, que
também fazem o mesmo tipo de protesto em seus países de origem. Os
taxistas denunciam o uso de aplicativos para smartphones que,
supostamente, oferecem caronas gratuitas, mas, segundo um dos líderes do
movimento, André Oliveira, o aplicativo está sendo utilizado por
pessoas sem licensa para conduzir táxis, mas que cobram um valor pela
alegada carona, exercendo assim, uma atividade ilegal.
“Os táxis
convencionais têm um cartão de identificação, selo de vistoria do órgão
fiscalizador do município e placa vermelha com letras brancas. Esses
carros têm placas cinzas, que são da categoria particular. É o carro de
uma pessoa, de uma empresa, e param irregularmente na lateral de hotéis
da cidade. Segundo informações, eles ganham propina para orientar os
passageiros erradamente. Estamos fazendo uma campanha de conscientização
da população e dos turistas para alertar que o táxi do Rio é
amarelinho com uma faixa azul”, explicou Oliveira.
Os taxistas
estão distribuindo panfletos em português e inglês para orientar as
pessoas sobre o que deve ser observado em um carro que exerça a
atividade legalmente, com autorização da Secretaria Municipal de
Transportes do Rio de Janeiro. De acordo com Oliveira, é perigoso,
principalmente para turistas estrangeiros que não conhecem o Rio de
Janeiro, entrar em carros que não tenham autorização legal para
funcionar como táxi.
Oliveira disse ainda que o aplicativo de
celular “oferece uma carona remunerada”. Segundo o taxista, um motorista
pode baixar o software e se habilitar como "caroneiro”. A pessoa pede
uma carona e é sugerido que dê uma “doação” ao caroneiro. “Se você falar
‘muito obrigado e tchau’, o caroneiro te marca com uma estrelinha. Se
você pagar, o caroneiro te marca com cinco estrelas. Se você for marcado
com uma estrelinha, ninguém vai aparecer para te dar carona na próxima
vez”, completou.
De acordo com a Associação de Assistência aos
Motoristas de Táxi do Brasil, existem mais de 33 mil táxis e 50 mil
motoristas licenciados no município do Rio.
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