Os diplomatas europeus junto à Autoridade Nacional Palestina (ANP)
redigiram um relatório com duras críticas à colonização israelense na
Cisjordânia e em Jerusalém Oriental e exortaram a União Europeia a
aplicar sanções econômicas contra os assentamentos.
De acordo com o relatório, que foi vazado para o
jornal israelense "Haaretz", os diplomatas recomendam que os 27 países
da UE tomem medidas para impedir investimentos em projetos relacionados
aos assentamentos.Israel tem um acordo de livre comércio com o bloco europeu, e segundo o relatório dos diplomatas, "os produtos dos assentamentos não devem usufruir dos benefícios" do acordo.
O documento também recomenda que os países europeus examinem com cuidado os planos de cooperação nas áreas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico "para que não ajudem de maneira direta ou indireta os assentamentos".
'Provocação'
O relatório destaca a colonização israelense em Jerusalém Oriental e afirma que "Israel atua de maneira sistemática contra a presença palestina em Jerusalém, por intermédio de limitações à construção, destruição de casas, expulsão de moradores, discriminação na liberdade de acesso a locais religiosos e em serviços de educação, saúde e recursos municipais".Segundo os autores, as construções israelenses em Jerusalém Oriental são "propositais, sistemáticas e provocadoras".
A ampliação de três bairros israelenses em Jerusalém Oriental – Har Homa, Gilo e Givat Hamatos – é vista como "parte de uma estratégia para impedir a transformação de Jerusalém em capital dos dois Estados"
O governo de Israel ainda não publicou uma reação oficial ao relatório dos diplomatas europeus, porém o tema foi divulgado amplamente pela mídia local.
O deputado Eli Ben Dahan, do partido de extrema direita Habait Hayhudi (Lar Judaico) criticou o relatório.
"Novamente somos testemunhas de uma intervenção grosseira e tendenciosa em favor dos palestinos, na política do Estado de Israel", disse o deputado ao site de notícias"Walla".
"Os europeus devem saber que o Mandato Britânico na Terra de Israel terminou há 65 anos, hoje em dia Israel é um Estado independente", acrescentou Ben Dahan.
Iniciativas corajosas
A porta-voz da Organização pela Libertação da Palestina (OLP), Hanan Ashrawi, qualificou o relatório como "corajoso" e declarou que espera que seja seguido por "medidas concretas e punitivas"."Apelamos à União Europeia para que enfrente Israel e implemente iniciativas corajosas para exigir que o bloco retire os investimentos em assentamentos em em relação a produtos vindos desses assentamentos”, afirmou a porta-voz da OLP à agência de noticias palestina "Maan".
"O projeto de colonização de Israel é a ameaça mais significativa à solução de dois Estados e agora é o momento de exercer a vontade politica necessária para responsabilizar Israel, antes que todas as chances de paz sejam destruídas", acrescentou.
eu não sei ser a união europeria ou israel é o mais idiota!
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