A votação da matéria que institui a reforma política ainda deve
dominar a próxima semana de trabalhos na Câmara dos Deputados. A semana
também vai ser marcada pelo retorno ao debate das pautas de autoria do
governo federal. É que os deputados devem analisar a Medida Provisória
(MP) 670/15, que reajusta a tabela mensal do Imposto sobre a Renda da
Pessoa Física (IRPF), e talvez votem o Projeto de Lei (PL) 863/15, que
altera as regras de desoneração da folha de pagamento concedida a 56
setores da economia, um dos itens do ajuste fiscal.
Também está prevista a realização de uma sessão do Congresso Nacional
para analisar cinco vetos da presidenta Dilma Rousseff sobre temas como
o impedimento da fusão de partidos políticos recém-criados, o
Orçamento, o Código de Processo Civil (CPC), a alteração da política
nacional de resíduos sólidos para incluir dispositivo sobre campanhas
educativas e o que retira trechos da Lei Geral das Antenas (13.116/15).
"Terça [16] vou continuar a reforma politica e poderá ter sessão [do
Congresso Nacional] às 19h e, tendo, vamos ter o trabalho um pouco
prejudicado na terça e podemos retomar a votação na quarta", disse,
nessa sexta-feira (12), o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Caso os deputados concluam as votações da reforma política na
terça-feira, será aberto o caminho para as pautas do governo. Os
deputados votarão os tópicos fidelidade partidária, cotas para mulheres
nas eleições, data de posse de prefeitos e vereadores, federação
partidária e projetos de iniciativa popular. Para ser aprovado, cada
ponto do texto precisa do voto favorável de um mínimo de 308 deputados.
"A partir daí a gente pode votar [o projeto de] desoneração, mas
depende do governo. Antes de votar a desoneração, precisamos votar a MP
670/15 e o governo também precisa retirar a urgência dos dois projetos",
ponderou Cunha, para quem a programação da semana poderá sofrer
alterações em razão das festas juninas. "A outra será uma semana de
quórum mais delicado porque haverá as festividades de São João no
Nordeste, e sabemos que a semana será mais difícil. Seria bom semana que
vem votar a desoneração", complementou.
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