Yassin Salhi, de 35 anos, suspeito de decapitar um empresário
antes de cometer um atentado na região de Lyon (centro-leste da França) na
última sexta-feira (26/6), admitiu o assassinato, informou neste domingo (28/6).
Salhi, preso no local do ataque, uma fábrica de produtos químicos,
começou a falar com os investigadores na noite deste sábado após ter
permanecido em silêncio desde sua prisão.
Ele também teria enviado um "selfie" junto à
cabeça de sua vítima, Hervé Cornara, de 54 anos, por meio do aplicativo de
mensagens instantâneas Whatsapp a um número de telefone norte-americano.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, garantiu neste
domingo que o país está "sob uma
grande ameaça terrorista" e que o combate ao jihadismo "será
grande".
Salhi foi rendido por um bombeiro na sexta-feira quando
abria botijões de acetona na fábrica química. Antes disso, ele teria pendurado
a cabeça de seu chefe na empresa em que trabalhava em um muro. O suspeito ainda
bateu seu veículo contra um armazém onde havia botijões de gás, o que provocou
uma grande explosão.
Os investigadores franceses estudam uma possível conexão com
a Síria. De acordo com os últimos dados disponíveis, pelo menos 473 pessoas que
deixaram a França estão nas áreas controladas pelo grupo Estado Islâmico (EI)
na Síria e no Iraque.
A prisão provisória de Yassin Salhi foi prorrogada, assim
como a de sua mulher e de sua irmã, também detidas na sexta-feira. Em casos
envolvendo acusações de terrorismo, esse tipo de detenção pode ser estendida
por até 96 horas.
Entre 2006 e 2008, Yassin Salhi foi fichado pelos serviços
de Inteligência como um dos indivíduos que representariam uma ameaça potencial
à segurança do Estado, disse François Molins, confirmando as declarações do
ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.
Salhi voltou a ser monitorado pela Inteligência francesa
entre 2011 e 2014 por seus vínculos com o movimento salafista de Lyon.
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