O total de mortos no ataque desta sexta-feira a uma base das Forças
Aéreas do Paquistão (PAF), perto da cidade de Peshawar, na região norte,
aumentou para 42, sendo 16 militares que rezavam em uma mesquita, dez
soldados que trabalhavam, três civis e 13 insurgentes, informou o
diretor-geral do escritório de relações públicas do exército (ISPR),
Asim Bajwal.
Em entrevista coletiva, ele disse que o ataque aconteceu no começo da
manhã em um acampamento da PAF na área de Badaber. De acordo com ele, os
13 insurgentes atacaram a base militar em dois pontos diferentes.
"Os terroristas usaram lança-granadas e rifles automáticos para
atravessar as portas e entrar na base aérea", afirmou o militar.
Segundo Bajwal, os insurgentes vinham do Afeganistão e "o ataque foi planejado, executado e controlado do país vizinho".
"É cedo para dizer mais. Nosso departamento de inteligência está investigando", afirmou.
O porta-voz garantiu que os militares que morreram pertenciam às forças
aéreas, mas não deu informação sobre as três vítimas civis.
Em comunicado, o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, condenou
ação e a classificou de "ataque terrorista". Ele informou que os
militares possuem "o total apoio da nação" e que "em breve todas as
redes terroristas serão eliminadas do Paquistão".
Através de um texto enviado à Agência Efe, Muhammad Khurasani,
porta-voz do principal grupo talibã do país, o TTP, reivindicou o ataque
realizado por "uma unidade insurgente" contra as forças aéreas do
Paquistão na região de Badaber.
No escrito, ele disse que no ataque os talibãs tinham matado 50
militares paquistaneses, embora os insurgentes tenham o hábito de dar
informações falsas sobre o alcance de suas ações.
Badaber faz fronteira com a região de Khyber, onde, em outubro, o
exército paquistanês iniciou uma ofensiva contra os insurgentes, que se
somou a outra lançada em junho de 2014 a área tribal do Waziristão do
Norte, a operação "Zarb-e Azb". Pelo menos 3.500 insurgentes e 300
membros das forças de segurança paquistaneses morreram nessa campanha,
segundo dados oficiais.
Em dezembro, como vingança por estas operações o TTP realizou um
ataque, que deixou 151 pessoas mortas, sendo 125 crianças, em uma escola
de Peshawar.
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