O equilíbrio do terror é uma teoria elaborada na época da chamada Guerra Fria, quando a União Soviética e seus aliados do Pacto de Varsóvia por um lado, e os Estados Unidos da América e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte
(OTAN/NATO) por outro, entraram numa corrida ao armamento de tal modo
perigoso que nenhuma das eventuais partes beligerantes podia esperar
vencer um hipotético conflito armado.
Nesta época desenvolveram-se consideravelmente os mísseis balísticos e os diferentes tipos de armas nucleares. As potências constituídas representavam forças capazes de "fazer desaparecer o planeta várias vezes",
segundo uma expressão popular muito em voga na época. A assombrosa
quantidade de armamento tido por qualquer dos lados conduziu a
negociações, antes de se chegar a acordos de desarmamento parcial.
E como a URSS e os EUA se temiam mutuamente não queriam ser o 1º a
atacar (guerra mesmo declarada), daí o equilibrio; viviam uma "guerra
fria", espionando-se mutuamente e competindo, mas nenhum queria ser o
primeiro a desencadear um conflito aberto.
A doutrina subjacente a esta expressão entende-se como a capacidade
de cada bloco antagónico para aniquilar o opositor por meio de um ataque
nuclear massivo em caso de ser agredido: o primeiro que tentasse
destruir o outro tinha a certeza de ser destruído por sua vez, anulando
completamente a motivação de desenvolver tal ataque. Este equilíbrio
convertia-se paradoxalmente em garantia para a paz e foi de facto o que evitou que as duas superpotências se enfrentassem abertamente durante o tempo em que conviveram.
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