O Congresso Nacional instalou, nesta quarta-feira (2), quatro
comissões mistas para analisar medidas provisórias (MPs). Também foram
eleitos os presidentes desses colegiados e escolhidos os relatores.
Para
a MP 684/15, que adia para fevereiro de 2016 a entrada em vigor das
regras sobre parcerias voluntárias entre organizações da sociedade civil
e a administração pública (Lei 13.019/14), foi escolhido como
presidente da comissão o senador Paulo Bauer (PSDB-SC). A relatoria
ficou com o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG).
De acordo com a
Lei 13.019/14, as organizações da sociedade civil terão de participar de
processo seletivo (chamamento público) e cumprir uma série de
exigências para celebrar parcerias com os governos. Entre os requisitos
estão, por exemplo, a comprovada experiência no serviço a ser prestado,
ter "ficha limpa" e, pelo menos, três anos de criação.
Dívidas tributárias
Já
a MP 685/15, que permite ao contribuinte quitar débitos tributários,
vencidos até 30 de junho de 2015, com a Receita Federal ou a
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e em discussão
administrativa ou judicial, terá como presidente da comissão o deputado
Gabriel Guimarães (PT-MG); o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) será o
relator.
Pela proposta, para quitar o débito, o contribuinte
deverá reconhecer a dívida e desistir da ação, inclusive judicialmente,
até 30 de setembro. A MP também permite ao Executivo atualizar
monetariamente o valor de 11 taxas.
O deputado José Carlos Aleluia
(DEM-BA) sugeriu a realização de audiências públicas em busca de
convergência entre os membros da comissão. “Poderemos ouvir
especialistas e conhecedores sobre o tema para a busca do consenso”,
concordou o presidente recém-eleito, Gabriel Guimarães.
Taxas
Para
a MP 687/15, que autoriza o reajuste de taxas cobradas por Ancine,
Ibama e Cade e possibilita que elas sejam atualizadas futuramente por
ato do Executivo, sem necessidade de aprovação pela Câmara dos Deputados
e pelo Senado, foi eleito o senador Hélio José (PSD-DF) como presidente
da comissão; e o deputado Afonso Motta (PDT-RS) escolhido para relatar o
texto.
Hidrelétricas
Finalmente, a presidência da comissão
da MP 688/15, que repactua o deficit de geração das hidrelétricas em
consequência da falta de chuvas nos dois últimos anos, ficou com o
deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) e a relatoria com o senador
Eunício Oliveira (PMDB-CE).
“Essa daqui é a parte que faltava da
677”, disse o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel
(PT-CE), em referência à Medida Provisória 677/15, que permite à
Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da
Eletrobras, prorrogar até 8 de fevereiro de 2037 contratos de
fornecimento de energia com indústrias do Nordeste. O senador Eunício já
é relator da MP 677.
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