A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) divulgou, na tarde
desta quarta-feira, seu ranking de clubes atualizados. Com isso ficam
definidos os potes para o sorteio dos grupos da Copa Libertadores de
2017, que acontecerá a partir das 22h (de Brasília), em Assunção, no
Paraguai.
Melhores brasileiros do ranking, Atlético-MG, Grêmio e Santos aparecem
no Pote 1, como cabeças de chave da competição. O Galo ocupa a 9ª
colocação da lista, o Tricolor é o 12º e o Peixe é o 15º, de acordo com
uma pontuação que leva em conta o desempenho das equipes em torneios
sul-americanos.
Ainda no Pote 1, estão presentes equipes de tradição como River Plate,
Nacional-URU, Peñarol, San Lorenzo e o atual campeão Atlético
Nacional-COL. Campeão brasileiro e 25º do ranking da Conmebol, o
Palmeiras aparece no Pote 2. O Flamengo (37º) está no Pote 3 e a
Chapecoense, campeã da Copa Sul-Americana, no Pote 4.
Atlético-PR e Botafogo foram colocados no Pote 2 da fase prévia,
podendo enfrentar clubes tradicionais como Olimpia-PAR, Colo Colo-CHI e
Millonarios-COL logo de cara. As equipes que terão de disputar as
preliminares aparecem no Pote 4 junto de equipes de pouca tradição no
cenário continental.
Confira os potes do sorteio da Copa Libertadores da América 2017:
Por meio de nota do Instituto Lula, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva criticou a nova ação contra ele, recebida pelo juiz Sérgio Moro
nesta segunda-feira, 19; Lula negou que tenha recebido qualquer vantagem
indevida, disse que a sede do instituto nunca foi outra a não ser o
sobrado onde funciona até hoje, e afirma que a Lava Jata se transformou
numa perseguição contra ele; "A Lava Jato, que começou investigando
desvios na Petrobras, se tornou uma perseguição ao ex-presidente Lula,
aceitando ações capengas e sem provas sobre um apartamento que o
ex-presidente aluga e um terreno que jamais foi pedido ou usado pelo
Instituto Lula para justificar uma perseguição política que tem como
objetivo impedir que Lula seja candidato em 2018. O ex-presidente
continuará a se defender na Justiça", diz o ex-presidente na nota.O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou nesta
segunda-feira, 19, sobre a decisão do juiz Sérgio Moro, que aceitou nova
ação do Ministério Público Federal (MPF) contra ele no âmbito da
operação Lava Jato. Com a decisão, Lula passa a ser réu em cinco ações
penais.
Por meio de nota do Instituto Lula, o ex-presidente negou que tenha
recebido qualquer vantagem indevida e disse que a sede do instituto
nunca foi outra a não ser o sobrado onde funciona até hoje, adquirido em
1990 pelo Instituto de Pesquisas e Estudos do Trabalhador (IPET).
"A Lava Jato, que começou investigando desvios na Petrobras, se
tornou uma perseguição ao ex-presidente Lula, aceitando ações capengas e
sem provas sobre um apartamento que o ex-presidente aluga e um terreno
que jamais foi pedido ou usado pelo Instituto Lula para justificar uma
perseguição política que tem como objetivo impedir que Lula seja
candidato em 2018. O ex-presidente continuará a se defender na Justiça",
diz o ex-presidente na nota.
Lula é acusado de dos crimes de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro em supostos desvios de contratos entre a Petrobras e a
Odebrecht. Outras oito pessoas também foram denunciadas, entre elas o
advogado de Lula, Roberto Teixeira, a ex-primeira-dama Marisa Letícia,
além de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo Odebrecht.
A defesa do ex-presidente também se manifestou sobre a nova ação.
Para Cristiano Zanin Martins, o que se observa é a "ânsia desmesurada e
crescente de prover acusações a Lula em tempo recorde". "Não houve
qualquer investigação isenta, mas uma sequência de fatos produzidos para
sustentar a abertura de inúmeros procedimentos frívolos e sem
materialidade contra Lula, com o único intuito de impedir o sucesso de
suas atividades políticas", diz o advogado (leia mais).
Leia na íntegra a nota do Instuto Lula: "Um apartamento alugado e um terreno que nunca foi do Instituto Lula - As novas invenções da Lava Jato Contra Lula
O Instituto Lula reafirma que nunca teve outra sede a não ser o
sobrado onde funciona até hoje, adquirido em 1990 pelo Instituto de
Pesquisas e Estudos do Trabalhador (IPET). O Instituto sempre recebeu
doações legais, declaradas e dentro da lei. O ex-presidente Lula nunca
solicitou vantagens indevidas e sempre agiu dentro da lei antes, durante
e depois da presidência da República.
A Lava Jato, que começou investigando desvios na Petrobras, se tornou
uma perseguição ao ex-presidente Lula, aceitando ações capengas e sem
provas sobre um apartamento que o ex-presidente aluga e um terreno que
jamais foi pedido ou usado pelo Instituto Lula para justificar uma
perseguição política que tem como objetivo impedir que Lula seja
candidato em 2018. O ex-presidente continuará a se defender na Justiça."
A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu por quatro anos os direitos
políticos do senador Lindbergh Farias; ele foi condenado pelo Tribunal
de Justiça do RJ por ter permitido o uso promocional de sua imagem, em
dezembro de 2007 e no primeiro semestre de 2008, quando era prefeito de
Nova Iguaçu e se candidatava à reeleição; em nota, o senador informou
que irá recorrer da sentença e disse que "a matéria já foi julgada em
2011, pelo STF, que decidiu pelo seu arquivamento, com 10 votos a favor,
por entender não haver indícios" para o processo.A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu por quatro anos os direitos
políticos do senador Luiz Lindbergh Farias Filho. A decisão é da juíza
Nathalia Calil Miguel Magluta, titular da 5ª Vara Cível da Comarca de
Nova Iguaçu e Mesquita, na Baixada Fluminense. Ele foi condenado pelo
Tribunal de Justiça do RJ por ter permitido o uso promocional de sua
imagem, em dezembro de 2007 e no primeiro semestre de 2008, quando era
prefeito de Nova Iguaçu e se candidatava à reeleição.
As informações são do G1.
"Em nota, o senador informou que irá recorrer da sentença. Segundo o
texto, "a matéria já foi julgada em 2011, pelo STF, que decidiu pelo seu
arquivamento, com 10 votos a favor, por entender não haver indícios"
para o processo.
Na época em que era prefeito, de acordo com o TJ, Lindbergh
distribuiu caixas de leite e cadernetas de controle de distribuição com o
logotipo criado para o seu governo impresso no material. Na sentença, a
juíza também condenou o ex-prefeito ao pagamento de multa no valor de
R$ 480 mil.
Confira a nota de Lindbergh na íntegra:
"A Justiça de primeiro grau de Nova Iguaçu me condenou pela
utilização de uma logomarca - um sol estilizado, com a inscrição
"Prefeitura de Nova Iguaçu" - em embalagens de leite de um programa
municipal, alegando que isso seria promoção pessoal.
Essa mesma matéria já foi julgada em 2011, pelo STF, que decidiu pelo
seu arquivamento, com 10 votos a favor, por entender não haver indícios
para incriminar-me. Estamos recorrendo dessa decisão para que a justiça
seja feita e a verdade reestabelecida."
A operação de retirar milhares de civis e rebeldes do último reduto da
oposição na cidade de Aleppo, na Síria, finalmente entrou em andamento
nesta quinta-feira depois que ela foi interrompida por tiros em um
comboio civil que matou uma pessoa e feriu outras quatro. No início da
semana, as autoridades sírias deram a chance de rebeldes deixarem a
cidade sem serem presos ou mortos. O primeiro comboio de 20
ônibus e 13 ambulâncias carregando civis e feridos deixou o território
controlado pela oposição na zona rural a oeste de Aleppo na tarde desta
quinta-feira, disseram rebeldes e ativistas contra o governo. Uma
foto aérea publicada pela oposição de Aleppo mostrou uma longa linha de
ônibus verdes, os mesmos ônibus que foram usados para transportar civis
e rebeldes de muitas áreas em outras partes do país retomadas pelo
regime sírio nos últimos meses. Uma linha mais curta de ambulâncias da
Cruz Vermelha vagou ao longo de uma estrada coberta de pedregulhos. Outros
comboios civis eram esperados para esta quinta-feira. Ao todo, dezenas
de milhares de civis e centenas de combatentes rebeldes serão
transferidos pela operação. O ministro de Relações Exteriores da Turquia
disse que era prematuro discutir quanto tempo demorariam as retiradas. Ainda
não está claro quem estava por trás do tiroteio que impediu a primeira
tentativa do comboio de deixar Aleppo no início da quinta-feira, mas
autoridades turcas responsabilizaram as milícias xiitas apoiadas pelo
Irã pelo tiroteio. As equipes de resgate e rebeldes disseram que os
franco-atiradores do regime sírio eram os responsáveis. A mídia estatal
síria não comentou.
Fora do governo há seis anos, desde que deixou de ser presidente, Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta inquéritos, denúncias e ações penais
na Justiça.
Ele já foi alvo de quatro denúncias da Procuradoria-Geral da República e
responde a três ações penais, sendo duas no Distrito Federal e uma na
Lava Jato em Curitiba. Paralelamente, também é investigado pela Polícia
Federal.
Na segunda, o petista foi novamente indiciado, desta vez ao lado da
mulher, Marisa Letícia, do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e de
outras quatro pessoas. O indiciamento significa que a investigação
policial, envolvendo a empreiteira Odebrecht, aponta indícios de que
Lula cometeu crime - neste caso, corrupção passiva. Os demais citados
são suspeitos de lavagem de dinheiro.
Apesar disso, segundo o último levantamento do Datafolha, ele lidera as
pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno das eleições de
2018. Mas também tem a segunda maior rejeição (44%) entre todos os
possíveis candidatos, atrás apenas do presidente Michel Temer (45%).
Confira as acusações e suspeitas contra o petista - ele nega ter cometido qualquer irregularidade.
Lula nega a prática de crimes e diz ser perseguido
Em julho deste ano, Lula tornou-se réu acusado de tentar obstruir a
Justiça comprando o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras e
um dos delatores do esquema de corrupção envolvendo a estatal.
Além do ex-presidente, respondem ao mesmo processo outras cinco
pessoas: o ex-senador Delcídio do Amaral, o ex-chefe de gabinete de
Delcídio Diogo Ferreira, o banqueiro André Esteves, o advogado Édson
Ribeiro, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício
Bumlai.
A denúncia foi oferecida pela Procuradoria da República no DF e aceita pelo juiz federal Ricardo Augusto Leite, de Brasília.
Na ocasião, foi a primeira vez que Lula se tornou réu na Lava Jato.
O que diz a defesa de Lula?
Advogados do ex-presidente dizem que ele "jamais interferiu ou tentou interferir em depoimentos relativos à Lava Jato".
Segundo eles, "a acusação se baseia exclusivamente em delação premiada
de réu confesso e sem credibilidade (Delcídio Amaral), que fez acordo
com o Ministério Público Federal para ser transferido para prisão
domiciliar".
- Corrupção e lavagem de dinheiro (Operação Lava Jato)
Quase dois meses depois, em 19 de setembro, Lula voltou a tornar-se réu
acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato.
A denúncia da força-tarefa do Ministério Público Federal foi aceita pelo juiz federal Sergio Moro.
Os procuradores afirmam que a empreiteira OAS pagou R$ 3,7 milhões de
propina a Lula. A propina se deu por meio da reserva e reforma de um
triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e pelo custeio do
armazenamento de seus bens depois que o petista deixou a Presidência.
O que diz a defesa de Lula?
Lula nega ser proprietário do imóvel e que tenha recebido propina da OAS.
Advogados do ex-presidente dizem que ele é vítima de "um histórico de
perseguição e violação às garantias fundamentais pelo juiz de Curitiba".
"Nem mesmo os defeitos formais da peça acusatória e a ausência de uma
prova contra Lula, como amplamente reconhecido pela comunidade jurídica,
impediu que o referido juiz levasse adiante o que há muito havia
deixado claro que faria: impor a Lula um crime que jamais praticou",
afirmaram na ocasião os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto
Teixeira.
- Tráfico de influência internacional (Operação Janus)
Em outubro, Lula tornou-se réu pela terceira vez acusados pelos crimes
de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência
e organização criminosa.
A denúncia foi oferecida pela Procuradoria da República no Distrito
Federal e aceita pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, de
Brasília.
Lula é acusado de usar sua influência junto ao BNDES e a outros órgãos
sediados em Brasília para favorecer a empreiteira Odebrecht em contratos
e obras de engenharia em Angola.
Em contrapartida por ter sido contratada pelo governo angolano, a
Odebrecht teria repassado cerca de R$ 30 milhões à empresa do sobrinho
do ex-presidente, Taiguara Rodrigues.
O que diz a defesa de Lula?
Em depoimento à PF, Lula diz que "não chegou a tratar, em nenhum
momento, nem quando era presidente ou depois, das relações comerciais
vinculadas a Taiguara".
O procurador Deltan Dallagnol relacionou diretamente os esquemas
do mensalão e do petrolão e disse que o esquema de corrupção
supostamente regido pelo PT iria além dos dois casos
Foto: EPA / BBCBrasil.com
Denúncias
- Tráfico de influência (Operação Zelotes)
Na semana passada, Lula foi denunciado à Justiça pelos crimes de
tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As acusações envolvem "negociações irregulares que levaram à compra de
36 caças do modelo Gripen pelo governo brasileiro e à prorrogação de
incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da
Medida Provisória 627".
A denúncia, que foi oferecida pela Procuradoria da República no DF, ainda não foi aceita pela Justiça.
Segundo os procuradores, os crimes teriam sido praticados entre 2013 e
2015 quando Lula, já na condição de ex-presidente, "integrou um esquema
que vendia a promessa de que ele poderia interferir junto ao governo
para beneficiar as empresas MMC, grupo Caoa e SAAB, clientes da empresa
Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia LTDA (M&M)".
Em troca, o casal de lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, donos
da M&M, teria repassado ao filho mais novo de Lula, Luis Cláudio
Lula da Silva, pouco mais de R$ 2,5 milhões.
A Operação Zelotes apura um esquema de compra e venda de Medidas Provisórias e sonegação de impostos.
O que diz a defesa de Lula?
Advogados do ex-presidente classificaram a denúncia como "fruto de um
novo devaneio de alguns membros do Ministério Público que usam das leis e
dos procedimentos jurídicos como forma de perseguir Lula e prejudicar
sua atuação política".
"Nem o ex-presidente Lula nem seu filho participaram ou tiveram
conhecimento de qualquer ato relacionado à compra dos aviões caças da
empresa sueca SAAB, tampouco para a prorrogação de benefício fiscais
relativos à Medida Provisória nº 627/2013, convertida na Lei nº
12.973/2014", afirmaram em nota os advogados Cristiano Zanin Martins e
Roberto Teixeira.
"Luis Claudio recebeu da Marcondes & Mautoni remuneração por
trabalhos efetivamente realizados e que viabilizaram a realização de
campeonatos de futebol americano no Brasil", acrescentaram.
Indiciamentos/Inquéritos/Investigações
O ex-presidente também é alvo de inquéritos (investigações em curso) e
indiciamentos (quando o inquérito aponta indícios de crimes).
- Corrupção e lavagem de dinheiro (Lava Jato)
Na noite de segunda-feira, Lula foi indiciado sob a suspeita de crime
de corrupção passiva na Lava Jato. Segundo a polícia, ele teria recebido
propina da empreiteira Odebrecht por intermédio do ex-ministro da
Fazenda Antonio Palocci.
De acordo com a investigação, o dinheiro foi para comprar um terreno,
que seria usado para a construção de uma sede do Instituto Lula, e um
apartamento em frente ao que mora em São Bernardo do Campo, na Grande
São Paulo.
Os dois casos corriam em inquéritos diferentes, mas o delegado
responsável pelo caso, Márcio Adriano Anselmo, considerou que deveria
unir as duas investigações por se tratarem de "fatos correlatos".
O apartamento foi comprado por Glaucos da Costamarques, primo do
pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula e já condenado na Lava
Jato, e depois alugado ao petista por um contrato no nome de sua mulher,
a ex-primeira-dama Marisa Letícia.
A polícia ressalva, contudo, que nunca houve qualquer pagamento por
parte do ex-presidente, que utiliza o imóvel pelo menos desde 2003.
Investigadores afirmam que a operação foi realizada para ocultar o verdadeiro dono do apartamento, que seria Lula.
O ex-presidente também é investigado sob a suspeita de corrupção e
lavagem de dinheiro na compra e reforma de um sítio em Atibaia (SP),
frequentado por ele e por sua família; nos pagamentos para a LILS -
empresas de palestras do petista - e nas doações para o Instituto Lula,
além da instalação de uma antena telefônica da Oi próxima ao sítio.
O sítio está no nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, amigos da
família e sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, outro filho de Lula.
O local foi reformado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht e José Carlos
Bumlai, amigo do ex-presidente. A reforma teria sido realizada, segundo
as investigações, para abrigar o acervo do petista.
- O que diz a defesa de Lula?
A defesa de Lula informou que o ex-presidente aluga o apartamento
vizinho ao seu. Além disso, acrescentou que o Instituto Lula funciona no
mesmo local há anos e que o petista nunca foi proprietário do terreno
em questão.
Segundo os advogados do ex-presidente, a transação seria um "delírio acusatório".
Lula também nega as outras acusações. Diz, por exemplo, que não é dono
do sítio de Atibaia e que Bumlai se ofereceu para reformá-lo.
Já em relação aos valores referentes às palestras e as doações, a
defesa do petista afirma que "foram devidamente contabilizados,
declarados e recolhidos os impostos devidos". Também negou que os
pagamentos tenham qualquer relação com os contratos da Petrobras.
A Oi afirma que a antena foi instalada "para atender ao bairro todo e
que eventuais problemas de sinal podem ser relatados à companhia".
- Formação de quadrilha (Lava Jato)
Ainda na Lava Jato, o ex-presidente foi apontado pelos investigadores
como comandante da uma quadrilha responsável pelo esquema de corrupção
na Petrobras envolvendo políticos de partidos como PT, PMDB e PP entre
2003 e 2014. No total, mais de 40 nomes são investigados.
O que diz a defesa de Lula?
Lula nega qualquer envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
Em diversas ocasiões, afirmou ser perseguido e ter seus direitos
violados pelos procuradores da Lava Jato e pelo juiz Sergio Moro.
"Os procuradores da operação Lava Jato iludem a sociedade brasileira ao
afirmar que têm provas para incriminar o ex-presidente Lula", disse em
uma das notas divulgadas sobre o assunto neste ano.
- Tráfico de influência internacional
Lula também é investigado por suspeita de tráfico de influência internacional.
Ele teria atuado junto ao BNDES para ajudar a empreiteira Odebrecht a
obter contratos na América Latina e na África com recursos do banco
público, afirmam os investigadores. O caso ainda está sendo apurado.
O que diz a defesa de Lula?
Lula nega o tráfico de influência e afirmou que "jamais interferiu na
autonomia do BNDES e nas decisões do banco sobre as concessões de
empréstimos".
"Presidente e ex-presidentes do mundo inteiro defendem as empresas de
seus países no exterior", afirmou em nota divulgada pelo Instituto Lula.
Mais da metade dos brasileiros (51%) considera ruim ou péssima a gestão
do presidente Michel Temer, segundo uma pesquisa divulgada neste
domingo, que destaca também uma queda na confiança econômica do país.
A pesquisa, elaborada pelo Datafolha, mostra que a popularidade de
Temer caiu notavelmente em comparação com julho, quando aqueles que
reprovavam sua gestão representavam 31% da população.
De zero a dez, os consultados pela pesquisa dão uma nota média ao desempenho do governo de Temer de 3,6 pontos.
Para 40% a gestão do atual presidente é pior que a de Dilma Rousseff,
que foi destituída de seu cargo no último dia 31 de agosto pelo Senado.
Além disso, 63% se mostra favorável a uma renúncia do presidente antes
que termine o ano para que sejam realizadas eleições diretas, enquanto
27 % dos entrevistados disse o contrário.
A porcentagem que prefere eleições antecipadas é parecida à divulgada
na pesquisa de julho (62%), quando Dilma estava afastada de seu cargo e
Temer ocupava a presidência de maneira interina desde 12 de maio.
A população considera Temer um presidente defensor dos setores mais
ricos (75%), falso (65%) e muito inteligente (63%), enquanto o 58% o vê
como desonesto, segundo o Datafolha.
No entanto, 34% considera regular a gestão de seu Executivo, enquanto só 10% se mostra satisfeito com o líder do PMDB.
A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 8 de dezembro, antes da
revelação da delação premiada de um executivo de Odebrecht que cita
Temer e boa parte da cúpula do Legislativo de ter recebido repasses
ilegais da empresa.
Segundo o testemunho do ex-vice-presidente de Relações Institucionais
da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, Temer pediu ao empresário Marcelo
Odebrecht R$ 10 milhões para as campanhas do PMDB em 2014.
Por outro lado, a confiança na economia do país também piorou, pois
dois terços dos consultados esperam um aumento da inflação, proporção
parecida aos que esperam uma alta nos números de desemprego (67%).
Além disso, 41% acredita que a situação econômica vai piorar no futuro,
enquanto 28% aposta em uma melhora e 27% pensa que tudo seguirá igual.
O Brasil terminou 2015 com uma contração econômica de 3,8%, seu pior
resultado em 25 anos, e segundo as previsões se contrairá 3,4% este ano,
encadeando dois anos de crescimento negativo pela primeira vez desde a
década de 1930.
Em relação ao emprego, o país fechou o trimestre compreendido entre
agosto e outubro com 12 milhões de desempregados e uma taxa de
desemprego recorde de 11,8%.
A pesquisa foi realizada com 2.828 entrevistas com pessoas de 16 anos
ou mais em 174 municípios e, o segundo Datafolha, tem uma margem de erro
de dois pontos.
A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, sofreu nesta sexta-feira
um impeachment, após os legisladores do país votarem pela saída dela do
cargo. Agora, o Tribunal Constitucional terá prazo de seis meses para
decidir se Park deve ou não ser removida definitivamente do posto. Caso
pelo menos seis dos nove magistrados da corte decidirem pela saída, o
mandato dela acabou, mas se menos de seis votarem contra ela Park
voltará para concluir seu mandato, previsto para terminar em fevereiro
de 2018. Park, de 64 anos, sofreu o impeachment por 234 votos a
56 na Assembleia Nacional, que tem 300 membros. O resultado foi mais que
os dois terços necessários para afastá-la. Vários legisladores do
próprio partido da presidente votaram contra ela. A política é acusada
em um caso de influência indevida em seu governo que envolve uma amiga.
Promotores acusam Park de compartilhar documentos confidenciais com a
amiga de longa data, além de ajudar que ela conseguisse pressionar
empresas como a Samsung e a Hyundai para obter vultosas doações. O
caso levou milhões de sul-coreanos às ruas nos últimos seis meses para
protestar contra a líder. O presidente interino do país será agora Hwang
Kyo-ahn, um burocrata discreto que foi ministro da Justiça e ocupava
agora o posto de primeiro-ministro, em grande medida cerimonial no país.
Hwang chegou a ser demitido por Park no mês passado, enquanto o
escândalo se aprofundava, mas uma disputa com líderes da oposição sobre o
nome para substituí-lo resultou em impasse, o que levou à volta dele ao
posto. Hwang pediu que os militares sul-coreanos fiquem em
alerta, diante de elevados riscos de uma provocação da Coreia do Norte.
Nas ruas de Seul, o voto do Legislativo pelo impeachment foi comemorado.
Mais de 10 mil pessoas estavam diante da Assembleia Nacional e
celebraram o afastamento da presidente. O ministro das Finanças
sul-coreano, Yoo Il-ho, convocou uma reunião de emergência com outros
ministros para discutir o impacto do impeachment para a economia. A
maioria dos analistas avalia que esse impacto deve ser limitado. Fonte:
Dow Jones Newswires.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vangloriou-se
nesta terça-feira durante um comício do efeito que a sua vitória à Casa
Branca teve sobre a economia, após o anúncio surpresa de um enorme
investimento vindo da Ásia.
"Vocês viram o que acontece há duas semanas, e, no entanto, nem
estamos ainda no escritório!", declarou Donald Trump a milhares de
simpatizantes em um grande salão em Fayetteville, Carolina do Norte, a
segunda etapa de sua turnê de agradecimento iniciada na semana passada.
O republicano de 70 anos foi eleito há exatamente quatro semanas.
Horas antes, Trump anunciou que o CEO da gigante de telecomunicações
japonesa Softbank, Masayoshi Son, havia concordado em investir 50
bilhões de dólares nos Estados Unidos, com 50.000 postos de trabalho, de
acordo com ele, no setor de alta tecnologia.
O bilionário japonês esteve na Trump Tower para este anúncio ainda
pouco claro. Foxconn, subcontratada taiwanesa da Apple é, aparentemente,
um co-investidor, segundo uma folha de papel exibida pelo japonês, que
em uma entrevista ao Wall Street Journal explicou que o dinheiro viria
de um fundo de tecnologia criado em conjunto com o fundo soberano
saudita.
Apesar da falta de detalhes, as ações do SoftBank Group cresceram 5% na abertura da Bolsa de Tóquio nesta quarta-feira.
De toda forma, os apoiadores do republicano viram neste anúncio um primeiro resultado do método Trump.
Como durante a campanha eleitoral, o 45º presidente dos Estados
Unidos, que substituirá Barack Obama em 20 de janeiro, saboreou a
adulação de seus partidários, vestidos com camisas e bonés com seu nome.
No entanto, milhares de cadeiras estavam vazias e o ambiente estava
menos agitado que em agosto.
"Venceremos o inimigo sobre o emprego", declarou Donald Trump em um
discurso de 36 minutos, após denunciar mais uma vez a política comercial
da China e a deslocalização industrial.
'Cachorro louco'
O comício em Fayetteville, perto da base militar de Fort Bragg,
também foi uma oportunidade para o presidente eleito de apresentar o
general James Mattis, apelidado de "cachorro louco", e a quem confiará o
departamento de Defesa.
Mas o Congresso deverá votar antes uma dispensa da lei que proíbe os
militares de liderar o Pentágono nos sete anos após a aposentadoria, uma
vez que o general Mattis aposentou seu uniforme em 2013, e os
democratas se recusam a fazer uma exceção.
"Oh, se não receber a dispensa, haverá um monte de pessoas infelizes", ameaçou Donald Trump.
Mas, enquanto prometeu um impulso extraordinário nos gastos
militares, adotou uma postura menos intervencionista, citando a
necessidade de "forjar novas amizades", num possível aceno para Moscou.
"Este ciclo destrutivo de intervenções e caos deve finalmente
acabar", lançou depois de lamentar o custo das intervenções dos Estados
Unidos no Oriente Médio.
Trump continua sendo Trump
Desde sua eleição, Donald Trump anunciou que convenceu a fabricante
americano Carrier de desistir de realocar uma de suas fábricas para o
México, e na terça-feira ameaçou a Boeing de cancelar o pedido de novos
aviões presidenciais Air Force One, considerados muito caros.
Seus partidários aplaudem, felizes de que seu candidato encarnou o lado de presidente sem negar seu lado iconoclasta.
"Ele pode ser um grande líder, já provou durante a semana", comemorou Maria Moore, de 37 anos, uma dona de casa.
Após Carrier, "hoje foi o banco chinês Sunbank, 50.000 empregos, isso
é ótimo", elogiou Joann Chylinski, confundindo alguns detalhes.
Mas a algumas dezenas de quilômetros, na Carolina do Norte, esta turnê de agradecimento não parece agradar a todos.
"É para amaciar seu ego", lamentou um bancário aposentado, Steve
Plummer, em Lillington. "Ele finge querer unir o país", disse o irritado
democrata. "É uma pena, porque ele é a causa de divisões".
Donald Trump não mudou seus hábitos de comunicação, e continua a
tuitar ativamente. E, em muitos casos, continua a cultivar certa
ambiguidade, recusando-se a revelar as suas cartas antes de as
negociações com o Congresso e futuros parceiros internacionais.
"O cenário do que fazemos ainda não está escrito", disse ele pouco antes do final da reunião.
A Câmara dos Deputados deve votar na próxima terça-feira (06) o projeto
de Lei PL 5587/16, que poderá barrar o Uber e assegurar aos taxistas
exclusividade no transporte individual de passageiros em todo o país. Se
aprovado, o texto torna ilegais todos os serviços prestados por
motoristas privados mediante aplicativos digitais, como o Uber,
sujeitando o infrator a penalidades e medidas administrativas previstas
no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). A empresa se posicionou
e diz que a intenção dos parlamentares é “retirar o seu direito de
escolher como se movimentar pelas cidades”. Leia mais: Para ter um diferencial, motorista de uber cuiabano oferece Wi-Fi aos passageiros
O projeto, que foi proposto por seis deputados, altera a Política
Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/12) e a lei que regulamenta a
profissão de motorista profissional no País (Lei 13.103/15). Uma das
mudanças proíbe que veículos particulares descaracterizados sejam usados
para obter remuneração ou vantagem econômica por meio da oferta de
serviços de transporte de passageiros.
Com isto, o transporte individual remunerado, inclusive quando
intermediado por plataformas digitais, só poderá ser oferecido em
veículos que tenham caixa luminosa externa com a palavra "táxi". Além
disto, o PL prevê ainda que a exploração do transporte remunerado
individual de passageiros em veículos com capacidade de até sete
passageiros é atividade privativa do taxista, mesmo quando a conexão
entre usuários e motoristas ocorrer por meio de plataformas digitais.
As medidas atingem diretamente prestadores de serviços de transporte
alternativos, como o Uber, que se baseiam na interação entre motoristas
privados e passageiros por meio de aplicativos digitais e na livre
concorrência. Os autores do projeto argumentam que ele servirá para
corrigir a legislação vigente para “sepultar dúvidas e preservar a
regulamentação dos serviços de transporte público individual de
passageiros nos municípios”.
São autores do projeto: deputados Carlos Zarattini (PT-SP), Luiz Carlos
Ramos (PTN-RJ), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Renata Abreu (PTN-SP),
Laudivio Carvalho (SD-MG) e Rôney Nemer (PP-DF). Uber
Para a empresa, o objetivo dos parlamentares é “retirar o seu direito de
escolher como se movimentar pelas cidades”. Em seu site, o Uber pede que os usuários do serviço ajudem a impedir que esta decisão seja tomada.
“Diversos municípios já tentaram, sem sucesso, proibir a inovação.
Agora a Câmara dos Deputados quer fazer o mesmo com o País. Cidades como
São Paulo (SP), Vitória (ES) e Brasília (DF) já passaram
regulamentações modernas que abraçam o uso da tecnologia para o bem das
pessoas e das cidades”, argumenta a empresa.
“Leis proibitivas que defendem o interesse de uma categoria corroboram
para que atos violentos, como os vistos no Rio de Janeiro no dia 29/11,
se repitam. Um debate amplo e democrático deve levar em conta o direito
de escolha dos 200 milhões de brasileiros”, diz trecho do texto postado
no site da empresa.
A Uber foi fundada em 2010 e está presente em 70 países e mais de 480
cidades. Só no Brasil, são mais de 50 mil motoristas cadastrados no
serviço. Além disto, são mais de quatro milhões de usuários ativos no
país que utilizam o aplicativo. No mundo, a média é de cinco milhões de
viagens por dia. Em novembro deste ano, a empresa expandiu seus serviços
para Cuiabá, São José dos Campos (SP), Teresina (PI) e Juiz de Fora
(MG).
Ao menos 9 pessoas morreram e outras 15 estavam desaparecidas após um
grande incêndio em uma festa de música eletrônica em Oakland,
Califórnia (oeste dos Estados Unidos), segundo a imprensa.
De
acordo com os bombeiros, citados pelo jornal "The San Jose Mercury
News", 70 pessoas estavam na festa, na qual se apresentava o grupo
Golden Donna.
O incêndio começou por volta das 23h30 locais desta
sexta-feira, e foi controlado na manhã de sábado, por equipes que
vasculharam os escombros em busca de vítimas, segundo os bombeiros.
"Ainda
temos que fazer uma busca mais completa no imóvel e não sabemos o
número potencial de vítimas", disse ao jornal "East Bay" a chefe do
corpo de bombeiros, Teresa Deloach-Reed.
A estrutura, de dois andares, foi planejada para abrigar 50 pessoas.
Nas redes sociais, amigos e parentes buscavam por notícias de entes queridos.
A
imprensa exibiu imagens de chamas saindo de um prédio de aparência
industrial. A construção abrigava um coletivo de artistas, segundo os
bombeiros. Quando entraram para combater o fogo, tiveram o trabalho
dificultado por móveis e objetos artísticos, "como um labirinto", disse
Teresa.
Nenhum detector de fumaça parece ter sido ativado durante o
incêndio. Segundo a chefe dos bombeiros, continua-se averiguando se o
prédio era habitado permanentemente.
Oakland é uma cidade de 420 mil habitantes situada diante de San Francisco, do outro lado da baía de mesmo nome.
Apesar de já ter tido fama de cidade insegura, hoje atrai setores em busca de aluguéis mais baratos do que em San Francisco.
Em
20 de fevereiro de 2003, um incêndio causado por fogos de artifício em
uma boate de West Warwick, nordeste dos EUA, causou a morte de 100
pessoas.
O incêndio mais trágico em nível nacional durante um
espetáculo remonta a 1903, quando 602 pessoas morreram no Iroquois
Theater de Chicago, segundo a National Fire Protection Association.
Um domador foi atacado por um leão durante um espetáculo num circo em Alexandria, no Egito.
Um
vídeo filmado por um espetador mostra o momento em que um leão atacou o
domador, durante um espetáculo para estudantes, na "Aldeia dos Leões"
de Alexandria, no Egito.
A vítima,
Shaheen Islam, de 35 anos, foi atacada de surpresa por um dos leões que
estavam na jaula. A data do incidente não foi especificada, mas o vídeo
foi hoje divulgado.
Apenas com um pau
na mão, foi incapaz de se defender do ataque, perante espetadores
horrorizados. Colegas de Shaheen Islam apressaram-se a tentar afastar o
leão, mas quando conseguiram já os ferimentos sustidos pela vítima eram
muito graves.
Islam foi enviado para o
hospital Andalusian Salam, em Alexandria, onde viria a morrer, vítima de
múltiplos ferimentos, na cabeça, peito e abdómen.
O
irmão de Islam, citado pela pelo canal de televisão "Al Arabiya", diz
que a vítima tinha 10 anos de experiência a trabalhar com leões, mas que
terá sido apanhado de surpresa pelo animal, que era novo no circo.
Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira
(29) que o Exército de seu país entrou na Síria para acabar com o
governo do presidente Bashar Assad, a quem acusou de terrorismo de
Estado; "Entramos na Síria para acabar com o regime do tirano Assad
que aterroriza com terror de Estado. Não entramos por qualquer outra
razão", declarou Erdogan. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta
terça-feira (29) que o Exército de seu país entrou na Síria para acabar
com o governo do presidente Bashar Assad, a quem acusou de terrorismo de
Estado.
"Entramos na Síria para acabar com o regime do tirano Assad que
aterroriza com terror de Estado. Não entramos por qualquer outra
razão", disse o presidente turco em um simpósio interparlamentar em
Istambul, citado pelo jornal Hurriyet. Erdogan disse ainda que Ancara
não tem reivindicações territoriais na Síria, mas quer entregar o poder à
população síria para restaurar "a justiça".
"Por que entramos? Não estamos de olho em solo sírio. A questão é
fornecer terras a seus verdadeiros proprietários. Ou seja, estamos lá
para o estabelecimento da justiça", disse ele.
Ele continuou afirmando que de acordo com as suas "estimativas",
quase um milhão de pessoas morreram na Síria, e que isso o fez se
perguntar "onde estava a ONU" e "o que ela estava fazendo". Em dado
momento, disse Erdogan, a Turquia perdeu a paciência e "teve que entrar"
no país árabe para lutar "junto com o Exército Livre da Síria".
Nenhum grupo de monitoramento fornece números de vítimas semelhantes
aos declarados por Erdogan. Os últimos dados da ONU calculam que, em
cinco anos, o conflito sírio matou cerca de 400 mil pessoas. As tropas
turcas entraram na Síria em 24 de agosto, lançando a chamada operação
Escudo do Eufrates com tropas terrestres e força aéreo no norte do país
vizinho, com o objetivo declarado de ajudar a retomar as regiões
controladas pelo Daesh (autodenominado Estado Islâmico).
No entanto, grande parte dos analistas considera que Ancara pretende
sobretudo suprimir as forças curdas no norte Síria, a fim de evitar a
conexão de três regiões curdas, que de facto são autônomas, em um único
enclave ao sul da fronteira turca.
Em outubro, as forças aéreas da Turquia mataram entre 160 e 200
combatentes da milícia curda YPG em 26 ataques aéreos realizados em
apenas uma noite. A campanha militar turca na Síria também levou a
relações cada vez mais tensas entre Ancara e o governo de Assad. A
Turquia foi forçada a suspender o apoio aéreo à sua incursão militar no
final do mesmo mês, depois que Damasco prometeu derrubar os aviões da
Força Aérea turca que estivessem sobrevoando seu espaço aéreo.
Um tiroteio ocorrido este domingo em Nova Orleães, nos Estados Unidos, tirou a vida a uma pessoa e feriu outras nove. Segundo
um comunicado do departamento da polícia local, publicado na sua conta
do Twitter, o incidente aconteceu em Bourbon Street. As vítimas
são duas mulheres e oito homens, com idades compreendidas entre os 20 e
os 37 anos, e duas pessoas já foram detidas por posse ilegal de armas,
não se sabendo, no entanto, se estão relacionadas com o tiroteio.
Liminar
foi obtida por deputados do PSOL que não teve acesso às informações.
TCE diz que RJ concedeu R$ 138 bilhões em benefícios.
O desembargador Cláudio Mello Tavares, da 11ª Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Rio concedeu liminar determinando que a Secretaria de
Fazenda dê acesso imediato às informações sobre isenções fiscais
concedidas pelo governo do Rio. O pedido foi feito pela bancada do PSOL
na Assembleia Legislativa (Alerj). A Secretaria de Fazenda não se
pronunciou sobre o assunto.
O pedido dos parlamentares à Justiça aconteceu após a recusa da
Secretaria Estadual de Fazenda em prestar esclarecimentos sobre os
benefícios fiscais concedidos nos últimos dez anos pelos dois governos
de Sérgio Cabral (2007 a 2014) e pela administração de Luiz Fernando
Pezão, a partir de 2015. Segundo a decisão do desembargador, o Estado
deve dar acesso imediato às informações solicitadas pelos deputados
estaduais.
Os deputados Marcelo Freixo, Flávio Serafini, Eliomar Coelho, Paulo
Ramos e Wanderson Luiz Nogueira encaminharam pedido de informações sobre
isenções em março deste ano. A resposta, negativa, veio apenas em
agosto. De acordo com os parlamentares, uma auditoria feita pelos
técnicos do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro constatou que
foram concedidos, entre 2008 e 2013, R$ 138 bilhões em benefícios
fiscais para empresas que atuam no estado.
O desembargador Cláudio Mello Tavares, da 11ª Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), concedeu liminar com base
em mandado de segurança impetrado por um grupo de deputados estaduais
contra ato da Secretaria estadual de Fazenda, que se recusou a prestar
esclarecimentos sobre a relação das pessoas jurídicas que obtiveram
benefícios fiscais nos últimos dez anos. O órgão também não forneceu
informações sobre isenções tributárias concedidas.
A decisão do magistrado determina que o Poder Executivo dê imediato
acesso às informações solicitadas pelos parlamentares, até para que
sejam adotadas providências urgentes que se justificam pela atual
situação financeira estadual, que dificulta o atendimento básico aos
cidadãos.
“A receita tributária, como se sabe, integra o patrimônio público e,
por tal razão, o Executivo não pode renunciar às mesmas sem adotar a
transparência e a publicidade necessárias à prática de tal conduta”,
destacou o desembargador, informando que o Poder Legislativo tem função
de fiscalizar as ações executivas.
O magistrado lembrou ainda o impacto das isenções fiscais na situação
financeira atual do Estado do Rio. “Considerando a gravíssima crise
financeira por que passa o Estado do Rio de Janeiro, bem como o fato
notório de que as concessões não se restringem às empresas que
estruturam a economia, adequada se revela a pretensão dos impetrantes,
que objetivam o imediato acesso às informações para que sejam adotadas
providências urgentes que se justificam pelo colapso financeiro que vem
dificultando o atendimento às necessidades básicas dos cidadãos” –
finalizou o desembargador.
O grupo formado pelos deputados Marcelo Freixo, Flávio Serafini,
Eliomar Coelho, Paulo Ramos e Wanderson Luiz Nogueira declarou ter
encaminhado o pedido de informações em março deste ano, e recebeu a
resposta negativa em agosto. De acordo com os parlamentares, uma
auditoria feita pelos técnicos do Tribunal de Contas do Estado do Rio de
Janeiro constatou que foram concedidos, entre 2008 e 2013, R$ 138
bilhões em benefícios fiscais para empresas que atuam no estado.
“Não acarreta a divulgação de dados particulares e sigilosos
relacionados às pessoas jurídicas, não se configurando, assim, a
violação ao referido dispositivo legal” relata o desembargador, que
acrescenta.
A candidata do Partido Verde à presidência dos EUA, Jill Stein, está
preparando um pedido de recontagem dos votos das eleições americanas em
vários dos estados-chave para se ganhar nas eleições, de acordo com o
jornal britânico The Guardian. Stein lançou uma página na
internet para angariar fundos, buscando US$ 2 milhões em doações, que,
segundo ela, são necessários para solicitar recontagem de votos nos
estados de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin. Segundo a
publicação, Stein afirmou que estava agindo devido a "provas
convincentes de anomalias na votação", baseada em dados que indicaram
"discrepâncias significativas nos totais de votos". O presidente
eleito dos EUA, Donald Trump, ganhou da candidata democrata Hillary
Clinton na Pensilvânia e em Wisconsin. Michigan ainda não divulgou
resultados das eleições. Acadêmicos e partidários republicanos
estão pressionando a campanha de Hillary Clinton para participar do
pedido de Stein, de acordo com o Guardian. Um relatório, que pede a
recontagem, deverá se entregue ao Congresso e a autoridades federais, de
acordo com duas pessoas envolvidas.
Atentado reivindicado pelo "Estado Islâmico" deixa mais de 30 mortos e
85 feridos em mesquita xiita na capital do Afeganistão. Presidente
Ashraf Ghani condena o "brutal ataque", que classifica de "crime
imperdoável".Um atentado suicida reivindicado pelo grupo terrorista
"Estado Islâmico" (EI) deixou mais de 30 mortos e 85 feridos nesta
segunda-feira (21/11) num templo em Cabul, no Afeganistão. O ataque
ocorreu durante uma cerimônia religiosa da comunidade hazara, uma
minoria xiita de língua persa.
O balanço de vítimas, que inclui mulheres e crianças, foi divulgado
pelo porta-voz do Ministério afegão da Saúde, Ismail Kawusi. Ele
afirmou, no entanto, que o número de mortos e feridos pode aumentar nas
próximas horas.
O ataque ocorreu por volta do meio-dia (horário local), quando um
homem-bomba se explodiu em meio a dezenas de pessoas na mesquita xiita
de Baqir-ul-Olom, situada numa área da minoria hazara no oeste da
capital afegã, afirmou o Ministério do Interior do país.
O porta-voz da polícia de Cabul, Basir Mujahid, disse que, neste
domingo, várias mesquitas e centros religiosos de todo o país comemoram o
Arbain, uma importante celebração na qual os xiitas lembram a morte do
imã Hussein, neto do profeta Maomé, em meio a fortes medidas de
segurança.
"Algumas pessoas realizaram nesta segunda-feira outra cerimônia após o
Arbain e, infelizmente, um suicida entrou na mesquita de Baqir-ul-Olom,
detonando seus explosivos", afirmou Mujahid.
O Talibã já havia negado sua participação no ataque quando o EI
reivindicou a autoria. "A imolação de um combatente do Estado Islâmico
atingiu um santuário xiita na cidade de Cabul", diz um comunicado em
árabe publicado na agência Amaq, vinculada ao grupo extremista sunita.
Em nota, o presidente afegão, Ashraf Ghani, condenou o "brutal ataque" e
manifestou sua "mais profunda tristeza" pela tragédia que, segundo ele,
é um "crime imperdoável". O Ministério do Exterior, em outro
comunicado, enviou suas condolências às famílias das vítimas e a todo
povo afegão.
Atentados de caráter sectário têm se tornado frequentes no Afeganistão,
com alvo na minoria xiita, especialmente na comunidade hazara. Em julho
deste ano, um ataque suicida durante uma manifestação hazara em Cabul
deixou mais de 80 mortos e 300 feridos.
Um tiroteio entre policiais e bandidos interrompeu o trânsito na manhã
deste sábado (19) na Linha Amarela, uma das principais vias expressas do
Rio, que liga a zona oeste à zona norte da cidade. Policiais da
Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade de Cidade de Deus
entraram em confronto com bandidos armados durante um patrulhamento de
rotina na favela, por volta das 9h30. Houve perseguição, e a
Linha Amarela teve o trânsito interrompido para garantir a segurança de
quem passava pelo local, segundo informações da Coordenadoria de Polícia
Pacificadora. Agentes do Batalhão de Polícia Militar de
Jacarepaguá (18º BPM) reforçaram o policiamento na região. Segundo a
polícia, alguns suspeitos foram conduzidos à delegacia para checar se
tinham antecedentes criminais. Não há informações sobre feridos até o
momento.
O esquema de arrecadação de propina revelado na operação que prendeu,
nesta quinta-feira (17), o ex-governador Sérgio Cabral, usava para
lavar dinheiro a compra de bens que incluíram vestidos de festa, joias e
até uma lancha avaliada em R$ 5 milhões
Os procuradores da
força-tarefa da Lava Jato afirmaram que a lavagem de dinheiro ficava
caracterizada pelos bens apreendidos, e que foram adquiridos em dinheiro
vivo. Cerca de R$ 950 mil foram gastos desta forma.
A lancha
apreendida estava guardada na marina do condomínio Portobello, em
Mangaratiba, no Rio, onde Cabral tem casa. Ela está registrada no nome
de MPG Participações, empresa do investigado Paulo Fernando Magalhães,
mas pertenceria, de fato, a Sérgio Cabral.
Veja lista dos itens adquiridos com dinheiro de propina:
- Seis vestidos de festa para Adriana Ancelmo
- Uma lancha avaliada em R$ 5 milhões
- Um helicóptero
- Uma motoaquática
- Diversas obras de arte
- Joias
- Móveis de escritórios
- Equipamentos e máquinas agrícolas
- Automóveis
- Blindagem de carros
Presidente revelou temer instabilidade com possível prisão.
O mais importante da entrevista do presidente Michel Temer no
programa Roda Viva, desta segunda-feira (14), foi o sentido de
preocupação em
termos de insegurança pública frente a uma eventual prisão do
ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente receia pelo surgimento de
grandes manifestações
de movimentos sociais contra uma decisão do Judiciário sobre o petista.
"Se Lula for preso, isso causa instabilidade para
o país, porque haverá movimentos sociais de contestação à decisão do
Judiciário. Isso pode, sim, criar problemas. Eu não tenho dúvidas",
disse Temer.
A frase do presidente da
República reverbera, também, o discurso da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) no
mesmo dia. Ao criticar a proposta de emenda constitucional (PEC) 55 que visa
implantar um limite no teto dos gastos públicos do governo federal, a parlamentar disse que o povo tem
que se manifestar. “O governo têm plena consciência de que está cada vez mais difícil convencer a população sobre tamanha
falácia, e por isso tem muita pressa em aprovar a medida e não querem ouvir a
opinião do povo”. A sintomática fala de Michel Temer sobre Lula é sobre o BrasilCom precisão, a senadora
concluiu que “para o andar de cima, a PEC 55 não existe” e que “vai sobrar para
o dependente do SUS, para o pai que tem filho em escola pública e para os extremamente
pobres que dependem do amparo do Estado. É por isso que eles têm medo do
referendo, medo de enfrentar o debate popular”, disse Gleisi.
Em entrevista à Folha de
S.Paulo desta terça-feira (15), um novo alerta: Gilberto Carvalho, ministro-chefe
da Secretaria Geral da Presidência durante o governo Lula, reclamou do
estardalhaço criado pela Polícia Federal em torno de obras na piscina do
Palácio da Alvorada, alvo de investigação por ter sido reformada pela
Odebrecht, mas que, defende Carvalho, estava num consórcio com mais outras 21
empresas contratadas.
"É irresponsabilidade
e, dessa forma, a PF desmerece o trabalho sério que acreditamos que ela sempre
praticou (...) É um guerra jurídica na qual a acusação não é mais importante,
mas fazer a desconstrução da pessoa [Lula]", concluiu Gilberto Carvalho.
A situação pré-falimentar
de todos os municípios e estados do país ganha contornos assustadores no Rio de
Janeiro, às vésperas da votação na Alerj do pacote de medidas do governador
Luiz Fernando Pezão. Os áudios que estão circulando no Rio com referência à
votação são de uma violência que deve estar preocupando todos os órgãos de
segurança do país.
O Jornal do Brasil
acredita que quando Temer externa preocupação com uma possível prisão de Lula,
o pano de fundo é um caos bem mais generalizado, já que o país vive um dos
momentos mais difíceis em toda a sua história republicana.
Ao ser proclamada em 1889,
num Brasil cuja população não ultrapassava 15 milhões de pessoas, a República
buscava, além do sentido de liberdade, o encontro estrito com o próprio
significado do termo, a Res publica, a “coisa do povo, coisa pública”. Essa
população nacional de outro momento é hoje inferior à do Rio de Janeiro, estado
na mais crítica situação com o funcionalismo público de meio milhão de pessoas,
numa crise conjugada com o alto desemprego e a explosão da Petrobras.
Os
municípios fluminenses,
por tabela, refletem essa crise e enfrentam dificuldades das mais sérias
em
termos de segurança pública. As cidades serranas, vítimas de catástrofes
nos
últimos anos, obrigaram o estado a promover auxílio. Agora, este mesmo
estado
se vê obrigado a interromper, por falta de dinheiro, a ajuda. As
consequências vêm
e começam a ser sentidas pela população, a ponto de se comentar que o
recente arrastão na Ponte Rio-Niterói pode ter vindo de uma das
comunidades desassistidas.
A entrevista do presidente
Michel Temer deveria ser muito considerada e vista com atenção, porque o que
foi dito não foram palavras soltas. São palavras de um chefe de Estado que
detém informações e que sabe muito mais daquelas simples frases ditas aos
jornalistas do que a interpretação que outros podem dar a elas.
Donald Trump pretende desvincular os Estados Unidos da América do
Acordo de Paris, que pretende impedir o aumento da temperatura mundial. O
acordo entrou em vigor a 4 de novembro.
Donald Trump sempre se mostrou cético em relação ao aquecimento global. É "um mito", chegou a dizer
Donald Trump quer que os Estados Unidos da América se desvinculem do
Acordo de Paris antes do fim do período de quatro anos que o país ficou
obrigado a respeitar. De acordo com a Reuters, que cita uma fonte
próxima da equipa de transição do presidente eleito, Trump quer
encontrar uma forma que permita aos Estados Unidos abandonar o acordo
firmado em maio do ano passado.
“Foi imprudente que o Acordo de Paris tenha entrado em vigor antes
das eleições”, afirmou a fonte. O acordo, assinado por 195 países,
entrou em vigor a 4 de novembro, quatro dias antes das presidenciais
norte-americanas que deram a vitória ao candidato republicano.
Destinado a substituir o Protocolo de Quioto em 2020, o Acordo de
Paris tem como objetivo manter o aumento da temperatura média mundial
“muito abaixo de dois graus celsius” (o limite que os cientistas
acreditam ser seguro) em relação aos níveis pré-industriais. Este prevê
ainda que os líderes mundiais trabalhem no sentido de reduzir a emissão
de gazes com efeito de estufa.
Barack Obama, que assinou o documento em 2015, teve um papel
importante na mobilização de outros estados para a assinatura do acordo.
Em setembro deste ano, os Estados Unidos e a China entregaram
simbolicamente na ONU ratificações ao acordo. Os dois representam cerca
de 38% das emissões globais.
Trump sempre se mostrou cético em relação ao aquecimento global,
chegando mesmo a afirmar publicamente tratar-se de “um mito” inventado
pelos chineses para prejudicar a competitividade da indústria
norte-americana. Já durante a campanha, mostrou-se decidido em pôr um
travão ao processo desencadeado pelo Acordo de Paris. Numa entrevista à
Reuters, disse que pretendia, “no mínimo”, “renegociar os compromissos”.
O partido de oposição do Reino Unido disse hoje que votaria contra o
início das negociações do Brexit com a União Europeia a menos que o
governo prometa um novo referendo antes de deixar o bloco. A
primeira-ministra britânica, Theresa May, quer começar a tratar da
separação até 31 de março, mas a Suprema Corte decidiu que o Parlamento
deve votar sobre isso antes. O governo está recorrendo e as audiências
devem começar já em dezembro. Nesse ínterim, alguns legisladores
pró-União Europeia estão tentando conseguir apoio para apoio para
bloquear o movimento. O líder dos Liberal Democratas, Tim Farron, disse
que o seu partido iria votar contra o acionamento do Artigo 50 do
tratado europeu que desencadeia as negociações de separação. Farron
disse que os que votaram decidiram deixar a UE em junho, mas não sobre o
tipo de relacionamento que o Reino Unido deve procurar ter com o bloco.
Ele afirmou que é preciso haver "um referendo no final desse processo
para que nada seja imposto a alguém que não votou por isso". Fonte:
Associated Press
Pelo menos cinco pessoas morreram, e mais de 50 ficaram feridas,
quando um bonde descarrilou nesta quarta-feira (9) em um túnel de
Croydon, ao sul de Londres - anunciou a polícia britânica.
"Podemos confirmar a morte de ao menos sete pessoas. Mais de 50 foram
hospitalizadas", indicou a polícia, que anunciou a prisão de um homem
de 42 anos "suspeito de homicídio culposo", o qual, segundo a imprensa
britânica, seria o condutor do veículo.
O acidente ocorreu por volta das 6h10 no horário local (4h10 de
Brasília), quando o bonde saiu dos trilhos no momento em que entrava em
uma curva.
"Nossos agentes ainda estão trabalhando no local do acidente, e o
organismo responsável analisa as causas do descarrilamento", disse a
polícia.
"Os primeiros indícios sugerem que o bonde circulava em uma
velocidade significativamente superior à máxima autorizada", informou,
por sua vez, um comunicado do Serviço de Investigação de Acidentes
Ferroviários (RAIB, em inglês).
O RAIB também explicou que o acidente ocorreu em um trecho, no qual a
velocidade é limitada a 20 km/h, por conta da curva fechada na
esquerda.
"Todo mundo saiu literalmente voando", relatou à agência local Press
Association Martin Bamford, um morador de Croydon, de 30 anos, que
estava no trem.
"Uma mulher caiu por cima de mim, tinha sangue po todo lado. Não acho que ela tenha sobrevivido", lamentou.
Ao ser questionado sobre o que aconteceu com o condutor, Bamford
respondeu: "eu perguntei para ele se estava bem. Ele respondeu que sim.
Quando perguntei para ele o que aconteceu, disse que achou que tinha
'apagado'", descreveu.
O diretor do serviço de emergências do St. George's Hospital, Phil
Moss, disse ter tratado 20 pacientes ligados ao descarrilamento.
"Os pacientes que tiveram de ser submetidos a cirurgias vão,
certamente, continuar internados até amanhã, ou até por vários dias, ou
semanas", revelou o médico.
O sistema de bonde de Londres, que usa a tecnologia VLT (Veículo Leve
sobre Trilhos), recém-inaugurado no Rio de Janeiro no momento dos Jogos
Olímpicos, opera no subúrbio do sul da capital inglesa, com 28
quilômetros de trilhos. Inaugurado em 2010, transportou mais de 27
milhões de passageiros no período 2015-2016.
Pelo menos 250 soldados e oficiais dos Estados Unidos participam da
ofensiva lançada pelas Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança
armada curdo-árabe, para expulsar o grupo terrorista Estado Islâmico
(EI) da cidade de Al Raqqa.
Essa informação foi revelada nesta segunda-feira pelas Unidades de
Proteção do Povo (YPG, em sua sigla em curdo), principal componente das
FSD, em sua página no Facebook.
As YPG afirmaram que centenas de membros de forças de elite
internacionais, entre eles os militares americanos, fazem parte da
operação "A Ira do Eufrates" contra o EI em Al Raqqa.
Essas forças se encontram na Síria no marco da coalizão internacional formada contra os extremistas.
Anteriormente, o porta-voz da Frente dos Revolucionários de Al Raqqa
(facção integrada nas FSD), Mahmoud Hadi, tinha afirmado à Agência Efe
por telefone que a coalizão internacional oferece à aliança curdo-árabe
tanto cobertura aérea como assessoria militar no terreno.
Por sua vez, o Observatório Sírio de Direitos Humanos informou hoje que
reforços militares dos EUA chegaram ao enclave curdo-sírio de Kobani,
sob controle das FSD e no norte da província de Aleppo, vizinha a Al
Raqqa, para participar da ofensiva "A Ira do Eufrates".
Um eventual fracasso do diálogo político entre governo e oposição na
Venezuela, com o apoio do Vaticano, pode ocasionar derramamento de
sangue, alertou neste sábado ao jornal argentino La Nación o enviado do
papa Francisco, arcebispo Claudio María Celli.
"Se por caso uma delegação ou a outra quiserem acabar com o diálogo,
não é o papa, mas o povo venezuelano que vai perder, porque o caminho
poderá verdadeiramente ser o do sangue", disse o sacerdote.
As negociações entre governantes e opositores transcorrem com
dificuldades que ameaçam uma rápida solução para a crise venezuelana. Os
primeiros dias de trégua, com insultos e posturas irreconciliáveis em
torno da saída do chavismo do poder complicam o panorama.
As partes conflitantes voltarão a se reunir em 11 de novembro. Em
meio a uma grande crise interna, a oposição exige um referendo
revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.
"Tem gente que não tem medo de que haja derramamento de sangue. Isto é
o que me preocupa. (O papa) Francisco está desempenhando um papel muito
forte. Corremos um risco. Vamos ver, que Deus nos ajude", pediu o
arcebispo, em Roma, após retornar de uma visita a Caracas.
Celli disse que "é o povo venezuelano que se afunda mais". "Quando me
reuni com os representantes da oposição, na manhã de segunda-feira,
disse-lhes claramente: 'Meu medo é que haja mortos na manifestação de
quinta-feira. E se houver mortos, o diálogo, que diálogo é esse?'. A
oposição refletiu e, graças a Deus, suspenderam esta manifestação",
relatou.
O enviado revelou que na primeira reunião com Maduro, o presidente
lhe garantiu: "Prometi ao papa que vou dialogar e cumprirei minha
promessa". Celli contou que na segunda reunião com o presidente, disse a
Maduro: "Senhor presidente, esta manhã me encontrei com a oposição e há
três pedidos. Deve dar sinais e estes não necessitam tempos bíblicos.
Deve dar sinais de que o diálogo é o único caminho".
Consultado sobre como encontrou o país, respondeu que "não há dúvidas
de que a situação está muito feia. Não somente em nível político, mas
em nível social, econômico. Não há comida, não há medicamentos. É
inegável que o país está enfrentando uma situação muito difícil".
Ao ser questionado sobre se o Vaticano considera a missão uma
mediação, Celli respondeu que não. "A Santa Sé acompanha". "As partes
compreendem que ou escolhem o caminho da violência ou escolhem o caminho
do diálogo", declarou.
Juiz Sérgio Moro aceita denúncia do MPF contra ex-ministro e outras 14
pessoas, incluindo Marcelo Odebrecht e ex-dirigentes da Petrobras.
Acusado de corrupção, Palocci teria recebido 128 milhões de reais em
propina.O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato
na primeira instância, aceitou nesta quinta-feira (03/11) uma denúncia
do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-ministro Antonio
Palocci. Assim, ele se torna réu na ação, que envolve os crimes de
corrupção e lavagem de dinheiro.
Palocci, preso preventivamente em Curitiba desde 26 de setembro, é
acusado de receber propina do grupo Odebrecht. Em troca, teria agido em
favor da construtora em diversos projetos controlados pelo governo
federal, incluindo a contratação de sondas para exploração do pré-sal
pela Petrobras.
Segundo mostram planilhas apreendidas durantes as investigações, o
ex-ministro teria solicitado e coordenado o pagamento de 128 milhões de
reais pela empresa. Os documentos também apontam que a empreiteira
mantinha uma "conta-corrente de propina" com o PT, que seria gerida por
Palocci.
Os investigadores acreditam que o codinome "Italiano", visto nessas
planilhas, seja em referência ao ex-ministro. "Há razões fundadas para
identificar Antonio Palocci Filho como a pessoa identificada pelo
codinome 'Italiano' no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht",
diz Moro no despacho.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) destacaram que
Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa, "era o principal ator
corruptor nos fatos ora investigados, tendo mantido incessante contato
com Antonio Palocci Filho, de 2003 a 2015", afirmaram os investigadores.
Outros 14 acusados
A denúncia aceita nesta quinta-feira envolve ainda outras 14 pessoas,
incluindo nomes que já respondem a outras ações penais na Lava Jato,
como o próprio empresário Marcelo Odebrecht, o ex-diretor de Serviços da
Petrobras Renato Duque, o ex-gerente da Área Internacional da estatal
Eduardo Musa, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o publicitário
João Santana.
No despacho, Moro ordenou que os réus sejam intimados com urgência,
dando um prazo de 10 dias para as respostas de defesa. Ele não se
manifestou sobre o pedido do MPF para que fossem bloqueados cerca de
284,6 milhões de reais das contas de todos os acusados, referentes ao
pagamento de propinas e às operações de lavagem de dinheiro apuradas na
investigação.
Palocci - que foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e da
Fazenda durante o governo Lula - foi preso durante a 35ª fase da
Operação Lava Jato, deflagrada no fim de setembro.
O indiciamento do político, sob a suspeita de relação criminosa com a
construtora Odebrecht, foi realizado pela Polícia Federal no dia 24 de
outubro, envolvendo a princípio seis pessoas. Quatro dias mais tarde, o
MPF ofereceu denúncia à Justiça Federal, acrescentando nove acusados ao
processo.
A polêmica sobre os emails particulares de Hillary Clinton ganhou um
novo capítulo. O fato, revelado pela primeira vez em 2015, voltou aos
holofotes na última sexta-feira, quando o FBI anunciou que vai reabrir a
investigação sobre o uso de um servidor particular por Hillary durante
sua gestão como secretária de Estado americana, de 2009 a 2013.
A notícia caiu como uma bomba às vésperas da eleição que vai definir se
será a democrata ou republicano Donald Trump o próximo presidente dos
Estados Unidos.
Entenda o escândalo.
1) Como tudo começou?
Pouco antes de assumir a Secretaria de Estado, em 2009, Hillary instalou um servidor particular em sua casa, em Nova York.
A então secretária usou esse servidor para todas as suas trocas de
email - sejam profissionais ou pessoais - durante os quatro anos no
cargo.
Hillary também teria usado esse servidor para criar contas de e-mail
para Huma Abedin, sua assessora, e Cheryl Mills, chefe de gabinete. Ela
não teria usado, nem sequer ativado, a conta de email "state.gov",
hospedada nos servidores de propriedade do governo dos Estado Unidos.
O uso do email particular por Hillary foi revelado em março do ano passado pelo jornal
The New York Times.
2) Mas por que ela fez isso?
Na ocasião, Hillary justificou o ato dizendo que era apenas
"conveniência". Em entrevista a jornalistas, ela afirmou que preferia
usar só um telefone, com uma única conta de email, do que andar com
dois dispositivos - um para trabalho e outro para assuntos pessoais.
"Achei que usar um único dispositivo seria mais simples e, obviamente, não funcionou assim", declarou.
Os críticos argumentam, no entanto, que a verdadeira razão para Hillary
ter usado um servidor particular seria ter total controle sobre suas
correspondências.
Ao usar seu próprio servidor, Hillary teria o poder de decidir o que
compartilhava com o governo ou tornava público para partes interessadas,
como à comissão do Congresso que investigou o ataque ao consulado
americano em Benghazi, na Líbia, em 2012.
Segundo relatório de 2010 do inspetor-geral do Departamento de Estado,
Hillary teria dito ao subchefe de gabinete que sua preocupação em
relação aos emails era "não correr o risco de que assuntos pessoais se
tornassem acessíveis".
Uma investigação do FBI concluiu que Hillary usou "diversos
dispositivos pessoais" e vários servidores de email enquanto esteve à
frente do cargo.
Foto: Getty Images
3) A medida é ilegal?
Provavelmente não, já que o email particular de Hillary foi criado em meio a uma zona nebulosa da legislação.
Quando ela se tornou secretária de Estado, a interpretação da Lei
Federal de Registros, de 1950, dizia que os funcionários que usassem
contas de email pessoal deviam assegurar que toda correspondência
oficial fosse entregue ao governo.
Dez meses após a democrata assumir o cargo, um novo regulamento
permitiu o uso de emails particulares desde que os dados federais fossem
"arquivados no sistema de manutenção de registros adequado".
Hillary argumenta que esse requisito foi cumprido, uma vez que a
maioria dos emails de sua conta particular teria sido enviada ou
encaminhada para usuários de contas do governo, de modo que teriam sido
arquivados automaticamente.
Todas as outras trocas de mensagens teriam sido entregues a
funcionários do Departamento de Estado, quando solicitadas, em outubro
de 2014.
Em novembro do mesmo ano, o presidente Barack Obama assinou uma nova
lei que obriga os funcionários a entregarem toda a correspondência
oficial ao governo num prazo de 20 dias.
Mas mesmo sob o ponto de vista dessa lei, as sanções à então secretária
de Estado seriam apenas de caráter administrativo, e não penal.
Relatório do inspetor-geral do Departamento de Estado, publicado em
maio deste ano, concluiu que Hillary violou as regras da agência ao usar
o seu email pessoal, lembrando que ela não pediu permissão prévia para
utilizá-lo.
As transgressões, no entanto, não constituiriam conduta criminosa.
4) Quais foram as conclusões da primeira investigação do FBI?
A polícia federal americana conduziu uma apuração paralela e decidiu que Hillary não deveria ser processada.
Ao término da investigação, em julho deste ano, o diretor da agência,
James Comey, disse que a forma como a então secretária de Estado tratou
um material sensível durante seu mandato foi "bastante descuidada", mas a
isentou de qualquer ação criminosa.
A agência encaminhou o caso para o Departamento de Justiça, que
arquivou o processo contra Hilllary e seus assessores sem apresentar
acusação.
Desde então, o Departamento de Estado retomou a investigação para
apurar se Hillary e os auxiliares violaram a política do governo ao
tratar informações sigilosas.
5) O que provoca polêmica?
O artigo publicado pelo
The New York Times
foi baseado em informações passadas pela comissão do Congresso que investigava um ataque à embaixada dos EUA na Líbia, em 2012.
O conteúdo do email pessoal da então secretária de Estado foi incluído
na investigação e, segundo os críticos, não haveria como verificar se
Hillary tinha fornecido todas as informações relevantes para a apuração.
Muita gente não acredita na explicação dada por ela sobre a
"conveniência" de usar um único telefone, uma vez que, como secretária
de Estado, ela viajou sempre acompanhada de uma grande comitiva, capaz
de levar um telefone adicional.
E, em fevereiro de 2015, Hillary disse em uma entrevista na TV que agora carrega vários dispositivos.
Além disso, os críticos tanto de direita quanto de esquerda chamaram a
atenção para o fato de que, ao usar um servidor "em casa", a então
secretária estava mais suscetível a ataques de hackers e espionagem de
serviços de inteligência de outros países.
6) Por que o FBI voltou a investigar o caso?
Na última sexta-feira, o FBI enviou uma carta ao Congresso dizendo que
descobriu novos emails ligados ao uso de um servidor privado na época
Os emails mais recentes foram descobertos como parte de uma
investigação separada que envolve o ex-marido da assessora de Hillary,
Huma Abedin.
Equipamentos dela e do ex, Anthony Weiner, que era um deputado de alto
escalão do Congresso americano, foram apreendidos em uma investigação
para descobrir se ele havia enviado emails "de conteúdo sexual
explícito" a uma garota de 15 anos da Carolina do Norte.
Segundo James Comey, os investigadores é quem vão determinar se os emails contêm informações sensíveis.
A carta, no entanto, é extremamente vaga - não diz o número de emails ou que informação levou à reabertura do inquérito.
7) Qual é o impacto do escândalo na campanha?
Enquanto isso, Trump aproveitou a reabertura das investigações para atacar a adversária na disputa eleitoral.
Segundo ele, "esse é o maior escândalo político desde o Watergate",
caso da década de 1970, em que descobriu-se que a invasão ao Comitê
Nacional do Partido Democrata havia sido feita a pedido do então
candidato à Presidência republicano, Richard Nixon, para colocar escutas
telefônicas no local. O escândalo resultou na renúncia de Nixon.
Hillary pediu, por sua vez, ao FBI que explicasse o quanto antes o motivo de ter reaberto a investigação.
"Os americanos merecem saber com detalhes todos os fatos imediatamente.
É essencial que as autoridades expliquem o que está em questão, o que
quer que seja, sem atrasos."