Mulher foi encontrada com múltiplos ferimentos, muito sangue e mais de 100 marcas espalhadas pelo corpo.
Um empresário britânico foi condenado a 20 anos de prisão por ter
assassinado sua namorada milionária na suíte de um hotel onde eles
estiveram hospedados em Paris em 2009.
BBC
Kinga Legg foi assassinada no quarto de um hotel de luxo em Paris
Ian Griffin, de 45 anos, é de Cheshire, um condado
no noroeste da Inglaterra, e foi preso em junho daquele ano, quando
Kinga Legg, sua namorada à época, foi encontrada morta no quarto do
hotel de cinco estrelas Le Bristol, na capital francesa – a suíte
custava £1.000 a diária (R$ 4.037).
Em nenhum momento, Griffin
confessou o crime - ele alegava não ter lembranças sobre o que havia
acontecido naquela noite. Segundo o britânico, ele acordou no dia
seguinte e se deparou com o quarto em um estado caótico antes de
encontrar o corpo da namorada.
Cinco anos após o crime, a
Corte de Paris considerou Griffin culpado e estabeleceu a sentença de
20 anos de reclusão para o britânico.
BBC
Ian Griffin foi preso em 2009 acusado de assassinar a namorada
Griffin recebeu um mandado de prisão em 2009
depois que uma empregada descobriu o corpo de sua namorada milionária,
Kinga Legg, todo cheio de hematomas na banheira.
Na investigação, o
tribunal de Paris descobriu que ele fugiu da capital francesa em seu
Porsche 911, que mais tarde foi recuperado em um endereço em Warrington,
Cheshire, onde ele cresceu.
Ele foi preso vários dias após o
mandado de prisão ter sido emitido, em um bosque nas proximidades de
Macclesfield, que também fica no condado de Ceshire. Crime
Kinga
Legg tinha 36 anos quando foi assassinada e vivia em uma mansão em
Surrey (condado no sudeste da Inglaterra) com Griffin. Ela foi
encontrada no quarto de hotel com múltiplos ferimentos, muito sangue e
mais de 100 marcas espalhadas pelo corpo.
A milionária de origem
polonesa, que fez sua fortuna tocando o negócio da família – um
supermercado chamado Vegex -, morreu de hemorragia interna.
Depois
de encontrar o corpo da namorada, Griffin passou horas limpando o
quarto e colocou uma placa de "Não disturbe" na porta para não ser
interrompido. Depois, deixou o hotel e partiu de volta para a Inglaterra
em seu carro esportivo.
Griffin questionou as acusações de que
teria assassinado sua namorada no tribunal em Paris: "Como vocês podem
pensar que eu mataria a mulher que eu amava?" Relação turbulenta
O
casal tinha uma relação turbulenta e até fisicamente violenta. Algumas
semanas antes de morrer, Kinga Legg enviou uma mensagem de texto pelo
celular a um amigo contando como seu noivo a havia pressionado para
tomar uma overdose de pílulas para dormir.
O advogado da família
disse que os parentes de Legg esperavam uma explicação sobre o que havia
acontecido na noite em que ela morreu. "Em vez disso, eles tiveram que
se contentar com os lapsos da memória de Griffin", disse ele.
O
empresário negou o assassinato e disse que ele não se lembra de mais
nada depois da discussão que teve com a namorada no restaurante onde
estavam jantando naquela noite, quando ela disse: "Você me deve sexo".
Depois
das falas da promotoria e da defesa, Griffin dizia ao júri várias
vezes: "Pensar que eu poderia fazer isso com a garota que eu amava, isso
está me matando. Já passei por tanta dor e pesar, tanta emoção…"
"Eu daria minha vida pela dela amanhã", disse. Sentença
O
juiz do caso, Didier Safar, disse que o júri considerou que Griffin não
deveria se beneficiar de uma lei que declara o réu não responsável por
suas ações por causa de um "distúrbio psicológico".
No entanto, segundo ele, o júri disse que o nível de responsabilidade de Griffin foi "alterado" por seu estado mental.
Após a sentença, o irmão de Kinga Legg, Marek Wolf, disse que era "o veredicto certo e decisão correta".
"Estou
feliz que, depois de três anos, o julgamento está terminado, mas
ninguém pode trazer minha irmã de volta para mim ou para os meus pais."
A
atual namorada de Griffin, Tracy Baker, chorou quando a sentença foi
proferida, mas não quis comentar o julgamento ao deixar o tribunal.
Um incêndio de grandes
proporções iniciado por volta das 12h atinge um galpão na rua Carnot,
esquina com a rua Victor Hugo, no Pari, região central da capital
paulista. Com pelo menos 20 viaturas e cem homens, o Corpo de Bombeiros
trabalha no local e isolou o trânsito nas imediações. Não há vítimas.
O telhado do imóvel desabou. O
fogo é alto e provoca uma grande nuvem de fumaça. Os bombeiros
quebraram a parede para ter acesso ao interior do local. Ainda não há
informação sobre a natureza das atividades desenvolvidas no galpão e nem
sobre as causas do sinistro.
O presidente francês, François Hollande,
terá um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou
neste sábado, afirmou o Kremlin.
Um porta-voz do Kremlin não deu mais detalhes. Mas a TV estatal
da Rússia Rossiya-24 disse que Putin e Hollande planejam discutir a
decisão de Ucrânia e França de suspender a entrega do primeiro de dois
porta-helicópteros Mistral a Moscou por causa da crise na Ucrânia.
Agências russas de notícias disseram que Hollande faria a
visita na volta para a França, após viagem ao Cazaquistão, onde sugeriu
que ele, Putin, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko e a chanceler
alemã, Angela Merkel devem juntos "iniciar o processo de redução da
tensão". Ele não deu detalhes.
Em entrevista coletiva na capital do Cazaquistão Astana,
Hollande insistiu que Putin deve olhar para o futuro em vez do passado
para ajudar a aliviar a tensão sobre a crise da Ucrânia.
Putin na quinta-feira evocou as lições da história para
transferir a culpa de muitos dos problemas da Rússia ao Ocidente,
acusando "os inimigos de ontem" de tentar trazer uma nova cortina de
ferro de volta à Rússia.
Mais de 4,3 mil pessoas foram mortas no leste da Ucrânia desde
as rebeliões separatistas estouraram em abril, quando a Rússia anexou a
Crimea, da Ucrânia, após a derrubada de um presidente apoiado por
Moscou.
A Polícia Civil de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo,
investiga a autoria de um ataque ao diretório do Partido Socialista e
Liberdade (Psol), cuja sede amanheceu nesta sexta-feira pichada com uma
grande estrela suástica no portão que dá acesso à sala de reuniões. Além
do símbolo nazista, desconhecidos escreveram: “Nós temos armas e vcs?”.
O caso foi registrado como ameaça no 3° Distrito Policial.
O
presidente do partido em Rio Preto, Pedro Roberto Gomes, disse que os
militantes do partido estão assustados porque trata-se da segunda ameaça
em cerca de dez dias. “Estamos assustados, chateados, com esta
agressão. É uma ameaça, pois não se trata de um simples desenho e além
disso há uma frase assustadora, pichada justamente na sede do partido”,
comentou Gomes ao procurar a polícia para registrar o caso.
Segundo
o dirigente partidário, há cerca de dez dias um militante do partido,
um professor, teve o muro de casa pichado com o mesmo símbolo do
nazismo, acompanhado pela frase: “Morre cajuzinho”. “As letras nos dois
lugares são bem parecidas, ainda não temos certeza, mas pode ser que as
duas pichações tenham sido feitas pela mesma pessoa”, completou.
“Não
sabemos quem está por trás disso, mas certamente devem ser pessoas que
estão descontentes com a ação do Psol no município”, declarou Gomes. Ele
explicou que o partido tem se destacado com mobilizações realizadas em
torno de assuntos importantes para a população. “Temos muitos militantes
que vão às ruas em protestos, o que tem incomodado os políticos
locais”, disse. Uma dessas mobilizações, segundo ele, foi contra o
processo de eleição da Câmara Municipal de Rio Preto, considerado
suspeito pelo partido.
“Não temos como confirmar, mas há uma
coincidência de datas entre as duas pichações com a eleição para a
presidência da Câmara Municipal”, disse. Segundo ele, a pichação na casa
do professor Anderson Rizzuti ocorreu na mesma época em que militantes
do partido promoveram protesto contra a eleição e a pichação da sede do
partido, dias depois da eleição, realizada na última terça-feira. “Não
sabemos, mas pode ser que isso esteja relacionado com as agressões”,
disse.
O atual presidente da Câmara Municipal, Paulo Paléra (PP),
discorda de Gomes. “Sou contra esse tipo de ameaça. É um absurdo, contra
a democracia, contra os partidos de nossa cidade, com ou sem
representação na Câmara”, afirmou. “Mas não acho que a eleição tenha
alguma relação com isso. Quem vota são os vereadores e o Psol nem tem
representação nesta Casa”, afirmou.
O presidente eleito da Câmara,
Fábio Marcondes (PR), disse desconhecer a ameaça em forma de pichação.
“Nem sabia dessa pichação e nem que o Psol tem sede em Rio Preto, onde
fica essa sede ou quem é seu presidente”, comentou. “Não tem nada a ver
uma coisa com a outra”, afirmou.
O delegado do 3° DP, Amauri
Scheffer de Oliveira, disse que as duas pichações serão periciadas pelos
técnicos do Instituto de Criminalística. “Vamos expedir uma ordem de
serviço para que os investigadores iniciem a investigação para tentarmos
localizar os autores e caso consigamos, os representantes do partido
serão chamados para dizer se querem denunciar os suspeitos”, explicou.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal
Federal (STF) que instaure dois processos para investigar o envolvimento
do deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA) com o doleiro Alberto Youssef.
Um dos principais investigados da Operação Lava Jato e já denunciado
pelo MPF, Youssef é suspeito de lavar o dinheiro desviado de contratos
da Petrobras.
Os dois inquéritos correm em segredo de Justiça. A PGR e o STF não
comentaram o teor dos inquéritos. Protocolados quarta-feira (3), os
pedidos serão analisados pelo ministro Teori Zavascki.
Acusado de receber dinheiro de Youssef, com quem já admitiu ter feito
negócios, embora tenha negado qualquer tipo de sociedade, Argôlo
responde na Câmara dos Deputados a um processo por quebra de decoro
parlamentar que pode lhe custar o mandato.
Em outubro, em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
(CPMI) da Petrobras, a ex-contadora de Youssef Meire Poza disse que
emitiu mais de R$ 7 milhões em notas fiscais frias a pedido do doleiro.
Desse valor, R$ 1 milhão teriam ido para a empresa Grande Moinho
Cearense, a pedido de Argôlo. Posteriormente, o relator do processo
contra Argôlo na Câmara, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), sustentou que
as denúncias de Meire são críveis.
Em nova ação civil pública, Ministério Público de SP quer dissolver a
Siemens, Alstom, CAF, Bombardier, Mitsui e Tejofran, entre outras, além
de obter ressarcimento do dinheiro desviado dos cofres públicos.O Ministério Público anunciou na tarde de hoje (5) o ingresso de ação civil pública
para condenar e dissolver as empresas envolvidas no esquema de
corrupção operado na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM),
empresa ligada ao governo de São Paulo, e no Metrô paulistano.
O promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital,
Marcelo Milani, pede a condenação da Siemens, Alstom, CAF, CAF Brasil,
Trans Sistemas, Bombardier, MGE, Mistsui & Co, Temoinsa, Tejofran e
MPE a ressarcir integralmente o dano material causado, correspondente à
devolução integral de todos os valores recebidos pelos contratos
assinados entre 2000 e 2007, que totalizam R$ 374.935.419,88. O valor
deverá ser corrigido monetariamente a partir da data da assinatura dos
ajustes, e acrescido de juros legais.
Milani pede também que essas empresas arquem com o ressarcimento, a
título de danos morais coletivos que causaram à sociedade e aos cofres
públicos, no valor de R$ 112.480.625,97, que corresponde a 30% dos
valores do contratos. E que todas elas sejam dissolvidas, ou seja,
tenham o cancelamento de seus registros na Junta Comercial.
"Todas essas empresas, ao serem dissolvidas, não vão mais poder
prestar serviços para o estado. E não podendo mais, o governo fica com
um problema na mão porque essas empresas deixam de ser idôneas. E como o
estado vai manter esses contratos? A responsabilidade vai então para o
governador", disse o deputado Luiz Claudio Marcolino (PT), que esteve
ontem em reunião com o promotor Marcelo Milani para conversar sobre esta
ação e outras que o MP deverá protocolar.
Vítimas faleceram por desidratação e hipotermia dentro do barco.
Palco de tragédias envolvendo imigrantes, a ilha de Lampedusa, no sul
da Itália, registrou nesta sexta-feira (5) a morte de ao menos 17
passageiros de uma embarcação ilegal.
O navio tinha partido da
Líbia com destino à Itália. Os imigrantes morreram por desidratação e
hipotermia, de acordo com fontes locais. Os corpos foram localizados por
equipes de socorro em alto mar.
Ao todo, as equipes
conseguiram resgatar 76 passageiros com vida. Um deles, em estado grave,
foi encaminhado a um hospital. A ilha de Lampedusa é considerada a
porta de entrada para a Europa. Todos os dias, o local recebe
embarcações de imigrantes, geralmente africanos, que tentam se mudar
para o continente.
O número de mortos em naufrágios e outros
acidentes é altíssimo, o que preocupa as autoridades italianas. Em 2013,
uma embarcação afundou provocando a morte de mais de 300 pessoas. O
papa Francisco, que visitou a ilha no ano passado, já fez diversos
apelos para que a União Europeia (UE) e a Itália adotem medidas para
evitar novas vítimas.
O Ministério Público Federal em São Paulo está movendo uma ação
de improbidade administrativa contra um auditor fiscal aposentado da
Receita Federal. Quando ainda estava na ativa, entre 2002 e 2003, o
servidor enriqueceu ilicitamente ao adquirir bens e valores
desproporcionais a sua renda. No primeiro ano, o montante sem origem
justificada alcançou R$ 368,8 mil, e no segundo, R$ 410,3 mil. Em
valores atualizados, o total atinge R$ 1,5 milhão.
O
ex-servidor apresentou uma série de recursos contra uma multa imposta de
R$ 707,8 mil, mas não justificou a origem dos valores suspeitos. As
conclusões levaram também à instauração de um procedimento disciplinar
no âmbito da corregedoria da instituição.
Além do enriquecimento ilícito, o ex-auditor responderá por desrespeito ao princípio da legalidade. Ele é sócio
proprietário de duas empresas e tem participação societária expressiva
em outras cinco, mas a Lei nº 8.112/90 veda aos servidores públicos da
União a gerência e a administração de sociedades privadas. Embora a
mulher do aposentado figure como dependente em sua declaração de imposto
de renda, ela também possui fatias significativas de algumas das
companhias.
A relação de posses do ex-servidor e suas empresas inclui ainda 15 imóveis na capital paulista e em Jundiaí, Sorocaba e Guarujá.
A
procuradora da República Thaméa Danelon Valiengo, autora da ação, pede o
bloqueio de bens móveis e imóveis no total de R$ 7,1 milhões,
quantia suficiente para o cumprimento de eventual sentença que ordene a
devolução do valor atualizado referente ao enriquecimento indevido e o
pagamento de multas civis correspondentes a três vezes o valor adquirido
ilicitamente e 80 vezes a remuneração do réu.
Ao final do
processo, o MPF pede também que a Justiça determine a cassação da
aposentadoria do ex-auditor, a proibição de receber benefícios ou
incentivos fiscais por dez anos e a suspensão de seus direitos políticos
pelo mesmo período.
A ação é resultado da atuação da
Força-Tarefa de Combate ao Enriquecimento Ilícito na Receita Federal do
Brasil na 8ª Região Fiscal, criada em abril na Procuradoria da República
em São Paulo.
As grandes empresas envolvidas em crimes de lavagem de dinheiro,
suborno e caixa dois dificilmente respondem a ações penais. Na maioria
dos casos, são feitos acordos para pagamento de multas. A afirmação é de
Artur Gueiros, procurador regional da República no Rio de Janeiro, que
participou hoje (4) do 1º Seminário Nacional Sobre Combate à Corrupção e
Lavagem de Dinheiro, no Rio, com palestra sobre o tema Compliance
Criminal: Atribuição de Responsabilidade Individual nos Crimes
Empresariais.
Segundo ele, os instrumentos de compliance,
que são procedimentos para assegurar o cumprimento das normas
reguladoras de determinado setor, são recentes e surgiram da dificuldade
dos governos para regular o setor econômico.“Compliance é
uma ideia nova. Surgiu há dez anos e o criminal há cinco anos. O Estado
não tinha como dar conta desses segmentos econômicos. Então, concedeu
autorização para que as empresas se autorregulassem, de acordo com
regras dos governos. É um meio termo entre autonomia completa e
regulação pelo governo, que permite às empresas investigar e punir seus
funcionários. Nos anos 80, parecia uma ideia utópica, mas hoje é
realidade”, salientou.
Gueiros citou o histórico das investigações
a empresas, iniciadas com a descoberta do criminalista norte-americano
Edwin Sutherland, na década de 1930, que as empresas também cometiam
crimes. Antes, eles associados apenas às condições de pobreza, o que
levou à criação da Teoria da Associação Diferencial e do crime de
colarinho branco.
De acordo com o procurador, normas recentes,
como as leis da Lavagem de Dinheiro (12.683, de 2012) e Anticorrupção
(12.846, de 2013), que permite o acordo de leniência, para o infrator
colaborar com as investigações em troca de benefícios, modernizaram a
legislação brasileira e permitem que grandes empresas sejam punidas.
Salientou que continua difícil chegar à responsabilização individual por
crimes cometidos por empresas.
O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara
Federal de Curitiba (PR), responsável pela Operação Lava Jato, também
participou do seminário, com a palestra Elemento Subjetivo no Crime de
Lavagem: Cegueira Deliberada. Sem especificar casos, ele falou das
teorias jurídicas de dolo e dolo eventual, que têm condenado envolvidos
em casos de lavagem de dinheiro, mesmo com réus alegando não ter
conhecimento da origem ilícita do dinheiro.
“O dolo eventual pode
ser entendido como a pessoa ter elevada probabilidade de conhecimentos
da atividade criminosa, persistir na conduta delitiva, mesmo tendo
conhecimento da origem criminosa, e a possibilidade de aprofundar o
conhecimento sobre a atividade delitiva”, ressaltou Moro.
O juiz
Sérgio Moro não falou com a imprensa. Alegou não ter possibilidade legal
de dar entrevistas sobre casos em curso, como a Operação Lava Jato.
O órgão meteorológico da ONU
advertiu, na última quarta-feira, que o ano de 2014 caminha para ser o
mais quente da história desde o início das medições. Nos dez primeiros
meses do ano, a temperatura global média do ar foi 0,57ºC acima da média
de longo prazo.
Se essa tendência for registrada também nos dois
últimos meses do ano, 2014 superará 1998, 2005 e 2010 (por uma pequena
margem) como o ano mais quente.
O ano foi também de extremos: seca
extrema e falta d'água em partes do Brasil; fortes chuvas e inundações
inesperadas em outras partes do mundo.
Mas o que pode estar por trás de um ano tão quente e quais as implicações disso?
Segundo
a WMO (World Meteorological Organization), o cenário se deve sobretudo
às temperaturas recordes registradas na superfície dos mares globais.
Em
geral, anos excepcionalmente quentes costumam ser associados à
influência temporária do fenômeno climático conhecido como El Niño - que
ocorre quando temperaturas da superfície marítima acima da média no
leste tropical do Pacífico se somam em um ciclo que se retroalimenta
perpetuamente - a sistemas de pressão atmosférica. E isso pode afetar
padrões climáticos.
O curioso, porém, é que as altas temperaturas
de 2014 ocorreram mesmo na ausência de um El Niño no Oceano Pacífico.
Durante o ano, as temperaturas da superfície dos mares globais subiram a
níveis semelhantes ao que teriam com o fenômeno, sem que ele chegasse a
se desenvolver plenamente.
Além disso, existem as tendências
relacionadas à temperatura global: ainda que elas tenham se estabilizado
parcialmente nos 15 anos anteriores a 2013 (depois de terem aumentado
fortemente a partir dos anos 1970), muitos estudos veem uma relação
entre essa "pausa" e a absorção de calor pelos oceanos.
As altas
temperaturas das superfícies oceânicas no Pacífico e em outras partes
das águas do mundo podem indicar que essa "pausa" está chegando ao fim,
mas não há provas concretas para garantir isso. Os especialistas
climáticos dizem ser necessário mais de um ano quente para perceber essa
eventual tendência.
Anos quentes
Mas
outra tendência já observada é a de que estamos entrando em uma era em
que recordes de temperatura devem se tornar cada vez mais comuns.
Ano teve extremos, como a seca no Brasil e inundações em outras partes do mundo
No entanto, isso não
necessariamente significa que cada ano será mais quente que o anterior -
ainda que essas altas temperaturas estejam inseridas em um contexto de
aquecimento global, mudanças climáticas e influência humana.
É
possível que se passem alguns anos até que tenhamos um novo recorde de
temperatura; e o aquecimento global pode apressar ou retardar esse
efeito no curto prazo.
Sendo assim, o que faz um ano ser mais quente que seu antecessor? A resposta depende de vários fatores.
Grandes
erupções vulcânicas, por exemplo, podem causar um declínio temporário
nas temperaturas graças ao reflexo da luz do Sol resultante de
partículas atmosféricas. Isso aconteceu, por exemplo, após a erupção do
Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991.
Flutuações no oceano também podem causar esses altos e baixos temporários.
Só que, ao mesmo tempo, é em regiões terrestres e no Ártico que as temperaturas médias mais aumentaram.
Isso
sugere que, apesar da "pausa" mencionada anteriormente nos aumentos de
temperatura nos últimos anos, o período se mostrou excepcionalmente
quente.
O relatório da WMO sobre o estado do clima global é publicado anualmente para coincidar com as negociações
O
secretário-geral da Organização Meteorológica Internacional (WMO, na
sigla em inglês), Michel Jarraud, disse que os dados preliminares de
2014 são "consistentes com o que esperávamos de um clima em mutação".
Exército dos EUA ainda não definiu sobre ataque aéreo no local.
O grupo extremista Estado islâmico (EI, ex-Isis) criou um campo de
treinamento para milicianos no leste da Líbia. A informação foi
anunciada pelo general norte-americando David Rodriguez nesta
quinta-feira (4). Segundo o oficial, o campo é monitorado pelos EUA.
Atualmente, cerca de 200 jihadistas passam por treinamentos no local.
"É um fenômeno novo e os EUA continuarão a observar para ver o que pode
acontecer", disse Rodriguez. Os Estados Unidos ainda não decidiram
sobre a realização de um ataque aéreo no local. Ex-mulher de al-Baghdadi - A
mulher presa por autoridades libanesas há dois dias foi casada com o
líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, por apenas três meses. Grávida, Saja
al Dulaimi foi detida quando tentava entrar na Síria com documentos
falsos. No momento da prisão, ela estava com a filha que teve com
al-Baghdadi e mais dois filhos. O atual marido de Saja é um palestino.
Segundo o ministro do Interior do Líbano,Nuhad Machnuk, um exame de
DNA comprovou que a criança é filha do chefe do EI. Ela e os outros
filhos da mulher detida foram levados a um centro de assistência
infantil. A ex-mulher de al-Baghdadi foi presa, acusada de ter ligação
com grupos extremistas.
Nesta quarta-feira (3), o Ministério do Interior do Iraque negou que Saja fosse uma das atuais mulheres do líder do EI. EI se aproxima de aeroporto - Grupos
de milicianos do EI se aproximam do aeroporto de Dayr az Zor, na Síria,
fronteira com o Iraque. O local está protegido pelo exército sírio.
Segundo testemunhas, os jihadistas já dominaram locais ao redor do
aeroporto, que é um dos últimos redutos ainda em posse do governo sírio
na região. (ANSA)
Corrida armamentista é o processo pelo qual um país busca armar-se com o intuito de proteger-se de outro.
Ao mesmo tempo, um país sente-se ameaçado pelo aumento do poder militar
do outro, investindo em seu aparato de defesa. Com isso, surge um
círculo vicioso, no qual ambos os países se armam, ou pode ser o
processo no qual um país fabrica armas, em meio a tempos de guerra, para vender e para uso próprio, porém não precisa investir necessariamente em armas, um exemplo é a corrida armamentista da Guerra Fria, na qual dois países, Estados Unidos e União Soviética, disputavam poder tanto em armas quanto em tecnologia diversificada, como por exemplo foguetes. Enquanto um país fabricava um foguete para chegar à Lua, o outro preparava outro foguete, melhor, para levar um homem à Lua, como ocorreu durante a guerra fria.
A corrida armamentista implicava também uma estratégia de dominação, em
que as alianças regionais e a instalação de bases militares eram de
extrema importância. Os exércitos de ambos os lados possuíam centenas de
soldados, armas convencionais, armas mortais, mísseis de todos os
tipos, inclusive nucleares que estavam permanentemente apontados para o
inimigo, com objetivo de atingir o alvo a partir de curtas distâncias.
Sessão durou mais de 17 horas e teve momentos de tensão.
Após mais de 17 horas de discussão, e mesmo sob intensos protestos e
duras críticas da oposição, a base governista conseguiu aprovar, no
Plenário do Congresso, na madrugada desta quinta-feira (4), o projeto de
lei do Congresso (PLN) 36/2014, que muda a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) em vigor e desobriga o governo de cumprir a meta de
superávit primário deste ano. A decisão, entretanto, ressalva quatro
destaques apresentados pelos parlamentares oposicionistas.
O clima
tenso foi o mesmo verificado nas duas últimas semanas, tanto na
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO)
quanto no próprio Congresso, com a oposição resistindo à mudança e
acusando o governo de crime de responsabilidade fiscal por não conseguir
economizar o que ficou estabelecido na LDO 2014.
Durante
toda a quarta-feira, algumas dezenas de manifestantes protestaram — com
gritos, palavras de ordem e até insultos dirigidos a alguns
parlamentares — contra a aprovação do projeto e o governo. Todos foram
impedidos de entrar no Plenário da Câmara e nas galerias para acompanhar
a votação. Até o cantor Lobão participou das manifestações.
O autor de Vida Bandida e Essa Noite Não, entre outros sucessos
dos anos 1980, disse à imprensa que vai entrar com um mandado de
segurança no STF pedindo a anulação da sessão do Congresso. Também
criticou a proibição da entrada de manifestantes no Plenário.
—
Estão rasgando a Constituição não só ao formular o PLN 36, mas também
ao impedir o povo brasileiro de entrar. Estão tirando nosso direito de
ir e vir, estão partindo da premissa de que nós somos arruaceiros,
golpistas e baderneiros e isso nós não somos. Nós queremos entrar no Congresso porque o Congresso é nosso — afirmou Lobão. Sessão do Congresso para votar alteração da meta fiscal durou mais de 17 horasNa
prática, o PLN 36/2014 retira da LDO o teto de abatimento da meta de
superávit, inicialmente estabelecida em R$ 116,1 bilhões. A regra
original previa que o governo poderia abater até R$ 67 bilhões da meta,
com base nos investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
e das desonerações tributárias destinadas a estimular setores da
produção, principalmente o automobilístico e o de eletrodomésticos.
Ao
não estabelecer um teto, o projeto abre a possibilidade de o governo
abater da meta fiscal até o total do PAC mais as desonerações, montante
que já passou de R$ 130 bilhões. Agora, o Executivo pode manejar o
superávit e, mesmo que feche as contas com déficit primário, não terá
descumprido a meta definida pela LDO em vigor (Lei 12.919/13).
Na
semana passada, o governo comunicou que pretende obter superávit
primário de pelo menos R$ 10,1 bilhões em 2014. A estimativa consta do
Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, publicado pelo
Ministério do Planejamento a cada dois meses com parâmetros para a
execução do Orçamento da União. A última edição foi divulgada em 21 de
novembro.
Até setembro, o resultado das contas públicas do governo
registrou déficit de R$ 20,4 bilhões - o pior resultado mensal desde
1997. No acumulado de janeiro a setembro, o resultado é deficitário em
R$ 15,7 bilhões.
O texto aprovado nesta quinta é o mesmo que foi
apresentado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) ao relatar a matéria na
CMO. Ele substituiu a expressão “meta de superávit”, da proposta
original, por “meta de resultado”, uma vez que não se sabe se o governo
fechará o ano com déficit ou superávit primário, e rejeitou as 80
emendas apresentadas à proposição.
Em seu parecer, Jucá afirma que
a meta de resultado primário “não é imutável ou rígida”. Segundo ele,
fixar ou alterar o número “tem o propósito básico de trazer ao
conhecimento e ao debate público as consequências de todo o conjunto de
decisões adotadas no campo econômico e fora dele”. O relator diz ainda
que ajustar a meta evita também problemas maiores, como o
comprometimento dos programas sociais.
Jucá ressalta ainda que a
alteração da meta fiscal é necessária devido à presente conjuntura
global e à arrecadação prevista, que não se configurou. Ele também
ressalta que a meta de resultado primário “não é imutável ou rígida”. E
observa que fixar ou alterar o número “tem o propósito básico de trazer
ao conhecimento e ao debate público as consequências de todo o conjunto
de decisões adotadas no campo econômico e fora dele”. O relator diz
ainda que ajustar a meta evita também problemas maiores, como o
comprometimento dos programas sociais.
A mudança na meta fiscal de
2014 também foi defendida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros,
que conduziu os trabalhos de votação em Plenário. Ele disse que a
alteração é necessária para o governo manter as contas em dia.
—
Se não alterarmos a LDO, não vamos ter dinheiro não só para as emendas
parlamentares, não vamos ter dinheiro para muita coisa e teremos de
fazer, em dois meses, uma economia que não foi feita em dez — afirmou.
Em resposta, o senador Magno Malta (PR-ES), contrário ao projeto, disparou:
— Quem pariu Mateus, que o embale.
Renan
lembrou ainda que a meta fiscal foi alterada em 2001, durante o mandato
de Fernando Henrique Cardoso. Por sua vez, o deputado Sílvio Costa
(PSC-PE) defendeu a redução da meta de superávit como medida temporária,
e lembrou que apenas em desonerações a setores econômicos foram R$ 76
bilhões em impostos que deixaram de ser recolhidos.
— Em sua
maioria são médias e pequenas empresas beneficiadas, e o PAC, que já
consta da redução da meta de superávit teve incremento de 47% nesse ano —
afirmou.
O deputado Vicentinho (PT-SP) lembrou que os estados e
os municípios vão precisar fazer metas menores de superávit em 2014, e
não estão de acordo com a oposição dos deputados que querem a todo custo
ignorar a crise por que passa o mundo.
— Dos 20 maiores países do
mundo, 17 vão adotar déficit em 2014, e nosso governo vai fazer
superávit de R$ 10 bilhões. Será menor do que o programado, mas ainda é
uma demonstração de responsabilidade — afirmou.
Em seguida, o
deputado Paulo Teixeira (PT-SP) lembrou que 15 estados não cumpriram
suas metas de superávit em 2013. Ele afirmou que Minas Gerais e São
Paulo, estados governados pelo PSDB, alteraram suas metas, assim como o
governo federal, para que uma meta menor fosse cumprida.
— O próprio presidente Fernando Henrique reduziu a meta em 2001, e não vimos essa reclamação toda — acrescentou.
Os
deputados Pauderney Avelino (DEM-AM) e Marcus Pestana (PSDB-MG)
criticaram a política econômica atual, que resultou na necessidade de
mudar a meta de superávit.
— Em sua primeira entrevista, o novo ministro da economia já admitiu que isso não pode mais ser feito — disse Pestana.
Para
o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) e o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) é
preciso rever “essa política de trocas com o governo”.
— Oficializar essa política que não é de forma alguma a boa política” — disse Alencar.
Defensor
do projeto, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que a oposição
está “flertando com o golpismo”, porque pretende usar a meta como
justificativa de crime de responsabilidade para provocar um impeachment.
Já
o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), disse
que a diminuição do superávit é questão de política econômica. Segundo
ele, os gastos tiveram o objetivo de manter a política de
empregabilidade. Fontana destacou ainda que o então presidente Fernando
Henrique Cardoso também mudou o cálculo da meta.
— Quando foram governo, também mudaram a LDO e não fizeram todo esse drama que aqui fazem — afirmou. Antes da votação do superávit, Congresso mantém vetos presidenciais
Antes
da votação da alteração da meta fiscal, a Câmara dos Deputados manteve
os dois vetos (28/14 e 29/14) da presidente Dilma Rousseff a projetos de
lei com origem na Câmara (PL 6096/09 e 5005/09). O resultado foi
divulgado após mais de meia hora de apuração oral dos votos. Como o
resultado na Câmara manteve os vetos, os votos dos senadores não
precisaram ser apurados porque, ainda que expressassem a derrubada de
algum deles, isso somente pode ocorrer se ambas as Casas decidirem
assim.
O PL 6096/09, da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA),
propunha a mudança do nome do Instituto Federal Baiano para Instituto
Federal Dois de Julho.
O texto foi vetado totalmente pelo governo
com o argumento de que a lei de criação desse e de outros institutos
federais de ensino (11.892/08) atribuiu-lhes atuação regionalizada,
devendo seu nome referir-se à sua localização. Foram 257 votos a favor
do veto e 54 contra.
O segundo projeto cujo veto foi mantido é o
PL 5005/09, do deputado Felipe Maia (DEM-RN), que propunha a mudança do
nome da barragem Boqueirão de Parelhas, em município de mesmo nome no
Rio Grande do Norte, para Dr. Ulisses Bezerra Potiguar.
Segundo o
Executivo, a proposta é inconstitucional porque a União não tem
competência legislativa para isso, pois o texto pretende atribuir nome a
bem público do estado do Rio Grande do Norte. Foram 257 votos a favor
do veto e 56 contra.
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Informações da Agência Senado
O Congresso Nacional concluiu a votação
de dois vetos presidenciais nesta quarta-feira e, após a apuração do
resultado, já poderá dar início à análise do projeto que altera o
cálculo do superávit primário.
A apuração do resultado deve ainda ser realizada pelos técnicos
do Congresso e, depois disso, deputados e senadores passam a analisar o
projeto que desobriga o governo federal a realizar um superávit
primário em 2014.
A proposta do governo, que precisa ser aprovada em sessão do
Congresso, permite abater do cálculo da meta de superávit primário a
totalidade das desonerações tributárias feitas pelo governo e dos
investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A tendência é que os dois vetos presidenciais sejam mantidos.
Um dos projetos vetados modifica o nome de um instituto federal de
ensino técnico na Bahia. O outro altera o nome de uma barragem
localizada no município de Parelhas (RN).
A oposição já anunciou que fará obstrução à votação do projeto do superávit, o que deve tornar a sessão bastante demorada.
Governistas argumentam que o projeto é necessário para garantir
as desonerações e os investimentos em infraestrutura. A oposição, no
entanto, alega que a proposta pretende livrar a presidente Dilma
Rousseff do crime de responsabilidade por descumprimento da meta.
Pesquisa divulgada hoje (3) aponta que 9% das mulheres já foram
obrigadas a fazer sexo sem vontade e 37% já tiveram relação sexual sem
camisinha por insistência do parceiro.A maioria
(78%) das jovens brasileiras entre 16 e 24 anos já sofreram algum tipo
de assédio em espaços públicos, sejam cantadas ofensivas (68%), toques
indesejados em baladas e festas (44%) ou assédios no transporte público
(31%). Os dados são da pesquisa “Violência contra a mulher: o jovem está
ligado?”, realizada pelos institutos Data Popular e Avon, lançada hoje
(3), em São Paulo. Foram ouvidos 2.046 jovens de todas as regiões do
país – sendo 1.029 mulheres e 1.017 homens.
Entre os rapazes entrevistados, 30% dizem que a mulher que usa decote
e saia curta está se oferecendo. Entre as mulheres, 20% concordam com a
afirmação. A maioria dos jovens ouvidos (76%) acha errado uma mulher
ter vários “ficantes” e ir para a cama no primeiro encontro (68%).
“É a realidade de uma sociedade ainda muito machista que, apesar de
ter mulheres trabalhando e estudando, ainda as vê como seres do lar. São
ideias muito patriarcais, que responsabiliza a mulher pelo assédio que
ela sofre na rua, pela forma como ela se veste ou pelo fato de estar
sozinha”, analisa a coordenadora do grupo feminista Católicas pelo
Direito de Decidir, Rosângela Talib. “Achar que existe uma forma correta
de se vestir é um conceito extremamente patriarcal.”
Mais mulheres (42%) do que homens (41%) concordam que uma garota deve
se relacionar com poucos rapazes e 38% ainda acreditam que a mulher que
opta por ter vários parceiros é “para ficar” e não “para namorar”. A
maioria (96%) dos ouvidos pela pesquisa reconheceu que vive em uma
sociedade machista.
Ao todo, 48% dos rapazes dizem achar errado a mulher sair sozinha com
os amigos, sem a companhia do marido, namorado ou "ficante". A maioria
dos entrevistados (80%) afirmou que a mulher não deve ficar bêbada em
festas ou baladas.
“Ainda impera a ideia que a mulher tem que ter um homem a atendendo
ou a protegendo. Ela precisa de uma figura masculina para ser
respeitada”, avalia Rosângela. “A mulher deve ser recatada. Mesmo que
ela tenha vida pública deve ser com bastante recato: ela pode ir para a
rua à noite, mas desde que esteja acompanhada, e por um homem. Temos um
longo caminho ainda para percorrer.”
Aprende-se em casa
Sobre a família, 43% dos jovens entrevistados disseram já ter visto a
mãe ser agredida pelo parceiro e 47% deles interferiram em defesa da
mãe. Entre os homens que vivenciaram a violência doméstica, 64%
admitiram ter praticado algum tipo de agressão contra alguma
companheira. Entre aqueles que não têm o histórico na família, 47% já
agrediram a parceira.
Entre as mulheres, 9% admitiram já ter sido obrigadas a fazer sexo
quando não estavam com vontade, e 37% já tiveram relação sexual sem
camisinha por insistência do parceiro.
Ao todo, 75% delas já sofreram violência em relacionamentos. A
maioria delas (66%) já admitiu ter recebido xingamentos, empurrões,
ameaças, tapas, ameaças com armas ou já ter sido proibida de sair de
casa, sair à noite, usar determinada roupa ou ter sido obrigada a fazer
sexo sem vontade. Mais da metade dos homens (55%) afirmaram já ter
praticado alguns desses atos.
Apesar disso, apenas 35% dos entrevistados consideram que impedir um
parceiro de sair à noite seja uma forma de violência e só 34% acham que
controlar o companheiro por telefone ou impedir de usar determinada
roupa também sejam tipos de agressões.
“Existe um interdito sobre a mulher e sobre a sexualidade feminina. A
sociedade tem uma visão muito conservadora do exercício da sexualidade
da mulher e da autonomia delas sobre o próprio corpo”, critica
Rosângela. “Chama a atenção o fato que a pesquisa ouve jovens que
reproduzem valores muito sedimentados na sociedade, o de que existem
dois tipos de mulheres: as promíscuas e as recatadas. Elas podem ora ser
assediadas na rua ora ser vistas como ‘de boa família’. É uma
intervenção social muito grande na sexualidade da mulher.”
Só em 2013, foram registradas 5.664 mortes violentas de mulheres, o
equivalente a um óbito a cada uma hora e meia, de acordo com o Anuário
Brasileiro de Segurança Pública. No primeiro semestre deste ano, o canal
de atendimento à mulher Ligue 180 recebeu 30.625 denúncias de
violência. Ao todo 82,82% das vítimas tinham relação familiar com o
agressor e 11,2%, relação afetiva, segundo a Secretaria de Políticas
para Mulheres, do governo federal. Com informações do G1
As agressões domésticas entre casais podem induzir os jovens que
vivem nesses ambientes a comportamentos violentos e machistas, segundo
mostra a pesquisa Violência Contra a Mulher: o Jovem está Ligado?, feita
pelo Instituto Avon. A pesquisa é parte das ações da campanha global da
entidade Fale sem medo – não à violência doméstica, do movimento 16
Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero.
O instituto ouviu
mais de 2 mil jovens com idades entre 16 e 24 anos, nas cinco regiões do
país, sobre os temas relacionamento afetivo, relacionamentos virtuais,
sexualidade, Lei Maria da Penha e violência entre os casais.
Ao
serem questionadas, com base em uma lista de agressões apresentadas
sobre algum tipo de ataque sofrido, 66% das mulheres afirmaram
positivamente. Já 55% dos homens admitiram ter praticado alguma das
ações mencionadas na sondagem - xingar, empurrar, ameaçar, dar tapa,
impedir de sair de casa, proibir de sair a noite, impedir de usar
determinada roupa, humilhar em público, dar um soco, obrigar a ter
relação sexual sem vontade e ameaçar com arma, entre outras.
Na
enquete entre os homens que vivenciaram a violência doméstica, 64%
praticaram algum tipo de agressão a alguma companheira. Dos jovens
entrevistados, 43% disseram já ter visto a mãe ser agredida pelo
parceiro e 47% afirmaram que interferiram em defesa da mãe.
O
levantamento abordou, principalmente, o comportamento manifestado por
meio de sites de redes sociais como o Facebook, ente outros meios
digitais. “O ciúme em excesso, a submissão e a necessidade de controlar o
parceiro, inclusive sobre o que vestir ou postar nas redes sociais são
características recorrentes em relacionamentos entre jovens”, diz o
relatório.
“O mundo virtual em que eles vivem facilita muito o
controle violento e as pesquisas têm sempre como objetivo estimular o
debate”, justificou Lírio Cipriani, diretor executivo do Instituto Avon.
O
estudo mostrou a existência de uma falta de percepção sobre a conduta
violenta. Pelo menos 4% jovens do sexo masculino admitiram ter praticado
alguma atitude violenta contra a namorada ou a esposa ou, ainda, uma
“ficante”, como definem os jovens para se referir à companheira
eventual. Quando sondadas, a proporção de mulheres que declararam ter
sido vítimas de agressão foi 8%.
Um total de 37% das mulheres
relatou ter tido relações sexuais sem camisinha por insistência do
parceiro. Outro dado aponta que pouco mais de um terço dos jovens (35%)
classificam como um ato violento o fato de impedir o parceiro de sair à
noite. Para 34% deles, controlar o companheiro por telefone ou impedir
de usar determinada roupa é uma forma de violência.
A maioria dos
entrevistados (76%), dos dois sexos, manifestaram ser contra o
comportamento de mulheres que tenham vários ficantes ou casinhos e 38%
condenaram o comportamento da mulher que têm relações sexuais com vários
homens, concordando que esta, no caso, “não é para namorar”.
Entre
as mulheres, 68% declararam já ter levado uma cantada ofensiva; 44% já
foram tocadas ou assediadas por homens em baladas ou festas e 31% já
foram molestadas no transporte público.
De acordo com o relatório,
embora facilite o relacionamento, o avanço das redes sociais também
leva a um meio de maior controle dos casais, criando a cyber violência
que vai da invasão da privacidade ao compartilhamento de fotos sem
autorização. Mais da metade das mulheres entrevistadas (51%) declararam
ter dado a senha do celular para o parceiro e 46% compartilharam a senha
do Facebook. Entre os comportamentos de controle estão a exigência
feita de exclusão de um amigo, apontada por 19%; impedimento em
conversas, citada por 17%; e o recebimento de vídeos com imagens de
mulheres nuas, fato ocorrido com 32% das mulheres e 41% dos homens.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (3) que o crédito de
US$ 30 bilhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), previsto na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da
União, destina-se a “fechar o ano”. Mantega disse que os recursos
financiarão aquisições de bens de capital, como máquinas, equipamentos,
caminhões, ônibus e tratores. Mantega deu as declarações a jornalistas
ao chegar ao Ministério da Fazenda.
Questionado sobre afirmações
do ministro nomeado para o cargo no próximo mandato, Joaquim Levy,
sinalizando austeridade fiscal, Mantega reiterou que o crédito é “para
este ano” e que, no ano que vem, esse tipo de transferência “certamente
será menor”. “Existe uma demanda e nós vamos liberar. E mesmo assim esse
ano será menos do que o ano passado, o retrasado”, declarou Guido
Mantega.
Em seu discurso após ser indicado para o
Ministério da Fazenda, Joaquim Levy disse que o superávit primário
(economia para pagar os juros da dívida) do setor público consolidado
deveria alcançar 2% do Produto
Interno Bruto (PIB) a partir de 2016, “desde que não haja ampliação do
estoque de transferências do Tesouro Nacional para as instituições
financeiras públicas”.
Após meses de espera, os prefeitos comemoram, nesta terça-feira, a
promulgação pelo Congresso Nacional da alteração na Constituição Federal
que reajuste do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O dinheiro
só começa a chegar às Prefeituras em julho de 2015, mas os prefeitos
comemoram a vitória. O reajuste será dividido em duas parcelas: 0,5% em
2015, e 0,5%, em 2016.
O presidente da Associação dos Municípios do Ceará (Aprece), Expedito
Nascimento, afirmou, após a promulgação da emenda constitucional, que
as prefeituras encerram o ano de 2014 com uma boa conquista. Os 184
municípios são beneficiados com o aumento na alíquota do FPM.
‘’Os prefeitos estão preocupados com o aumento dos custos dos
serviços prestados a população e todos estão, também, conscientes que as
despesas precisam ser contidas’’, observou Expedito, que acompanhou
todo o processo de discussão e votação da emenda à Constituição Federal.
O FPM é formado por recursos arrecadados com o Imposto de Renda e o
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Desse montante,
atualmente 23,5% são distribuídos entre as prefeituras. Com a mudança, a
parcela subirá para 24%, em 2015, e para 24,5%, em 2016.
Segundo cálculos de governistas, a expectativa é que o realinhamento
garanta um reforço de R$ 3,8 bilhões nos cofres das cidades em dois
anos. A distribuição dos recursos aos municípios é feita de acordo com o
número de habitantes. Os dados são estimados pelo IBGE.
De acordo com parlamentares, na última previsão, a Secretaria do
Tesouro Nacional informou que serão distribuídos neste ano R$ 65,9
bilhões ao FPM. Até outubro, o Tesouro repassou R$ 49,7 bilhões.
Durante a discussão da matéria, o Planalto cedeu para evitar a
aprovação do aumento de dois pontos percentuais, como reivindicavam os
municípios.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que a
medida representa um alívio aos municípios, que têm enfrentado situação
cada vez mais difícil para honrar compromissos e responsabilidades.
“O município foi assumindo demandas e responsabilidades nos últimos
anos, sem ter contrapartidas necessárias para honrá-las e cumpri-las.
Sobretudo municípios do Norte e do Nordeste, que dependem do FPM, e mal
estão conseguindo honrar compromissos e pagar servidores, sem autonomia
para atender necessidades das cidades”, afirmou.
Militantes islâmicos somalis do grupo Al
Shabaab mataram 36 trabalhadores não muçulmanos em uma pedreira no
nordeste do Quênia nesta terça-feira, levando o presidente a substituir
as principais autoridades de segurança para lidar com uma onda
implacável de violência.
Os quenianos criticam cada vez mais o presidente do país, Uhuru
Kenyatta, por não fazer mais para defender a nação dos ataques
incessantes de militantes, que já mataram mais de 200 pessoas desde
2013.
O Al Shabaab assumiu a responsabilidade por grande parte da
matança e diz que irá continuar a usar a violência para persuadir o
Quênia a retirar seus soldados da vizinha Somália, onde suas forças se
uniram às tropas africanas que combatem os islâmicos.
No atentado desta terça-feira, atiradores pegaram dezenas de
trabalhadores de surpresa dormindo em suas tendas, contou um morador, na
mesma área próxima da fronteira somali onde um ônibus foi sequestrado
pouco mais de uma semana atrás e 28 passageiros foram mortos.
"A milícia separou os muçulmanos, depois ordenou que aqueles
que não eram muçulmanos se deitassem e atirou em suas cabeças à
queima-roupa”, disse Hassan Duba, um idoso de um vilarejo próximo.
Uma testemunha afirmou que pelo menos duas das vítimas foram decapitadas.
Havia uma pressão pública crescente para que Kenyatta demitisse
o chefe da polícia, David Kimaiyo, e o ministro do Interior, Joseph Ole
Lenku, desde o ataque do Al Shabaab ao shopping Westgate, em Nairóbi,
no ano passado, que matou 67 pessoas, e de episódios de violência
subsequentes.
Discursando à nação, Kenyatta declarou ter aceitado a renúncia
de Kimaiyo e nomeado um novo ministro para a pasta, Joseph Nkaissery, um
major-general aposentado, exortando o Parlamento a apressar sua
aprovação.
Ele pediu aos seus opositores, que criticaram sua abordagem na
política de segurança, que participem do combate aos militantes. “Nossas
brigas só tornam o inimigo mais ousado”, disse o mandatário.
O governo do Quênia e uma testemunha disseram que 36 pessoas
foram mortas. O governo mencionou sobreviventes, dizendo que cerca de 20
combatentes atacaram a pedreira, a 15 quilômetros da cidade de Mandera.
Uma pessoa morreu em outro ataque na cidade de Wajir, no norte do país,
na segunda-feira.
Temendo outro ataque, centenas de pessoas em Mandera fugiram
para quartéis do Exército ou da polícia para buscar abrigo. "Estou
saindo de Mandera. Não posso esperar para ser transportado em um caixão
ou saco", disse um funcionário do governo, identificando-se apenas como
George.
Diplomatas ocidentais afirmam que os serviços de segurança
quenianos, que recebem apoio da Grã-Bretanha, dos Estados Unidos e de
outras nações, são prejudicados pela má coordenação.
O grupo Al Shabaab foi expulso de vários lugares na Somália por
uma ofensiva da União Africana e de soldados somalis neste ano, mas
analistas dizem que isso não impedirá os militantes de cometer atentados
ao estilo de guerrilhas, nem de atacar no exterior.
O futuro ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE),
indicou nesta segunda-feira que o BNDES deve focar sua atuação no médio
prazo para atender pequenas e médias empresas, acrescentando que até o
final deste ano será definido o novo comando do banco. Ele comentou
ainda que não é plausível falar em corte de impostos neste momento.
O senador também defendeu "reformas microeconômicas de reduzido
impacto fiscal" para melhorar o ambiente tributário e regulatório; uma
política fiscal mais ativa que produza uma ampliação dos acordos
comerciais do país. Além disso, Monteiro defendeu renovação do parque
fabril brasileiro; um novo arranjo institucional que estimule a
inovação; e o estabelecimento de metas claras para medir o avanço da
competitividade no país.
Ele evitou, porém, comentar qual seria a taxa de câmbio ideal para incentivar o aumento das exportações brasileiras.
Monteiro é o terceiro novo ministro a ser anunciado pela
presidente Dilma Rousseff após sua reeleição e sua nomeação só foi
costurada com o PTB nesta segunda-feira, apesar de sua escolha ser
conhecida desde a semana passada. Na quinta-feira, foram anunciados os
ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa,
além da recondução de Alexandre Tombini para presidência do Banco
Central.
Monteiro disse que é necessária "a adoção de um modelo de
financiamento dos bancos públicos que viabilize, crescentemente, um
maior acesso a recursos para pequenas e médias empresas", discursou.
Questionado por jornalistas sobre qual seria papel do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no segundo
mandato da presidente Dilma, Monteiro disse que o ideal é que o país
"estimule a criação de um mercado de financiamento a prazo longo com os
agentes privados, porque evidentemente o BNDES não pode suportar sozinho
toda a demanda de financiamento do país".
"Na perspectiva do novo modelo de financiamento que nós
queremos ver implantando, precisa ampliar o acesso das médias e pequenas
empresas a esses instrumentos de financiamento (público), o que
significará que você poderá atender à demanda das grandes empresas
crescentemente através de outros mecanismos de financiamento", disse o
senador a jornalistas no Palácio do Planalto.
Além do novo foco, Monteiro disse que o BNDES cumpriu um papel
importante durante a política anticíclica adotada pelo governo federal
para animar o investimento no país.
"Mas evidentemente que as políticas têm de ser sempre
reavaliadas à luz das novas condições da economia brasileira",
argumentou, indicando que a instituição poderá rever seu papel no
estímulo à economia.
"O BNDES em qualquer circunstância terá sempre um orçamento
importante, porque o próprio retorno das operações ativas já garante ao
banco um orçamento expressivo", afirmou.
Questionado se isso significaria que os aportes do Tesouro no
banco diminuiriam ou cessariam, o futuro ministro disse que isso ainda
não está definido.
Monteiro afirmou ainda que está sendo analisada a possibilidade de mudança na presidência do BNDES.
"Nesse momento essa é uma questão (a sucessão no BNDES) que
está sendo analisada. Essa questão será definida agora, ainda neste ano,
mas não sei ainda qual será a solução", disse ele.
Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que o
número de casos de Aids entre os jovens paulistas de 15 a 24 anos
aumentou 21,5% nos últimos sete anos. Em 2013, foram registrados 722
novos casos, enquanto que em 2007 foram 594.
A secretaria ainda informa que no mesmo período, o número total de novos
casos no Estado caiu 20%: passando de 8.482 em 2007 para 6.830 no ano
passado.
Apesar disso, a doença ainda mata em média quatro pessoas por dia no
Estado. Em 2013, a secretaria registrou 1.547 óbitos pela doença. Os
dados fazem parte do Boletim Epidemiológico do CRT (Centro de Referência
e Treinamento) DST/Aids, órgão ligado à secretaria, divulgados nesta
segunda-feira (1°).
O número de casos entre os idosos (60 anos ou mais) também aumentou
nesse período em São Paulo. De acordo com o boletim, foram registrados
319 casos em 2007 contra 322 novos em 2013.
Segundo o levantamento, houve redução de 31,5% no número de casos entre
os heterossexuais: foram 2.578 casos em 2013 contra 3.762 em 2007. Já o
número de casos entre homens que fazem sexo com outro homens houve
aumento de 16,65%: passando de 1.328 (2007) para 1.549 (2013).
CAMPANHA
A Secretaria pretende realizar a partir desta segunda, Dia Mundial de
Combate à Aids, até a próxima sexta-feira (5) cerca de 200 mil exames
gratuitos para detecção do vírus HIV, causador da Aids e que pode ser
sexualmente transmissível.
A campanha "Fique Sabendo", promovida pela Secretaria de Estado da Saúde
de São Paulo com o apoio do CRT (Centro de Referência e Treinamento)
DST/Aids-SP e as secretarias municipais de Saúde, tem como objetivo
incentivar o diagnóstico precoce do vírus.
Ao todo, 549 municípios do Estado aderiram à campanha, num total de mais
de 3.300 unidades de saúde. Os resultados ficam prontos em cerca de 30
minutos. Já no primeiro dia serão disponibilizados 500 testes pelo CRT.
"O convite para a realização do teste é destinado principalmente à
população sexualmente ativa. Nosso objetivo é alertar os paulistas para a
importância do exame e descobrirem se são ou não portadoras do vírus do
HIV. Se o diagnóstico ser positivo, é importante dar início ao
acompanhamento médico imediatamente", disse Maria Clara Gianna, diretora
do Programa Estadual DST/Aids.
NAS REDES SOCIAIS
O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria de
Estado da Saúde, lançou no dia 19 de novembro, a campanha virtual
"Desafio da Camisinha".
Focada no público jovem, a campanha utiliza as redes sociais para chamar
a atenção sobre a importância do uso do preservativo e pede para que a
população faça selfies segurando um preservativo ou com mensagens de
apoio à prevenção ao HIV. A iniciativa também prevê que, ao postar a
foto, até cinco amigos sejam marcados em mídias como o Facebook e o
Instagram, multiplicando a mensagem de prevenção.
"Nossas ações têm como objetivo alertar a população para as
consequências que a infecção pelo vírus pode causar no organismo humano,
mas principalmente orientar para o uso de preservativos e a prática do
sexo seguro", diz o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David
Uip.
Artistas como a atriz Deborah Secco, a apresentadora Adriane Galisteu e
os cantores MC Gui e Fiuk participarão voluntariamente da campanha
postando fotos em suas redes sociais. A campanha utilizará as hashtags
#SPcontraAids, #UseCamisinha, #UsoCamisinha e #IS2Myself.
De acordo com a secretaria, o foco no público jovem se dá pelo
crescimento dos índices de infectados pelo vírus do HIV na população
entre 15 e 24 anos, que responde atualmente por 1 a cada 3 novos casos
da doença no Brasil..
Duas crianças encontraram recém-nascido enquanto brincavam.
Duas crianças de seis e sete anos encontraram o cadáver de
um bebê recém-nascido enquanto brincavam em uma praia de Sydney, na
Austrália, neste domingo (30). O corpo estava a cerca de 30 centímetros
de profundidade e ainda não foi identificado. Segundo as autoridades, o avançado estado de decomposição do corpo não permite ainda saber o sexo da criança e nem a causa da morte.
Uma autópsia está sendo realizada para identificar o máximo de informações
possíveis. As autoridades estão tentando encontrar a mãe da criança
para dar andamento às investigações e também para saber se ela está bem
de saúde. Essa é a segunda triste descoberta em sete dias na Austrália.
Na semana passada, ciclistas encontraram um bebê recém-nascido ainda
vivo, dentro de um bueiro tampado. Ele sobreviveu por cinco dias e foi
achado graças ao seu choro, que chamou a atenção de quem passava pela
rua. A mãe da criança foi identificada e responderá por tentativa de
homicídio.
O chefe da polícia, Stuart
Ayres, afirmou à imprensa que o governo está avaliando diversas opções,
entre as quais a construção de portas nos hospitais que tenham um berço
na parte interior para que as mulheres
deixem seus bebês em segurança. De acordo com Ayres, a medida já é
adotada na Alemanha e na China e "é preciso fazer todo o possível para
oferecer opções para mães desesperadas e para salvar a preciosa vida de
um recém-nascido". (ANSA)
O policial branco que matou a tiros um
adolescente negro desarmado num subúrbio de St. Louis se demitiu da
força, disse o seu advogado no sábado, enquanto ativistas iniciavam uma
marcha de 193 km para protestar contra a morte e a decisão da Justiça de
não indiciar o policial.
A saída de Darren Wilson da polícia de Ferguson, em Missouri,
se dá quase quatro meses depois de ele ter matado Michael Brown e dias
depois do anúncio de que ele não sofreria acusação criminal.
O incidente, que provoca meses de protestos, algumas vezes
violentos, em Ferguson, reacendeu o debate sobre relações raciais e o
uso da força policial nos Estados Unidos.
Neil Bruntrager, advogado de Wilson, confirmou que o policial
havia apresentado a demissão, uma ação há muito prevista.Numa carta
publicada em um jornal de St. Louis, Wilson declarou que foi lhe dito
que a sua “permanência no emprego poderia colocar os moradores e os
policiais de Ferguson em risco, uma situação que ele não poderia
permitir”.
Wilson, que disse ter agido em defesa própria quando atirou em
Brown, afirmou que queria esperar até a decisão judicial antes de tomar a
decisão de se demitir, de acordo com a carta.
Os uruguaios definem neste domingo seu
próximo presidente, com a expectativa de vitória do ex-presidente Tabaré
Vázquez, o que daria à esquerda do país um terceiro mandato
consecutivo.
As pesquisas preveem que Vázquez, um experiente político de 74
anos da Frente Ampla, deve vencer seu jovem rival conservador do Partido
Nacional, o parlamentar Luis Lacalle Pou, com uma diferença de 14
pontos porcentuais.
Com perfil de esquerda moderada,se Vázquez confirmar-se como
sucessor de ser correligionário José Mujica, um ex-guerrilheiro de 79
anos, daria continuidade a várias iniciativas progressistas, como uma
nova e polêmica lei pioneira no mundo que regula a produção e o comércio
da maconha sob supervisão do Estado.
Lacalle Pou, um apaixonado por surf de 41 anos, prometeu que se
chegar ao poder revogaria parte da iniciativa, que procura uma nova
abordagem para combater o narcotráfico, mas é rejeitada pela amioria dos
uruguaios. Uma das coisas a qual se opõe o candidato é a venda de
maconha em farmácias.
Em encontro com militantes, Dilma pediu maturidade para aceitar mudanças.
Neste sábado (29), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou
que o partido vai disputar espaço no segundo mandato do governo da
presidente Dilma Rousseff com as siglas aliadas e partilhar o
"protagonismo" nas ações dos próximos anos com os movimentos sociais.
"Um
governo de coalizão é um governo de disputa, não é um governo do PT
apenas. Ela é filiada ao PT, governo para todos, como deixou claro, mas
nós disputamos espaço como os outros partidos disputam", disse.
Para
Rui Falcão, não há "contradição" no "protagonismo" pedido pelo partido
ser "partilhada com os aliados e os movimentos sociais". Ele acrescentou
ainda que o partido "não será beija-mão da situação", mas também não
uma "linha auxiliar da oposição". Dilma pede maturidade à militância do PT para aceitar mudanças
Na
noite de sexta-feira (28), durante reunião do Diretório Nacional do PT
em Fortaleza, a presidente Dilma Rousseff pediu à militância do partido
maturidade para aceitar a mudança na equipe econômica do governo,
destacando que ela é imprescindível para se manter a governabilidade.
"Nós temos que tomar as medidas necessárias, sem rupturas, sem choques, de maneira gradual e eficiente
como vem sendo feito. Temos que estar unidos. Preciso do protagonismo
de todos vocês e neste protagonismo destaco o PT. O PT tem maturidade e
hoje, depois de todo esse período, sabe que precisamos ter legitimidade e
governabilidade", disse a presidente.
Dilma acrescentou
ainda que a missão do PT é compreender que a conjuntura, a situação do
País e as condições da economia do país mudam. “Nós nos adaptamos às
novas demandas e damos respostas a cada uma delas. Acho que esta é a
grande missão do PT", disse.
A presidente garantiu que a condução ortodoxa da economia não vai afetar a essência do programa
do partido: "Uma coisa deve ficar clara e ninguém deve se enganar sobre
isso. Fui eleita por forças progressistas, não para qualquer processo
equivocado, mas para continuar mudando o Brasil", garantiu.
A
presidente falou ainda sobre a postura de segmentos da oposição. "Esses
golpistas que hoje têm essa característica, eles não nos perdoam por
estar tanto tempo fora do poder. Temos que tratar isso com tranquilidade
e serenidade, não podemos cair em nenhuma provocação e não faremos
radicalismo gratuito, pois temos a responsabilidade de governar."
Subiu para 81 o número de mortos nas explosões de três bombas e no
tiroteio cometidos nesta sexta-feira contra fiéis na mesquita central de
Kano, maior cidade do norte da Nigéria, disseram fontes de dois
hospitais visitados pela Reuters, um ataque com a marca registrada dos
militantes islâmicos do Boko Haram.
A polícia havia colocado o número de mortos em 35.
"Estas
pessoas bombardearam a mesquita. Estou face a face com pessoas
gritando", disse Chijjani Usman, repórter local que foi à mesquita na
cidade antiga para rezar.
A construção fica próxima do palácio do
emir de Kano, a segunda maior autoridade islâmica do país mais populoso
da África, embora o próprio emir, ex-presidente do banco central, Lamido
Sanusi, não estivesse presente.
Ninguém assumiu a autoria do
atentado de imediato, mas as suspeitas recaíram sobre o Boko Haram,
movimento jihadista sunita que luta para ressuscitar um califado
islâmico medieval na região.
O Boko Haram encara as autoridades
religiosas islâmicas tradicionais da Nigéria com desdém, considerando-as
uma elite corrupta e mesquinha próxima demais do governo secular.
Os
insurgentes já mataram milhares de pessoas em ataques com armas e
bombas em igrejas, escolas, delegacias de polícia, bases militares,
edifícios do governo e mesquitas que não compartilham sua ideologia
islâmica radical.
"Três bombas foram plantadas no pátio da
mesquita e explodiram simultaneamente", declarou uma fonte de segurança
que não quis se identificar.
"Depois de múltiplas explosões, eles
também abriram fogo. Não sei dizer sobre mortos, porque todos nós saímos
correndo", acrescentou um membro da equipe do palácio.
Jovens
revoltados bloquearam os portões da mesquita diante da polícia, que teve
que dispersá-los com gás lacrimogêneo para ter acesso ao local.
A
insurgência forçou mais de um milhão de pessoas a fugirem durante sua
campanha, concentrada no nordeste nigeriano, informou a Cruz Vermelha a
repórteres nesta sexta-feira, um aumento em relação à estimativa de 700
mil refugiados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados
(Acnur) em setembro.
Líderes islâmicos às vezes evitam críticas
diretas ao Boko Haram por medo de represálias, mas o emir de Kano,
enfurecido com atrocidades como o sequestro de 200 alunas do vilarejo de
Chibok em abril, tem sido cada vez mais contundente.
Segundo a imprensa local, ele teria conclamado todos os nigerianos neste mês a se defenderem do Boko Haram.
Durante
a transmissão de uma recitação do Alcorão, ele teria dito: "Estas
pessoas, quando atacam cidades, matam meninos e escravizam meninas. As
pessoas precisam se posicionar de maneira resoluta... deveriam adquirir o
que puderem para se defender. As pessoas não devem esperar que os
soldados as protejam."
A pedido do governo da Bahia, o Ministério da Justiça prorrogou por
90 dias a permanência de tropas da Força Nacional de Segurança Pública
nas cidades do sul do estado, onde a tensão entre índios e não índios
exige o reforço policial. Os incidentes violentos resultantes da disputa
por terras se intensificaram a partir do final do primeiro semestre de
2013.
Conforme estabelece a Portaria 1.948, publicada no Diário
Oficial da União de hoje (28), o efetivo da Força Especial apoiará as
forças de segurança baianas em ações de preservação da ordem pública,
mantendo a segurança e o patrimônio dos moradores de Buerarema, Una e
Ilhéus, quando esses municípios forem ameaçados pelos “conflitos
fundiários envolvendo indígenas e produtores rurais assentados na
região”.
O novo prazo de permanência do efetivo é válido a partir
de hoje (28). Por questões estratégicas, o número de policiais
deslocados para a região, a partir do combinado com as autoridades
baianas, não foi divulgado. A operação é supervisionada pelos órgãos de
segurança pública baianos.
A Força Nacional e os pelotões da
Polícia Militar têm reforçado o policiamento na região desde setembro de
2013, quando, no ápice da tensão, casas foram incendiadas e ao menos
uma loja e uma agência dos Correios foram depredadas e uma loja de
abastecimento Cesta do Povo foi saqueada pela segunda vez. No comando da
manifestação estavam produtores rurais, cujas propriedades foram
ocupadas, e segmentos da população que se sentem afetados pela ocupação
indígena de várias fazendas.
A ocupação de fazendas foi a forma
encontrada por índios tupinambás para exigir do governo federal a
conclusão do processo de demarcação da Terra Indígena Tupinambá de
Olivença. A área, de 47.376 hectares – um hectare corresponde a 10 mil
metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial –, foi
delimitada pela Fundação Nacional do Índio (Funai), em 2009.
Para
que a reserva saia efetivamente do papel é necessário que o Ministério
da Justiça edite a portaria declaratória, reconhecendo a área como
território tradicional indígena. A última etapa do processo é a
homologação, pela Presidência da República. Se aprovada, a reserva
abrangerá parte do território de Buerarema, Ilhéus e Una.
Na
segunda-feira (26), policiais dispararam balas de borracha e bombas de
gás contra índios pataxós para cumprir um mandado de reintegração de
posse de uma fazenda ocupada. A propriedade, segundo os índios, está na
área reivindicada como pertencente à Terra Indígena Barra Velha do Monte
Pascoal – reserva que compreende parte das cidades de Porto Seguro,
Prado e Itamaraju, e o território soma 8.627 hectares. A área já foi
identificada, delimitada e homologada pela Fundação Nacional do Índio
(Funai).
Os índios, no entanto, reclamam que a área é insuficiente
para as necessidades e particularidades da população de mais de 5 mil
pataxós, divididos em 17 aldeias. Eles cobram a ampliação do território
para 52,7 mil hectares.
Após a ação policial do início da semana,
os índios temem que outras liminares de reintegração de posse, já
expedidas pela Justiça, sejam cumpridas, contrariando um acordo
estabelecido com autoridades federais e estaduais de que as
reintegrações e novas ocupações seriam suspensas enquanto as partes
envolvidas tentassem chegar a um acordo para pôr fim ao impasse.
Os ônibus da empresa
VIP, que atendem à zona leste da capital paulista, voltaram a operar
normalmente no início da manhã de hoje (28), de acordo com a São Paulo
Transporte (SPTrans). Ontem (27) à noite, os coletivos foram recolhidos
para a garagem da empresa após boatos de que seriam atacados.
A SPTrans informou
que a retirada dos coletivos de circulação afetou principalmente os
bairros de Antônio Estevão de Carvalho e São Miguel Paulista, a partir
das 21h. A SPTrans solicitou reforço ao Comando da Polícia Militar da
região.
“A SPTrans mantém, desde maio deste ano, por 24 horas, um técnico no Centro de Operações da Polícia Militar, com o objetivo de agilizar o atendimento a ocorrências no sistema e a comunicação entre os dois órgãos”, informa a nota do órgão.
Segundo a PM, o único
registro de tentativa de ataque a ônibus foi de um grupo de 30 pessoas,
na Avenida Jacu Pêssego, zona leste, às 20h. Eles tentaram incendiar o
veículo, mas conseguiram apenas depredá-lo. Todos fugiram.
Os
cadáveres de 11 jovens foram encontrados, esta quinta-feira, queimados e
decapitados, junto a uma estrada no Estado mexicano de Guerrero, onde,
há cerca de dois meses, 43 estudantes desapareceram e foram executados
por um um gangue.
Henry Romero/Reuters
Familiares continuam a manifestar-se pelos 43 estudantes que desapareceram e foram executados em Iguala, Guerrero
A
informação foi confirmada à agência France Presse por uma fonte da
secretaria de governo regional de Guerrero. Os jovens tinham idades
compreendidas entre os 20 e os 25 anos e foram descobertos perto da
localidade de Chilapa, horas depois do registo de tiroteios na zona.
A
descoberta aconteceu pouco antes de o presidente Enrique Peña Nieto
anunciar medidas mais duras contra o crime organizado e o narcotráfico.
Entre essas medidas, prevê-se, segundo a agência Reuters, uma mudança
constitucional que permita simplificar a estrutura policial mexicana,
considerada demasiado complexa e caótica.
Peña Nieto tem estado
sob a pressão popular das manifestação que, por todo o país, se repetem,
motivadas pelo caso dos 43 estudantes.
Duzentos e vinte e dois mandados judiciais são cumpridos.
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (27), uma megaoperação para
desarticular um esquema de fraudes na concessão de lotes de terras
públicas destinadas à reforma agrária. O prejuízo aos cofres públicos
pode chegar a R$ 1 bi e, de acordo com a polícia, a operação foi
possível graças à participação de servidores do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra), funcionários municipais, além de
representantes de entidades de classe.
Entre os investigados estão Odair e Milton Geller, irmãos do ministro
da Agricultura, Neri Geller, cuja assessoria se apressou a esclarecer
que, além de o ministro não ser citado no inquérito policial, não mantém
qualquer sociedade empresarial ou negócio com os irmãos. Policiais
estiveram na casa de Odair Geller, e apreenderam documentos, mas ainda
não localizaram os dois irmãos. Em conversa com o delegado-chefe das
investigações, Hércules Ferreira Sodré, o advogado de Odair e de Milton
garantiu que ambos irão se apresentar espontaneamente.
Duzentos e vinte e dois mandados judiciais são cumpridos em Mato
Grosso, no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. São 52
mandados de prisão preventiva, 146 de busca e apreensão e 29 de medidas
coercitivas. Cerca de 350 policiais federais participam da chamada
Operação Terra Prometida – nome alusivo à passagem bíblica em que Deus
promete terras ao seu povo.
Embora sem revelar detalhes como nomes e cargos, a PF adiantou que,
entre os investigados há oito servidores públicos e que 80 fazendeiros
podem estar envolvidos com o esquema. Durante a investigação, os
policiais federais concluíram que fazendeiros e empresários adquiriam
irregularmente ou simplesmente invadiam terras da União destinadas à
reforma agrária, chegando mesmo a coagir e ameaçar os reais
beneficiários para que vendessem ou abandonassem suas áreas.
As irregularidades eram acobertadas com a obtenção de documentos
falsificados e vistorias fraudadas. Além disso, com a participação de
servidores do Incra corrompidos, o grupo conseguia inserir informações
falsas no Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (Sipra) –
o que permitia a grandes latifundiários e grupos de agronegócio,
inclusive empresas multinacionais, a ocupação as terras da União.
Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, por
crimes de invasão de terras da União, contra o meio ambiente, falsidade
documental, estelionato e corrupção ativa e passiva. As penas podem
chegar a até 12 anos de reclusão.
Procurado, o Incra informou que divulgará uma nota sobre o assunto
nas próximas horas. O Ministério da Agricultura vai publicar um informe
com detalhes sobre o caso, durante esta tarde. Os delegados federais
responsáveis pela operação vão conceder uma entrevista coletiva as 16
horas.
Mais de 400 pessoas foram presas em Ferguson e em outras regiões dos
Estados Unidos por protestar contra a decisão do júri que livrou de
julgamento o policial que matou o jovem Michael Brown. As manifestações
mais intensas ocorreram em todas as grandes cidades do país, de Boston a
Dallas e de Nova York a Atlanta. Porém, a madrugada desta quinta-feira
(27) foi mais tranquila.
Apenas pequenas manifestações foram
registradas, mas nenhuma teve grandes incidentes com policiais. Como
forma de protesto, várias celebridades também propõem que os
norte-americanos boicotem a promoção Black Friday, clássico dia anual de
liquidações em todas as lojas do país.Os primeiros protestos começaram
em 9 de agosto, quando Brown foi morto pelo policial Darren Wilson.
Segundo
testemunhas, o jovem de 18 anos não reagiu à abordagem policial e
estava com as mãos para o alto quando recebeu seis tiros de Wilson. O
policial se defende dizendo que o jovem negro tentou agredi-lo e estava
"transtornado". No dia 25 de novembro, a Justiça do Missouri decidiu não
julgar o policial pela morte de Brown, o que fez com que a população de
todas as partes dos EUA protestasse contra a decisão.
Magda destacou que a ANP adota uma política rígida de prevenção de acidentes.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras ouviu
nesta quarta-feira (26) a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo
(ANP), Magda Chambriard. Ela foi convidada para falar sobre a segurança
nas plataformas de extração de petróleo, e disse que a ANP adota uma
política rígida de prevenção de acidentes, após o desastre com a
Plataforma P-36.
“Em 2001, os senhores lembram, nós tivemos um
evento extremamente chocante, que foi o afundamento da plataforma P-36,
no Campo de Roncador. Foi um acidente terrível que matou mais de uma
dezena de trabalhadores. Logo no ano seguinte, nós tivemos o adernamento
da P-34. Os dois acidentes levaram a ANP a aprimorar a sua regulação",
explicou Chambriard. Ela foi convidada para falar sobre a segurança nas plataformas de extração de petróleoEla
evitou comentar sobre a pertinência dos inúmeros aumentos de preço
feitos no contrato de construção da refinaria de Abreu e Lima, em
Pernambuco, que é um dos focos de investigação da CPMI. Ela disse que
não acompanhou a questão de perto, porque a ANP é informada sobre o
custo final da refinaria após o fim do projeto.
A oposição
considerou o depoimento da diretora da ANP uma manobra da base
governista para ganhar tempo. A CPMI deve ser encerrada até 22 de
dezembro e o líder do DEM na Câmara, deputado Ônix Lorenzzoni (RS),
ressaltou que o depoimento dela terá pouca influência no relatório
final.
“Seria fantástico ouvir, na finalização de uma CPMI que
cumprisse com o seu papel investigatório, as contribuições que a doutora
Magda tem a dar. Acho que seria ótimo. Mas, neste momento, desculpe, é
de indignação, porque alguém aqui, que está aqui, quer investigar. E é a
negação da investigação o depoimento da doutora Magda”, disse.
Lorenzzoni
voltou a pedir a saída da presidenta da Petrobras, Graça Foster. Ele
acusa Foster de ter mentido à CPMI, quando disse que não teve
conhecimento de irregularidades nos contratos da petroleira. O deputado
disse ter apresentado hoje uma queixa-crime contra ela no Ministério
Público por falso testemunho.
“Hoje de manhã, entreguei ao Dr.
Marcus Marcelos Goulart, Procurador-chefe da Procuradoria da República
do Distrito Federal. [A queixa-crime] está protocolada sob o número
41.602, de 2014. A Presidente da Petrobras pode muitas coisas, [mas] não
pode mentir”, disse.
A CPMI deveria ter ouvido hoje o
ex-gerente-geral das obras da Refinaria Abreu e Lima, Glauco Colepicolo,
mas ele apresentou atestado médico, alegando estar hipertenso.
Mukwege cuida de mulheres que foram vítimas de violência.
Recebido com um longo e caloroso aplauso, o ginecologista congolês
Denis Mukwege recebeu nesta quarta-feira (26) o Prêmio Sakharov para a
Liberdade do Pensamento. Em cerimônia no Parlamento Europeu, o médico
recebeu seu troféu e dedicou a conquista às mulheres vítimas de
conflitos.
"Este prêmio tem um significado para as mulheres
estupradas, que vocês devem acompanhar para um caminho de paz e de
justiça. Nós dedicamos isso a todas as mulheres vítimas dos conflitos",
disse Mukwege.
Ele ainda pediu aos parlamentares europeus que
apoiem de maneira prática os esforços de paz na República Democrática do
Congo para "criar uma linha vermelha contra o estupro usado como arma
de guerra". Segundo ele, "as soluções existem e estão ao alcance para
chegar a uma resolução dos conflitos na região dos Grandes Lagos".
O médico ressaltou a importância de "assegurar um ressarcimento para
as sobreviventes e os sobreviventes dos estupros" e pediu que a União
Europeia envie um representante para vigiar as novas regras sobre a
importação das matérias primas do país. Isso porque, de acordo com o
ginecologista, o mercado não pode fazer prevalecer regras "econômicas"
sobre os "direitos humanos".
"O nosso país está doente, mas
com os amigos que nós temos pelo mundo, podemos curá-lo e o curaremos",
finalizou Mukwege. Ao final de seu discurso, uma parte da delegação que
veio com o ginecologista entoou um canto das cadeiras do auditório e os
deputados aplaudiram a manifestação.
Mukwege recebeu o prêmio
porque fundou o Hospital Panzi, que é especializado no tratamento de
vítimas de violência sexual. Ele é um dos maiores especialistas do mundo
no que diz respeito a recuperação de vítimas sexuais e tratou mais de
21 mil mulheres durante os conflitos que afetaram o Congo nos últimos
anos.
Criado em 1988, o prêmio "recompensa personalidades ou
entidades que se esforçam por defender os direitos humanos e as
liberdades fundamentais", como define o Parlamento Europeu. Ano passado o
prêmio foi dado à jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que em
2014 venceu o Nobel da Paz. (ANSA)
O projeto que muda o cálculo da meta de
superávit dificilmente será votado na sessão do Congresso Nacional desta
terça-feira, mesmo após a decisão do presidente do Congresso, senador
Renan Calheiros (PMDB-AL), de fazer a votação de todos os vetos
presidenciais em bloco para ganhar tempo.
O projeto que amplia a possibilidade de abatimento da meta de
superávit, aprovado na Comissão Mista de Orçamento (CMO), não está na
pauta de votação do Congresso, que reúne Câmara e Senado. Para ser
votado, teria que ser incluído na pauta por meio de um requerimento de
urgência, que precisa ser aprovado em votação nominal e por maioria
simples, por deputados e senadores.
O projeto permite que até a totalidade dos investimentos do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e das desonerações
tributárias possam reduzir o compromisso do governo com a meta fiscal,
que, na prática, desobriga o governo federal a realizar um superávit
primário neste ano.
O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), disse à
Reuters que ainda irá avaliar com o presidente do Congresso a
possibilidade de votar o projeto ainda nesta sessão. "Temos que avaliar
quando acabar a votação dos vetos", disse.
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), também disse que a votação do projeto nesta sessão ainda será analisada.
Renan convocou uma nova sessão do Congresso para quarta-feira
às 19 horas. Nessa nova sessão, o projeto já estaria incluído na pauta.
Os governistas irão avaliar se o quórum no plenário após a
análise dos vetos, que ainda deve levar horas, é suficiente para dar
início à operação de votação. Se houver deputados e senadores
suficientes no plenário para vencer o requerimento de urgência para
incluir o projeto na pauta e ainda garantir a aprovação da proposta do
superávit, é possível que o governo tente fazer a votação ainda nesta
sessão.
Também nesta terça o PSDB foi ao Supremo Tribunal Federal (STF)
pedindo que seja suspensa a tramitação do projeto que altera o cálculo
da meta de superávit sob a alegação que a medida, que altera a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO), fere o Plano Plurianual (PPA).
[nL2N0TF1OV]
Na avaliação de oposicionistas, a mudança no cálculo da meta do
superávit tem o objetivo de evitar que Dilma responda por crime de
responsabilidade em caso de descumprimento da meta.
"Ela cometeu crime de responsabilidade, a lei orçamentária é
muito clara. Ela já cometeu esse crime, porque a lei orçamentária
permite o remanejamento de até 20 por cento de cada dotação desde que se
cumpra a meta fiscal", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG) a
jornalistas.
"Essa lei vai ser conhecida como a lei da anistia da presidente Dilma", disse.
Aécio disse ainda que o PSDB vai ingressar com uma Ação Direta
de Inconstitucionalidade (ADI) no STF contra a mudança caso ela seja
aprovada no Congresso.
Questionado sobre a possibilidade de impeachment da presidente
pelo crime de responsabilidade, Aécio disse que essa é uma consequência
prevista em lei.
"Eu não quero falar essa palavra ainda, mas é uma das sanções", disse.
Os governistas, por sua vez, argumentam que o projeto é
necessário para manter as desonerações e os investimentos em obras de
infraestrutura previstas no PAC.
VETOS
Mais cedo, Renan decidiu que a votação de 38 vetos
presidenciais seria feita em bloco, por meio de uma cédula de papel,
contrariando o desejo da oposição que queria a votação item por item.
O governo tem interesse em votar todos os vetos presidenciais
justamente para liberar a pauta de votações para as matérias
orçamentárias, como o projeto que altera o cálculo da meta de superávit
primário.
"Não vamos individualizar (cada) veto por cédula porque o
regimento não permite isso", disse o presidente do Congresso, que reúne
Câmara e Senado, ao argumentar contra os requerimentos dos
oposicionistas para que a votação fosse feita individualmente.
A oposição queria que a votação ocorresse veto a veto para
tornar a sessão mais demorada. Os oposicionistas queriam ainda que a
votação fosse eletrônica ou que fosse confeccionada uma cédula para cada
um dos vetos.
O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), contestou a
decisão de Renan e disse que pretende recorrer ao Supremo Tribunal
Federal (STF) para cancelar a sessão do Congresso.
"Essa é uma decisão inaceitável", disse o deputado.