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Alemanha anunciou nesta quinta-feira que identificou carne de cavalo em
lasanha congelada sendo vendida como carne bovina – reforçando os
pedidos para que a União Europeia (UE) realize testes continentais sobre
a procedência da carne nos alimentos industrializados.
Segundo o governo alemão, a marca de lasanhas
TiP estava sendo vendida pela rede de supermercados Real, que em seguida
retirou os produtos de suas prateleiras.A mais recente descoberta de fraude na venda de produtos de carne processada reforçou a posição de executivos da União Europeia, que estão pressionando por testes aleatórios a partir de 1º de março em todos os países-membros do bloco.
O comissário de Saúde europeu, Tonio Borg, pediu que os testes durem três meses e incluam pelo menos 6,5 mil amostras de carne.
A finalidade seria detectar não apenas a venda enganosa de carne de cavalo, como também a presença de fenilbutazona, um anti-inflamatório usado em equinos e proibido para consumo humano.
"Esta é uma crise de proporções europeias e precisa de soluções de proporções europeias."
Simon Covene, ministro de Agricultura da Irlanda
“Esta é uma crise de proporções europeias e precisa de soluções de proporções europeias”, disse o ministro irlandês de Agricultura, Simon Coveney.
A proposta do comissário europeu será discutida por ministros do bloco na sexta-feira.
Risco compartilhado
Acredita-se que a carne contaminada possa estar sendo vendida em até 16 países da UE. O caso levantou a discussão sobre as complexidades da integração da cadeia alimentar no continente.A Alemanha detectou carne equina em lasanha depois de ser alertada por Luxemburgo.
Na França, carne de cavalo foi encontrada em produtos da marca Picard e em lasanha congelada produzida pela Comigel. A empresa está sendo investigada tanto na França quanto na Suíça.
A Comigel forneceu carne moída às redes de supermercados britânicas Tesco e Aldi, e à fabricante de congelados Findus no país.
Após o início do escândalo, diversos varejistas nestes países começaram a remover de suas gôndolas produtos de carne processada.
A cadeia de fornecimento levou a comerciantes no Chipre e na Holanda, e de lá para abatedouros na Romênia. O país do Leste Europeu se defendeu de qualquer culpa pela fraude na identificação da carne equina.
O comissário europeu da Saúde, Tonio Borg, pediu testes em todo o continente (Foto: AFP)
Origem
Entre as propostas surgidas a partir do escândalo está a identificação da origem, por país, da carne processada – a exemplo do que ocorre em relação à venda de carne fresca.Entretanto, o custo de tal medida poderia gerar oposição de empresários da cadeia.
O correspondente da BBC em Bruxelas, Christian Fraser, disse que o regime de testes permitirá aos ministros europeus “ter uma ideia da escala do problema”.
“Espera-se que até o fim de março, quando os dados forem compilados, seja possível descobrir quantos de nós estamos comendo carne de cavalo sem saber”, disse o correspondente, “e se as garantias de que este é um problema de fraude, e não de saúde, são corretas.”
A agência francesa de proteção do consumidor publicará os resultados da sua própria investigação sobre o escândalo da venda de carne de cavalo por carne bovina.
O secretário de Meio Ambiente da Grã-Bretanha, Owen Paterson, endossou a realização de testes de DNA em todo o continente.
por que a união europeia não realizou os testes para descobrir como é as carnes?!
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