O presidente Barack Obama afirmou nesta quarta-feira (19) que os
Estados Unidos condenam "da maneira mais forte" a escalada da violência
na Ucrânia, que já deixou 26 mortos desde ontem (18), entre civis e
policiais. "Os EUA estão trabalhando com a União Europeia para responder
a essa situação, e os que ultrapassarem os limites sofrerão
consequências", declarou o mandatário norte-americano. Obama também
acrescentou que é possível encontrar uma solução pacífica para o país e
que os militares não deveriam intervir em um problema que pode ser
resolvido pelas autoridades civis.
O pronunciamento é uma
resposta ao anúncio feito pelo Ministério da Defesa ucraniano, que está
cogitando chamar o Exército para conter as manifestações em Kiev.
O
presidente Viktor Yanukovich ainda promoveu uma troca no comando das
Forças Armadas, que passou para as mãos do general Yuri Ilin. A mudança
acontece no dia em que o governo iniciou uma operação "antiterrorismo"
para evitar novos casos de "desordem".
O secretário-geral da
Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, divulgou uma nota onde
pede o fim do uso excessivo da força e o respeito às normas
internacionais sobre direitos humanos.
Os protestos na Ucrânia
começaram em novembro do ano passado, após Yanukovich engavetar um
acordo de associação e livre comércio com a União Europeia para não
afetar suas relações com a Rússia. No entanto, as primeiras mortes
durante as manifestações aconteceram apenas em janeiro deste ano, depois
de o Parlamento aprovar uma lei para coibir os atos.
Duramente
criticada pela oposição, a legislação acabou levando mais pessoas às
ruas e logo depois foi revogada pelo governo. Em uma tentativa de
acalmar a fúria da população, Yanukovich também sacrificou o premier
Mikola Azarov, que deixou o cargo em meio às negociações com opositores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário