sábado, 14 de junho de 2014

FHC exalta Aécio e assegura PSDB "totalmente unido"


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso garantiu neste sábado que o PSDB está "totalmente unido" pela candidatura de Aécio Neves à Presidência da República, afirmando que o mineiro encarna o sentimento da mudança.
    "O partido está totalmente unido e unido com os seus companheiros de outros partidos", disse. "Hoje, o nome da mudança é simples e direto e todos nós o conhecemos: Aécio Neves, futuro presidente do Brasil".
Fernando Henrique, que governou o Brasil por dois mandatos, entre 1995 e 2002, teceu amplos elogios ao mineiro em seu discurso durante a convenção nacional do PSDB. Destacou sua capacidade de gestão e o comparou a Ulysses Guimarães e a Tancredo Neves, avô de Aécio, que encarnavam o "sentimento das ruas" e a "transformação".
    "Aécio traz consigo o sentimento de um homem que deu a vida para o Brasil mudar", afirmou Fernando Henrique.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Cerca de 40 rebeldes pró-Rússia são mortos na Ucrânia

Cerca de 40 rebeldes pró-Rússia foram mortos nesta quinta-feira (12) durante confrontos na zona de Snizhne, na fronteira entre a Rússia e Ucrânia e nas regiões de Lugansk e Donetsk. O balanço foi divulgado pelo Ministério da Defesa da Ucrânia.
Helicópteros teriam intervindo para bloquear um comboio armado proveniente da Rússia. "Os soldados ucranianos destruíram dois meios de transporte blindados para o transporte de tropas, dois carros armados e dois caminhões Kamaz onde havia duas metralhadoras Kord", afirmou a nota do Ministério da Defesa ucraniano.
O Ministério informou que as tropas ucranianas retomaram o controle da fronteira com a Rússia nas regiões de Lugansk e Donetsk. Uma das localidades foi a cidade portuária de Mariupol. Militantes pró-Rússia reportaram "graves perdas" nos confrontos em Mariupol. Ontem, uma explosão atingiu o carro do líder separatista de Donetsk, Denis Pushilin.
De acordo com militantes da autoproclamada República Popular de Donetsk, três pessoas morreram na ocasião. A explosão ocorreu próximo à administração regional, que está ocupada por separatistas. Sete pessoas ficam feridas. Paraquedistas militares foram emboscados por separatistas e pelo menos dois morreram e 21 ficaram feridos. Ainda não está claro onde ocorreu o confronto, mas acredita-se que foi em torno de Sloviansk, zona localizada na fronteira com a Rússia.
O bilionário ucraniano e governador da região Dnipropetrovsk, Igor Kolomoisk, deu uma sugestão inusitada para tentar evitar que milícias separatistas e armamentos cheguem da Rússia: a construção de um muro de dois mil quilômetros. "Esta obra pode ser realizada em seis meses" e seu custo total seria de US$100 milhões (cerca de R$220 milhões), afirmou o governador.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Fundo inclui Itaú como réu em disputa envolvendo fusão com chileno CorpBanca


O fundo de investimento norte-americano Cartica Management LLC disse nesta quinta-feira que incluiu o Itaú Unibanco como réu em uma ação judicial que busca interromper os planos do banco brasileiro de assumir o controle do banco chileno CorpBanca.
O Cartica alega que o Itaú, o CorpBanca e o bilionário Alvaro Saieh, acionista controlador do CorpBanca, violaram a lei antifraude e as regras de governança dos Estados Unidos. O processo está pendente no Tribunal Distrital dos EUA do Distrito Sul de Nova York.
Em um comunicado, o fundo disse que Saieh, Itaú e CorpBanca "continuaram a reter informações materiais, e não corrigiram erros materiais", mesmo depois da ação, e violaram as leis de valores mobiliários dos EUA.
    O movimento do Cartica, um raro exemplo de ativismo de investidor na região, busca afetar a maior combinação bancária na América Latina desde 2008. O Cartica, que administra cerca de 2 bilhões de dólares em ativos, possui cerca de 3,2 por cento das ações ordinárias do CorpBanca.
O Itaú afirmou por meio de sua assessoria que não vai comentar o assunto.
A decisão de incluir o Itaú no processo baseou-se nos "mais recentes erros materiais em declarações e omissões de Saieh", disse o comunicado, acrescentando que neste momento "tornou-se claro para o Cartica que o Itaú está trabalhando ativamente com Saieh para fechar a transação."  
    Em seu comunicado, o fundo afirmou que Saieh e os outros réus "fizeram ou permitiram declarações enganosas e omissões que levaram à operação com o Itaú nos atuais termos injustos e subavaliados, sem que os acionistas minoritários do CorpBanca tivessem a oportunidade de adotar quaisquer medidas para proteger seus interesses."
Saieh começou a colocar partes do CorpGroup à venda no ano passado para levantar recursos depois de sua holding varejista SMU, que detém a cadeia de supermercados Unimarc, ter revelado erros contábeis que a forçaram a um aumento do endividamento e à quebra de cláusulas contratuais. Saieh também controla o jornal chileno La Tercera.
No ano passado, Saieh, um chileno de ascendência palestina, iniciou negociações com o Itaú para uma fusão, venda direta ou criação de uma estrutura que lhe permitisse continuar sendo um acionista relevante do CorpBanca, disseram fontes à Reuters em dezembro.
    Segundo o fundo Cartica, a compra do controle pelo Itaú beneficiaria Saieh por meio da venda de suas ações da subsidiária na Colômbia; de um empréstimo de 950 milhões de dólares do Itaú garantido por ações do CorpBanca; opções para vender sua participação no CorpBanca acima do valor de mercado; e a oportunidade de participar como sócio do Itaú em potenciais oportunidades de negócios na América Latina.
A fusão com o banco chileno dará ao Itaú não só uma importante presença no varejo bancário do Chile, mas também proporciona uma vertente de expansão na Colômbia, a economia de mais rápido crescimento da América do Sul no ano passado.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Número 2 dos republicanos na Câmara dos Deputados perde primária e promete renunciar


A derrota inesperada em eleições primárias de Eric Cantor, o segundo republicano mais importante na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, deixou o seu partido em pânico nesta quarta-feira, enquanto os mercados financeiros temiam a retomada das disputas orçamentárias que no passado causaram o fechamento do governo.
Cantor, que era líder da maioria republicana na Câmara desde 2011, perdeu a votação de terça-feira de forma inesperada para o professor de economia David Brat, ativista do movimento Tea Party que quer reduzir os gastos estatais e os impostos e defende um governo mais enxuto.
A derrota põe fim à busca de um oitavo mandato para Cantor e encerra de forma abrupta sua carreira como estrela em ascensão de olho na vaga de presidente da Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos.
Em entrevista coletiva à imprensa após um encontro a portas fechadas com seus colegas republicanos, Cantor declarou que irá renunciar à liderança do partido em 31 de julho.
Cantor disse que irá apoiar o congressista Kevin McCarthy, da Califórnia, como seu substituto, caso o colega queira o posto. Cantor e McCarthy eram aliados próximos e muitas vezes tiveram que tentar conter as exigências do Tea Party.
O congressista Pete Sessions, do Texas, que preside o Comitê de Regulamentos da Câmara, disse a repórteres que irá concorrer à liderança da maioria na casa. McCarthy e Sessions têm um histórico de votos conservadores. A eleição será em 19 de junho.
Tentando sanar as divisões que assolaram os republicanos da Câmara nos últimos três anos, Cantor disse: “As diferenças que podemos ter são pequenas e empalidecem em comparação com as diferenças que temos com a esquerda”.
O Capitólio foi agitado pelas especulações a respeito da possibilidade de a vitória do Tea Party em Richmond, distrito da Virgínia e reduto de Cantor, poder levar Washington aos duelos partidários de 2011, 2012 e 2013 em torno dos déficits do orçamento e do tamanho da máquina governamental.
Analistas dos mercados financeiros temem uma interrupção da relativa calmaria política que prevalece desde o acordo orçamentário de dezembro de 2013.
Para os democratas, a tormenta foi um sopro de ar fresco após uma série de eventos politicamente danosos que vinham preocupando Washington a menos de cinco meses das eleições parlamentares.
A legenda, que tenta manter o controle do Senado no pleito de novembro, foi abalada pelo escândalo da incapacidade governamental de oferecer tratamento médico a veteranos de guerra e da decisão do presidente, Barack Obama, de trocar cinco prisioneiros do Taliban por um militar norte-americano refém no Afeganistão.
O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, deve continuar no seu cargo ao longo deste ano e buscar a reeleição em 2015 se os republicanos mantiveram a maioria na Câmara, como esperado, na votação de novembro.

Taxistas no Rio dizem que aplicativo favorece transporte ilegal de passageiros

Duas pessoas foram encaminhadas à Delegacia Policial de Copacabana, na zona sul do Rio, acusadas de estarem exercendo ilegalmente a profissão de taxista em frente a um hotel também na zona sul. A denúncia foi feita por motoristas de táxi que protestavam hoje (11) na esquina da Avenida Atlântica com Princesa Isabel, uma das principais vias da zona sul da cidade, contra o aumento de táxis ilegais circulando pela cidade. Os manifestantes têm uma reunião marcada ainda para esta quarta-feira, na Câmara Municipal dos Vereadores, para tratar da questão.
A manifestação dos taxistas acontece simultaneamente com sindicatos de outros países, como Espanha, Inglaterra e França, que também fazem o mesmo tipo de protesto em seus países de origem. Os taxistas denunciam o uso de aplicativos para smartphones que, supostamente, oferecem caronas gratuitas, mas, segundo um dos líderes do movimento, André Oliveira, o aplicativo está sendo utilizado por pessoas sem licensa para conduzir táxis, mas que cobram um valor pela alegada carona, exercendo assim, uma atividade ilegal.
“Os táxis convencionais têm um cartão de identificação, selo de vistoria do órgão fiscalizador do município e placa vermelha com letras brancas. Esses carros têm placas cinzas, que são da categoria particular. É o carro de uma pessoa, de uma empresa, e param irregularmente na lateral de hotéis da cidade. Segundo informações, eles ganham propina para orientar os passageiros erradamente. Estamos fazendo uma campanha de conscientização da população e dos turistas para alertar que o táxi do Rio é amarelinho com uma faixa azul”, explicou Oliveira.
Os taxistas estão distribuindo panfletos em português e inglês para orientar as pessoas sobre o que deve ser observado em um carro que exerça a atividade legalmente, com autorização da Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro. De acordo com Oliveira, é perigoso, principalmente para turistas estrangeiros que não conhecem o Rio de Janeiro, entrar em carros que não tenham autorização legal para funcionar como táxi.
Oliveira disse ainda que o aplicativo de celular “oferece uma carona remunerada”. Segundo o taxista, um motorista pode baixar o software e se habilitar como "caroneiro”. A pessoa pede uma carona e é sugerido que dê uma “doação” ao caroneiro. “Se você falar ‘muito obrigado e tchau’, o caroneiro te marca com uma estrelinha. Se você pagar, o caroneiro te marca com cinco estrelas. Se você for marcado com uma estrelinha, ninguém vai aparecer para te dar carona na próxima vez”, completou.
De acordo com a Associação de Assistência aos Motoristas de Táxi do Brasil, existem mais de 33 mil táxis e 50 mil motoristas licenciados no município do Rio.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Militantes do Taliban atacam aeroporto de Karachi pela segunda vez


Insurgentes do Taliban paquistanês assumiram a responsabilidade por um ataque contra uma academia das forças de segurança do aeroporto de Karachi nesta terça-feira, menos de 48 horas após homens armados do grupo terem cercado o aeroporto mais movimentado do Paquistão, numa investida que resultou na morte de mais de 30 pessoas.
O ataque na noite de domingo destruiu as perspectivas de negociação de paz entre o Taliban e o governo do primeiro-ministro Nawaz Sharif e fez surgirem especulações de que o Exército deve optar por uma ofensiva contra redutos de militantes.
Nesta terça-feira um grupo de homens armados em motocicletas abriu fogo contra a academia controlada pela Força de Segurança de Aeroportos e fugiu depois que os agentes retaliaram. Ninguém ficou ferido, segundo as autoridades.
"Nós assumimos a responsabilidade por outro ataque bem-sucedido contra o governo", disse o porta-voz do Taleban paquistanês Shahidullah Shahid à Reuters. "Estamos conseguindo atingir todas as nossas metas e vamos continuar com muitos outros ataques desse tipo."
Dez militantes disfarçados de membros das forças de segurança e armados com lança-granadas invadiram o aeroporto no primeiro ataque, no domingo, um dos mais ousados da longa insurgência do Taliban. Pelo menos 34 pessoas morreram.
Refletindo uma atmosfera de nervosismo, o aeroporto de Karachi suspendeu todos os voos dentro e fora da cidade de 18 milhões pela segunda vez em dois dias, embora a maioria dos voos tenham sido retomados por volta das 06:30 (horário de Brasília).
Mais cedo, na terça-feira, aviões de combate paquistaneses bombardearam posições do Taliban na fronteira afegã.
"Nove esconderijos terroristas foram destruídos por ataques aéreos militares de manhã cedo, perto da fronteira entre Paquistão e Afeganistão", informou o setor de imprensa do Exército, acrescentando que 25 militantes foram mortos.
O Taliban paquistanês está aliado com os militantes afegãos com o mesmo nome e amos compartilham uma ideologia jihadista semelhante.
Os dois, no entanto, atuam como movimentos separados, focados inteiramente em derrubar o Estado paquistanês e estabelecer a estrita lei islâmica no país, enquanto o Taliban afegão está unido em sua campanha contra as forças invasoras estrangeiras.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

EUA condenam ataque mortal à aeroporto no Paquistão

Os Estados Unidos condenaram nesta segunda-feira o mortal ataque ao mais movimentado aeroporto do Paquistão que deixou mortos dezenas de pessoas.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que os norte-americanos se solidarizam com as famílias das vítimas fatais e daqueles que ficaram feridos.
Ontem, homens armados disfarçados de guardas policiais atacaram um terminal no Aeroporto Internacional Jinnah, em Karachi. O Taleban paquistanês assumiu a responsabilidade pelo ato e ameaça fazer mais ataques. O fato abalou as esperanças de retomada das negociações de paz entre os talebans paquistaneses e o governo.
Earnest disse que a reconciliação com o Taleban é uma decisão estratégica que o governo do Paquistão terá de fazer. Fonte: Associated Press.

Índios planejam manifestações na Copa do Mundo

Grupos indígenas pretendem aproveitar a visibilidade que a Copa do Mundo dará ao Brasil para protestar em diferentes pontos do país. Há ações previstas em ao menos três Estados que receberão jogos do torneio,  São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, além de manifestações em outras regiões.
Nas mobilizações, em que cobrarão do governo federal a retomada dos processos de demarcação de terra paralisados e pressionarão por outras bandeiras (saiba mais abaixo), os índios poderão se associar a outros movimentos para ampliar a projeção nacional dos atos.
As manifestações tiveram uma prévia no fim de maio, quando cerca de 500 índios se uniram a centenas de trabalhadores sem teto em Brasília. Houve confronto entre manifestantes e a polícia, e um policial teve a perna flechada.
Nesta semana, um pequeno grupo de indígenas participou de outro protesto em Brasília. Dezesseis membros do povo xakriabá, de Minas, se uniram a 200 integrantes de outras comunidades tradicionais em defesa da preservação das áreas remanescentes de cerrado.
Durante a Copa, porém, os principais protestos de indígenas deverão se concentrar no Sul e Sudeste do país.
‘Congelar a região Sul’
Um dos líderes do povo kaingang, da região Sul, o cacique Roberto dos Santos diz que uma reunião nesta semana definirá como se darão os protestos na região.
- Não vamos deixar a Copa acontecer baratinho, em vista do sofrimento das sociedades indígenas – ele diz à agência britânica de notícias BBC.
Segundo o cacique, os índios poderão protestar nas cidades da região que receberão jogos (Porto Alegre e Curitiba) ou em estradas.
- Temos a proposta de congelar a região Sul, bloqueando todos os seus acessos por via terrestre.
Os kaingang,  que hoje vivem em pequenas parcelas de seus territórios originais,  reivindicam a ampliação de suas terras. Diante do acirramento de conflitos entre índios e agricultores, porém, o governo federal suspendeu em maio de 2013 todos os processos de demarcação no país.
Segundo um documento da Funai (Fundação Nacional do Índio) obtido pela BBC, há 118 processos de demarcação de Terras Indígenas em curso. O órgão diz que 39 dessas terras estão em fase final de regularização.
O processo de demarcação prevê que, para ser concluído, ele deve receber uma aprovação final da Presidência da Funai e, em seguida, ser encaminhado para assinaturas do ministro da Justiça e da presidente da República.
Dez processos aguardam a aprovação final da presidente da Funai; outros 12, a assinatura do ministro da Justiça; e mais 17 dependem apenas de assinatura da presidente Dilma Rousseff.
A conclusão do processo de demarcação é fundamental, entre outros aspectos, para que ocupantes não índios sejam retirados dessas áreas.
O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo diz que os processos foram suspensos para evitar o agravamento de conflitos. Ele propõe que os casos sejam destravados em mesas de diálogo que incluam indígenas, agricultores afetados pelas demarcações e autoridades.
Desde a paralisação nos processos, porém, nenhum caso foi solucionado nas mesas de diálogo.
Funcionários da Funai dizem reservadamente que, no atual ritmo de negociações, serão necessários muitos anos para que todos os casos pendentes sejam levados a discussão.
Abertura da Copa
Outra cidade-sede da Copa que deve receber manifestações de indígenas nos próximos dias é São Paulo.
Nelson Wera Soares, cacique de uma aldeia guarani no bairro do Jaraguá, diz que o grupo está programando uma manifestação na abertura da Copa, na quinta-feira.
Os guaranis de São Paulo também querem a ampliação de suas terras. Na aldeia guarani no bairro do Jaraguá, 140 famílias vivem em área menor do que dois campos de futebol. O espaço, segundo os indígenas, é insuficiente para que mantenham seu estilo de vida tradicional.
Há estudos para aumentar essa área para 500 hectares, englobando o Parque Estadual do Jaraguá. Outras duas aldeias guaranis em São Paulo também buscam a ampliação de suas terras.
Segundo Soares, os índios poderão ainda protestar durante a Copa em conjunto com outros grupos, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Na última sexta, cerca de 150 índios guaranis e integrantes do MST e do Movimento Passe Livre protestaram na frente da Assembleia Legislativa paulista.
Atos regionais
Segundo Sonia Guajajara, coordenadora executiva da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), também devem ocorrer mobilizações em outras regiões do país habitadas por indígenas.
- Nossa orientação é para que as organizações regionais se juntem aos demais movimentos e participem dos atos de protesto durante a Copa – ela diz à BBC.
Guajajara critica o governo federal por gastar altas quantias com a Copa e dizer não ter recursos para solucionar problemas dos índios.
Segundo ela, boa parte dos conflitos atuais poderiam ser solucionados pagando-se indenizações para que agricultores que hoje ocupam áreas reclamadas por indígenas deixem essas terras.
Guajajara diz que a união entre índios e outros movimentos mostra que “há uma insatisfação geral da sociedade civil organizada com a postura do governo federal” nesta questão.
Os atos pelo país, diz ela, visam dar visibilidade para as seguintes bandeiras do movimento indígena nacional:
. Retomada imediata dos processos de demarcação de Terras Indígenas, suspensos em maio de 2013;
. Arquivamento das Propostas de Emenda à Constituição (PEC) 215 e 038, que transferem do governo federal para o Congresso a competência para demarcar Terras Indígenas. Índios dizem que a medida poria fim a demarcações, dada a força da bancada ruralista no Parlamento;
. Arquivamento do Projeto de Lei (PL) 1610, que regulamenta a exploração mineral em Terras Indígenas;
. Arquivamento do Projeto de Lei Complementar (PLP) 227, que altera o processo de demarcação de terras e regulamenta a definição de “interesse relevante público da União”. A proposta, dizem os indígenas, impediria novas demarcações e abriria o caminho para a exploração de recursos naturais nas Terras Indígenas já demarcadas;
. Aprovação de medida que transformaria a Comissão Nacional de Política Indigenista num Conselho, com maior poder de influir em políticas que afetam os povos indígenas;
. Revogamento da Portaria 303 da Advocacia Geral da União. A portaria definiu a posição do órgão federal quanto à demarcação de terras e, entre outros pontos polêmicos, admite a construção de grandes obras nessas áreas se houver “relevante interesse público da União”, além de proibir que terras já demarcadas sejam ampliadas;
. Amplo processo de consulta aos indígenas sobre a proposta do Ministério da Justiça para mudar os procedimentos de demarcação de terras;
. Fortalecimento institucional da Funai (Fundação Nacional do Índio). Indígenas dizem que o governo federal tem esvaziado as atribuições do órgão e reduzido seu orçamento, enfraquecendo o órgão indigenista.

domingo, 8 de junho de 2014

Metrô de São Paulo tem quatro linhas funcionando parcialmente no 4º dia de greve

As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha operam parcialmente por causa de obras; linha 5-Lilás funciona normalmente hoje

Quatro linhas do Metrô funcionam parcialmente em São Paulo neste domingo (8) após os metroviários decidirem manter a greve em assembléia realizada no sábado (7). A paralisação entra em seu 4º dia.
Ontem: Sindicato dos Metroviários decide manter greve pelo quarto dia consecutivo
Futurapress
Usuários aguardam em frente a estação de Metrô fechada por causa da greve em São Paulo (7/06)

Leia mais: No terceiro dia de greve, Metrô tem 34 das 65 estações abertas
A linha 4-Amarela está interditada em trecho das estações Paulista e Faria Lima por causa das obras de expansão nas futuras estações Fradique Coutinho e Oscar Freire. Os usuários poderão recorrer a operação Paese, Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência, nesse trecho, que coloca ônibus à disposição dos passageiros.
Já as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha continuam operando parcialmente. A linha 1-Azul opera entre o trecho Ana Rosa e Luz; a linha 2-Verde entre o trecho Ana Rosa e Clínicas e a linha 3-Vermelha das estações Bresser-Mooca a Marechal Deodoro. A linha 5-Lilás funciona normalmente desde as 4h45.
No domingo, às 10h, o Tribunal Regional do Trabalho, TRT, voltará a julgar a paralisação, marcada por ataques de ambos os lados - trabalhadores criticando intransigência de negociar do governo estadual paulista e vice-versa. Às 14h, nova assembleia na sede da categoria, no bairro do Tatuapé, zona leste, decidirá se a greve continuará na segunda-feira (9).
"A decisão foi unânime. Não teve voto contra nem abstenção", afirmou ao iG a assessoria da categoria.
Greve
Os mediadores propuseram então que, caso fosse dado aumento de 8,7%, a participação nos lucros e resultados (PLR) deveria ser dividida igualmente entre os empregados, uma das reivindicações dos metroviários. O Metrô também rechaçou essa possibilidade.
Os metroviários afirmaram, no início da sessão, que poderiam reduzir o pedido de reajuste de 12,2%, apresentado na quinta (5), desde que houvesse avanço na proposta da empresa. Esta foi a quinta reunião de conciliação entre as partes que terminou sem acordo. Sem nova proposta, as chances são mínimas de a assembleia dos trabalhadores, marcada para a noite desta sexta (6), decidir pelo encerramento da greve.
Na quinta, o TRT havia decidido que a fase de conciliação estava encerrada e que o julgamento do discídio coletivo caberia à Justiça. A pedido das partes, nova reunião foi marcada para esta sexta. O julgamento está pré-agendado para o próximo domingo (8), às 10h.
O maior entrave na negociação é o índice de reajuste. O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Metroviários de São Paulo pedia, inicialmente, 35,47% de aumento. O valor foi reduzido para 16,5% e, na última audiência, para 12,2%. O Metrô ofereceu 5,2%; 7,98% e, finalmente, 8,7%.
Como alternativa à greve, os metroviários propuseram novamente a abertura das catracas à população e o desconto do dia de trabalho dos funcionários. A empresa, no entanto, negou, alegando que o Metrô não pode abrir mão da receita, por se tratar de recurso público. Para tanto, seria necessário um processo legislativo.
Por decisão da Justiça, 100% os metroviários estão obrigados a, mesmo em greve, trabalhar nos horários de pico e 70% nos demais períodos. A decisão é questionada pelos trabalhadores.

sábado, 7 de junho de 2014

Sindicato dos Metroviários decide manter greve pelo quarto dia consecutivo

Após nova assembleia da categoria, neste sábado, trabalhadores optaram por manter paralisação no domingo

A abertura da Copa do Mundo se aproxima e o metrô segue paralisado em São Paulo. Em nova assembleia realizada no final da tarde deste sábado (7), o Sindicato dos Metroviários decidiu por manter para este domingo (8) a greve, que já afeta a cidade há três dias.
"A decisão foi unânime. Não teve voto contra nem abstenção", afirmou ao iG a assessoria da categoria, entrando em seu quarto dia de greve consecutiva no primeiro dia da semana do início do Mundial, na quinta (12), no Itaquerão.
No domingo, às 10h, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) voltará a julgar a paralisação, marcada por ataques de ambos os lados - trabalhadores criticando intransigência de negociar do governo estadual paulista e vice-versa. Às 14h, nova assembleia na sede da categoria, no bairro do Tatuapé, zona leste, decidirá se a greve continuará na segunda-feira (9).
A decisão da categoria é consequência da decisão da Companhia do Metropolitano (Metrô) de São Paulo de manter  sua última proposta de reajuste salarial (8,7%) feita aos trabalhadores, em audiência realizada na sexta (6), no TRT. Os mediadores do TRT tribunal chegaram a propor que a empresa apresentasse um aumento de, ao menos, 9%. A empresa, no entanto, não aceitou.
Leia mais: No terceiro dia de greve, Metrô tem 34 das 65 estações abertas
Os mediadores propuseram então que, caso fosse dado aumento de 8,7%, a participação nos lucros e resultados (PLR) deveria ser dividida igualmente entre os empregados, uma das reivindicações dos metroviários. O Metrô também rechaçou essa possibilidade.
Os metroviários afirmaram, no início da sessão, que poderiam reduzir o pedido de reajuste de 12,2%, apresentado na quinta (5), desde que houvesse avanço na proposta da empresa. Esta foi a quinta reunião de conciliação entre as partes que terminou sem acordo. Sem nova proposta, as chances são mínimas de a assembleia dos trabalhadores, marcada para a noite desta sexta (6), decidir pelo encerramento da greve.
Na quinta, o TRT havia decidido que a fase de conciliação estava encerrada e que o julgamento do discídio coletivo caberia à Justiça. A pedido das partes, nova reunião foi marcada para esta sexta. O julgamento está pré-agendado para o próximo domingo (8), às 10h.
O maior entrave na negociação é o índice de reajuste. O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Metroviários de São Paulo pedia, inicialmente, 35,47% de aumento. O valor foi reduzido para 16,5% e, na última audiência, para 12,2%. O Metrô ofereceu 5,2%; 7,98% e, finalmente, 8,7%.
Como alternativa à greve, os metroviários propuseram novamente a abertura das catracas à população e o desconto do dia de trabalho dos funcionários. A empresa, no entanto, negou, alegando que o Metrô não pode abrir mão da receita, por se tratar de recurso público. Para tanto, seria necessário um processo legislativo.
Por decisão da Justiça, 100% os metroviários estão obrigados a, mesmo em greve, trabalhar nos horários de pico e 70% nos demais períodos. A decisão é questionada pelos trabalhadores.
Neste sábado, plano de contingência do Metrô, que coloca supervisores para fazer o trabalho dos grevistas, levou 34 das 65 estações da capital paulista a funcionarem. Devido à falta de funcionários, no entanto, o horário de fechamento voltou a ser antecipado para as 23h - duas horas mais cedo do que o normal no dia.

Pelo Facebook, Marina Silva declara que Rede não seguirá aliança do PSB com PSDB

PSB anuncia apoio a chapa de Alckmin e Marina considera aliança um 'equívoco'.

A pré-candidata a vice-presidente da República pelo PSB, Marina Silva, usou as redes sociais para afirmar neste sábado (7/6) que considera um "equívoco" o diretório do partido em São Paulo  dar apoio ao projeto político do PSDB para as eleições. Marina estava se referindo à votação dos membros do diretório do PSB em São Paulo que aprovaram nesta sexta-feira (6) o indicativo de coligação do partido com o PSDB, que deve tentar a reeleição de Geraldo Alckmin para o governo do estado, além da candidatura do presidente estadual do PSB, deputado federal Márcio França, como vice de Alckmin.
No seu perfil do Facebook, Marina se posicionou contra a decisão do partido. “Juntamente com todos os integrantes da Rede Sustentabilidade, discordo da indicação aprovada ontem na reunião do diretório estadual do PSB de São Paulo de apoiar o projeto político do PSDB. Para nós, isso é um equívoco”, diz o texto. Marina ainda destaca que o PSB, partido no qual ela se aliou por não ter conseguido fundar a Rede Sustentabilidade e tem Eduardo Campos como candidato à Presidência, tem que optar por uma independência no estado, com candidatura própria. "Desde já, deixamos clara nossa posição de que, caso essa indicação não seja revertida, seguiremos caminho próprio e independente em São Paulo", afirmou através da nota.
Marina Silva se posiciona contra decisão do PSB através das redes sociais
Marina Silva se posiciona contra decisão do PSB através das redes sociais
Veja a nota completa divulgada no Facebook:
"Juntamente com todos os integrantes da Rede Sustentabilidade, discordo da indicação aprovada ontem na reunião do diretório estadual do PSB de São Paulo de apoiar o projeto político do PSDB. Para nós, isso é um equívoco. Consideramos necessário manter independência e lançar uma candidatura própria, que dê suporte ao projeto de mudança para o Brasil liderado por Eduardo Campos, e que dê ao povo de São Paulo a chance de fazer essa mudança também no âmbito estadual.A Rede Sustentabilidade não seguirá essa indicação. Em todo o país, estamos debatendo o assunto e apoiando nossos companheiros de São Paulo na busca de uma alternativa que supere a velha polarização PT-PSDB, e que proporcione apoio efetivo à candidatura de Eduardo Campos, que demonstre uma nova forma de fazer política e, principalmente, que represente os ideais de democracia e sustentabilidade expressos no programa de nossa Aliança.Esperamos que os companheiros do PSB, em sua convenção estadual, não levem adiante essa proposta. Nesse sentido, manteremos o diálogo aberto e respeitoso. Mas, desde já, deixamos clara nossa posição de que, caso essa indicação não seja revertida, seguiremos caminho próprio e independente em São Paulo. A nova força política que emerge no Brasil, interpretando o desejo de mudança tantas vezes manifestado por milhões de pessoas, encontrará também em São Paulo sua legítima expressão".

Homens armados fazem centenas de estudantes reféns em universidade no Iraque


Homens armados ocuparam uma universidade na província iraquiana de Anbar no sábado, fazendo centenas de estudantes e seus professores reféns no campus, disseram fontes de segurança, no terceiro ataque nesta semana de militantes que devastaram duas outras cidades.
Depois de passarem por guardas durante a noite, os homens armados invadiram a Universidade de Anbar, em Ramadi, que havia tido partes tomadas por tribos contrárias ao governo e insurgentes desde o início do ano.
Forças de segurança cercaram a unversidade no sábado e trocaram tiros com os militantes, que haviam plantado bombas atrás deles e estavam patrulhando os telhados com rifles.
Fontes no hospital de Ramadi disseram que haviam recebido os corpos de duas pessoas, uma delas um estudante e a outra um policial.
Um professor preso dentro do departamento de física disse que alguns funcionários que moram fora de Ramadi haviam passado a noite na universidade porque esse é o período de provas.
"Ouvimos forte troca de tiros por volta das 4 da manhã. Achamos que eram as forças de segurança vindo para nos proteger, mas ficamos surpresos em ver que eram homens armados", disse ele à Reuters por telefone. "Eles nos forçaram a entrar nas salas e agora não podemos sair."
Mais tarde ele conseguiu escapar junto com 15 colegas e alunos.
Os militantes permitiram que de 100 a 150 outras pessoas saíssem do campus, disseram fontes. A identidade deles não era clara, mas Ramadi é uma das duas cidades em Anbar que foi assolada no início do ano por insurgentes tribais e sunitas.

EUA e Irã se reunirão na próxima semana para debater programa nuclear


Autoridades de Estados Unidos e Irã se reunirão em Genebra na segunda e na terça-feira antes da próxima rodada de negociações entre os iranianos e seis potências mundiais sobre o programa nuclear do país islâmico, informou neste sábado o Departamento de Estado norte-americano.
A delegação dos EUA será chefiada pelo número dois do Departamento de Estado, Bill Burns, que liderou as negociações secretas que ajudaram a desenhar o acordo nuclear provisório entre o Irã a as potências, alcançado no dia 24 de novembro.
A reunião acontecerá depois de a última rodada de conversas nucleares entre o Irã e as seis potências, ocorridas em Viena no mês passado, ter sido marcada por dificuldades. Ambos os lados acusaram o outro de fazer exigências pouco realistas nas negociações, que têm como objetivo frear o programa atômico de Teerã e colocar fim às sanções contra a nação.
A decisão dos EUA de ir a Genebra para se encontrar com a delegação iraniana, que segundo uma autoridade norte-americana pode ser chefiada pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, realça a vontade de Washington de retomar as negociações.
“Sempre dissemos que participaríamos de forma bilateral com os iranianos se isso ajudar a avançar nossos esforços, em coordenação ativa com o grupo P5+1”, afirmou o responsável à Reuters.
“Para provar que realmente podemos chegar a uma solução diplomática com o Irã sobre o seu programa nuclear, temos que realizar uma diplomacia muito ativa e agressiva", acrescentou.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Projeto de lei espanhol prevê dupla nacionalidade para judeus sefarditas


O governo espanhol aprovou um projeto de lei nesta sexta-feira permitindo que descendentes de judeus sefarditas expulsos do país em 1492 tenham a nacionalidade espanhola, sem abrir mão de sua cidadania atual.
Embora o projeto ainda precise do aval do Parlamento espanhol antes de se tornar lei, há poucas dúvidas de que ele será aprovado, já que os conservadores no poder têm a maioria absoluta no Legislativo.
"Esta lei estabelece os critérios para a concessão de nacionalidade (espanhola) aos cidadãos sefarditas", disse a vice-primeira-ministra Soraya Sáenz de Santamaría, durante uma entrevista coletiva após a reunião semanal do gabinete.
Cerca de 300.000 judeus viviam na Espanha antes de os monarcas católicos Isabel e Fernando ordenarem que judeus e muçulmanos se convertesem à fé católica ou deixassem o país.
A lei, que foi divulgada pela primeira vez em fevereiro, potencialmente beneficia cerca de 3,5 milhões de judeus sefarditas cujos ancestrais se estabeleceram em países como Israel, França, Estados Unidos, Turquia, México, Argentina e Chile.
Os candidatos devem comprovar sua origem sefardita por meio de um certificado da federação da comunidade judaica na Espanha ou do chefe da comunidade judaica do país em que residam, por meio do idioma ou ascendência.
A legislação espanhola normalmente não permite a dupla cidadania, exceto para as pessoas da vizinha Andorra, Portugal ou das ex-colônias, como as Filipinas, Guiné Equatorial ou países da América Latina.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Operação contra prostituição infantil e tráfico prende quatro no MT

Uma ação contra a prostituição de adolescentes e crianças e tráfico de drogas que teve início na quarta-feira prendeu quatro pessoas em Sapezal (MT). A operação Vassoura de Fogo teve foco em um local chamado de Cinzeiro. No ditado popular local, vassoura de fogo varre a promiscuidade da vida das pessoas. “Vamos continuar investigando se há outras meninas fazendo programas sexuais aqui e acabar com essa praga do turismo sexual", diz o investigador Juliano Godoy.
Segundo ele, está começando a exposição agropecuária na cidade e há a suspeita de que muitas meninas foram levadas a Sapezal justamente por causa disso.
A região conhecida como Cinzeiro tem mais de 20 bares, residências e lanchonetes de prostituição, que atendem principalmente a caminhoneiros. A região é forte em agronegócio e é intenso o trânsito de caminhões para o escoamento da safra de grãos, principalmente milho e soja, até Rondônia. “Aqui é corredor de escoamento da safra. Os caminhoneiros vão daqui até o porto de Porto Velho e param para se divertir”, explica Godoy. Segundo ele, o local é frequentado também por trabalhadores que atuam nas grandes fazendas da região.
Durante a operação, a polícia cumpriu ainda sete mandados de busca e apreensão na manhã de quarta-feira. Além das quatro pessoas presas, duas foram autuadas em Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e 10, conduzidas à delegacia para prestar esclarecimentos por supostos envolvimento com o tráfico de drogas e exploração sexual de menores.
Foram presos Diones Pereira da Silva, 25 anos, Cleide Lucia Bispo, 43 anos, Priscila de Moura Campos, 30 anos, e Antonio Pereira da Silva, 40 anos, indiciados pelos crimes de tráfico de drogas, receptação e roubo.
A delegada da cidade, Cinthia Gomes da Rocha Cupido, informa que, antes de desencadear a operação, foram mais de 60 dias de tocaias e outras formas de apuração dos fatos.
A dona do Bar da Cleide, que leva seu nome, tentou jogar no vaso sanitário 50 gramas de cocaína, quando os policias chegaram, mas foi impedida. Ela é reincidente. Há três anos já havia sido presa também por tráfico de drogas, e foi presa autuada em flagrante mais uma vez.
Na casa de outro preso, Diones da Silva, havia uma grande quantidade de semijoias furtadas um dia antes, avaliadas em torno de R$ 10 mil, mais duas porções de maconha, com cerca de 50 gramas cada. Ele foi encaminhado à delegacia e preso por receptação.

Ucrânia fecha parcialmente fronteira com a Rússia

O presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turcinov, anunciou que fechou parcialmente as suas fronteiras com a Rússia no leste do país nesta quinta-feira (5).    O presidente alega que a medida é para impedir a entrada de armas e militantes nas cidades  separatistas de Donetsk e Lugansk. A Rússia disse estar indignada com a decisão de Kiev. "Em vez de abrir estas fronteiras para todos aqueles que desejam deixar a área das ações militares, estas são fechadas. É absolutamente ofensivo e inaceitável", declarou Aleksandr Lukashevich, porta-voz do ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov. Já o governador da região russa de Rostov do Don, Vasili Golubev declarou estado de emergência em 15 distritos na fronteira com a Ucrânia em decorrência do fluxo de refugiados. A cidade registrou a entrada de mais de 8 mil cidadãos ucranianos nas últimas 24 horas que fugiram das violências no leste do país, informou o responsável russo para os direitos das crianças, Pavel Astakhov. O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, acusou as autoridades ucranianas de mentir negando a ausência de refugiados deixando o leste do país e definiu a situação humanitária "sem precedentes", informando a chegada de ao menos 3 mil pessoas por dia em Rostov do Don.
Conflitos
Em Sloviansk, a cidade separatista no leste da Ucrânia, e outras cidades da região leste perto de Donetsk, estão sem água depois que um ataque militar do exército ucraniano danificou uma central elétrica que alimentava o Voda Donbassa Comapny, o aqueduto que fornece água potável em toda a região. A informação é da fonte dos separatistas pró-russos, citada pela agência de notícias russa Itar-Tass. Os moradores dispõem apenas de reservas de água já armazenadas ou de água mineral vendida nos supermercados. As localidades de Kramatorsk, Druzhkovka, Konstantinovka, e outros municípios menores ficaram também sem água. A assessoria de imprensa do ministério das Situações de Emergência informou que foi organizado um serviço de caminhões para fornecer água na região. O governo informou que o fornecimento da água será retomado "depois que acabarem as hostilidades militares na região".
G7
Medvedev criticou as afirmações do G7, a reunião dos sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Japão), que começou ontem (4) em Bruxelas e trata da crise na Ucrânia e a posição russa no conflito. "O chamado G7 ainda discute as ações moderadas por parte das tropas ucranianas contra o próprio povo. Não existem limites sobre o cinismo", disse o primeiro-ministro russo. Ontem, em esboço da declaração do G7 confirmou a ameaça de novas sanções contra a Rússia em ocasião da falta d recuo do país na crise ucraniana. "A anexação ilegal da Crimeia e as ações de desestabilização no leste da Ucrânia são inaceitáveis e devem acabar, caso contrário, se necessário os países do G7 estão prontos a reforçar as sanções aplicando sanções suplementares", alerta o comunicado. A cúpula dos sete países realizada em Bruxelas, deveria acontecer em Sóchi, na Rússia, mas foi transferida e a participação da Rússia do grupo foi suspensa por causa da crise ucraniana e da posição deste país no conflito.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Assad ganha eleições na Síria com 88,7% dos votos

O Parlamento sírio anunciou que o atual presidente sírio, Bashar al-Assad, foi reeleito. O candidato ao pleito realizado na última terça-feira, 3, obteve 88,7% dos votos.
De acordo com o porta-voz do Parlamento, Jihad Laham, os candidatos da oposição, Hassan al-Nouri and Maher Hajjar, obtiveram 4,3% e 3,2% dos votos, respectivamente.
A Suprema Corte Constitucional do país comunicou que 73,42% dos sírios foram às urnas.
As votações foram realizadas apenas em regiões controladas pelo regime. O pleito foi chamado de farsa pela oposição e pela comunidade internacional.

Vala comum pode ter 796 restos de crianças na Irlanda

Uma investigadora independente encontrou vestígios de uma vala comum com 796 restos de crianças em Galway, na Irlanda. Catherine Corless descobriu quase 800 certidões de óbito do orfanato católico de Tuam, para onde eram mandadas as mães solteiras entre os anos de 1926 e 1961.
As autoridades da Igreja de Galway, no oeste da Irlanda, disseram desconhecer que tantas crianças morreram no local e foram enterradas pelas monjas católicas. O arcebispo de Tuam, Michael Neary, porém, afirmou que se reunirá com as autoridades da Igreja para realizar uma arrecadação de fundos para instalar uma placa com todos os nomes das 796 crianças e oferecer um serviço religioso no lugar.
A câmara séptica, onde Corless acredita que os restos mortais estão enterrados, era utilizada para a limpeza das pessoas pobres que frequentavam o local antes dele se tornar um orfanato. Por isso, acreditava-se que os ossos eram de pessoas que haviam morrido no século XIX.
As certidões de óbito mostram que as crianças eram, em sua maioria, bebês recém-nascidos ou com menos de um ano de idade e que tiveram como causa da morte vários tipos de doenças infecciosas, deformidades e nascimento prematuro. Segundo Corless, de acordo com as regras católicas, os filhos de mulheres solteiras não eram batizados e, se morressem em um orfanato, não recebiam um enterro cristão, terminando em valas comuns. As famílias também tinham o hábito de enviar as filhas grávidas - que não estivessem casadas - para esse tipo de lugar, onde viviam escondidas do resto da comunidade.
Apesar da iniciativa da Igreja, Corless e outros ativistas de Tuam organizaram um comitê, não só para construir o memorial pelas crianças, mas também para que seja lançada uma investigação pública e o local seja escavado. Já o governo irlandês não quis comentar o assunto. O orfanato foi demolido há décadas para a construção de uma série de casas no local.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Obama pede que aliados europeus aumentem despesas militares

O presidente norte-americano, Barack Obama, pediu hoje (3) que os aliados europeus aumentem as despesas militares, após encontro com o presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, na capital do país, Varsóvia.
“Vemos um decréscimo contínuo. Isso deve mudar”, disse o chefe de Estado norte-americano na capital polaca, lamentando os cortes aplicados na Europa na despesa militar devido à crise econômica.
Obama disse que, salvo algumas exceções, como a Polônia, os países europeus não têm feito a sua parte do trabalho no seio da aliança, o que ficou exposto na crise ucraniana.
“Querem ser membros plenos quando se trata da sua defesa, o que significa que também têm de ser [membros plenos] quando é preciso contribuir. É uma questão inseparável”, explicou Obama, em entrevista.
Ele lembrou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi a “pedra fundamental” da segurança dos Estados Unidos, mas que o país não pode fazer isso sozinho.
“Temos de assegurar que todos que são membros plenos da Otan têm uma associação de forma plena”, acrescentou.
Obama falou durante entrevista conjunta com o presidente Komorowski, que anunciou nesta terça-feira que, dada a nova situação em matéria de segurança após a anexação da República Autônoma da Crimeia pela Rússia, o governo de Varsóvia decidiu aumentar as despesas de defesa de 1,95% do Produto Interno Bruto para 2%.
O líder norte-americano iniciou hoje na Polônia uma visita pela Europa. Ele passará também pela Bélgica e pela França.

Em Varsóvia, Obama oferece ajuda militar a aliados do Leste Europeu



O presidente Barack Obama garantiu à Polônia e a seus vizinhos do Leste Europeu nesta terça-feira que o compromisso dos Estados Unidos com a sua segurança é sagrado, no início de uma viagem de quatro dias com a intenção de mostrar a determinação dos Estados Unidos após a intervenção russa na Ucrânia.
A Casa Branca revelou planos de uma iniciativa de 1 bilhão de dólares para enviar temporariamente um maior contingente de suas Forças Armadas à Europa, mas não chegou a prometer o reforço à sua presença permanente, como alguns dos aliados de Washington desejam. O governo norte-americano também informou que os Estados Unidos iriam rever a presença de suas forças no continente.
Falando em um hangar de aviões no aeroporto de Varsóvia, onde se encontrou com aviadores norte-americanos que participam de um programa conjunto com a Força Aérea polonesa, Obama disse que os compromissos dos EUA com a Polônia e a região são a pedra angular da própria segurança dos Estados Unidos.
"Como amigos e aliados, estamos unidos", disse Obama, cuja estada de dois dias em Varsóvia incluirá reuniões com o presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, e outros líderes da Europa Central e do Leste.
Obama está sob a pressão de críticos nos EUA, que dizem que ele não está mostrando liderança suficiente no cenário mundial, e de alguns aliados da Otan na Europa Oriental, que temem se tornar os próximos alvos da expansão russa e querem mais proteção dos EUA.
Mas as potências ocidentais também devem encontrar um equilíbrio delicado, porque um grande aumento das forças da Otan nas fronteiras da Rússia poderia levar a medidas recíprocas do Kremlin e uma escalada da corrida armamentista.
Ministros da Defesa da Otan vão se reunir em Bruxelas na terça-feira para discutir medidas de longo prazo para fortalecer as defesas da aliança no Leste Europeu e estudar como combater as táticas usadas pela Rússia na Ucrânia.
NOVA VIGILÂNCIA
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, também em Varsóvia, disse que uma resposta à crise na Ucrânia seria um dos pontos principais nas reuniões de Obama na Polônia.
"Estamos aqui hoje, porque este continua a ser um novo momento de desafio para todos nós", Kerry disse a repórteres. "Eventos na Ucrânia libertaram forças que todos nós esperávamos que tivessem terminado... que eram página virada. Por isso, isso requer nova vigilância e requer um compromisso claro."
A assistência militar proposta pela Casa Branca prevê uma maior participação dos Estados Unidos nos treinamentos e manobras militares, o envio de planejadores militares norte-americanos, e posições navais mais persistentes no Mar Negro e do Mar Báltico, às portas da Rússia.
A Casa Branca disse em um comunicado que iria construir a capacidade da Ucrânia e de outros dois países aliados nas fronteiras da Rússia, Geórgia e Moldávia. Obama disse estar buscando o apoio do Congresso dos Estados Unidos para o plano.
Obama irá se reunir na quarta-feira com o presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, e participará na sexta-feira da comemoração, na França, do desembarque dos Aliados na Normandia na Segunda Guerra Mundial (o chamado Dia D), ao lado do presidente russo, Vladimir Putin.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Escavações para encontrar vestígios de Maddie começam esta terça-feira


A Polícia Judiciária e a Scotland Yard (britânica) concluíram, cerca das 18.15 horas de segunda-feira, os trabalhos de marcação de um terreno na Praia da Luz, para aí procurarem "vestígios" que possam levar ao paradeiro da Madeleine McCann.
Madeleine McCann desapareceu a 3 de maio de 2007 quando a família britânica estava alojada de férias no Algarve.
Fonte da PJ disse, esta segunda-feira, à Lusa que os trabalhos que foram iniciados preveem a marcação de locais referenciados pela polícia britânica, que através de carta rogatória requereu as diligências para escavações na procura de indícios.
A mesma fonte explicou que os trabalhos irão recomeçar na terça-feira, às oito horas com escavações do "tipo arqueológicas", prevendo-se depois a utilização de máquinas escavadoras.
Sete anos depois, as autoridades portuguesas e inglesas preveem fazer escavações em diversos locais já revelados pelas autoridades britânicas, em terrenos adjacentes ao apartamento onde a família McCan esteve alojada de férias de 2007.
As diligências foram requeridas pela Scotland Yard, que nunca fechou a investigação, ao contrário das autoridades portuguesas, que encerraram o processo em 2008.
Na Praia da Luz são visíveis alguns terrenos delineados por fitas, em locais previamente definidos pela polícia britânica.
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 03 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico na Praia da Luz, no Algarve.

Rei Juan Carlos, da Espanha, vai abdicar em favor do filho


O rei Juan Carlos, da Espanha, anunciou na segunda-feira que irá abdicar em favor de seu filho mais popular, o príncipe Felipe, em uma aparente tentativa para reviver a monarquia, abalada por escândalos, em um momento econômico difícil e de crescente descontentamento com a elite política.
"Uma nova geração está, com razão, pedindo para assumir o papel de liderança", afirmou Juan Carlos na TV, horas depois do anúncio surpresa feito pelo primeiro-ministro, Mariano Rajoy, de que o rei iria renunciar após quase 40 anos no trono.
Juan Carlos, de 76 anos, que já foi popular e ajudou na suave transição da Espanha para a democracia nos anos 1970, depois da ditadura de Francisco Franco, perdeu nos últimos anos o apoio da população por causa de vários escândalos de corrupção e gafes.
Sua filha, princesa Cristina, e o marido dela, Iñaki Urdangarin, estão sendo investigados em um caso de corrupção. Ambos negam qualquer irregularidade. Um juiz em Palma de Mallorca deve decidir em breve se Urdangarín irá a julgamento pelas acusações de desvio de 6 milhões de euros de fundos públicos por meio de entidades beneficentes.
Segundo Rajoy, o rei, que está com a saúde fragilizada e passou por cinco operações em dois anos, incluindo uma cirurgia de substituição de prótese no quadril, está deixando o cargo por razões pessoais.
Uma fonte da palácio real disse à Reuters que a decisão do rei se deveu a razões políticas e não pela sua saúde.
"É uma decisão política. Ele está abdicando dados os novos desafios na Espanha, disse a fonte.
A Espanha não tem uma lei precisa regulamentando a abdicação e a sucessão. Rajoy disse que seu gabinete iria reunir-se em breve para definir as etapas para que o príncipe Felipe assuma o trono, como Felipe VI.
Analistas políticos disseram que o governista Partido Popular está ansioso para colocar no trono Felipe, que tem popularidade alta, com o objetivo de combater o crescente sentimento antimonarquista, depois que pequenos partidos de esquerda e partidos ani-establishment foram surpreendentemente bem nas eleições para o Parlamento europeu.
O país acaba de sair de uma difícil e duradoura recessão que abalou a confiança da população nos políticos, na família real e em outras instituições.
Felipe, de 46 anos, assumiu no último ano papel cada vez mais proeminente em cerimônias e não foi afetado pelo escândalo de corrupção no qual estão envolvidos sua irmã e cunhado.

Ao menos 20 morrem em confrontos em cidade da Líbia, dizem médicos


Ao menos 20 pessoas morreram e quase 70 ficaram feridas quando o exército líbio e as forças de um ex-general combatiam militantes islâmicos na cidade oriental de Benghazi na segunda-feira, disseram fontes médicas.
O Exército contou com o apoio de helicópteros de combate pertencentes às forças leais ao ex-general Khalifa Haftar, que quer livrar o estado norte-Africano de militantes islâmicos, que segundo ele estão fora de controle devido a um governo fraco.
Ao menos 20 pessoas morreram e 67 ficaram feridos só em Benghazi, disseram médicos do hospital. Houve registro de cerca de 18 feridos em al-Marj, a leste da cidade de Benghazi, onde também houve conflitos, informaram fontes médicas.
A Líbia vive em uma crise prolongada três anos após a guerra apoiada pela Otan que derrubou Muammar Gaddafi, com facções regionais islâmicas, anti-islâmicas e políticos envolvidos no conflito.
O grupo militante Ansar al-Sharia atacou nesta segunda-feira um acampamento que pertencia às forças especiais do Exército, disseram moradores. As tropas de Haftar se juntaram à batalha que ocorreu em áreas residenciais. As famílias, assustadas, permaneceram dentro das casas. As escolas e universidades ficaram fechadas.
Tropas especiais do Exército também foram vistas movendo reforços para a área de combate no oeste de Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia.
Haftar iniciou há duas semanas uma campanha para combater os islâmicos. Desde então, a vida pública está quase paralisada na cidade, sede de várias companhias de petróleo. O aeroporto está fechado.

domingo, 1 de junho de 2014

SP: micro-ônibus sem motorista atropela 5 na zona norte

Um micro-ônibus sem motorista e vazio desceu a rua Adolfo Lazzari, no Jardim Princesa, zona norte de São Paulo, bateu em três veículos e atropelou cinco pessoas, na noite deste sábado.
O motorista, 47 anos, contou à polícia que, após terminar o expediente, estacionou o veículo e saiu. Ele disse não saber o porquê de o coletivo ter ficado sem freio e descido a rua.
O veículo bateu em três carros estacionados ao longo do caminho, atropelou cinco pessoas e só parou quando colidiu com o muro de uma casa, na esquina com a rua Celso Falconi Moreira.
As vítimas foram socorridas pelo Samu e pelo Corpo de Bombeiros aos hospitais Mandaqui, Tatuapé e São Camilo. O caso foi encaminhado ao 72º Distrito Policial.

Nível do Sistema Cantareira tem leve queda neste domingo

O nível do Sistema Cantareira registrou leve queda neste domingo, segundo informações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Em seu site, a Sabesp aponta que o nível é de 24,8% neste domingo, antes 24,9% ontem.
O nível de 24,8% considera o volume morto, volume de água que precisa ser bombeado para chega às estações de tratamento – procedimento que está sendo realizado desde o dia 15 de maio. O Sistema Cantareira enfrentou a maior crise da história no início de 2014, chegando a atingir 8,8% no dia 12 de maio.
De acordo com a Sabesp, desde 1930, quando começou a medição, nunca choveu tão pouco. Em dezembro do ano passado, por exemplo, foram registrados 62 milímetros de precipitação, quando a média histórica para o mês é de 226 milímetros. Já em janeiro deste ano, foram 87,8 milímetros, o pior índice em 84 anos, pois a média histórica é de 260 milímetros.

Prisioneiros do Taleban libertados pelos EUA vão voltar ao combate, dizem afegãos


A libertação de cinco prisioneiros do Taleban em troca de um soldado norte-americano têm gerado críticas por parte de alguns afegãos, que dizem que os detidos são perigosos e vão retomar laços com organizações terroristas para voltar ao combate.
Os homens foram mantidos na base naval norte-americana na baía de Guantánamo, Cuba, desde 2002 e foram classificados pelo Pentágono como de "alto risco" e "susceptíveis de constituir ameaça".
Dois deles também foram envolvidos no assassinato de milhares da minoria muçulmana xiita no Afeganistão, de acordo com o exército dos Estados Unidos.
Eles foram libertados em troca do sargento norte-americano Bowe Bergdahl, único prisioneiro de guerra norte-americano mantido no Afeganistão que foi levado a um hospital militar dos EUA na Alemanha neste domingo.
"Eles definitivalemente vão voltar ao combate, se estiverem bem de saúde", disse uma autoridade da agência de espionagem do Afeganistão, que pediu para ser mantido em anonimato por conta da sensibilidade do assunto.
"Eles vão ser pessoas muito perigosas, pois têm conexões com organizações terroristas regionais e internacionais."
O Taleban negou que os prisioneiros vão voltar ao combate, mas disse que a troca não deveria ser vista como um gesto de boa vontade nem como passos em direção à retomada das negociações de paz.

sábado, 31 de maio de 2014

Dilma critica Aécio e o neoliberalismo

Sem citar Aécio, a presidente Dilma disse que o tucano quer trazer de volta um figurino neoliberal e um modelo que, segundo ela, já fracassou.
Eles querem trazer de volta um modelo que já fracassou, disse a presidente Dilma Rousseff
Sâo Paulo
A presidente Dilma Rousseff disse em Belo Horizonte, sem citar o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, que o tucano quer trazer de volta um figurino neoliberal e um modelo que, segundo ela, já fracassou.
Em encontro do diretório do PT de Minas Gerais, Estado governado por Aécio por oito anos, a presidente disse ainda que os adversários querem trazer de volta a recessão e afirmou que os tucanos nunca se interessaram por questões sociais.
Tem candidato dizendo, por exemplo, que quer ser eleito para aplicar medidas impopulares, que não tem medo da opinião pública, que está se lixando para a reação que pode provocar essas medidas e que vai derrubar qualquer barreira para impor o seu figurino neoliberal, disse a presidente, numa referência a declarações recentes de Aécio de que estaria disposto a adotar medidas impopulares se eleito, caso fosse necessário.
Eles querem trazer de volta um modelo que já fracassou. A partir daqui, de Minas Gerais, querem trazer de volta a recessão, o desemprego, o arrocho salarial, o aumento da desigualdade e o aumento da submissão que o Brasil tinha no passado ao Fundo Monetário, por exemplo, acrescentou Dilma durante o encontro, que serviu para confirmar a pré-candidatura do petista Fernando Pimentel ao governo do Estado.
A presidente também fez referência à proposta aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS), de autoria do presidenciável tucano, que estende o benefício do Bolsa Família por até seis meses no caso do beneficiário aumentar sua renda em decorrência de atividade profissional ou econômica.
A proposta foi duramente criticada pelo governo, que entende que ela desfigura o Bolsa Família ao retirar limites de renda e de tempo de permanência no programa. "Hoje eles estão tentando aparecer como grandes defensores do Bolsa Família, quando a gente lembra que chamavam o Bolsa Família de Bolsa Esmola. Nunca foram a favor das políticas, sempre acharam que fazer política social era jogar o dinheiro pela janela, disparou.
Nós temos de proteger o nosso projeto do assanhamento de um pessoal que, quatro em quatro anos, sempre acredita que, finalmente, eles vão ter hora e vez. Hora e vez e a oportunidade de enganar o povo de novo.
Em tom claramente eleitoral, Dilma previu sua vitória na campanha pela reeleição. Eles querem ganhar na marra. Vão descobrir pela quarta vez que nós e o povo brasileiro não nos deixamos enganar, disse ela se referindo às duas vitórias de Lula --em 2002 e 2006-- e ao seu próprio triunfo sobre os tucanos em 2010.
COPA DO MUNDO
Dilma também criticou aqueles que pretendem torcer contra a seleção brasileira, lembrando que, quando foi presa pelo regime militar, era ano de Copa do Mundo e ela, de cabeça erguida, torceu pela seleção brasileira porque ela é do povo brasileiro.
Hoje em plena democracia, não torcer pela seleção brasileira é de uma sem-cerimônia incrível. É simplesmente não ser capaz de ter orgulho do seu país. É ter um imenso complexo de vira-lata, disse.

Governo unificado da Palestina será anunciado na segunda-feira


O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse neste sábado que espera que o governo de seu partido Fatah com o Hamas seja anunciado em dois dias.
Ao se reunir com ativistas franceses pela paz na cidade de Ramallah, Cisjordânia, onde o governo palestino está instalado, Abbas disse: "Nós vamos anunciar o governo depois de amanhã que será formado por tecnocratas e independentes."
Nenhum membro do governo de união será formado pela Fatah, apoiado pelo Ocidente e que governa Cisjordânia, ou pelo Hamas, que se recusa a reconhecer Israel e administra a Faixa de Gaza, segundo Abbas.
Os dois partidos enxergam benefícios no governo de coalizão, mas as negociações esbarram em um impasse desde 2007, quando o Hamas tomou o controle de Gaza.
Sob forte sanção de Israel e Egito, o Hamas tenta fomentar a economia de Gaza e pagar seus 40 mil funcionários. Abbas, por outro lado, quer elevar sua popularidade doméstica desde o colapso das negociações com Israel no mês passado.
BOICOTE
Israel classifica o Hamas como um grupo terrorista e suspendeu as negociações com Abbas assim que ele anunciou o acordo de unidade em 23 de abril.
Segundo Abbas, Israel "informou hoje que vai nos boicotar se anunciarmos o governo". O presidente palestino, no entanto, não deu detalhes sobre as sanções a serem adotadas.
Em seu discurso no sábado, Abbas disse que o novo governo irá manter a política de reconhecer Israel, apesar de o grupo islâmico Hamas insistir que não irá mudar a sua própria política de rejeitar a existência de Israel.
Abbas tem se esforçado para tranquilizar o Ocidente de que ele permanecerá como principal negociador e que a coordenação com Israel vai continuar.
Abbas pediu ao primeiro-ministro Rami Hamdallah na quinta-feira para chefiar o novo governo de unidade, apesar de o Fatah e o Hamas ainda discordaram sobre outras nomeações do gabinete.
Para aumentar o controle sobre o partido antes de formar o novo governo, Abbas expulsou no sábado cinco correligionários que são aliados de seu rival Mohammed Dahlan, informou a agência de notícias palestina Wafa.

PC realiza mais uma operação de combate ao crime em Maceió

A Polícia Civil de Alagoas, realizou na noite desta sexta-feira (30) e primeiras horas deste sábado (31), uma megaoperação que mobilizou cerca de 80 policiais civis da DRN (Delegacia de Repressão ao Narcotráfico), GEAI (Grupo Especial de Apoio Investigativo), Asfixia, Oplit (Operação Policial Litorânea Integrada) e Tigre (Tático Integrado de Grupamentos de Resgates Especiais), com o objetivo de combater a criminalidade em Maceió.
A ação segue a determinação do secretário de Defesa Social, Diógenes Tenório e orientação do delegado-geral Carlos Reis. As equipes abordaram o estabelecimento comercial conhecido como “El Lugar”, localizado no bairro da Jatiúca.
Os Chefes de operações Jorge Mendes do GEAI, Maxwell Brandão da Asfixia e Fábio Speron, da Operação Policial Litorânea (Oplit), coordenaram as equipes que realizaram abordagens as pessoas. As revistas realizadas durante as abordagens tiveram o objetivo de apreender armas, drogas e surpreender pessoas suspeitas.
O delegado-geral Carlos Reis informou que a operação foi planejada com base em levantamentos feitos pela DRN e Asfixia, quanto ao tráfico de drogas no estabelecimento, e segue um cronograma de ações com vistas ao combate sistemático à criminalidade.
Os delegados da DRN, Filipe Caldas, Gustavo Xavier, Gustavo Henrique (Coordenador da especializada), e equipes da Asfixia participaram das investigações e coordenaram a operação.
Na operação, homens do Corpo de Bombeiros verificaram irregularidades e ficou constatado que não havia condição necessária para o funcionamento, o que resultou na notificação do estabelecimento.
No local, Comissários de menores encontraram adolescentes e, por esta razão, foram levados para o Juizado de Menores, que só foram liberados com a chegada dos responsáveis.
Fiscais da SMCCU (Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano) apreenderam mesas e cadeiras que estavam no passeio público e não possuíam a taxa de uso de solo.
A PC contou ainda com o apoio de militares da RP (Rádio Patrulha), equipes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Vigilância Sanitária e Conselho Tutelar.
Quatro pessoas foram detidas e levadas para a Central de Flagrantes. Foi aprendida uma pequena quantidade de entorpecentes: "loló", maconha, cocaína e crack, na parte de fora do bar.
Um Fiesta preto foi farejado por cães, e como o proprietário não foi localizado, foi levado para a DRN para futuras buscas. Num outro veículo foram encontradas bombinhas de maconha.
Segundo o delegado da DRN, Gustavo Henrique, a ação contou com inúmeras denúncias feitas pela comunidade local, que constantemente reclamava da intensa circulação de drogas na região.
Uma equipe da Eletrobras também esteve no local, e como o proprietário já foi preso por furto de energia, realizou uma minunciosa verificação.

Coreia do Norte condena missionário do Sul a trabalho perpétuo

Kim Jong-uk (Reuters)
Missionário teve um advogado durante o julgamento, informou a agência norte-coreana de notícias
A Coreia do Norte condenou um missionário sul-coreano a trabalho forçado perpétuo após ele ser considerado culpado por espionagem e pela criação de uma igreja clandestina.
A agência de notícias estatal do Norte disse que o homem, identificado como Kim Jong-uk, confessou todos os crimes.
Pyongyang ainda mantém outro missionário preso, o americano Kenneth Bae, que foi condenado a 15 anos de trabalho pesado em 2013.
A atividade religiosa é restrita no Norte. Missionários foram detidos em inúmeras ocasiões no passado.
"Kim tentou se infiltrar em Pyongyang após cruzar ilegalmente a fronteira com o intuito de estabelecer uma igreja clandestina e reunir informações sobre assuntos internos da Coreia do Norte enquanto atraía seus habitantes para a Coreia do Sul e espionava a Coreia do Norte", disse a agência de notícias KCNA.
A procuradoria havia pedido a pena de morte para o missionário, de 50 anos, segundo relatos.
A decisão ocorre três meses após Kim ter lido um pedido de desculpas público na televisão norte-coreana por seus "crimes contra o Estado".
Ele foi preso após entrar o país vindo da China em outubro.
No início deste ano, o missionário australiano John Short foi deportado da Coreia do Norte após ser detido pela acusação de estar distribuindo material religioso.

Moradores protestam no Rio contra abusos das UPPs

Um homem foi baleado no tórax por volta das 9 horas deste sábado no morro Chapéu Mangueira, no Leme, zona sul do Rio, que recebeu uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em 2009. A PM afirma que a vítima, Phelipe Silva de Lima Rodrigues, de 21 anos, trocou tiros com policiais que faziam um patrulhamento de rotina na mata da comunidade. Em seguida, houve protesto no entorno da favela.
Por volta das 11 horas, moradores fecharam duas faixas de uma das principais vias de Copacabana, a Avenida Princesa Isabel. De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a avenida estava totalmente liberada duas horas depois.
O policiamento no morro foi reforçado com o efetivo de outras UPPs após um princípio de tumulto, informou a Coordenadoria de Polícia Pacificadora. De acordo com moradores ouvidos pela reportagem, cerca de 100 pessoas participaram do protesto; já a PM avaliou em 50 o número de manifestantes.
Rodrigues foi levado para o hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, zona sul. Até o fim da tarde não havia informações sobre o estado de saúde dele. Segundo a PM, uma pistola calibre 9 milímetros, dois carregadores e uma granada foram apreendidos com a vítima. O caso foi registrado na 12ª Delegacia de Polícia, em Copacabana.
O presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Marcelo Chalreo, foi à favela na tarde de ontem e afirmou que abusos de policiais em comunidades serão denunciados ao governo estadual. "O que aconteceu tem sido frequente em áreas que são ditas pacificadas. Trata-se de uma política de militarização das comunidades." Segundo o advogado, Rodrigues tem antecedente criminal, mas já teria cumprido a sua pena. Ele levou quatro tiros, afirmou Chalreo.
Na Rocinha, em São Conrado, zona sul, que também tem uma UPP, houve um tiroteio ontem à tarde. Segundo moradores, um homem morreu e duas pessoas ficaram feridas. De acordo com a PM, a vítima era um traficante do morro e com ele foi encontrada uma submetralhadora. Os dois feridos, atingidos no pé esquerdo e de raspão nas costas, foram levados para o Hospital Miguel Couto.

Quem é a responsável pelas passeatas, a Copa ou a corrupção?

Mais um escândalo envolvendo empreiteiras - desta vez a Andrade Gutierrez - causa indignação.

Em meio às investigações da Operação Ararath, que apura crimes contra a ordem financeira e lavagem de dinheiro em Mato Grosso, a Polícia Federal afirmou que, de 2009 a 2012, o governo do estado pagou R$ 260,6 milhões à empreiteira Andrade Gutierrez, valor referente às dívidas por obras feitas nos anos 80.
Segundo a Justiça, houve desrespeito à fila de credores em 2009, o que foi negado pela gestão do então governador Blairo Maggi, atual senador pelo PP. Todos os papéis da transação foram apreendidos com o ex-secretário estadual da Fazenda Éder Moraes (PMDB), que comandou a pasta tanto na gestão de Maggi como no atual governo, de Silval Barbosa (PMDB).
Assim que recebeu a garantia do pagamento, a Andrade Gutierrez vendeu os créditos dos precatórios a uma empresa alvo da operação, de acordo com a Folha de S. Paulo. Pelo que estava no contrato, a empreiteira cede parte dos créditos com deságio para a Piran Participações, de Valdir Piran, investigado pela PF, por apenas 54% do valor total.
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O caso da Andrade Gutierrez é mais um entre diversos escândalos e suspeitas de irregularidades envolvendo empreiteiras e poder público. O que se pergunta quando vemos mais um episódio deste tipo é: quem é o responsável pela passeatas, a Copa ou a corrupção? E qual será o discurso que o brasileiro quer ouvir dos candidatos: "Não deixarei roubar", que é um pleonasmo e uma obrigação de uma autoridade, ou "Vou mandar prender e vou nominar todos os que estão destruindo a imagem do Brasil"?
Vivemos um momento de protestos de índios, de passeatas com black blocs, de declarações polêmicas de "ronaldos", de escândalos com empreiteiras, de sonegação dos clubes, que não pagam e nunca pagarão a parte do trabalhador (quando isso acontece com qualquer empresa, cabe a prisão, porque é apropriação indébita do patrão do que seria destinado aos empregados)... Com todos este turbilhão que causa indignação, como se não bastasse todos os outros casos que já vieram à tona, o discurso que todo o brasileiro gostaria de ouvir dos candidatos é: "Vamos prender os que roubaram."
Não importa se o Brasil vai crescer ou não, não importa se teremos mais ou menos delinquentes - todos eles produto da falta de emprego, da falta de tudo. A corrupção impede que qualquer autoridade se credencie moralmente ou politicamente para representar este povo sofrido. O país não aguenta mais ver os mesmos homens protagonizando escândalos, homens que são produto da corrupção e que se tornaram miliardários sem nunca terem trabalhado.

Tropas da Tailândia reprimem agitação após queda de premiê


Policiais e soldados tailandeses encheram as ruas do centro da cidade de Bangcoc, neste sábado, para impedir novos protestos contra o golpe de 22 de maio, depois que o chefe das Forças Armadas disse que um retorno à democracia levaria mais de um ano.
Em um discurso transmitido pela TV na sexta-feira, o general Prayuth Chan-ocha disse que os militares precisarão de tempo para reconciliar as forças políticas antagônicas e para planejar reformas.
Prayuth, que derrubou o governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, depois de meses de protestos, muitas vezes violentos, pediu paciência aos aliados internacionais da Tailândia, depois de delinear seu plano de reformas para o país do sudeste da Ásia.
Mas a resposta dos governos estrangeiros foi manter a pressão sobre a junta governante para que ela convoque eleições rapidamente.
Em uma conferência em Cingapura no sábado, o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, pressionou as Forças Armadas tailandesas para que elas libertem os presos, acabem com a censura e "se movimentem imediatamente para devolver o poder ao povo da Tailândia, através de eleições livres e justas".
A Austrália reduziu as relações com os militares tailandeses no sábado e proibiu os líderes do golpe de viajarem para lá.
"Entendemos que estamos vivendo em um mundo democrático. Tudo que pedimos é tempo para fazer uma reforma", disse Prayuth no seu discurso de sexta-feira, sentado numa mesa com flores na sua frente e retratos do rei Bhumibol Adulyadej e da rainha Sirikit na parede atrás dele.
"Acreditamos que vocês escolherão o nosso reino ao invés de um sistema democrático falho."

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Junta militar da Tailândia veta eleições por pelo menos 1 ano

O general Prayut Chan-O-Cha, chefe da junta militar que tomou o poder na Tailândia, anunciou que não serão organizadas eleições no país por pelo menos um ano. Em um discurso na televisão local, ele disse que um novo pleito deve acontecer em no mínimo 15 meses.   
No seu pronunciamento, Prayut traçou um cronograma para que o povo possa voltar às urnas. Segundo ele, primeiro serão necessários "dois ou três meses" para uma "reconciliação nacional". Após isso, em uma segunda etapa, um conselho não eleito vai elaborar e introduzir reformas políticas na nação asiática. As eleições serão convocadas somente depois da conclusão dessa fase.   
O Exército assumiu o governo tailandês após a primeira-ministra Yingluck Shinawatra ser destituída pela Corte Constitucional, que a condenou por abuso de poder. O caso refere-se à transferência de um alto funcionário pouco depois de ela ser eleita, em 2011.

Senado recorre ao Supremo para impedir alteração de bancadas na Câmara

A Mesa do Senado ajuizou ontem (29), no Supremo Tribunal Federal (STF), uma ação para que prevaleça o entendimento do Congresso Nacional que suspendeu resolução do ano passado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que alterou a composição das bancadas na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas para as eleições deste ano.
“A Ação Declaratória de Constitucionalidade tem objetivo de provocar o Supremo a declarar a constitucionalidade do decreto editado pelo Congresso Nacional, argumentando que o TSE não poderia ter editado uma resolução reafirmando uma norma que já havia sido desconstituída pelo Congresso”, explicou o advogado-geral do Senado, Alberto Cascais.
Segundo Cascais, com a proximidade das convenções partidárias que serão realizadas em junho, a expectativa é que a ação seja julgada logo em decisão liminar.
Tomada no último dia 27, a decisão do TSE ratifica determinação de abril do ano passado, que redefinia a distribuição do número de deputados federais por unidade da Federação. O plenário do tribunal decidiu que não tem validade o decreto legislativo aprovado pelo Congresso Nacional há seis meses, que tentava anular as mudanças na composição das bancadas.
Ontem a Câmara dos Deputados também entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal a estratégia, porém, foi diferente. Trata-se de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin), com pedido de medida cautelar, contra resolução do TSE.
“A distribuição das vagas entre as unidades federativas constitui matéria eminentemente política, a ser definida em uma instância eminentemente política, o Congresso Nacional”, justifica o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), na ação.
Na avaliação do presidente da Câmara, a decisão da corte traz uma grande insegurança jurídica. “Uma vez realizado o pleito eleitoral, a posterior declaração de inconstitucionalidade poderá vir a suprimir cargos e transferir outros, deixando pessoas legitimamente eleitas sem mandato e frustrando as expectativas dos eleitores”, criticou.
No entendimento do advogado do Senado, além de não ter competência para revogar o decreto do Congresso – já que não cabe ao tribunal fixar o número de deputados por estado, mas exclusivamente ao Poder Legislativo –, o TSE, ao reafirmar a norma esta semana, também teria desrespeitado o princípio da anualidade - nenhuma norma pode mudar as regras do processo eleitoral a menos de um ano da eleição.
O mesmo princípio foi citado pelo TSE ao reafirmar a resolução que alterou as bancadas. Para os ministros da corte, o decreto do Congresso, editado em dezembro de 2013, é que desrespeitaria o princípio da anualidade. A resolução do TSE levou em conta os dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para recalcular o tamanho das bancadas de todos os estados na Câmara. Com isso, oito delas perdem representatividade e cinco ganham.
Pela medida, Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraíba e Piauí têm o número de deputados reduzidos, enquanto Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Santa Catarina e Pará aumentam suas bancadas.
A mudança tem consequências também nas assembleias legislativas, pois o número de deputados estaduais é calculado com base no tamanho das bancadas na Câmara. A resolução não amplia o número total de deputados federais (513).

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Helicóptero de Kiev é abatido e deixa 14 mortos

Ao menos 14 pessoas morreram no abatimento de um helicóptero militar ucraniano perto da cidade separatista de Sloviansk, informou o presidente ucraniano interino de saída, Olexander Turchynov.   
A aeronave foi abatida por rebeldes pró-russos.  A tensão na região leste do país está muito alta nos últimos dias após a eleição presidencial na Ucrânia que elegeu o oligarca Petro Poroshenko, empresário pró-ocidente, com 54,7% dos votos.  
 Os conflitos no aeroporto da localidade separatista Donetsk registrados nos últimos dias, deixaram ao menos 30 cidadãos russos mortos, informaram fontes locais. Os corpos das vítimas serão repatriados a bordo de um caminhão ainda hoje. "Os levaremos para casa, na Rússia", afirmou o líder dos rebeldes de Donetsk diante de dezena de caixões no hospital da cidade. "Eram voluntários que vieram para nos ajudar", informaram os separatistas.
O prefeito de Sloviansk, Viaceslav Ponomariov, afirmou que os quatro observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce) sequestrados nos últimos dias perto de Donetsk por rebeldes, estão bem e serão libertados em breve. "Tínhamos pedido a eles para não irem a nenhum lugar por algum tempo, mas estas quatro pessoas foram muito imprudentes", informou ele. "Esclareceremos quem são, onde estavam indo e porque, e os libertaremos", declarou Ponomariov.Os quatro observadores "poderão ser libertados amanhã", informaram fontes da administração da cidade para a agência de notícias russa Interfax.
Novo presidente
Petro Poroshenko, o oligarca ucraniano, eleito no último domingo, já declarou que depois que for empossado assinará um acordo econômico com a União Europeia (UE), um dos motivos que geraram a crise na Ucrânia. "A assinatura e a atuação do acordo [econômico], que é de fato parte do plano de modernização da Ucrânia, contribuirá para dar continuidade às medidas anticorrupção e para realizar um pacote de reformas em um período de tempo muito breve", declarou ele. Um acordo de livre comércio com a UE foi um dos motivos que gerou a crise na Ucrânia que teve início no final do ano passado e que levou à queda do ex-presidente Viktor Yanukovic que na época congelou as negociações com a UE e se aproximou ao governo russo de Vladmir Putin.
Estados Unidos
O presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou que se reunirá com o presidente eleito ucraniano Petro Poroshenko na próxima semana. O encontro deve acontecer no próximo dia 3 em Varsóvia, na Polônia. Ontem, Obama afirmou que o conflito na Ucrânia não representa "uma nova guerra fria" e que a linha adotada pelos Estados Unidos em relação à crise ucraniana é a de "agir junto com os soldados e a comunidade internacional, que deram ao povo ucraniano a possibilidade de votar e escolher o próprio futuro".(ANSA)