Eles querem trazer de volta um modelo que já fracassou, disse a presidente Dilma Rousseff
Sâo Paulo
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A
presidente Dilma Rousseff disse em Belo Horizonte, sem citar o
pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, que o
tucano quer trazer de volta um figurino neoliberal e um modelo que,
segundo ela, já fracassou.
Em
encontro do diretório do PT de Minas Gerais, Estado governado por Aécio
por oito anos, a presidente disse ainda que os adversários querem trazer
de volta a recessão e afirmou que os tucanos nunca se interessaram por
questões sociais.
Tem
candidato dizendo, por exemplo, que quer ser eleito para aplicar medidas
impopulares, que não tem medo da opinião pública, que está se lixando
para a reação que pode provocar essas medidas e que vai derrubar
qualquer barreira para impor o seu figurino neoliberal, disse a
presidente, numa referência a declarações recentes de Aécio de que
estaria disposto a adotar medidas impopulares se eleito, caso fosse
necessário.
Eles
querem trazer de volta um modelo que já fracassou. A partir daqui, de
Minas Gerais, querem trazer de volta a recessão, o desemprego, o arrocho
salarial, o aumento da desigualdade e o aumento da submissão que o
Brasil tinha no passado ao Fundo Monetário, por exemplo, acrescentou
Dilma durante o encontro, que serviu para confirmar a pré-candidatura do
petista Fernando Pimentel ao governo do Estado.
A
presidente também fez referência à proposta aprovada pela Comissão de
Assuntos Sociais do Senado (CAS), de autoria do presidenciável tucano,
que estende o benefício do Bolsa Família por até seis meses no caso do
beneficiário aumentar sua renda em decorrência de atividade profissional
ou econômica.
A
proposta foi duramente criticada pelo governo, que entende que ela
desfigura o Bolsa Família ao retirar limites de renda e de tempo de
permanência no programa. "Hoje eles estão tentando aparecer como grandes
defensores do Bolsa Família, quando a gente lembra que chamavam o Bolsa
Família de Bolsa Esmola. Nunca foram a favor das políticas, sempre
acharam que fazer política social era jogar o dinheiro pela janela,
disparou.
Nós
temos de proteger o nosso projeto do assanhamento de um pessoal que,
quatro em quatro anos, sempre acredita que, finalmente, eles vão ter
hora e vez. Hora e vez e a oportunidade de enganar o povo de novo.
Em tom
claramente eleitoral, Dilma previu sua vitória na campanha pela
reeleição. Eles querem ganhar na marra. Vão descobrir pela quarta vez
que nós e o povo brasileiro não nos deixamos enganar, disse ela se
referindo às duas vitórias de Lula --em 2002 e 2006-- e ao seu próprio
triunfo sobre os tucanos em 2010.
COPA DO MUNDO
Dilma
também criticou aqueles que pretendem torcer contra a seleção
brasileira, lembrando que, quando foi presa pelo regime militar, era ano
de Copa do Mundo e ela, de cabeça erguida, torceu pela seleção
brasileira porque ela é do povo brasileiro.
Hoje em
plena democracia, não torcer pela seleção brasileira é de uma
sem-cerimônia incrível. É simplesmente não ser capaz de ter orgulho do
seu país. É ter um imenso complexo de vira-lata, disse.
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