O correspondente da BBC em Damasco, Jeremy Bowen, diz
que, a despeito de que lado estejam – seja do governo ou dos rebeldes –
as pessoas na Síria estão apreensivas e ansiosas com o que pode
acontecer nos próximos dias.
"Um dos medos é o que pode acontecer se locais
com armas químicas forem atingidos por mísseis, ou durante um ataque
aéreo, e gases químicos forem liberados matando um número ainda maior de
civis," disse Bowen."A cidade parece mais silenciosa do que quando estive aqui no início do ano, porém ainda há muitos carros nas ruas."
Bowen tuitou que "há muitos engarrafamentos causados por postos de segurança. A vida em Damasco não está fácil estes dias."
Preparação
Bowen acredita que o contexto da guerra ficou mais abrangente para os sírios, e que, depois de dois anos, uma nova fase está começando."Sírios aguardam as decisões que estão sendo tomadas em outros lugares."
Enquanto isso, a guerra que já existe, continua. Os rebeldes que controlam áreas no subúrbio da cidade continuam sendo bombardeados pelas tropas do governo.
As agências de notícias, citando moradores e alguns opositores do regime Assad, relataram que alguns armamentos pesados foram removidos de bases, e funcionários do governo têm desocupado algumas sedes.
"É de se esperar que o exército sírio tenha algum tipo de plano para se proteger de um eventual ataque, principalmente depois que potências ocidentais passaram a discutir tão abertamente essa possibilidade," disse Bowen.
Ele conta que os países vizinhos à Síria estão se preparando para uma nova crise.
Em Beirute, no Líbano, o homem que o ajudou com as malas disse que o Ocidente pode fazer o que quiser, mas pede para "por favor, não bombardear qualquer lugar perto do Líbano. Tememos uma outra grande guerra."
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