Um julgamento de outubro de 2011, tornado público na última quarta (21), está causando a maior saia justa nas maiores empresas
de tecnologia do mundo, Google, Microsoft, Facebook e Yahoo. A decisão
da Foreign Intelligence Surveillance (Fisa), uma espécie de agência de
monitoramento internacional dos Estados Unidos (EUA), responsabilizou a
Agência Nacional de Segurança do país (NSA) pelo desrespeito à
privacidade dos americanos por não ser capaz de separar a comunicação
“puramente doméstica” da estrangeira. De acordo com a Fisa, as empresas
mencionadas repassavam todo tipo de informação dos usuários, americanos
ou não, para o governo dos EUA.
Google, Yahoo, Microsoft e Facebook se adequaram a uma nova
certificação da NSA para continuar recebendo dinheiro pelas informações
repassadas ao órgão. Essas certificações seriam revalidadas anualmente e
um comunicado da NSA de dezembro de 2012, classificado como top secret,
confirma a relação entre as empresas e o governo.
Ele demonstra preocupação com a grande quantia devida aos “fornecedores” do programa
de espionagem, Prism. “Os problemas do ano passado provocaram múltiplas
extensões de validade dos certificados, que custaram milhões de dólares
aos fornecedores do Prism em cada uma das extensões” do prazo.
A situação piora, pois as empresas negam a existência de tal acordo com o governo desde junho, quando o jornal britânico, The Guardian, divulgou
a bisbilhotagem americana. Entretanto, as provas fornecidas pelo
ex-espião da NSA, Edward Snowden, e os documentos revelados recentemente
pelo próprio governo americano as desmentem.
Questionadas pelo The Guardian, as empresas tentam explicar o
inexplicável. Dizem que o repasse das informações era feito por
“obrigação legal” e não com o objetivo de vendê-las. Quem acredita? (Diário do Poder)
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