O chefe da diplomacia britânica, William Hague,
reconheceu nesta quarta-feira que a adoção pelo Conselho de Segurança do
projeto de resolução apresentado por Londres é "improvável", mas
reiterou que é preciso agir, mesmo sem o aval da ONU, em resposta a um
"crime contra a humanidade" na Síria.
"Espero novas discussões em Nova York nos próximos dias.
Iniciamos essas discussões sobre uma resolução porque o melhor seria
que as Nações Unidas estivessem unidas, mesmo parecendo improvável dado o
veto da Rússia e China, mas precisamos tentar", declarou o ministro das
Relações Exteriores à imprensa.
Os embaixadores dos cinco países membros permanentes do
Conselho de Segurança se reuniram nesta quarta para discutir o projeto
de resolução britânico, que "condena o ataque químico" de 21 de agosto
nas proximidades de Damasco. Washington, Londres e Paris acusam o regime
de Bashar al-Assad de estar por trás do ataque, e "autoriza as medidas
necessárias para proteger os civis", incluindo por meio da força.
"Estamos cientes sobre o fato de que se não houver
acordo, se não houver acordo nas Nações Unidas, ainda teremos
responsabilidade, nós e outras nações, temos sempre uma
responsabilidade", insistiu Hague. "Foi o primeiro recurso a uma guerra
química no século XXI, o que deve ser inaceitável. Devemos tratar como
um crime de guerra, um crime contra a humanidade", prosseguiu.
Segunda-feira, o ministro britânico já havia considerado
como "possível" responder ao uso de armas químicas na Síriam "sem
consenso no Conselho de Segurança da ONU".
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