Operação busca suspeitos de explorar máquinas caça-níqueis no Rio
Rio de Janeiro - O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a
Polícia Militar fazem hoje (21) a operação Perigo Selvagem, para prender
26 pessoas suspeitas de explorar máquinas caça-níqueis em vários pontos
da cidade. Até às 12 h desta quarta-feira (21), 20 pessoas foram
presas, entre elas cinco policiais militares, quatro ex-PMs, um agente
penitenciário e mais oito pessoas. O genro do contraventor Castor de
Andrade, Fernando Iggnácio, foi procurado em um edifício de alto luxo em
São Conrado, Zona Sul do Rio. Ele é acusado de chefiar a quadrilha. Policiais fazem ação em edifícios de São ContadoSegundo
a assessoria de comunicação do MP-RJ, o tenente-coronel Marcelo Leal e o
Capitão do Comando de Operações Especiais da PM, Walter Colchone,
faziam a segurança da quadrilha e eram responsáveis por captar outros
policiais para o trabalho no bando. O MP também vai investigar o desvio
de R$ 700 mil, aproximadamente, pela quadrilha de Iggnácio. Os presos na
operação serão enquadrados nos crimes de formação de quadrilha armada e
de corrupção ativa e passiva. Além da prisões preventivas, a Justiça
determinou o cumprimento de 76 mandados de busca e apreensão.
As
investigações do MP-RJ tiveram início há um ano e foram apoiadas em
monitoramento ambiental, escutas telefônicas, troca de e-mails, entre
outros recursos. Segundo as investigações, as pessoas que não conseguiam
pagar as dívidas com os contraventores eram obrigadas a assinar notas
promissórias. O MP-RJ também descobriu que a quadrilha utilizava
as instalações da empresa Ivegê, em Bangu, de propriedade de Fernando
Iggnácio, como quartel-general. O bando atuava em outros pontos da
cidade, como Realengo, Campo Grande e em Marechal Hermes, que fica no
subúrbio carioca.
O promotor Décio Alonso disse que um
tenente-coronel e um capitão da PM davam proteção à quadrilha. Segundo
Alonso, já constava contra os policiais militares denuncias na Vara
Criminal de Bangu e na Auditoria da Justiça Militar Estadual.
O comandante geral da PM, José Luís Castro, informou que foram
apreendidas 600 máquinas caça-níqueis, 500 monitores, 58 veículos e mais
R$ 300 mil. O comandante disse que 78% dos mandados já foram cumpridos.
A operação conta com cerca de 400 homens do Ministério Público e da
Polícia Militar, apoiados por cem viaturas e dois helicópteros.
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