A operação lançada por Israel contra militantes em Gaza matou ontem
(8) 27 pessoas e feriu mais de 100, anunciaram os serviços de emergência
no dia mais violento na região desde 2012.
Ataques aéreos contra a
Faixa de Gaza mataram 23 pessoas, incluindo uma criança de 8 anos e
dois adolescentes, enquanto as forças israelenses mataram quatro
militantes do Hamas que tentavam assaltar uma base do Exército ao Norte.
No
pior ataque, sete pessoas morreram quando um míssil atingiu uma casa na
cidade de Khan Yunis (Sul), no momento em que as pessoas se juntavam em
um escudo humano para protegê-la.
O porta-voz dos Serviços de
Emergência, Ashraf Al Qudra, disse que dois adolescentes estavam entre
os mortos e que pelo menos 25 pessoas ficaram feridas.
Uma criança
de 8 anos acabou morrendo por causa dos ferimentos. Segundo
testemunhas, um drone israelense fez um disparo de alerta, levando
parentes e vizinhos a juntarem-se em torno da casa como um escudo
humano. No entanto, pouco depois, um F-16 disparou um míssil que
destruiu o edifício.
Em resposta, o Hamas anunciou que "todos os
israelenses" seriam alvos potenciais de retaliação. As 27 mortes de
ontem ocorreram horas depois de Israel anunciar o início da Operação
Limite Protetor, que visa a acabar com os disparos contra o Sul do país e
destruir a infraestrutura militar do Hamas.
Cerca de 120 mísseis
foram disparados contra Israel, 23 dos quais foram interceptados pelo
sistema de defesa, enquanto a maioria caiu ao chão sem causar feridos ou
danos.
A tensão entre Israel e as facções armadas palestinas
intensificou-se desde o desaparecimento, em 12 de junho, de três jovens
israelenses na Cisjordânia, cujos cadáveres foram localizados há sete
dias em Hebron.
A situação agravou-se ainda mais na semana
passada, com a morte de um palestino de 16 anos, cujo cadáver queimado
foi encontrado em um bosque de Jerusalém. A polícia considera o crime
uma possível vingança de nacionalistas judeus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário