Criador do Wikileaks criticou Google e governo dos EUA.
Julian Assange, exilado na
embaixada do Equador de Londres, anunciou que novos documentos secretos
serão publicados em seu site, o Wikileaks. Assange divulgou a informação
durante video conferência feita para um simpósio do festival de cinema
nas cidades portuguesas de Lisboa e Estoril (Leffest), nesta
segunda-feira (17). O ativista australiano não detalhou sobre o
conteúdo dos documentos, mas insinuou que podem fazer parte dos
documentos de espionagem que desmascararam as empresas envolvidas no
sistema de vigilância global, promovido pelos Estados Unidos. Assange
também criticou o Google. Segundo o ativista, a empresa é responsável
por colaborar com o governo dos EUA para o controle das informações.
Segundo Assange, o controle das informações por apenas um país "conduz
ao totalitarismo". (Ansa Brasil)
A capacidade de operação do sistema
de pista do Aeroporto Internacional de Brasília passou de 44 aeronaves
por hora para 52 aeronaves por hora. Com a mudança, que começou a ser
implementada no início do mês, o terminal torna-se o aeroporto com maior
capacidade de pista do Brasil e pode fazer até um voo a cada intervalo
de 1 minuto e 9 segundos nos horários de maior movimento.
A
autorização foi concedida pelo Centro de Gerenciamento de Navegação
Aérea (CGNA), depois de fazer estudos observando as condições de
operação das pistas do aeroporto, como qualidade,
visibilidade em situações meteorológicas adversas, tempo de ocupação,
capacidade de pátio, direção do vento e a categoria das aeronaves.
Segundo a Inframerica, concessionária que administra o terminal, o
acréscimo de oito novos voos por hora vai significar um crescimento de
até 8 mil passageiros a mais todos os dias, considerando a média de
movimentação do aeroporto.
O aeroporto
já estava operando na sua totalidade em horário de pico, nos períodos de
7h às 12h e de 17h às 22h30, de acordo com a Inframerica. Com esse
incremento no número de operações por hora, empresas
aéreas estão procurando o aeroporto de Brasília para negociar novos
pedidos de voos e a projeção é que, até o final do ano, existam mais
opções de horários para diversos destinos no país. Desde o início do
ano, mais de 14 milhões de usuários utilizaram o terminal como ponto
para desembarque, embarque e conexão.
O senador
Aloysio Nunes (PSDB-SP) defendeu a instalação de uma nova comissão
parlamentar de inquérito para investigar as denúncias de
irregularidades envolvendo a Petrobras e as empreiteiras brasileiras.
Após vir à tona a sétima fase da operação Lava Jato, o senador disse
que a oposição já colhe assinaturas para a criação de uma comissão
parlamentar mista de inquérito (CPMI).
“Nós
queremos que essa nova CPMI funcione. Renovaremos, agora, o pedido de
convocação de Renato Duque, de Sérgio Machado, porque a base do governo
impediu a convocação deles na sessão passada, obstruíram", disse o
líder do PSDB no Senado. Acrescentou que a oposição insistirá na
convocação dos ex-diretores na reunião da comissão de inquérito que investiga a Petrobras, ainda "nesta semana”.
De
acordo com o senador Pedro Taques (PDT-MT), foram criadas neste ano
duas CPIs “para inglês ver”. A seu ver, em 2015, será necessário que a
nova comissão que defenda o direito de o cidadão saber o que se passa na
Petrobras, sem “semprejulgamentos”.
Para Aloysio Nunes, a sétima
fase da Opereção Lava jato, da Polícia Federal, significa um novo
patamar das investigações, a partir do qual virá uma outra, “dos
políticos envolvidos na corrupção”. O que não pode haver, na opinião do
parlamentar de oposição, é uma revelação antecipada que atrapalhe as
investigações.
A grande mídia escrita encerrou a louvável campanha de esclarecimento
e crítica à situação caótica do trânsito nas nossas grandes cidades
expondo, em editorial, a sua opinião. Correndo o risco de abordar um
assunto complexo, embora sem serem especialistas, chegaram à conclusão
lógica que a opção pelo transporte individual é insustentável.
Só
não vê esta realidade a covardia política dos governantes, a quem
caberia corrigir este erro. Há um entendimento errado do que
seja mobilidade urbana. Não é a oferta do tipo de transporte deficiente e
superlotado que irá permitir a verdadeira mobilidade urbana, onde o
rendimento da malha viária é acima de 60% e garante a mobilidade da
ambulância, se possível, em faixa para ela liberada, em atendimento ao
seu aviso sonoro.
Cabe aqui, a magnífica resposta do insuperável e
saudoso engenheiro de tráfego Gerardo Penna Firme, ao responder a um
repórter se o metrô, que iniciava sua construção, seria a solução para o
trânsito: “O transporte de massa está para o trânsito urbano como o
sexo para o casamento. Ambos são muito importantes mas, sozinhos, não
dão a felicidade completa”. Falou e disse, como se costuma dizer. Não
foi por acaso que juntos, no governo Negrão de Lima, gerindo o trânsito
do finado Estado da Guanabara, deixamos saudades até os dias de hoje.
Henry
Ford, o responsável pela popularização do automóvel, atribuía o sucesso
de seu negócio, à preguiça e ao comodismo inerentes da pessoa humana. É
por causa deste sentimento que o indivíduo continuará preferindo o
conforto, a privacidade e a independência do uso do automóvel, no seu
deslocamento diário para o trabalho, embora feito para o passeio, ainda segundo Henry Ford,
O transporte público, por ônibus, com seu pecado original de ser explorado empresarialmente, visando, por conseguinte o lucro,
terá que ser sempre um incômodo para o usuário. A prova está que a
solução BRT aumentou a velocidade e o preço da passagem e, conforme já
desafiei aos responsáveis pelo projeto, para pesquisarem quantos
usuários deste novo meio de transporte possuem automóvel, não me
responderam. E não responderam porque sabem que o resultado é pífio, não
chega a 0,5%.
O problema merece ação imediata e
coragem política para implantar o sistema URV, que reduz, nas horas de
pico o volume de carros, obrigados a trafegarem com mais de um
passageiro, entre 50 e 80% incentivada esta prática com prêmios em dinheiro.
Pune o motorista sozinho, hoje cerca de 96% do volume de carros
circulando, com o pagamento da elevada “taxa de congestionamento” e cria
subsídios para o transporte público, na razão de 2 milhões de
reais/mês, para cada 100 mil usuários do sistema URV, o uso racionado
das vias. Mais pessoas circulando e menos carros atrapalhando.
Como me disse, ao tomar conhecimento do meu projeto URV, o eminente urbanista professor Sérgio Magalhães: “Com o tempo acabarão implantando o seu sistema.”
Pedidos de liberdade de cinco presos pela Operação Lava Jato foram
rejeitados pelo desembargador Newton Trisotto, que está atuando como
ministro interino do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os pedidos,
protocolados no domingo (16), eram relacionados a executivos e
funcionários da Construtora OAS.
O mesmo pedido de habeas corpus
já havia sido negado no sábado (15) Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF-4), que abrange os estados da Região Sul.
Os
executivos foram presos na na sexta-feira (14), durante mais uma fase da
Operação Lava Jato. Na OAS, foram presos preventivamente José Ricardo
Nogueira Breghirolli, funcionário da empresa em São Paulo, e Agenor
Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da
OAS. Ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, foi um dos presos Presos na Lava Jato fazem exames no IML e prestam novos depoimentos à PF
Os
23 presos na sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia
Federal na última sexta-feira, fizeram exames de corpo de delito no
Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. Em seguida, eles iniciaram
a segunda rodada de depoimentos na sede da Polícia Federal. Primeiro,
estão sendo ouvidos aqueles que tiveram o mandado de prisão temporária
decretado.
A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de
dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocado
desvio de recursos da Petrobras. Entre os 23 presos desta fase, está o
ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque. Ele foi detido em sua
residência na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Ao todo, foram
expedidos pela Justiça Federal do Paraná 25 mandados de prisão, sendo
que dois estão em aberto. A polícia ainda está à procura de Fernando
Antônio Falcão Soares (conhecido como Baiano) e Adarico Negromonte
Filho.
No sábado, a Justiça Federal rejeitou três pedidos de habeas corpus de
dirigentes de empreiteiras presos na sexta-feira (14). As decisões
foram proferidas pela desembargadora Maria de Fátima Freitas Labarrère,
do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de Porto Alegre.
>> Dilma diz que caso Petrobras pode mudar o país para sempre
>> Ministro da Justiça diz que oposição quer transformar Lava Jato em 3º turno
>> Das capitanias hereditárias aos porões de alguns empreiteiros
>> Justiça rejeita pedido para libertar executivos presos na Lava Jato
>> Advogados de executivos da OAS pedem garantia de defesa
>> Ex-diretor da Petrobras recebia propina em conta na Suíça
>> Lava Jato: em ação contra corruptores, PF prende 18 em vários estados
Nas
petições, as defesas de Eduardo Emerlino Leite, diretor da Camargo
Correa, e de Agenor Franklin Magalhaes Medeiros e Jose Ricardo Nogueira
Breghirolli, ligados à OAS, alegaram que os decretos de prisão são
ilegais por não fundamentarem as participações dos acusados dos fatos.
Os advogados de Eduardo Emerlino também alegaram questões de saúde para
pedir que a prisão preventiva seja transformada em domiciliar. Segundo
eles, o investigado é portador de hipertensão arterial de "difícil
controle, chegando a registrar picos de 19 por 10 [mmHg (milímetros de
mercúrio)]".
Nas decisões, a desembargadora indeferiu as liminares
para libertá-los por entender que não há constrangimento ilegal nas
prisões, determinadas pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, de
Curitiba.
"Igualmente restou evidenciada a necessidade da medida
[prisão] por conveniência da instrução criminal. Isto porque
apresentados documentos falsos perante o juízo como forma de justificar
as transferências às empresas controladas por Alberto Youssef. Daí a
constatação no sentido de que se as empreiteiras, ainda em fase inicial
da investigação, não se sentiram constrangidas em apresentar documentos
falsos ao Judiciário, forçoso reconhecer que [a] integridade das provas e
do restante da instrução encontra-se em risco sem uma contramedida. Mas
não é só. Segundo informações prestadas pela autoridade policial e
destacadas pelo juízo impetrado, emissários das empreiteiras tentaram
cooptar, por dinheiro ou ameaça velada, uma das testemunhas do processo,
o que desvela de forma concreta a necessidade da medida", concluiu a
magistrada.
Também neste sábado, o diretor-presidente e o
presidente do Conselho de Administração da Construtora Camargo Corrêa,
Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler, se apresentaram à
Polícia Federal, em São Paulo.
Os dois tiveram prisão temporária
decretada por cinco dias pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelas
investigações da Operação Lava Jato, mas não foram localizados pela
Polícia Federal.
Além dos dois executivos, o vice-presidente da
empresa, Eduardo Leite, teve prisão preventiva pedida na mesma operação.
Ele não foi encontrado pela manhã de sexta, em casa, mas entregou-se no
fim da tarde à Polícia Federal, em São Paulo. Veja quem está preso:
- Jayme Oliveira Filho (seria ligado ao doleiro Alberto Youssef) Da empreiteira Camargo Corrêa
- Dalton dos Santos Avancini, presidente
- Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente
- João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração Da Engevix
- Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor
- Gerson de Mello Almada, vice-presidente
- Newton Prado Júnior, diretor Da Galvão Engenharia
- Erton Medeiros Fonseca Da IESA
- Otto Sparenberg, diretor
- Valdir Lima Carreiro, diretor-presidente Da Mendes Junior
- Sérgio Cunha Mendes, diretor-vice-presidente-executivo Da OAS
- Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor
- Alexandre Portela Barbosa
- José Aldemário Pinheiro Filho, presidente
- José Ricardo Nogueira
- Mateus Coutinho de Sá Oliveira, vice-presidente do conselho Da Petrobras
- Renato Duque, ex-diretor de Serviços Da Queiroz Galvão
- Ildefonso Collares Filho, ex-diretor-presidente
- Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor Da UTC
- Carlos Alberto Costa Silva
- Ednaldo Alves da Silva
- Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente
- Walmir Pinheiro Santana Quem está foragido
- Fernando Antonio Falcão Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano
- Adarico Negromonte Filho
Lutadora de 35 anos foi
flagrada na Avenida Juca Batista, na Zona Sul. Ela foi encaminhada para
um pronto atendimento para receber auxílio.
Depois de andar nua em meio à chuva e aos carros na Terceira Perimetral, um das vias mais movimentadas de Porto Alegre,
no dia 6 de novembro, a lutadora de MMA Betina Baino, de 35 anos,
voltou a ser vista nas mesmas condições na madrugada de sábado (15), na
Zona Sul da capital gaúcha. Por volta da 1h, ela foi flagrada caminhando
totalmente sem roupas na Avenida Juca Batista, como mostra a reportagem
do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja o vídeo).
De
acordo com a Brigada Militar, a mulher resistiu à abordagem e chegou a
ser algemada para sua segurança. Ela foi encaminhada para o Pronto
Atendimento Cruzeiro do Sul para receber auxílio psiquiátrico. Betina
também foi vista por um motorista que passava pelo local e chegou a
tentar falar com a lutadora.
"Eu
estava saindo de um churrasco e dirigindo no sentido contrário da rua
quando vi uma mulher correndo pelada e voltei pra ver o que estava
acontecendo. Ela é forte, tatuada, reconheci pelas fotos que vi em
notícias. Deu para ver que ela estava bem transtornada, fora da
realidade, não falava coisa com coisa. Comecei a filmar e vi que tinha
um monte de gente nos carros, filmando também", relata o homem que se
identificou apenas como Juliano.
A PF deflagrou na sexta-feira (14) a sétima
fase da Operação Lava Jato, que investiga organizações criminosas
responsáveis por desvio de recursos públicos (arquivo)
A
desembargadora Maria de Fátima Freitas Laberrère, do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF4), de Porto Alegre, indeferiu habeas corpus
para cinco pessoas no sábado e mais seis neste domingo. Segundo o
Ministério da Justiça, 19 pessoas foram presas.
Sábado, a
desembargadora negou pedidos da defesa de Eduardo Emerlino Leite,
diretor da Camargo Corrêa; e de Dalton dos Santos Avancini e João
Ricardo Auler, vinculados à mesma construtura. Avancini e Auler tiveram
decretada a prisão temporária.
No caso de Leite, cujo mandado foi
para prisão preventiva, além de pedir habeas corpus, os advogados
alegaram questões de saúde para pedir ainda o cumprimento de prisão
domiciliar, já que ele seria portador de hipertensão arterial.
Também
no sábado foram indeferidos os pedidos de Agenor Franklin Magalhães
Medeiros e José Ricardo Nogueira Breghirolli, ligados à OAS.
Neste
domingo, Maria de Fátima Freitas Laberrère negou habeas corpus a José
Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS, e a Mateus Coutinho de Sá
Oliveira e Alexandre Portela Barbosa, ligados à mesma empresa.
Foram
expedidos mandados de prisão temporária para os três. A desembargadora
indeferiu, ainda, pedidos de liberdade para Carlos Eduardo Strauch
Albero, Milton Prado Júnior e Gerson de Mello Almada, da Engevix. Para
os dois primeiros foi expedido mandado de prisão temporária. Para
Almada, mandado de prisão preventiva.
A manifestação contra a presidenta Dilma Rousseff neste sábado em São
Paulo foi marcada por um racha. Cerca de 2,5 mil pessoas, segundo a
Polícia Militar, reuniram-se no Masp para pedir a queda de Dilma, mas
divergiram quanto ao método: parte pedia o impeachment. Outros clamavam
pela “ajuda” do exército. Dilma foi reeleita no último dia 26 de outubro
com mais de 54 milhões de votos.
A divergência foi tamanha que o ato, após a concentração no Masp,
dividiu-se em três, cada um com seu carro de som: uma parte ficou por
ali mesmo. Outros marcharam até a praça da Sé, descendo pela avenida
Brigadeiro Luiz Antônio. E um terceiro grupo, formado pelos defensores
de uma “intervenção militar”, rumou com seu carro de som para o Comando
Militar do Sudeste, um quartel do exército ao lado do parque do
Ibirapuera.
Alguns políticos marcaram presença na avenida Paulista: o senador
Aloysio Nunes (PSDB-SP), candidato a vice na chapa de Aécio Neves, não
discursou mas foi bastante festejado e tirou muitas fotos com
admiradores. O deputado estadual Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do
deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) estava em um dos três carros de
som. Eduardo, flagrado com uma arma na cintura no ato anti-Dilma de
primeiro de novembro, desta vez afirmou a jornalistas que estava
desarmado. Outro muito assediado pelos presentes foi o ex-comandante da
Rota e deputado estadual eleito Coronel Telhada (PSDB-SP). Estava ainda
no ato Gilberto Natalini, candidato a governador pelo PV nas eleições
deste ano. Lobão “traidor do movimento"
Um dos líderes e maiores divulgadores da manifestação, o cantor
Lobão, evidenciou o racha, ameaçou abandonar o ato e deixou aflitos seus
seguidores no Twitter. Chegou a descrever o protesto como “cilada
infame”, e complementou: “Chego no Masp e a primeira coisa que vejo é um
carro de som com os dizeres ´Intervenção Militar Já!´. Palhaçada!”. A
reação foi imediata: o roqueiro foi chamado de “burro”, “petista” e
“covarde” por seus seguidores. Depois que a manifestação partiu-se em
três o artista, contudo, mudou de ideia e juntou-se ao grupo que desceu
até a Praça da Sé. E tranquilizou seu fãs: “Voltei!”.
Tirando o bate-boca entre as diferentes facções (defensores do
impeachment X defensores do golpe militar), o ato transcorreu sem
maiores problemas. O único relato na imprensa de agressão é da
reportagem do UOL, que presenciou um rapaz de camiseta vermelha sendo
agredido (sem gravidade) por dois idosos de verde e amarelo.
As bandeiras tinham em comum o desejo de retirar Dilma do poder
imediatamente e o ódio a Lula, ao PT, ao Foro de São Paulo, a Cuba, a
Venezuela, ao bolivarianismo, ao comunismo e a qualquer coisa “de
esquerda”. Cartazes saudavam Olavo de Carvalho, as Forças Armadas, a
revista Veja e o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa. Também havia muitas
menções à operação Lava-Jato e à Petrobras. Havia ainda críticas a
alguns veículos de comunicação em faixas e cartazes. Jornalistas do
Grupo Folha, por exemplo, foram chamados de “imprensa petralha”.
O dress-code do ato era usar cores da bandeira do Brasil. Quem
não vestia camisas da seleção, trajava alguma outra peça verde, amarela
ou azul. Foram distribuídas fitinhas do Nosso Senhor do Bonfim, e
camelôs vendiam bandeiras do Brasil. Marcaram presença também bandeiras
do Estado de São Paulo, empunhadas por jovens tatuados com camisetas
aludindo à Revolução de 32 ou pedindo a “volta do CCC”, o Comando de
Caça aos Comunistas, organização paramilitar responsável por
espancamentos e mortes durante a ditadura militar.
Na trilha sonora do protesto, músicas como Reunião de Bacana, do
Fundo de Quintal (“Se gritar pega ladrão...”), Até Quando Esperar (Plebe
Rude) e o Hino Nacional.
Teve também um Pai-Nosso puxado do alto do carro-de-som mais
potente por um padre não identificado. Antes de começar a rezar o homem
de batina discursou contra “o crescimento do Islã no Brasil”, contra o
“gayzismo”, “pela família” e concluiu afirmando que um golpe militar
“ainda não é necessário”. Em outras cidades
Neste feriado de Proclamação da República, outros atos
aconteceram no Brasil afora. A adesão, contudo, foi bem inferior a São
Paulo. Em Porto Alegre eram “centenas” de manifestantes, segundo o
jornal Zero Hora; em Belo Horizonte a Polícia Militar estimou em 600 os
presentes; em Brasília, um pequeno grupo se reuniu em frente ao
Congresso Nacional.
No Rio de Janeiro a PM falou em 150 manifestantes
em Copacabana. Na capital carioca a estrela foi o deputado federal Jair
Bolsonaro. Primeiro o parlamentar “denunciou” o plano do governo para
“impor o socialismo no nosso País”, para em seguida afirmar: “O
socialismo é o nome de fantasia para o comunismo”. E concluiu: “são
poucos os manifestantes, mas valem pela qualidade”.
Desembargadora nega primeiros pedidos de habeas-corpus feitos pelos
presos na Operação Lava Jato. Investigadores começaram ontem a ouvir os
depoimento dos acusados. No foco, o papel das empreiteiras na corrupção
na Petrobras.A sexta-feira ainda não acabou para os 23 presos na sétima fase da
Operação Lava Jato. Transferidos para Curitiba, centro das investigações
da Polícia Federal (PF), eles começaram ontem a ser ouvidos pela
autoridades envolvidas na apuração das denúncias de corrupção na
Petrobras. Nem a ordem nem o teor dos depoimentos foram divulgados até o
fechamento desta edição. Entre os presos estão um diretor da
estatal, Roberto Duque (acusado de movimentar R$ 60 milhões em
propinas), e presidentes das maiores empreiteiras do país, acusadas de
agir em cartel para vencer licitações de contratos superfaturados da
Petrobras, corrompendo servidores públicos e pagando propinas a agentes
políticos. A movimentação de advogados do lado de fora da sede da
PF na capital do Paraná foi intensa. Eles reclamavam que não tinham
acesso às acusações ou aos clientes, ao mesmo tempo em que tentavam agir
para encurtar o tempo de detenção dos executivos. Leia também: Entenda como funcionava o esquema denunciado pela Operação Lava Jato A
Justiça Federal, porém, não se sensibilizou e rejeitou três pedidos de
habeas-corpus de dirigentes de empreiteiras. As decisões foram
proferidas pela desembargadora Maria de Fátima Freitas Labarrère, do
Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (RS). Nas petições, as
defesas de Eduardo Emerlino Leite, diretor da Camargo Corrêa, e de
Agenor Franklin Magalhães Medeiros e Jose Ricardo Nogueira Breghirolli,
ligados a OAS, alegaram que os decretos de prisão são ilegais por não
fundamentarem as participações dos acusados nos fatos. Os
advogados de Eduardo Emerlino, que ainda não teve prisão confirmada pela
PF, também alegaram questões de saúde para pedir que a prisão
preventiva seja transformada em domiciliar. Segundo eles, o investigado é
portador de hipertensão arterial de “difícil controle”. A
desembargadora indeferiu as liminares por entender que não há
constrangimento ilegal nas prisões. “Igualmente restou evidenciada a
necessidade da medida (prisão) por conveniência da instrução criminal.
Isto porque apresentados documentos falsos perante o juízo como forma de
justificar as transferências às empresas controladas por Alberto
Youssef”, escreveu a magistrada em sua decisão. “Daí a
constatação no sentido de que se as empreiteiras, ainda em fase inicial
da investigação, não se sentiram constrangidas em apresentar documentos
falsos ao Judiciário, forçoso reconhecer que (a) integridade das provas e
do restante da instrução encontra-se em risco sem uma contramedida. Mas
não é só. Segundo informações prestadas pela autoridade
policial e destacadas pelo juízo impetrado, emissários das empreiteiras
tentaram cooptar, por dinheiro ou ameaça velada, uma das testemunhas do
processo, o que desvela de forma concreta a necessidade da medida”,
concluiu a juíza. Novas prisões O
grupo de presos chegou a 23, ontem, depois que o presidente do conselho
de administração da construtora Camargo Corrêa, João Auler, e o
presidente da empreiteira, Dalton Avancini, se entregaram à Polícia
Federal. Contra eles, a Justiça decretou mandados de prisão temporária -
cinco dias. Um terceiro integrante da cúpula da empreiteira, o
vice-presidente Eduardo Leite, havia se entregado na noite da sexta. Dois
acusados ainda estariam foragidos, Fernando Soares, conhecido como
Fernando Baiano e que seria o lobista indicado para arrecadar propinas
para o PMDB. O outro é Adarico Montenegro Filho, irmão do ex-ministro
das Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Bahia
Mário Negromonte. CGU As
empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras serão alvo
de processos administrativos movidos pela Controladoria-Geral da União
(CGU). A exemplo do que fez na apuração dos escândalos do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em 2012, a CGU vai
apurar irregularidades entre as empreiteiras e a estatal. A
partir das provas encontradas, grandes construtoras correm o risco de
ter o mesmo destino dado pela CGU à Delta Construções: a declaração de
inidoneidade, situação que impede a empresa de concorrer em licitações
da administração pública por um determinado período. Seria um
desfecho inédito e de efeitos ainda desconhecidos sobre o setor de
infraestrutura do país. A lista das empreiteiras envolvidas na Lava Jato
envolve nove gigantes da construção pesada: Camargo Corrêa, Engevix,
Galvão Engenharia, Iesa Óleo e Gás, Mendes Júnior, OAS, Odebrecht,
Queiroz Galvão e UTC.Empresas que prestam serviço ou são donas de
praticamente todas as concessões de rodovias e aeroportos realizadas
pelo governo, além de terem participação crucial nos projetos do setor
elétrico.
O continente americano foi descoberto pelos muçulmanos no século XII
e não por Cristóvão Colombo mais de dois séculos depois, defendeu o
presidente turco Recep Tayyip Erdogan, no sábado.
A afirmação de Erdogan sustenta-se numa corrente
extremamente minoritária de historiadores e teólogos muçulmanos, que
sugere a presença muçulmana antes da chegada de Colombo à América, em
1492 — oficialmente, o primeiro estrangeiro a pisar no continente
americano. Os contactos entre América Latina e o Islão remontam
ao século XII. Os muçulmanos descobriram a América no ano de 1178, «não
Cristóvão Colombo», disse Erdogan num discurso durante uma reunião de
líderes muçulmanos de países da América latina organizado pelas
autoridades turcas.
Segundo autores que sustentam a tese, os marinheiros muçulmanos
chegaram a América em 1178 e os relatos de Colombo mencionam a
existência de uma mesquita sobre uma colina na costa cubana. Por isso,
Erdogan mostra-se favorável a participar na construção de uma mesquita
no local alegadamente citado pelo explorador genovês.
«Gostaria de falar com os meus irmãos cubanos, uma mesquita ficaria
perfeita nesta colina também atualmente», completou o chefe de Estado
conservador-islâmico, citado na imprensa brasileira.
Um artigo polémico publicado em 1996, do historiador Youssef Mroueh,
menciona um trecho dos relatos de Colombo em aparecem referências à tal
'mesquita' observada em Cuba. Mas outros historiadores são unânimes a
refutar a hipótese e ressaltam que a mesquita era apenas uma imagem
metafórica utilizada para descrever a forma da paisagem.
Pelo menos R$ 30 milhões foram parar nas contas de Renato Duque e Pedro Barusco.
As propinas pagas ao ex-diretor da área de serviços da Petrobras,
Renato Duque, e ao ex-gerente executivo da estatal, Pedro Barusco, eram
pagas “em sua maioria” em contas na Suíça. Segundo o jornal Folha de S.
Paulo, a denúncia foi feita ao Ministério Público pelo executivo da Toyo
Setal, Julio Camargo, por meio de delação premiada. Um dos pagamentos
teria sido feito na conta offshore chamada Dreno, no Banco Cramer, e
“controlada pelo próprio Renato Duque”.
Já Pedro Barusco teve mais
de R$ 20 milhões “apreendidos administrativamente” na Suíça pelas
autoridades daquele país. Os depoimentos de Julio Camargo mostram ainda
que houve desvio de recursos em nove obras da Petrobras, sendo que R$ 30
milhões do montante foram destinados a Duque e Barusco.
Na
refinaria Repav da Petrobras, em São José dos Campos (SP), construída
pela Toyo, Camargo Corrêa, OAS e SOG, Julio Camargo revelou que R$ 6
milhões foram pagos à dupla. No projeto Cabiúnas outros R$ 3 milhões
foram depositados em contas no Brasil e no exterior. E no caso da
refinaria Repar, outro executivo da Toyo Setal, Augusto Ribeiro de
Mendonça Neto, afirmou ao MP – também em delação premiada – que foram
pagos R$ 20 milhões; Camargo diz que foram R$ 12 milhões.
Para o
MP, Camargo e Mendonça não descreveram apenas os fatos, mas “indicam
contas bancárias utilizadas nas transações, datam as transações,
especificam locais de encontros, descrevem meios utilizados”.
>> Empreiteiras apresentaram notas e contratos falsos a juiz da Lava Jato
>> Empresas de Youssef receberam R$ 90 milhões de empreiteiras
>> Juiz da Lava Jato defende acordos de delação premiada
>> Moro diz que prisões da Lava Jato são remédio amargo contra corrupção
>> PF cumpre 85 mandados judiciais na sétima fase da Operação Lava Jato >> Lava Jato: em ação contra corruptores, PF prende 18 em vários estados O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, foi preso em sua residência, no RioRenato
Duque foi preso nesta sexta-feira em sua residência, na Barra da
Tijuca, na Zona Oeste do Rio, durante a 7ª fase da Operação Lava Jato,
da Polícia Federal.Além de Renato Duque e Jayme Oliveira Filho, que
seria ligado ao doleiro Alberto Youssef, os demais 16 presos, todos
vinculados a empreiteiras, são os seguintes: OAS - José
Aldemário Pinheiro Filho, presidente; Mateus Coutinho de Sá Oliveira,
vice-presidente do conselho; Alexandre Portela Barbosa; Agenor Franklin
Magalhães Medeiros, diretor; José Ricardo Nogueira. Engevix - Gerson de Mello Almada, vice-presidente; Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor; Newton Prado Júnior, diretor; Queiroz Galvão - Ildefonso Collares Filho, diretor-presidente; Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor UTC - Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente; Ednaldo Alves da Silva; Walmir Pinheiro Santana; Carlos Alberto Costa Silva IESA - Otto Sparenberg, diretor Galvão Engenharia - Erton Medeiros Fonseca
Ex-mulher do antigo presidente brasileiro revela que participaram em rituais de magia negra.
Rosane Malta e Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente do
Brasil eleito por voto popular depois dos anos de ditadura, separaram-se
de forma litigiosa há nove anos. A mulher fez depois revelações chocantes.
A ex-primeira-dama do Brasil decidiu publicar a sua biografia, na qual inclui os 22 anos de casamento com Collor de Mello e
faz revelações chocantes. O ex-casal era adepto de rituais de magia
negra e realizava reuniões secretas, onde sacrificava animais e até
chegou a usar fetos humanos.
Segundo a revista brasileira Isto É, Rosane Malta sofreu uma depressão depois do divórcio e luta ainda hoje pela pensão de alimentos que Collor de Mello se recusa a pagar. No livro de 220 páginas - Tudo o que Vi e Vivi
-, Rosane Malta acusa ainda o ex-presidente de ter contas bancárias na
Suíça e uma conta conjunta com Paulo César Farias, o homem que foi
tesoureiro da sua campanha.
Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas em dois acidentes com ônibus na
Zona Sul do Rio, na manhã deste sábado. O primeiro aconteceu na Rua
Visconde de Pirajá, na altura da Rua Vinícius de Moraes, em Ipanema.
Dois ônibus bateram e um deles invadiu uma loja. Bombeiros dos quartéis
do Humaitá e de Copacabana atuaram no socorro às 10 pessoas que ficaram
feridas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as vítimas foram
identificadas como Taomira R. Feachengo, de 22 anos; Alan C, 20; Lidia
C. Ferreira, 27; Ilda do E. Santo; Gilberto S., 33; José F. Silva, 60;
Cristiano A. Aguirre, 36; Luis O., 55; Felipe A. Arrigue, 26; e Cintia
A. Pereira, de 35 anos.
Segundo o Centro de Operações Rio, a Rua Visconde de Pirajá foi interditada e o desvio feito pela Rua Joana Angélica.
Já
no Leblon, dois ônibus bateram na Rua Visconde de Albuquerque, na
altura da Rua Rainha Guilhermina. Um dos coletivos caiu no canal que
passa pela rua. Cinco pessoas foram atendidas no local.
Segundo os
bombeiros, as vítimas são: Simone C. Gonçalves, de 36 anos; Maria A.,
39; Irene P. Souza, 69; Ana M., 38; e Fabio C. Caldeira, de 42 anos.
O coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Pedro
Dallari, pediu providências ao Ministério da Defesa a respeito de
documentos encontrados no Hospital Central do Exército (HCE) sobre
presos políticos na época da ditadura militar. O local foi vistoriado ontem (14) por procuradores do Ministério Público Federal (MPF), com o apoio de agentes da Polícia Federal, que cumpriram mandado judicial de busca e apreensão.
Dallari
foi informado da operação pelo procurador da República Antônio Cabral e
comunicou o ocorrido ao ministro da Defesa, Celso Amorim, solicitando
providências da pasta para o rápido esclarecimento dos graves fatos
apurados pelo MPF. As informações foram divulgadas em nota distribuída
hoje (15) pela CNV. “A CNV considerou graves duas constatações
feitas pelo MPF: a de que aquela unidade do Exército ocultou da comissão
documentos que foram objeto de diligência conjunta da Comissão Nacional
da Verdade e da Comissão da Verdade do Rio feita em 23 de setembro
deste ano e a informação de que membros e integrantes da delegação foram
objeto de investigação preliminar daquela unidade militar”, destacou a
comissão em trecho da nota.
A operação feita ontem já havia sido
detalhada em nota publicada pelo MPF. “Os procuradores dirigiram-se
inicialmente à garagem de ambulâncias e ao setor de manutenção, onde,
segundo as investigações do MPF, os documentos estariam ocultos.
Posteriormente, foram à Seção de Informações [S-2] do hospital e lá, em
uma sala com cofre, encontraram um dossiê com notícias e documentos
referentes a Raul Amaro [dissidente político Raul Amaro Nin Ferreira,
morto no dia 12 de agosto de 1971, nas dependências do HCE], bem como
uma pasta com nomes e fotografias dos integrantes das comissões Nacional
e Estadual da Verdade.”
Na diligência, foi encontrada uma pasta
com nomes, fotografias e informações de integrantes das duas comissões. A
CNV esclareceu que, a pedido do Ministério da Defesa, uma lista somente
com nomes foi enviada previamente para a confecção de crachás para
facilitar o acesso de todos às dependências do hospital. Um dos
objetivos da operação era buscar documentos de pessoas falecidas durante
o regime ditatorial, incluindo o dissidente político Raul Amaro,
segundo a nota do MPF.
Os fatos apurados pelo MPF serão
discutidos em uma reunião do colegiado da CNV, na próxima quarta-feira
(19), em São Paulo. Procurado, o Ministério da Defesa informou, através
de sua assessoria, que não faz cometários referentes ao trabalho da CNV.
Dezenas de milhares de georgianos
protestaram no sábado contra a Rússia, acusando Moscou de tentar anexar
regiões do país, e denunciando seu próprio governo por não fazer mais
para defender os interesses nacionais.
Críticos do governo dizem que ele é relutante demais em
criticar seu poderoso vizinho, particularmente sobre a crise na Ucrânia,
que traz memórias desconfortáveis para a Geórgia, em torno da
desastrosa guerra contra a Rússia em 2008.
Na sequência daquele conflito, duas províncias separatistas,
Abkházia e Ossétia do Sul, declararam independência com o apoio da
Rússia.
Moscou, que se opõe aos esforços da Geórgia de se juntar à
aliança militar ocidental Otan, tem proposto um novo tratado com a
Abkházia, que é visto em Tbilisi como um passo na direção da anexação
total da região pela Rússia.
Os manifestantes, liderados por ativistas e lideranças da
oposição Movimento Nacional Unido, marcharam na principal avenida da
capital da Geórgia carregando a bandeira nacional e cartazes onde se lia
"Nào à ocupação!" e "Não à anexação!". Muitos gritavam "longa vida à
Geórgia".
"Essa é a clara mensagem do povo georgiano de que nós jamais
aceitaremos o fato de que nossa soberania seja desmantelada pela Rússia
de Putin", disse à Reuters Giga Bokeria, um dos líderes do movimento de
oposição.
"Também é uma mensagem ao governo da Geórgia. Nós precisamos
que o governo se concentre nos problemas do país e não em uma
retribuição política."
A Justiça Federal rejeitou três pedidos de habeas corpus de
dirigentes de empreiteiras presos na sexta-feira (14) na sétima fase da
Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). As decisões foram
proferidas pela desembargadora Maria de Fátima Freitas Labarrère, do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de Porto Alegre.
Nas
petições, as defesas de Eduardo Emerlino Leite, diretor da Camargo
Correa, e de Agenor Franklin Magalhaes Medeiros e Jose Ricardo Nogueira
Breghirolli, ligados a OAS, alegaram que os decretos de prisão são
ilegais por não fundamentarem as participações dos acusados dos fatos.
Os advogados de Eduardo Emerlino, que ainda não teve prisão confirmada
pela PF, também alegaram questões de saúde para pedir que a prisão
preventiva seja transformada em domiciliar. Segundo eles, o investigado é
portador de hipertensão arterial de "difícil controle, chegando a
registrar picos de 19 por 10 [mmHg (milímetros de mercúrio)]".
Na
decisões, a desembargadora indeferiu as liminares para libertá-los por
entender que não há constrangimento ilegal nas prisões, determinadas
pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, de Curitiba.
"Igualmente
restou evidenciada a necessidade da medida [prisão] por conveniência da
instrução criminal. Isto porque apresentados documentos falsos perante o
juízo como forma de justificar as transferências às empresas
controladas por Alberto Youssef. Daí a constatação no sentido de que se
as empreiteiras, ainda em fase inicial da investigação, não se sentiram
constrangidas em apresentar documentos falsos ao Judiciário, forçoso
reconhecer que [a] integridade das provas e do restante da instrução
encontra-se em risco sem uma contramedida. Mas não é só. Segundo
informações prestadas pela autoridade policial e destacadas pelo juízo
impetrado, emissários das empreiteiras tentaram cooptar, por dinheiro ou
ameaça velada, uma das testemunhas do processo, o que desvela de forma
concreta a necessidade da medida", concluiu a magistrada.
Dois projetos de lei (PL) que, entre outros pontos tratam da
definição do conceito de família, prometem esquentar a discussão no Congresso
Nacional. Pelo nome que receberam, muito parecidos – um Estatuto da
Família e o outro Estatuto das Famílias - as propostas parecem ser
iguais, mas na prática são completamente diferentes. A primeira é mais
conservadora enquanto a segunda é mais progressista.
A que tramita na Câmara (PL 6.583/13) é o Estatuto da Família, relatada pelo deputado
Ronaldo Fonseca (PROS-DF), define família como o núcleo formado a
partir da união entre homem e mulher, por meio de casamento, união
estável ou comunidade formada pelos pais e seus descendentes. A
definição é a mesma que está no Artigo 226 da Constituição Federal. Já
o Projeto de Lei Suplementar (PLS) 470/13, o Estatuto das Famílias, que
tramita no Senado, reconhece a relação homoafetiva como entidade
familiar ao rever o instituto da união estável e amplia sua
conceituação.
No relatório do projeto do
Estatuto da Família, que será entregue na segunda-feira (17) à comissão
especial que analisa a proposta na Câmara, Fonseca, que também integra a
bancada evangélica, promete acirrar a polêmica. “Eu estou colocando no
relatório a proibição da adoção [por casais do mesmo sexo]. Se o Artigo
227 ( da Constituição Federal) diz que a família é para proteger a
criança, como é que dois homens, duas mulheres que são homossexuais que
dizem ser pais, querem adotar? Adotar para satisfazer a eles ou a
criança? A adoção é para contemplar o direito da criança, não do
adotante”, justifica. O direito de adoção por homossexuais foi
reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça em votação unânime em
abril de 2010.
Desde fevereiro, a página da Câmara tem uma enquete que pergunta
se os internautas concordam com a definição de família como núcleo
formado a partir da união entre homem e mulher. A enquete já recebeu
mais de 4 milhões de votos. Até o fechamento desta reportagem, o
resultado estava praticamente empatado com 49,52 % dos votos para sim e
50,16% para não e 0,32 % dos internautas disseram não ter opinião
formada sobre o tema.
Ronaldo Fonseca nega que a divisão
reflita o pensamento da sociedade brasileira. “Aquela enquete deve ser
vista apenas pela força de mobilização e não de opinião. Uma [mesma]
pessoa pode votar várias vezes, inclusive os ativistas homossexuais têm
escritório só pra fazer isso, mas é interessante ver que a sociedade
está mobilizada”, disse.
Sem citar fonte, o deputado diz ainda que
há pesquisas que apontam que a sociedade brasileira, na sua maioria,
quer que o conceito de família tradicional seja mantido. “Não é questão
de perseguição, é que na proteção especial do Estado para a família em
que está configurada a integridade da família, o Estado não pode
simplesmente reconhecer que dois homens querem viver como família. Que
história é essa? Dois marmanjos? Qualquer pessoa que se junta agora é
família? Se duas mulheres querem fazer sexo, que façam, mas que não
busquem a proteção do Estado”, diz.
Deputados que rechaçam a
proposta tentarão protelar ao máximo a votação prevista para o fim deste
mês. Se aprovada, ela segue para o Senado. Nomes na Câmara, como o de
Erika Kokay (PT-DF) e Jean Wyllys (PSOL-RJ), vêm sendo voz e ouvido de
movimentos atingidos pela proposta defendida por Fonseca. Presidente da
Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais (ABLGBTT), Carlos Magno Silva, mantém um diálogo permanente
com esses parlamentares e afirma que a votação este ano poderia
significar uma derrota para a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros).
A
formatação do Congresso Nacional a partir do ano que vem também não é
favorável. Enquanto a bancada evangélica cresceu, muitos parlamentares
que levantavam a bandeira dos direitos humanos como prioridade não foram
reeleitos.
“ A gente nunca teve um quadro de representação tão
conservador. Estamos tentando contato com os deputados para constituir
uma Frente Parlamentar pelos Direitos LGBT forte e atuante porque a
próxima legislatura vai ser de muito embate, de muita disputa política.
Este setor [evangélicos] tem se organizado para impedir qualquer avanço
no reconhecimento de direitos humanos”, afirmou Carlos Magno. No caso de
um grupo misto, a ex-ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT-SP), que
está de volta ao Senado, e a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) devem ser
procuradas .
Magno disse ainda que não existe uma estratégia
definida de atuação, mas afirmou que vão encontrar uma forma de evitar
que a proposta mais conservadora avance. “Isso é um retrocesso. Vai na
contramão de tudo que já avançamos no Brasil e em outros países. Não
existe só um formato de família. Existem vários formatos de família”,
criticou, elencando conquistas do movimento como o direito à adoção e ao
casamento.
A união de casais do mesmo sexo foi reconhecida em
maio de 2011 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Dois anos depois, o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou uma resolução proibindo que
os cartórios do país se recusarem a celebrar casamentos civis de casais
do mesmo sexo ou de converter em casamento a união estável homoafetiva.
Magno
defende o texto que tramita no Senado, a PLS 470/13 . Chamada de
Estatuto das Famílias – no plural- , é menos conservadora. O texto
reconhece a relação homoafetiva como entidade familiar ao rever o
instituto da união estável, amplia sua conceituação, sem que ela fique
restrita à ligação formal entre homem e mulher. A mesma proposta retira
toda a parte de família do Código Civil e a coloca em um estatuto
próprio. Também polêmica , a matéria aguarda votação do parecer
favorável do senador João Capiberibe (PSB-AP) na Comissão de Direitos
Humanos (CDH) da Casa.
A Comissão Nacional da Verdade tomou conhecimento
da operação de busca e apreensão realizadas ontem (14) pelo Ministério
Público Federal e a Polícia Federal no Hospital Central do Exército
(HCE) em Benfica, Rio de Janeiro. O coordenador da Comissão, Pedro
Dallari, recebeu telefonema do procurador da República Antônio Cabral,
que relatou a operação.
A CNV considerou graves duas constatações feitas pelo MPF: a de que aquela unidade
do Exército ocultou da comissão documentos que foram objeto de
diligência conjunta da Comissão Nacional da Verdade e da Comissão da
Verdade do Rio realizada em 23 de setembro deste ano e a informação de
que membros e integrantes da delegação foram objeto de investigação
preliminar daquela unidade militar.
Na ocasião da visita ao HCE, membros das duas comissões se reuniram com o diretor
do hospital, general Vitor Cesar, e este informou não dispor dos
prontuários médicos do período investigado pela Comissão. Entretanto, a
diligência do MPF constatou a existência de prontuários de 1940 à 1969 e
de 1974 à 1983.
Na diligência, o MPF encontrou uma pasta
com nomes, fotografias e informações de integrantes das duas comissões.
A CNV esclarece que, a pedido do ministério da Defesa, uma lista
somente com nomes foi enviada previamente para a confecção de crachás
para facilitar o acesso de todos às dependências do hospital.
Hoje de manhã, o coordenador
da CNV comunicou o ocorrido ao Ministro da Defesa, Celso Amorim, e
solicitou providências da pasta para o rápido esclarecimento dos graves
fatos apurados pelo MPF.
Os fatos apurados pelo MPF serão objeto da reunião do colegiado da CNV na próxima quarta-feira (19/11) em São Paulo.
Em entrevista coletiva, na manhã deste sábado, em São Paulo, o ministro
da Justiça, José Eduardo Cardozo, acusou a oposição de tentar
transformar as investigações da Operação Lava Jato em terceiro turno
eleitoral. Cardozo disse que “certos políticos” que não aceitaram o
resultado das urnas estariam usando as investigações e prisões da
Polícia Federal como palanque eleitoral.
“Nós não podemos aceitar algumas insinuações, posturas, de que as investigações têm sido partidárias. A PF tem cumprido seu papel
e o Judiciário também tem cumprido seu papel. Muitas vezes tem aqueles
que ainda acham que estamos em uma disputa eleitoral”, afirmou o
ministro.
>> Executivos presos na Lava Jato entram com habeas corpus
>> Presos na Operação Lava Jato estão na sede da PF em Curitiba
>> Ex-diretor da Petrobras recebia propina em conta na Suíça
>> Moro diz que prisões da Lava Jato são remédio amargo contra corrupção
>> Juiz da Lava Jato defende acordos de delação premiada
>> Empreiteiras apresentaram notas e contratos falsos a juiz da Lava Jato
>> Lava Jato: em ação contra corruptores, PF prende 18 em vários estados
>> Empresas de Youssef receberam R$ 90 milhões de empreiteiras
“Existe
uma tentativa de politizar as investigações por forças políticas A, B
ou C, para tentar estender a corrida eleitoral. Aqueles que não
digeriram a derrota tentam continuar com a eleição, é algo que só Freud
explica”, acrescentou. “A eleição acaba com a apuração. Se quer
continuar, deve procurar um psicanalista. Quem ganha, ganha. Quem perde, perde”, enfatizou .
O
ministro garantiu que a Petrobras não irá parar e disse que o governo
tem dado o apoio necessário às investigações. "Há um compromisso claro
do governo, do ministério da Justiça e da Polícia Federal para que tudo
seja esclarecido e os responsáveis sejam punidos, doa a quem doer",
garantiu.
Cardozo disse também que a presidente Dilma Rousseff,
que está na Austrália, está a par de todos os acontecimentos e
determinou o prosseguimento das apurações com todo o rigor.
A
sétima etapa da Operação Lava Jato prendeu 20 pessoas na última
sexta-feira, sob suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da
Petrobras. Dentre elas, o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, além de
presidentes e executivos das principais empreiteiras do País, como a
OAS, Queiroz Galvão, Camargo Correa, Mendes Junior e UTC.
O
presidente Enrique Pena Nieto, que vive a pior crise desde que chegou
ao cargo em 2012, foi mais uma vez o alvo dos manifestantes
Milhares
de estudantes e professores tornaram a manifestar-se, na sexta-feira,
no Estado de Guerrero, no sul do México, em cólera contra o governo
depois de um provável massacre de 43 jovens por traficantes de droga.
A
manifestação nas ruas de Chilpancingo, capital do Estado de Guerrero,
decorreu de forma tranquila, em contraste com os violentos protestos nos
últimos dias, durante os quais vários edifícios públicos foram
incendiados.
O
presidente Enrique Pena Nieto, que vive a pior crise desde que chegou
ao cargo em 2012, foi mais uma vez o alvo dos manifestantes, que
gritavam “Fora o governo de traficantes de droga de Pena Nieto”.
Quadrilha atuava na região do Cariri, no sul do Ceará; dois candidatos foram presos em Juazeiro do Norte
Quatro
pessoas foram presas na última sexta (14) pela Polícia Federal
suspeitas de participarem de uma quadrilha que fraudou o Exame Nacional
do Ensino Médio de 2013 e 2014.
Reprodução/Facebook
Candidato do Piauí denunciou vazamento do tema de redação do Enem 2014
O esquema criminoso atuava na região do Cariri, no
sul do Ceará, e cobrava até R$ 30 mil de candidatos interessados em ter
ajuda da quadrilha para fazer a prova do Enem. O grupo focava
candidatos ao curso de medicina em universidades públicas. A Polícia
Federal do Ceará, responsável pela Operação Apollo, não detalhou a forma
de atuação da quadrilha.
Durante
a aplicação da última edicão do Enem, dois candidatos foram presos em
Juazeiro do Norte (CE) no sábado (8) por fraudarem o exame. Inscritos
como sabatistas --categoria que tem o direito a fazer a prova após o
por-do-sol no sábado--, um homem e uma mulher foram flagrados com o
gabarito da prova em seu celular.
Segundo a Polícia Federal do Ceará, o número de beneficiários do esquema pode chegar a 40.
Presente
na coletiva de imprensa da Polícia Federal, o presidente do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Francisco Soares,
disse que não há possibilidade do Enem ser cancelado por conta dessa
fraude.
"O Enem não será cancelado. Estamos aqui diante de um fato completamente isolado", disse.
Os
presos foram indiciados pela prática dos crimes de fraudes em certames
públicos e organização criminosa. A Polícia Federal segue investigação
agora para identificar candidatos que tiraram vantagem do esquema. Tema da redação vazou, diz estudante
A
Polícia Federal do Piauí investiga também uma denúncia de vazamento do
tema da redação do Enem 2014. Um candidato de Picos (Piauí) afirmou à PF
na última quarta-feira (12) ter recebido o tema da redação por uma foto
no aplicativo WhatsApp mais de uma hora antes do início do exame no
domingo.
A foto da folha de prova teria sido enviada a um grupo com cerca de 40 estudantes que fariam o Enem.
Um
jovem do Ceará confirmou ao jornal Bom Dia Brasil ter recebido a imagem
pelo aplicativo através de uma mensagem de um amigo de Campina Grande
(PB).
O Inep afirma que está trabalhando em parceria com a PF para a investigação do caso.
A nova fase da Operação Lava-Jato,
realizada pela Policia Federal, trouxe grandes empreiteiras brasileiras
para o centro do escândalo de corrupção na Petrobras.
A Polícia
Federal começou a cumprir na manhã desta sexta-feira o que deve ser um
total de 85 mandados de prisão e de busca e apreensão em cinco Estados
brasileiros, mais o Distrito Federal. Trata-se da sétima etapa da
Operação Lava-Jato, que investiga o desvio de recursos da Petrobras para
partidos políticos.
Dessa vez, porém, o foco da operação são as
empresas suspeitas de terem participado do esquema e que, segundo a PF,
teriam contratos com a estatal no valor de R$ 59 bilhões.
Em nota
pela manhã, a PF disse que "entre os mandados de busca, 11 estão sendo
cumpridos em grandes empresas". Mais tarde, em uma entrevista coletiva,
foi dito que haveria "provas robustas" contra sete empresas.
"Essas
setes empresas são aquelas para as quais o material apreendido, as
diligências realizadas nesses oito meses (de operação Lava-Jato), as
quebras de sigilo, os depoimentos colhidos dão um material robusto para
demonstrar o envolvimento delas na formação de cartel em licitações e
também no desvio de recursos para corrupção de agentes públicos", disse o
investigador da PF Igor Romário.
Foram detidas até momento 18
pessoas, entre elas o ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque,
segundo informações de jornais brasileiros. O canal de notícias
Globonews divulgou que, entre aos presos, estariam funcionários e
executivos de alto escalão das empreiteiras Camargo Correa, Mendes
Júnior, OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Iesa e UTC.
Outros 9
mandatos de prisão teriam sido emitidos, segundo a PF. A Justiça também
teria autorizado o bloqueio de R$ 720 milhões em ativos de 36 pessoas
investigadas no esquema. A Odebrecht confirmou em nota que houve um
mandato de busca e apreensão para o escritório da empresa no Rio de
Janeiro.
É a primeira vez que um número tão grande de empreiteiras
brasileiras é alvo de uma operação de busca e apreensão ou tem seus
executivos detidos como parte de investigações de um caso de corrupção.
Entre
as investigadas estariam algumas das principais doadoras de campanhas.
"Essa é uma bomba, um caso que pode forçar uma redefinição no que é hoje
um padrão de relacionamento nem sempre lícito entre empresas privadas,
políticos e estatais no Brasil", diz Adriano Pires, do Centro Brasileiro
de Infra-estrutura (CBIE).
Balanço
Na
noite da última quinta-feira, a Petrobras também anunciou que não
divulgaria o balanço relativo ao terceiro trimestre deste ano no prazo
estabelecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em função das
investigações.
As ações da empresa chegaram a cair mais de 5%
nesta sexta-feira. Para especialistas, as novas prisões e o adiamento da
divulgação do balanço levam a crise da Petrobras a um novo patamar,
mais grave.
"Uma coisa é um gestor agir de má-fé, tomando decisões
viciadas para atender a interesses escusos. Outra coisa é um
descumprimento sistêmico dos princípios que devem pautar a gestão dos
negócios da empresa", diz Ildo Sauer, que foi diretor da Petrobras no
governo Lula e hoje é diretor do Instituto de Energia e Ambiente da
Universidade de São Paulo.
"Ainda precisamos esperar os resultados
da investigação, mas, de fato, já há alguns indícios de que podemos
estar nos deparando com esse segundo caso."
Pires, do CBIE,
concorda. "O fato de eles não terem divulgado o balanço vai comprometer o
pagamento de dividendos para acionistas, por exemplo, e as ações na
empresa devem cair", diz Pires.
"Aparentemente, havia um grande
esquema (de corrupção) dentro da empresa. Como a Petrobras tem capital
aberto, a conclusão é que o dinheiro dos acionistas minoritários pode
ter sido usado para financiar partidos e o enriquecimento ilícito de
alguns indivíduos."
De acordo com a Agência Estado, o resultado da
Petrobras para o terceiro trimestre não foi divulgado porque a
auditoria externa da empresa, PricewaterhouseCoopers, teria se recusado a
referendá-lo.
Na quinta-feira, a empresa disse que o balanço seria divulgado só em dezembro - e ainda sem a assinatura da auditoria.
"A
Petrobras passa por um momento único em sua história, em face das
denúncias e investigações decorrentes da "Operação Lava Jato" (...) na
qual o ex-diretor de abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa,
foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização
criminosa(...)", diz o comunicado da empresa.
"Em decorrência do
tempo necessário para se obter maior aprofundamento nas investigações em
curso pelos escritórios contratados, proceder aos possíveis ajustes nas
demonstrações contábeis (...); e avaliar a necessidade de melhorias nos
controles internos, a Companhia não está pronta para divulgar as
demonstrações contábeis referentes ao terceiro trimestre nesta data",
conclui.
Segundo Pires, a não divulgação do balanço deve
dificultar ainda mais o acesso da empresa a crédito. "Isso é algo muito
grave, que nunca havia acontecido na história da companhia, e pode
comprometer suas atividades e capacidade de investimento."
A
operação Lava-Jato começou em março. Costa foi preso juntamente com o
doleiro Alberto Yousseff - que seria responsável por "lavar" no exterior
os recursos desviados da empresa.
Os líderes ocidentais que participam da
reunião de líderes do G20, grupo formado pelas principais economias do
mundo, acusaram o presidente russo, Vladimir Putin, pela crise na
Ucrânia, ameaçando ainda mais sanções se a Rússia não retirar as tropas e
armas de nação vizinha.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que a
agressão russa contra a Ucrânia era uma ameaça para o mundo, enquanto o
Conselho Europeu exigiu que Moscou coloque pressão sobre os rebeldes
para aceitar um cessar-fogo.
Falando nos corredores da reunião em Brisbane, Obama
colocou segurança e alterações climáticas como ponto central da reunião
dos líderes, ofuscando as conversações sobre como levantar o crescimento
econômico global.
Obama disse que os Estados Unidos estavam na vanguarda da
"oposição à agressão da Rússia contra a Ucrânia, que é uma ameaça para o
mundo, como vimos no terrível acidente do MH17".
A chanceler alemã Angela Merkel disse que a União Europeia
considerava novas sanções financeiras contra indivíduos russos por
causa da crise na Ucrânia.
"A situação atual não é satisfatória", disse Merkel a
repórteres na cúpula. "Atualmente, a lista de mais pessoas está na
agenda. "
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, também
na reunião do G20, disse que os ministros estrangeiros da Europa se
reunirão na segunda-feira para avaliar a situação na Ucrânia e se novas
medidas, incluindo sanções adicionais, serão necessárias contra a
Rússia.
Um porta-voz do Kremlin disse que a crise na Ucrânia foi o
único tema discutido em um encontro entre Putin e o primeiro-ministro
britânico, David Cameron, mas acrescentou que ambos expressaram
interesse em "acabar com o confronto" e reconstruir relações. Putin
também se reuniu com o presidente francês, François Hollande, e ambos
concordaram em proteger os seus laços de efeitos das sanções, disse o
porta-voz.
Em entrevista a jornais, presidente disse também que vai reduzir gastos.
Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff afirmou que vai fazer o "dever de casa"
e apertar o controle da inflação e que também fará um reajuste em todas
as contas do governo. "Vamos fazer o dever de casa, apertar o controle
da inflação e teremos limites fiscais. Vamos reduzir os gastos. Vamos
olhar todas as contas com lupa e ver o que pode ser reduzido e o que
pode ser cortado. Temos que fazer um ajuste em várias coisas, várias
contas podem ser reduzidas. Minha visão de corte de gastos não é similar
àquela maluca de choque de gestão", disse.
Dilma
sinalizou ainda que não pretende mexer na meta de inflação (4,5% ao ano)
ou no intervalo de tolerância, que hoje é de dois pontos percentuais
para mais ou para menos, cujo teto definido pelo Banco Central é de
6,5%.
A presidente ressaltou ainda que não está fazendo
"estelionato eleitoral" ao adotar medidas econômicas como o aumento da
taxa de juros, logo após ser eleita, para acalmar o mercado.
Dilma
Rousseff também comentou sobre a nomeação do futuro ministro da
Fazenda, que substituirá Guido Mantega, e reafirmou que ele só será
definido semanas após o G20, encontro com as vinte maiores economias do
mundo que será realizado nos dias 15 e 16 deste mês. Ela, contudo,
deixou claro que ainda não fez convite nenhum.
Perguntada sobre a operação Lava-Jato que investiga corrupção na Petrobras, a presidente afirmou que trata-se de uma oportunidade
para "acabar com a impunidade”. "A operação trouxe o momento para
acabar com a impunidade no país. Não vou engavetar nada, não vou
pressionar para não investigar, quero todos os responsáveis punidos".
Dilma voltou a defender a necessidade de saber respeitar o resultado das urnas, enfatizando que é preciso "saber perder e saber ganhar". "Saber
ganhar na democracia é tão difícil quanto saber perder, porque existe a
tendência das pessoas acharem que é o rei da cocada preta. Não sairá da
sua cabeça o que fazer pelo país, tem que ter uma interação. Não estou
propondo nenhum diálogo metafísico, sobre quem sou, o que quero, para
onde vai", afirmou.
Um protesto de
motoristas de ônibus contra os ataques de vandalismo deixou cerca de um
milhão de passageiros em São Paulo temporariamente sem transporte nesta
quarta-feira.
Os motoristas paralisaram as atividades por duas horas, entre 10h e
12h (horário de Brasília), e fecharam 29 terminais municipais da cidade,
o que provocou um grande engarrafamento.
Segundo a São Paulo Transporte (SPTtrans), a manifestação paralisou
terminais que são usadas diariamente por um milhão de passageiros.
Os líderes da manifestação, concentrados no terminal Parque Dom Pedro
II, denunciaram ataques de vandalismo contra ônibus por parte de
diferentes grupos e pediram aos passageiros que denunciem as pessoas que
atearam fogo nos veículos.
Pelo menos 119 ônibus foram incendiados e outros 795 afetados nos dez
primeiros meses deste ano em São Paulo por grupos de pessoas com
diferentes reivindicações, principalmente em protestos contra a
violência policial ou contra a interrupção de serviços públicos.
O número de ataques com fogo em 2014 é quase o dobro dos 65 registrados ao longo do ano passado.
Os manifestantes, representados pelo Sindicato dos Motoristas e
Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano (Sindmotoristas), exigiram
a criação de uma comissão com representantes de órgãos públicos em que
se possa discutir soluções para o problema.
Eles também pediram que a polícia ofereça uma linha telefônica
gratuita e específica para a qual as pessoas possam ligar para denunciar
atentados contra o transporte público.
"Estamos correndo o risco de ser incendiados dentro de um ônibus.
Nosso protesto busca conscientizar os passageiros sobre o problema. A
população tem que denunciar e se posicionar contra esse vandalismo",
afirmou o presidente do Sindmotoristas, Valdevan Noventa.
O motorista de ônibus John Carlos
Soares Brandão sofreu queimaduras em diferentes partes do corpo durante
um ataque ocorrido em 18 de outubro, quando dirigia um ônibus em uma
linha da Viação Santa Brígida, no Parque São Domingos, na Zona Norte, e
morreu quatro dias depois. EFE
O governador do Ceará, Cid Gomes (Pros),
sugeriu em reunião com a presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira
que seja criada uma frente de partidos mais alinhados à esquerda para
ajudá-la no Congresso e facilitar a governabilidade.
Segundo Cid, que ainda deve conversar com integrantes de
partidos como o PDT, PCdoB e de sua própria legenda, a intenção é
angariar um número de parlamentares equivalente a 10 por cento do total
de deputados.
“É fundamental que ela (Dilma) possa ter além do PT dois
partidos ou frentes fortes que possam ajudá-la na governabilidade. Acho
que o (Gilberto) Kassab está cumprindo um papel aí de formação de um
partido de centro. E eu me coloquei à disposição para cumprir um papel
na busca por uma frente ou um partido à esquerda”, disse a jornalistas
Cid, após a reunião com a presidente, referindo-se a notícias publicadas
sobre movimentações do ex-prefeito.
“Ter uma frente ou um partido de centro para além do PMDB, e um
partido, uma frente à esquerda, ajuda na governabilidade e reduz aí o
espaço da pressão que muitas vezes beira até a chantagem”, acrescentou o
governador.
De acordo com Cid, que deve conversar ainda nesta terça com o
presidente de sua legenda, a ideia é formar inicialmente uma frente com
cerca de 10 por cento do plenário da Câmara, para então evoluir o grupo
para um partido de “todos aqueles que militam à esquerda ... que tenham
uma identidade ideológica mais à esquerda”, que pode incluir,
inclusive, membros do PSB.
O PSB rompeu como o governo no ano passado, ocasião em que Cid
deixou o partido. Após a ruptura, apresentou candidatura própria ao
Palácio do Planalto e apoiou o tucano Aécio Neves no segundo turno.
“Eu penso que há pessoas insatisfeitas nesse arco de esquerda.... acho que há gente insatisfeita no PSB”, afirmou.
Questionado sobre a reação da presidente sobre a ideia, o
governador disse que não poderia afirmar que ela “concordou” ou
“incentivou”.
Sobre a possibilidade de integrar o novo ministério da
presidente, Cid se negou a comentar “essa especulação” e disse que seu
projeto é passar uma temporada nos Estados Unidos como consultor do
Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Após se reunir com Mercadante, presidente da Câmara disse que não pretende votar pauta bomba.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, espera que a Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprove nesta
quarta-feira (5) a admissibilidade da proposta do Grupo de Trabalho da
Reforma Política (PEC 352/13).
A expectativa do presidente é que, após essa aprovação, seja criada uma comissão especial onde serão vários ouvidos setores da sociedade, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e os movimentos sociais.
O que for aprovado na Câmara, segundo o presidente, será levado a um referendo popular. “É importante o povo participar
dessa decisão e é mais simples tendo um projeto, fácil de entender. Eu
acho que isso dá uma reposta imediata de uma reforma política que essa
Casa tem de fazer. Já devia ter feito, não fez. Eu acho que é um mea
culpa de todos nós, mas a futura legislatura terá de fazer”, disse o
presidente ao chegar à Câmara nesta quinta-feira.
Na quinta-feira, Henrique Alves participou
de reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A
conversa se resumiu, segundo Alves, a questões institucionais, demandas e
preocupações do governo com assuntos fiscais em possíveis votações da
Casa. O presidente da Câmara afirmou ao ministro que não seria
“irresponsável” de votar projetos de impacto econômico e ficou de passar
a ele uma pauta acordada com os líderes partidários para o resto do
ano. Orçamento impositivo e FPM
Ainda nesta
semana, Henrique Eduardo Alves quer colocar em votação a proposta de
emenda à Constituição do orçamento impositivo (PEC 358/13), que ainda
precisa ser votada em 2º turno, e a PEC 426/14, que aumenta os repasses
ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Também nesta semana, Alves deve se reunir com a presidente Dilma Rousseff.
Ao menos 45 pessoas morreram neste
domingo quando um homem-bomba explodiu próximo à fronteira entre Índia e
Paquistão, informou a polícia, logo depois de uma cerimônia diária na
qual tropas dos dois lados baixam as bandeiras dos dois países.
O Talibã paquistanês reivindicou o ataque, dizendo que foi uma
resposta às ações do exército paquistanês contra suas posições em áreas
tribais na fronteira do Paquistão com o Afeganistão.
O ataque suicida ocorreu em um estacionamento do lado
paquistanês, a ao menos 500 metros da fronteira com a Índia. Nenhum
membro das tropas indianas ficou ferido no ataque.
A polícia paquistanesa disse que estava investigando o ataque, e um médico disse que mais de 70 pessoas ficaram feridas.
Centenas de pessoas visitam a fronteira Wagah perto da cidade
paquistanesa de Lahore todos os dias para observar as bandeiras dos dois
países serem baixadas pouco antes do pôr do sol.
Índia e Paquistão já estiveram envolvidos em três guerras e
permanecem em conflito pela região da Cashemira, reivindicada pelos dois
lados.
A Índia acusa o Paquistão de patrocinar grupos jihadistas na
região e encorajar incursões em território indiano para realizar ataques
contra forças indianas, uma acusação negada pelo Paquistão.
Mas a reivindicação do Talibã sugere que o ataque pode não ter relação com a Índia.
"Reivindicamos o ataque suicida de Lahore", disse o comandante do Talibã paquistanês, Gilamn Mehsud.
A síntese do 5º Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
(IPCC, da sigla em inglês), divulgado hoje (2), em Copenhague, na
Dinamarca, mostra que se não houver ação imediata das nações para frear o
aquecimento global, em pouco tempo, não haverá muito o que fazer. “Se
as taxas de emissão de gases de efeito estufa continuarem aumentando, os
meios de adaptação não serão suficientes”, aponta o documento.
“Temos
uma janela de oportunidade, mas ela é muito curta. O relatório mostra
isso. As mudanças climáticas não deixarão nenhuma parte do globo
intacta”, enfatizou o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, durante a
apresentação da síntese. Ele ressaltou que ainda há meios para frear as
mudanças climáticas e construir um futuro mais próspero e sustentável,
mas que a comunidade internacional precisa levar a questão a sério.
O
relatório, elaborado com a participação de mais de 800 cientistas de 80
países, mostra que a emissão de gases de efeito estufa,
responsável pelo aquecimento global, tem aumentado desde a era
pré-industrial, como consequência do crescimento econômico e da
população. De 2000 a 2010, indica o documento, as emissões foram as mais
altas da história. “A acumulação de dióxido de carbono, metano e óxido
nitroso na atmosfera alcançaram níveis sem precedentes nos últimos 800
anos”.
Entre
2000 e 2010, a produção de energia por meio da queima de combustíveis
fósseis foi responsável por 47% da emissão globais de gases de efeito
estufa. A indústria respondeu por 30%, o transporte por 11% e as
construções por 3%.
Pachauri enfatizou, ao longo da apresentação,
que emissões continuadas tem levado a um aquecimento global
contínuo, ao derretimento das geleiras e ao consequente aumento do nível
do mar. Nas últimas três décadas foram registrados sucessivos
aquecimentos na superfície da Terra, sem precedentes desde 1850. O
período entre 1983 e 2012 foi o mais quente dos últimos 800 anos no
Hemisfério Norte, de acordo com a síntese. O aquecimento médio global
combinado da Terra e dos oceanos no período de 1880 a 2012 foi 0,85 grau
Celsius (°C).
O derretimento das geleiras, em especial na
Groelândia e na Antártida, geraram o aumento do nível do mar em 19
centímetros de 1991 a 2010. O número é maior do que os registrados nos
últimos dois milênios. O relatório alerta, também, para a acidificação
dos oceanos em 26% por causa da apreensão de gás carbônico da atmosfera,
o que pode ter impacto grave sobre os ecossistemas marítimos.
Ao
fazer projeções para o futuro, os cientistas preveem impactos severos e
irreversíveis para a humanidade e para os ecossistemas. “Se não
frearmos as mudanças climáticas, elas ampliarão os riscos já existentes e
criarão novos riscos. Meios de vida serão interrompidos por
tempestades, por inundações decorrentes do aumento do nível do mar e por
períodos de seca e extremo calor. Eventos climáticos extremos podem
levar a desagregação das redes de infraestrutura e serviços. Há risco de
insegurança alimentar, de falta de água, de perda de produção agrícola e
de meios de renda, particularmente em populações mais pobres. Há também
risco de perda da biodiversidade dos ecossistemas”.
De acordo
com a síntese, mesmo se houver um esforço das nações para limitar o
aquecimento da Terra a 2°C, ainda assim, os efeitos continuarão a ser
sentidos por um longo tempo. “Ondas de calor vão ocorrer com mais
frequência e durar mais, e precipitações extremas se tornarão mais
intensas e frequentes, em mais regiões. Os oceanos vão continuar a se
aquecer e acidificar e o nível do mar continuará a subir”.
O
relatório enfatiza que, para frear as mudanças climáticas e gerenciar os
seus riscos, é preciso que as nações promovam ações combinadas de
mitigação e adaptação. “Reduções substanciais nas emissões de gases de
efeito estufa nas próximas décadas podem diminuir os riscos das mudanças
climáticas e melhorar a possibilidade de adaptação efetiva às condições
existentes”. Os cientistas reconhecem, entretanto, que essas reduções
demandarão mudanças tecnológicas, econômicas, sociais e institucionais
consideráveis.
Para o secretário-geral da Organização das Nações
Unidas, Ban Ki-moon, que participou da apresentação do relatório, é
preciso agir imediatamente. “O tempo não está a nosso favor. Vamos
trabalhar juntos para construir um mundo mais sustentável. Vamos
preservar o nosso planeta Terra e promover desenvolvimento de maneira
sustentável”, disse.
Nas bancas de jornal, na internet, nas paradas de ônibus, as dicas
para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estão em toda parte. Daqui
a uma semana, mais de 8 milhões de candidatos farão as provas. Sozinhos
ou em grupo, os estudantes se preparam na reta final para o exame.
Luzia
Cardoso tem 44 anos e está no 3º ano do ensino médio. Ela voltou a
estudar por causa do filho, Jerônimo Araújo, 22 anos, queria motivá-lo.
Ambos estão inscritos no Enem e juntos também se preparam. Luzia leva
para casa as dicas dadas pelos professores do Centro de Ensino Médio 1
do Paranoá, no Distrito Federal, e Jerônimo mostra o que aprendeu na
apostila de exercícios que comprou.
"É
a primeira vez que faço o Enem, estou apreensiva. Colhendo todos os
dados que posso, pedindo ajuda aos professores", conta Luzia. "Os meus
irmãos todos têm faculdade. Eu quero cursar pedagogia ou psicologia, me
dou bem na área, me interesso pelo comportamento das pessoas", diz. Já o
filho quer fazer curso de cinema.
Para Giovanna Simon, 18 anos,
este será o terceiro Enem, sendo que o primeiro fez ainda no 2º ano. Ela
terminou o ensino médio no ano passado e quer cursar medicina. Concilia
o estudo para o exame com o curso de técnica de enfermagem. À noite,
faz cursinho em Brasília. Chega em casa, estuda e faz os exercícios. "E
durmo", acrescenta.
Ela dividiu as matérias por semana e fez um
plano de estudo. A matéria preferida é biologia, ela conta que o quarto
é coberto de fórmulas da disciplina nas paredes. "Vou refazer
exercícios, algumas provas do Enem e a redação nessa última semana",
diz. No cursinho, com as amigas, Agatha Cristhy, 18 anos, e Bárbara
Santana Rosa, 18 anos, troca dicas e opiniões, principalmente sobre
redação. Esta semana foi Giovanna que decidiu o tema sobre o qual
escreveriam: abastecimento de água.
"Querendo ou não,
amigos quando se juntam para estudar sempre acabam falando de outra
coisa, sempre têm algo para contar. Melhor cada uma estudar e depois a
gente senta e troca opiniões. Redação funciona, a gente escolhe um tema,
uma dá dica para outra", explica Bárbara, que está cursando o 3º ano e também vai tentar uma vaga em medicina.
Agatha
não esconde a ansiedade. "Está chegando! Não adianta falar que está
preparada para o Enem, é preciso buscar mais conhecimento, mais dicas,
buscar uma maneira de olhar para a prova e falar: eu vou conseguir
passar", diz. Além das aulas que tem na escola e no cursinho, a
estudante busca na internet exercícios e videoaulas. O objetivo é
conseguir ingressar no curso de engenharia civil.
Em Vitória (ES), Deborah Sabará recorre aos amigos. Ela é coordenadora de Políticas da Região Sudeste da Associação Brasileira
de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e
coordenadora colegiada do Fórum estadual LGBT do Espírito Santo. Divide o
tempo entre a militância e reuniões de preparação para o Enem, que
duram de três a quatro horas, com amigos universitários. "Pedi ajuda,
principalmente na redação. Não sou muito boa em redação, mas leio muito,
vejo TV, tento acompanhar os fatos, acho que isso pode me ajudar", diz.
Deborah
quer cursar serviço social ou história. Ainda está em dúvida. Passar em
uma universidade vai ser também ato de militância. "Travestis estão
fora do processo escolar. Se eu fizer o Enem e passar ou qualquer outra
passar, vai dar visibilidade e impulsionar outras pessoas a fazer".
O
Enem será nos dias 8 e 9 de novembro. O exame tem 8,7 milhões de
inscritos e será realizado em 1,7 mil cidades brasileiras. Para se
preparar para o exame, os candidatos podem acessar o aplicativo questoesenem.ebc.com.br. O banco de questões da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) reúne itens de 2009 a 2013. O acesso é gratuito.