sábado, 15 de novembro de 2014

Ministro da Justiça diz que oposição quer transformar Lava Jato em 3º turno

Em entrevista coletiva, na manhã deste sábado, em São Paulo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, acusou a oposição de tentar transformar as investigações da Operação Lava Jato em terceiro turno eleitoral. Cardozo disse que “certos políticos” que não aceitaram o resultado das urnas estariam usando as investigações e prisões da Polícia Federal como palanque eleitoral.
“Nós não podemos aceitar algumas insinuações, posturas, de que as investigações têm sido partidárias. A PF tem cumprido seu papel e o Judiciário também tem cumprido seu papel. Muitas vezes tem aqueles que ainda acham que estamos em uma disputa eleitoral”, afirmou o ministro.
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“Existe uma tentativa de politizar as investigações por forças políticas A, B ou C, para tentar estender a corrida eleitoral. Aqueles que não digeriram a derrota tentam continuar com a eleição, é algo que só Freud explica”, acrescentou. “A eleição acaba com a apuração. Se quer continuar, deve procurar um psicanalista. Quem ganha, ganha. Quem perde, perde”, enfatizou .
O ministro garantiu que a Petrobras não irá parar e disse que o governo tem dado o apoio necessário às investigações. "Há um compromisso claro do governo, do ministério da Justiça e da Polícia Federal para que tudo seja esclarecido e os responsáveis sejam punidos, doa a quem doer", garantiu.
Cardozo disse também que a presidente Dilma Rousseff, que está na Austrália, está a par de todos os acontecimentos e determinou o prosseguimento das apurações com  todo o rigor.
A sétima etapa da Operação Lava Jato prendeu 20 pessoas na última sexta-feira, sob suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Dentre elas, o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, além de presidentes e executivos das principais empreiteiras do País, como a OAS, Queiroz Galvão, Camargo Correa, Mendes Junior e UTC.

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