Em entrevista coletiva, na manhã deste sábado, em São Paulo, o ministro
da Justiça, José Eduardo Cardozo, acusou a oposição de tentar
transformar as investigações da Operação Lava Jato em terceiro turno
eleitoral. Cardozo disse que “certos políticos” que não aceitaram o
resultado das urnas estariam usando as investigações e prisões da
Polícia Federal como palanque eleitoral.
“Nós não podemos aceitar algumas insinuações, posturas, de que as investigações têm sido partidárias. A PF tem cumprido seu papel
e o Judiciário também tem cumprido seu papel. Muitas vezes tem aqueles
que ainda acham que estamos em uma disputa eleitoral”, afirmou o
ministro.
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“Existe
uma tentativa de politizar as investigações por forças políticas A, B
ou C, para tentar estender a corrida eleitoral. Aqueles que não
digeriram a derrota tentam continuar com a eleição, é algo que só Freud
explica”, acrescentou. “A eleição acaba com a apuração. Se quer
continuar, deve procurar um psicanalista. Quem ganha, ganha. Quem perde, perde”, enfatizou .
O
ministro garantiu que a Petrobras não irá parar e disse que o governo
tem dado o apoio necessário às investigações. "Há um compromisso claro
do governo, do ministério da Justiça e da Polícia Federal para que tudo
seja esclarecido e os responsáveis sejam punidos, doa a quem doer",
garantiu.
Cardozo disse também que a presidente Dilma Rousseff,
que está na Austrália, está a par de todos os acontecimentos e
determinou o prosseguimento das apurações com todo o rigor.
A
sétima etapa da Operação Lava Jato prendeu 20 pessoas na última
sexta-feira, sob suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da
Petrobras. Dentre elas, o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, além de
presidentes e executivos das principais empreiteiras do País, como a
OAS, Queiroz Galvão, Camargo Correa, Mendes Junior e UTC.
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