Cientistas
alemães divulgaram a descoberta de uma nova espécie de plesiossauro,
animal pré-histórico da época dos dinossauros, cujo esqueleto estava há
cem anos engavetado sem classificação.
O Museu de História de Natural de Berlim anunciou na última semana a descoberta da espécie de réptil marinho Gronausaurus wegneri, que habitava águas costeiras e deltas de rios há cerca de 137 milhões de anos, no período do Cretáceo Inferior.
"Por isso, (a descoberta) faz aprendermos mais sobre a evolução no período, principalmente do grupo dos Plesiossauros."
O "monstro" pré-histórico, como é chamado pelo museu, media entre 3 a 3,5 metros de comprimento, pequeno em relação a outros plesiossauros - que podiam chegar a ter até cerca de 20 metros de comprimento - e aos vizinhos mais famosos do período, os dinossauros - que por serem terrestres, pertencem a grupos diferentes.
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Fósseis em gavetas
Os ossos do plesiossauro foram encontrados em escavações na região da Renânia do Norte-Vestfália, na fronteira entre a Alemanha e os Países Baixos, em 1912, junto a outros fósseis. Entre eles, estava o Brancasaurus brancai, descoberto pelo paleontólogo Theodor Wegner, em 1914, que também registrou nos seus escritos a existência de um segundo esqueleto não-classificado.Guardado pelo Museu Geológico da Universidade de Münster, o fóssil do Gronausaurus wegneri só caiu nas mãos de Hampe no começo dos anos 2000, quando foi transferido para o Museu de História Natural de Berlim para pesquisa.
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O fato de o esqueleto pré-histórico ficar engavetado por um século não é um acontecimento isolado e é possível que outras descobertas do tipo ainda sejam feitas.
"Isso é comum, na verdade. Quando o cientista vai a campo, ele geralmente encontra mais material do que é capaz de trabalhar e cuida primeiro daquele encontrado diretamente. O restante é armazenado para avaliação futura e pode ser esquecido", segundo Hampe.
O esqueleto do Gronausaurus wegneri pertence ao Museu Geológico da Universidade de Münster e ainda não há previsão para ser exibido ao público.
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