A
polícia de Londres já investigava os dois homens suspeitos de matar um
soldado britânico no bairro de Woolwich, no sudeste da cidade, na
quarta-feira.
Fontes informaram à BBC que os dois - que estão
em um hospital, sobre guarda policial - já eram conhecidos dos serviços
de segurança da Grã-Bretanha e seus nomes apareceram em várias
investigações nos últimos anos, embora eles nunca tenham sido associados
a qualquer plano para realizar ataques na capital britânica.Nesta quinta-feira um dos dois suspeitos foi identificado como Michael Adebolajo, de 28 anos.
Segundo informações obtidas por repórteres da BBC, ele teria crescido em uma família cristã, mas se convertido ao islamismo após terminar os estudos, em 2001.
A polícia britânica também realizou uma busca em um apartamento em Greenwich, no sul de Londres, e em uma casa em um vilarejo perto da cidade de Lincoln, como parte das investigações sobre a morte do soldado.
No início da noite (hora local), a polícia anunciou que havia prendido outras duas pessoas em conexão com as investigações.
Vítima identificada
Também nesta quinta-feira, o Ministério da Defesa britânico identificou o soldado morto no ataque de quarta-feira como Lee Rigby, de 25 anos.Rigby era membro do 2º Batalhão do Regimento Real de Fuzileiros e tinha um filho de dois anos.
"Este foi um assassinato sem sentido de um soldado que serviu ao Exército com fidelidade em vários papeis, incluindo jornadas operacionais no Afeganistão", afirmou o secretário da Defesa do governo britânico, Philip Hammond.
Soldado assassinado foi identificado como Lee Rigby
Segurança
A polícia de Londres aumentou sua presença em Woolwich e nas áreas próximas nesta quinta-feira e vai permanecer na região "enquanto for necessário", de acordo com o Comissário Assistente para Operações e Crimes Especializados, Mark Rowley.A segurança também foi intensificada no quartel de Woolwich e em outros de londres.
"Estou confiante de que a segurança na base está tão rigorosa como sempre foi", disse o chefe do estado-maior general David Richards.
"Temos muito orgulho do uniforme que usamos, temos um enorme apoio em todo o país, este foi um incidente completamente isolado", afirmou o general.
Em um pronunciamento após presidir uma reunião do grupo Cobra, o comitê de resposta a emergências do governo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse não haver justificativas para o ataque e que confrontar o terrorismo "é uma tarefa de todos nós".
"Uma das melhores formas de derrotar o terrorismo é continuar com nossas vidas. E é isso que devemos fazer hoje", disse Cameron.
O premiê disse que o ataque não apenas teve a Grã-Bretanha como alvo, mas também foi uma "traição ao Islã e às comunidades islâmicas que contribuem tanto para este país".
"Não há nada no Islã que justifique este ato horrível", acrescentando que a polícia não descansará até descobrir todos os detalhes sobre o caso.
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