Fusão dos bancos em 2008 teria sido feita de forma a evitar cobrança de impostos
O Itaú Unibanco foi autuado pela Receita Federal em R$ 18,7
bilhões por não ter pago os impostos devidos quando houve a fusão entre
os dois bancos, em 2008. O Fisco entendeu que a operação foi feita de
uma forma que tornou inviável a cobrança de tributos, segundo comunicado
da instituição financeira divulgado nesta sexta-feira (16).
Do total cobrado, R$ 11,84 bilhões se referem
ao não recolhimento do Imposto de Renda e R$ 6,87 bilhões, da
Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). Em ambos os casos, os
valores incluem multas e juros – o Itaú Unibanco não detalhou as contas.
No comunicado, o banco informou que já
contestou o auto de infração, pois considera que a fusão foi feita de
forma legítima, e que entende ser "remoto" o risco de perder dinheiro na
disputa.
"A Receita discorda da forma societária adotada
pelo Itaú para unificar as operações com o Unibanco. Sugere, no auto de
infração enviado em 25 de junho, que deveriam ter sido feitas operações
societárias de natureza diversa, que teriam gerado um ganho
tributável", informa o comunicado enviado ao mercado.
O banco considera, porém, que a forma sugerida
pela Receita para a operação "não encontra respaldo nas normas
aplicáveis às instituições financeiras", informa o texto. "É descabido,
portanto, o entendimento da Receita Federal de que houve ganho
tributável."
O Itaú Unibanco reafirma que as operações
feitas em 2008 foram "legítimas" e tiveram aprovação das empresas dos
acionistas, e das autoridades competentes como a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), Banco Central (BC) e Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade).
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