A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, em seu
discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova
York, que as denúncias de espionagem do governo americano ao Brasil são
um exemplo de violação grave dos direitos humanos. "Estamos diante de um
caso grave de violação dos direitos humanos e das liberdades civis",
disse Dilma.
"Sem o direito à privacidade, não há verdadeira liberdade de opinião, e não há democracia", afirmou ela, dirigindo-se
ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. A presidente afirmou
que a espionagem de um país a outro "fere o direito internacional e
afronta os princípios que devem reger as relações entre eles".
"Jamais pode uma soberania firmar-se em detrimento de outra soberania", disse Dilma. "Pior ainda quando empresas privadas estão sustentando esta espionagem."
A presidente ainda demonstrou indignação com justificativas de que a espionagem teria ocorrido por motivos de segurança.
"Não se sustentam argumentos de que a interceptação destina-se a
proteger as nações contra o terrorismo. O Brasil, senhor presidente,
sabe se proteger. O Brasil não dá abrigo a grupos terroristas", disse
Dilma. "Vivemos em paz com nossos vizinhos há mais de 140 anos. Já lutei
contra a censura, não posso deixar de defender o direito à privacidade
dos indivíduos e a soberania do meu País."
Dilma afirmou
que o Brasil "redobrará os esforços para se proteger da interceptação
ilegal". "Não podemos permitir que ações ilegais recorrentes tenham
curso como se fossem normais, elas são inadmissíveis", disse ela. "Meu
governo vai fazer o que estiver ao seu alcance oara defender os direitos
humanos."
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