O governo dos Estados Unidos indicou, nesta segunda-feira, que busca
mais detalhes sobre a ordem da Justiça egípcia que baniu a Irmandade
Muçulmana e determinou o confisco dos bens da organização.
"Os detalhes dessa decisão permanecem obscuros. Estamos buscando mais
informações e vamos continuar a acompanhar os acontecimentos de perto",
anunciou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.
A notícia foi divulgada apenas algumas horas depois que o secretário
de Estado dos EUA, John Kerry, reuniu-se com o ministro egípcio das
Relações Exteriores, Nabil Fahmy, em Nova York, em paralelo à
Assembleia-Geral da ONU.
A sentença, anunciada pela agência de notícias oficial Mena, aumenta
ainda mais a escalada da repressão à Irmandade desde que o Exército
egípcio derrubou o então presidente Mohamed Mursi, em 3 de julho.
O ministro Fahmy havia garantido a Kerry que o novo governo interino
colocaria o Egito de volta nos trilhos, tendo como objetivo a instalação
de um governo civil.
Ao longo do processo, o governo dos Estados Unidos insiste que a
Irmandade Muçulmana, à qual Mursi é ligado, deve ser parte do processo
político.
"Um processo político transparente e inclusivo que preserve os
direitos de todos os egípcios de participarem e reconduza a um governo
liderado por civis é crítico para o futuro econômico e político do
Egito", frisou Jen Psaki.
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